Moraes retira sigilo de investigação que liga Bolsonaro, Carlos e Ramagem a espionagem ilegal na Abin

Postado em 19 de junho de 2025

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou nesta quarta-feira 18, o sigilo da investigação que apura o uso de um sistema secreto de monitoramento pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi motivada por vazamentos seletivos do relatório da Polícia Federal, que, segundo o STF, geraram matérias contraditórias na imprensa.

Com a medida, tornaram-se públicos os detalhes da apuração que aponta o uso indevido da estrutura da Abin para fins políticos e pessoais. A Polícia Federal identifica o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), então diretor da agência, como líder operacional da organização que teria sido criada dentro da Abin.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) é apontado como o idealizador da estrutura paralela de inteligência. Já o ex-presidente Jair Bolsonaro é citado como beneficiário direto das ações realizadas com o programa secreto.

A investigação também envolve policiais federais e servidores da Abin, acusados de participar da execução das operações e da tentativa de blindagem da estrutura ilegal de monitoramento. O inquérito apura crimes como violação de sigilo, organização criminosa e abuso de autoridade.

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