PT vai divulgar resolução em que trata Tarcísio como principal adversário de Lula

Postado em 8 de dezembro de 2025

PT divulga hoje resolução aprovada pelo diretório nacional no sábado (6/12), em que trata o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como “interlocutor do projeto neoliberal e privatista, transformando São Paulo em laboratório da redução radical do papel do Estado”. A coluna teve acesso ao documento com exclusividade. O PT ignorou o anúncio da candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na véspera. O nome dele não aparece em nenhum momento na resolução que traz as prioridades na estratégia para a campanha de 2026.

O governador de São Paulo é mencionado como parte da direita que “atua para sabotar políticas do governo Lula, criando obstáculos em áreas como segurança pública, infraestrutura, educação e políticas sociais”.

segurança pública, aliás, aparece em destaque como “questão nacional incontornável”, apesar da dificuldade tradicional que a esquerda tem em propor soluções ao tema. O PT afirma que é preciso enfrentar o discurso da direita, “baseado em ações de repressão fracassadas e com alto índice de letalidade”.

O documento enfatiza ainda que “não haverá eleição sem interferência externa, como já ocorreu com o tarifaço e a pressão norte-americana pela não regulação das big techs”.

Outro tema abordado na resolução é o “sequestro do orçamento público por meio das emendas parlamentares”. O presidente Lula usou o termo “sequestro” em crítica ao Parlamento na semana passada. No documento, o PT reforça essa linha e deixa claro que abrirá mais uma trincheira de enfrentamento com o Congresso, na linha do “Congresso inimigo do povo”, defendendo os interesses dos ricos. O partido encara as emendas como instrumento de chantagem, que gera instabilidade institucional e corrosão da democracia.

O documento antecipa ainda demandas da sociedade que devem constar entre as propostas do partido, como o fim da escala 6×1 e a tarifa zero no transporte público. Entre as profissões e setores, a ênfase é para trabalhadores de aplicativo, micro e pequenas empresas e indústria nacional estratégica.

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