PSD DE PACHECO CRESCE E SUPERA O PL COMO MAIOR BANCADA NO SENADO.
Com as filiações das senadoras Mara Gabrilli (SP) e Eliziane Gama (MA), o PSD se consolida como a maior bancada do Senado no começo da nova legislatura. O partido do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (MG), candidato à reeleição, descola-se do PL, de seu principal adversário na disputa da próxima quarta-feira (1º), Rogério Marinho (RN), e do ex-presidente Jair Bolsonaro. As mudanças favorecem a reeleição de Pacheco e ampliam a base governista no Senado.
Com as duas senadoras, o PSD começará a legislatura com 15 integrantes, ao passo que o PL, com 14. Mara deixou o PSDB após 19 anos para ingressar no partido presidido por Gilberto Kassab no último sábado (28). A filiação de Eliziane é considerada certa, mas, segundo sua assessoria, ainda não tem data definida.
O PSD também terá o reforço de Jussara Lima (PI), suplente que assumirá o mandato do titular Wellington Dias (PT-PI), que ficará licenciado para ocupar o cargo de ministro do Desenvolvimento Social e Cidadania. O partido ainda negocia a filiação de Jayme Campos (União-MT). O partido faz parte do governo e comanda três ministérios: Agricultura, Pesca e Minas e Energia.
Sigla do vice-presidente Geraldo Alckmin, o PSB ganhou na semana passada o reforço do senador Jorge Kajuru (GO), que deixou o Podemos. A ele se juntará a suplente Ana Paula Lobato (MA), que assumirá a vaga aberta por Flávio Dino (PSB-MA), que se licencia logo após a posse para voltar a comandar o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O partido deve ter mais dois reforços: Flávio Arns (PR), que se filia nesta terça (31), e Chico Rodrigues (RR), ex-vice-líder do governo Bolsonaro flagrado com dinheiro na cueca em operação da Polícia Federal. O senador roraimense, hoje no União Brasil, chegou a negociar sua ida para o PL em dezembro, mas está inclinado a migrar para a base governista após convite do PSB.
O PT também negocia o ingresso do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que deixou o partido em 2005 para ajudar o Psol. Líder da oposição na gestão Bolsonaro, Randolfe foi um dos coordenadores da campanha de Lula e acabou escolhido pelo presidente para ser o líder do governo no Congresso. O senador ainda não confirmou a mudança partidária. Caso ele se filie, a bancada petista terá nove senadores.
Depois do PSD e do PL, as maiores bancadas serão do MDB e do União Brasil, com dez integrantes. O Republicanos, de Damares Alves (DF) e Hamilton Mourão (RS) terá quatro membros. Além de Mecias de Jesus (RR), remanescente da legislatura anterior, o partido terá o reforço de Cleitinho, eleito pelo PSC de Minas Gerais e que se filiou recentemente ao Republicanos.
A eleição para a Mesa Diretora do Senado será realizada na quarta-feira, logo após a posse dos novos senadores. Três deles devem participar da votação e se licenciarem do mandato no dia seguinte para reassumir ministérios: Wellington Dias, Flávio Dino e Camilo Santana (PT-CE). Nesse caso, os três homens serão substituídos por três mulheres. A senadora Ivete da Silveira (MDB-SC) participará pela primeira vez das votações após ser efetivada no início do ano no lugar de Jorginho Melo (PL-SC), que se elegeu governador de Santa Catarina. Com isso, o novo Senado começará com 15 senadoras.
Além de Pacheco e Marinho, concorre à presidência da Casa o senador Eduardo Girão (Podemos-CE).
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