‘Nunca fumei um único dia na vida’, diz homem diagnosticado com câncer de pulmão em fase terminal
Paul Riley, de 51 anos, foi diagnosticado com câncer de pulmão avançado em estágio três em maio do ano passado, apesar de nunca ter fumado um dia na vida. Uma massa maligna medindo 9,6 cm foi encontrada pelos médicos e após rodadas de quimioterapia, ele foi informado que lhe restavam apenas “meses” de vida.
Agora, ele quer usar o tempo que lhe resta, para alertar as pessoas que é necessário fazer testes clínicos naqueles que não têm histórico de tabagismo.
“Precisamos começar a falar sobre testar o câncer de pulmão em todo mundo, não apenas em fumantes ou ex-fumantes. Eu estava em forma e saudável, nunca fumei um dia na minha vida e agora estou com essa doença. Se começarmos a testar pessoas com sintomas importantes, antes de lhes dar semanas de antibióticos ou esteróides, isso provavelmente salvaria muitas vidas”, explica.
Riley, que faz serviços de limpador de vidros, disse que costumava estar em forma e ser saudável tendo uma vida normal passando o tempo trabalhando, ficando com sua família e levando o cachorro para passear. Em novembro de 2022 ele começou a se sentir cansado, não conseguindo subir uma escada sem se sentir “exausto”.
Foi só em fevereiro de 2023 que Riley começou a tossir depois de pegar covid e procurou ajuda médica com medo de que a situação piorasse. O homem realizou uma série de exames que foi constatado uma massa de 5,6 cm em seu pulmão. Os resultados mostraram que Riley tinha adenocarcinoma, um câncer de pulmão avançado em estágio três. Ele começou a quimioterapia e a imunoterapia, mas após duas rodadas, seu fígado começou a falhar, interrompendo temporariamente o tratamento.
Meses mais tarde, uma tomografia computadorizada revelou que a massa havia crescido para 9,6 cm e nenhuma quimioterapia funcionou. Em fevereiro deste ano, Riley foi informado de que seu câncer havia se espalhado para as costelas e, potencialmente, para o cérebro.
“Os médicos disseram que eu tinha meses de vida. E revelaram que as minhas opções eram: sair de férias e me divertir ou tentar uma quimioterapia que me dará 5% de chance de vida. Tenho apenas 51 anos, tenho uma família, então vou arriscar e tentar os 5%”, disse Riley.
O limpador de vidros disse ainda que o diagnóstico teve um efeito devastador em sua família, principalmente na mulher, Janine, 48 anos e nos filhos, Flynn, 15, e Ethan, 14.
“A pior coisa que já tivemos que fazer foi contar os meninos. Eles simplesmente desabaram, não conseguimos consolá-los o suficiente. Minha esposa faz a maioria das coisas para mim agora, até mesmo lavar meu cabelo – é muito debilitante no momento”, explica.
Riley afirma que todos devem fazer o teste de câncer de pulmão se apresentarem sintomas como tosse persistente e cansaço.
“Não lhes dê apenas antibióticos ou esteróides, faça testes ou radiografe-os assim que puder e você poderá diagnosticá-los mais rapidamente”, pede.
Folha PE