Pelo segundo dia consecutivo, Coreia do Norte dispara mísseis próximos à fronteira com o Sul
Pelo segundo dia consecutivo, a Coreia do Norte realizou disparos de mísseis próximos à duas ilhas localizadas à fronteira com a Coreia do Sul. Segundo comunicado divulgado pelo exército sul-coreano, foram disparados 60 projéteis em direção à ilha de Yeonpyeong neste sábado (06). Os mísseis, de acordo com o portal G1, foram lançados nos dois dias e caíram no mar. As forças sul-coreana informaram que, em resposta, irão tomar “medidas adequadas para preservar a nossa nação”.
“As Forças Armadas norte-coreanas dispararam mais de 60 projéteis da área noroeste da ilha de Yeonpyeong hoje [sexta-feira, 5 de janeiro], entre 16h e 17h [4h e 5h deste sábado, 6 de janeiro, no horário de Brasília]”, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em um comunicado.
Na sexta-feira, a Coreia do Norte havia feito 200 disparos de misseis na região, onde também fica a ilha de Bangnyeong. No mesmo dia, as autoridades pediram aos moradores das duas ilhas, que são pouco habitadas, para buscarem abrigo. Segundo divulgou a Folha de S. Paulo, uma mensagem de texto do governo sul-coreano enviada à população das duas ilhas informava que um “exercício de fogo naval” seria realizado por tropas a partir das 15h no horário local (3h em Brasília) desta sexta.
Aumento de tensão
Os disparos ocorrem em meio a um aumento de tensão na península da Coreia ocorrido nos últimos dias, a maior desde que a Coreia do Norte bombardeou Yeonpyeong, em 2010. No comunicado divulgado neste sábado, o exército sul-coreano atribui o aumento das tensões ao vizinho do norte: “O repetido fogo de artilharia dentro da zona de atos hostis proibidos pela Coreia do Norte representa uma ameaça à paz na Península Coreana e aumenta as tensões”, diz trecho do comunicado divulgado pelo jornal O Globo.
Já a Coreia do Norte alega que as ações são uma “resposta natural” às operações militares em larga escala do vizinho sul-coreano. Segundo a Folha de S. Paulo, após os disparos de sexta-feira Pyongyang disse que a operação foi uma resposta às ações militares em larga escala do “gângster” sul-coreano, em referência ao presidente conservador Yoon Suk-yeol, que mantém postura belicista em relação ao regime do Norte. Afirmou também que as ações não tiveram impacto sobre a segurança das ilhas sul-coreanas, segundo a agência de notícias estatal KCNA.
Yeonpyeong, tem cerca de 2 mil habitantes e está localizada no mar Amarelo, há cerca de 115 km a oeste de Seul e 12 km ao sul da costa da província de Hwanghae, na Coreia do Norte.
bdf