Novo já projeta Zema como candidato à Presidência da República em 2026
O Novo já trata Romeu Zema – principal nome nacional do partido – como candidato à Presidência da República nas eleições de 2026. O presidente nacional da legenda, Eduardo Ribeiro, diz que o governador de Minas é “naturalmente visto como um presidenciável” e que a sigla confia que Zema será um “excelente presidente do Brasil”. “Romeu Zema hoje é o nosso pré-candidato à Presidência em 2026. Embora ele esteja em dedicação total e exclusiva ao governo de Minas, como deve ser, é função do partido também trabalhar o nome dele e construí-lo como presidenciável para 2026”, afirma Ribeiro.
A conversa com demais partidos para compor uma eventual chapa com Zema como vice-presidente, contudo, não está descartada, e o Novo trabalha com todas as possibilidades para “derrotar o PT”, conforme Ribeiro. “Conversar com outros partidos, com outras lideranças de centro-direita ou direita, é algo aberto, tem que estar aberto. Acho que todos têm um objetivo em comum, que é vencer o PT em 2026, e precisamos estar na mesa para conversar”, continua.
Apesar disso, atualmente a legenda entende que Romeu Zema, pelos feitos como governador de Minas, está “credenciado” como uma das principais lideranças do campo da direita para 2026. “É por isso que nós, enquanto partido, temos obrigação de trabalhar e projetá-lo para ser o futuro candidato em 2026”, diz o dirigente partidário.
Questionado se o objetivo do Novo e do próprio Zema seria ocupar o vácuo deixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – que está inelegível até 2030 –, Ribeiro foi evasivo e disse apenas que “a ideia é que a direita se una”. Ele também descartou a possibilidade de o governador mineiro se colocar como uma “terceira via” nas eleições.
União da direita
O vice-governador de Minas, Mateus Simões (Novo), enxerga como natural a posição do partido e diz que, para ele, Zema está mais preocupado em ver o campo centro-direita no poder do que, necessariamente, em ser o principal nome para a disputa em 2026. “O governador é o grande nome do partido, é natural vê-lo como presidenciável. Do ponto de vista político, não sei e é natural ainda, tem muita água para passar por baixo dessa ponte, mas me surpreenderia se o Novo não visse um presidenciável no maior nome do partido e no governador reeleito em Minas”, declarou.
“Acho que hoje o governador tem uma leitura de que a direita precisa estar unida em 2026. Vejo ele repetindo isso em toda conversa que tem com o Tarcísio de Freitas (governador de São Paulo), com Ratinho Júnior (governador do Paraná), com o Ronaldo Caiado (governador de Goiás). É mais a preocupação de ver a direita unida do que de ser a cara principal desse movimento. Mas, de fato, Zema gostaria de ver a centro-direita governando o país”, completa Simões.
O TEMPO