Paralisação das montadoras não resultará em queda de preços
árias montadoras deram férias coletivas aos funcionários em razão da falta de componentes. Hyundai, Stellantis, Volkswagen e Chevrolet dizem que a dificuldade na concessão de peças é um dos motivos. Entretanto, os pátios das montadoras estão lotados e com carros que precisam ser vendidos. E qual a estratégia? Parem as máquinas! Com a redução de produção, os estoques podem ser absolvidos sem a necessidade de desvalorização do produto.
Bom, pelo menos é assim que funciona a lei de oferta de demanda e as montadoras sabem bem o que fazer. Na pandemia, os preços se elevaram fruto de desvalorização cambial, frete mais caro e semicondutores em falta. De forma geral, isso justificou o aumento dos preços. Agora, com uma mudança de estratégia, as fabricantes estão investindo em rentabilidade, ao invés de volume.
“As montadoras estão se adequando ao novo nível de produção do mercado brasileiro. Com isso, dificilmente, haverá redução de preços. O foco é lucratividade”, analisa o professor de MBAs da FGV e especialista no setor automobilístico, Antônio Jorge Martins.
Cenário dos novos
Em 2022, a quantidade de automóveis e comerciais leves fechou em queda de 0,85%. No panorama geral, os veículos tiveram alta de 4,9% puxados, principalmente, pelos bons resultados dos ônibus e motocicletas.
“O resultado só não foi melhor porque tivemos períodos que impactaram no movimento de público nas Concessionárias, como foi o caso da Copa do Mundo”, disse o presidente da Fenabrave, Andreta Júnior., durante o balanço no início deste ano.
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