O Brasil está no rumo certo? País atinge melhor patamar desde 2003 na pesquisa Ipsos: veja os números
Pesquisa em 29 países feita pela Ipsos e recebida pelo Pulso revela que 57% dos brasileiros acreditam que o país está no rumo certo, uma oscilação positiva de quatro pontos percentuais na comparação com maio e o patamar maior para essa pergunta desde 2003, quando o monitoramento global começou. Apesar de oscilações negativas em março, abril e maio, que podem, segundo a Ipsos, estar relacionadas com as reflexões da área econômica, o mês de junho significou uma melhora significativa no humor dos brasileiros em relação ao futuro próximo.
Por outro lado, são 43% os brasileiros que veem o Brasil no rumo errado, uma oscilação negativa de quatro pontos em relação a maio, mas ainda um patamar importante que evidencia a polarização política nacional permanente. Mesmo assim, o país está muito à frente da média dos outros 28 países pesquisados, com 20.570 entrevistas. Em geral, no mundo, 62% acham que seus países estão indo na direção errada contra 38% que o veem na trilha certa. Veja os números:
Segundo o relatório da Ipsos, a queda do dólar, suportou mais baixa e subidas da Bolsa ajudou no cenário mais otimista. Quando a pesquisa aprofunda perguntas sobre as principais preocupações da população, a pobreza e a desigualdade ficaram a ficar em primeiro lugar (40%), deixando a criminalidade/violência e saúde empatados na segunda posição, com 35%. A desigualdade é uma das principais pautas dos discursos do presidente Lula e, pelo menos em junho, há concordância da maior parte dos brasileiros. No entanto, os discursos do petista abordam pouca segurança pública, que era, em maio, a principal preocupação dos brasileiros, com 39%, segundo a Ipsos.
No mundo, a África do Sul tem a pior avaliação: 90% veem o país no caminho errado. A Argentina é o segundo pior, com 89%. Na outra ponta, a Indonésia tem 83% de sua população com avaliação positiva sobre os caminhos do país.
A pesquisa foi conduzida entre 26 de maio e 9 de junho pelo sistema de painel digital e com exceção de entre 500 e 1.000 por país. Para o Brasil, a margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou menos, e a amostra pode ser considerada mais concentrada em mais urbanas e com educação do que a média da população.
O GLOBO