Poupança tem melhor desempenho desde 2016
Os investidores não têm o que reclamar de 2023. Informações compiladas pelo consultor de dados do mercado de capitais Einar Rivero mostram que esse foi um período próspero para quem apostou em renda variável. Nesse nicho de aplicações, as boas notícias começam pela tradicional caderneta de poupança. Ela vai fechar o ano com valorização de 8,21%, o melhor desempenho desde 2016, ou seja, em sete anos.
Apesar do bom resultado, nem de longe ela foi o melhor ativo de 2023. No ano, observa Rivero, o bitcoin foi o grande protagonista, com valorização de 134,70% até 28 de dezembro. “A performance robusta consolidou a criptomoeda como um ativo de destaque no cenário financeiro”, diz o consultor.
Em termos de resultado, depois do bitcoin, ficou o Índice de Dividendos (IDIV). Ele é o indicador do desempenho médio dos ativos que melhor remuneram os investidores. Em 2023, registrou valorização de 26,84%, o melhor resultado desde 2019. “O interesse por ativos que proporcionam dividendos mostrou-se forte durante o ano”, afirma Rivero.
Em terceiro lugar ficou o BDRX, um indicador do desempenho médio das cotações dos Brazilian Depositary Receipts (BDRs), os certificados que representam ações emitidas por empresas em outros países, mas que são negociados na Bolsa brasileira (B3). Em 2023, o BDRX reverteu a queda de 2022 (-28,0%) e alcançou valorização de 26,33%.
Ibovespa
O Ibovespa, o principal índice da B3, ficou em quarto lugar com valorização de 22,28%, o melhor resultado desde 2019. O índice atingiu a maior pontuação nominal da história em 27 de dezembro, chegando a 134.194 pontos. “Apesar do Ibovespa ter atingido marcas notáveis, há espaço para crescimento em 2024”, diz Rivero. “O interesse na renda variável permanece forte, sugerindo um cenário dinâmico para os investidores.”
O índice de Small Caps fechou o ano com uma valorização de 17,12%, marcando uma reviravolta positiva após três anos de rentabilidade negativa (de 2020 a 2022). O indicador reúne ações de empresas que têm uma capitalização de mercado menor do que as tradicionais companhias da B3, conhecidas como “blue chips”.
Dólar, euro e ouro
Já o dólar, o euro e o ouro fecharam o ano no vermelho. O euro teve queda de 3,43%, o ouro de 5,96% e o dólar de quase 8%.
Metropoles