Oposição no Senado vai votar contra indicação de Messias ao STF, diz Rogério Marinho

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), afirmou nesta segunda-feira (24) que parlamentares do grupo votarão contra o nome de Jorge Messias para ocupar a cadeira deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso no STF (Supremo Tribunal Federal) em outubro.
“Claro que vamos votar contra indicação de Jorge Messias”, declarou Marinho. Segundo o parlamentar, a decisão se dá por causa da proximidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o indicado, atual advogado-geral da União.
“Nós somos contra o fato de que o presidente da República indique um advogado seu, um amigo seu. Queremos que a coerência do presidente Lula seja preservada. Ele não está preocupado com isso, mas nós estamos”, destacou.
O número de parlamentares de oposição costuma oscilar, a depender da pauta de votação na Casa, mas, considerando partidos que costumam estar alinhados a Marinho — como PL, PP e Republicanos —, o número aproximado seria de 27 senadores.
Além de aval na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Messias precisa ter, no plenário, ao menos 41 votos favoráveis dentre 81 senadores. Ainda não há uma data definida para a sabatina.
Também nesta segunda-feira, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que colocará a indicação do nome de Messias para análise “no tempo oportuno”. “O Senado assim o fará, no momento oportuno, de maneira que cada senador e cada senadora possa apreciar devidamente a indicação e manifestar livremente seu voto”, disse.
Alcolumbre defendia o nome de Rodrigo Pacheco para a vaga no STF. Após o anúncio de Lula sobre a indicação de Jorge Messias, o presidente do Senado colocou na pauta desta terça-feira (25) um Projeto de Lei Complementar que regulamenta a aposentadoria especial dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias.
O movimento foi interpretado como uma reação à decisão do presidente da República, uma vez que, se aprovada, a medida provocará um aumento expressivo nos gastos públicos.
A informação é do R7
