Prefeitura do Rio de Janeiro decreta epidemia de dengue na cidade
A Prefeitura do Rio de Janeiro afirmou que a cidade enfrenta uma epidemia após os frequentes casos de internação por dengue. Até o momento, o município registrou mais de 10.150 casos da doença, contra cerca de 22.900 ao longo de todo 2022.
Na primeira semana de janeiro, a capital fluminense chegou a ter 3 mil casos de dengue, enquanto em janeiro de 2022, o máximo registrado foi de 200 casos.
O secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, explicou que a tendência é de que os casos continuem aumentando nos próximos meses.
Pela primeira vez na história, três variantes do vírus circulam no Rio: os tipos 1, 2 e 4. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a maior quantidade de sorotipos aumenta as chances de infecção.
O calor e as enchentes recentes em alguns pontos da cidade em decorrência das chuvas também influenciam o panorama atual.
As regiões de Campo Grande e de Guaratiba, na zona oeste da capital fluminense, são a que mais registram casos de dengue.
Diante do cenário, a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou 150 pontos de hidratação. O município anunciou ainda 16 carros fumacê pela cidade, além da criação de um centro de monitoramento.
Agentes também vão entrar compulsoriamente em imóveis e terrenos, podendo multar, fazer a limpeza e mandar a conta para os proprietários. No entanto, essa seria uma medida de exceção.
A expectativa é que a vacinação comece a ser aplicada ainda em fevereiro. Os primeiros beneficiados seriam crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.
O imunizante Qdenga foi desenvolvido pelo laboratório japonês Takeda Pharma e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. A aplicação será feita em duas doses, com um intervalo de três meses entre as injeções e 354 mil pessoas devem ser imunizadas.
O governo federal anunciou que imunizará, pelo SUS, cerca de 3,2 milhões de pessoas contra a doença até o fim de 2024, o equivalente a apenas 1,5% da população do país.
Os planos de saúde não são obrigados a disponibilizar a vacina. Portanto, é necessário verificar se o convênio conta com a cobertura de vacinas, incluindo o imunizante da dengue.
BAND