Oposição pressiona por anistia após protestos de 7 de setembro; governo estuda veto

Postado em 8 de setembro de 2025

A oposição no Congresso voltou a se mobilizar para tentar aprovar uma anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, que resultaram em ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília. O movimento ganhou força após os protestos de 7 de Setembro, quando aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificaram a pressão sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que coloque o tema em pauta.

Nesta segunda-feira 8, Motta deve se reunir com o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante, para mapear votos e medir o apoio à proposta nas bancadas. Nos bastidores, circulam ao menos três versões do projeto, uma delas prevendo a anistia retroativa a partir de março de 2019 — data de abertura do inquérito das fake news no STF — e que poderia tornar Bolsonaro elegível novamente.

O texto, no entanto, segue parado na Câmara e ainda não teve pedido de urgência levado a plenário. Caso avance, terá de passar pela Câmara e pelo Senado antes de seguir para sanção presidencial. O presidente Lula (PT), porém, já sinalizou que vetará qualquer tentativa de perdão a Bolsonaro e seus aliados. Governistas avaliam que, em caso de veto derrubado no Congresso, a disputa deve parar no Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiria sobre a constitucionalidade da medida.

Nos atos do 7 de Setembro, manifestações em várias cidades do país dividiram agendas: setores da direita defenderam a anistia e criticaram o STF, enquanto a esquerda reforçou bandeiras como a soberania nacional e a democracia.

AGORA RN