Padre é investigado por golpe financeiro em soberania no Paraná

A Polícia Civil do Paraná está investigando o Padre Luiz Carlos dos Santos para influenciar sua fidelidade a se tornarem investidores em um negócio paralelo que, segundo ele, poderia trazer um lucro de até 50% por semana . Com o seguimento da investigação, o homem poderá ser indiciado por estelionato, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos .

O suposto sacerdote guiou sua fidelidade por meio das redes sociais e recebeu centenas de doações.

Logo após, os mesmos adeptos que seguiram os conselhos do padre chegaram a denunciar o golpe. A partir daí, a Polícia Civil iniciou as investigações do suposto esquema de pirâmide.

“Perder esses R$ 300 foi bastante, um volume para mim. Para outras pessoas não é nada, mas pra gente foi um dinheiro bastante grande”, declarou Maria Silva, dona de casa, em entrevista à TV Record.

Como visto em outros golpes semelhantes, os investidores, ao perceberem que não receberam todo o lucro prometido, desejaram entrar em contato com o acusado, mas não receberam retorno.

Padre aplica golpes: Igreja Ortodoxa Tradicional no Brasil se posiciona
Luiz Carlos se apresenta como um ortodoxo missionário, mas a Igreja Ortodoxa Tradicional no Brasil retratou-se afirmando que ele não faz parte da congregação.

O padre foi ordenado pela Igreja Católica em 1997 na ordem dos franciscanos em Ponta Grossa, no Paraná. A Igreja Católica confirmou a informação à reportagem da TV Record, mas não soube comunicar o desfile do padre.

Sem golpe, ele orientou os investidores a repassarem o investimento para a conta de uma ONG. A organização, no entanto, não tem histórico sobre a sua área de atuação.

No registro formal do CNPJ, a organização tem como atividade a assistência e o auxílio a pessoas com distúrbios mentais e dependência química.

Padre aplica golpes: representação do acusado
Com a repercussão do caso, o padre se retratou. Segundo ele, teriam sido enganados por três pessoas que trabalharam na bolsa de valores e que se disponibilizaram para concretizar o negócio.

Ele relatou que, após os homens se possibilitarem a oferta de ajuda, acabaram não trazendo o retorno de sua assembleia, e ele terminou desamparado.

O POVO

Postado em 6 de fevereiro de 2024