Qualidade de vida melhora no Brasil, mas desigualdade continua, aponta IBGE
O Índice de Desempenho Socioeconômico, que mede a qualidade de vida e bem-estar da população a partir da renda, aumentou no Brasil e em todas as Unidades da Federação.
O estudo divulgado pelo IBGE, nesta sexta-feira (23), mostrou um aumento de 12,8% na taxa. A pesquisa comparou o número de dois períodos: 2008 a 2009 e 2017 a 2018.
Entre os itens analisados estão: moradia, acesso aos serviços de utilidade pública, saúde, entre outros.
Nos estados, os maiores crescimentos aconteceram em Roraima, com 32%; e Sergipe, com 25,8%. O estado do Norte do país teve aumento de renda familiar per capita de 70%. O valor passou de 674,65 para R$ 1.148,39. Roraima e Sergipe são as duas unidades da federação onde a renda disponível familiar per capita é mais baixa que a média nacional.
Por outro lado, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro tiveram os menores aumentos. Segundo os especialistas, mesmo em áreas onde a renda disponível familiar per capita é mais elevada e que já tenha recursos de acesso à saúde, saneamento e transporte, é necessário a manutenção e a ampliação desses serviços para evoluir no índice.
Já o Índice de Perda de Qualidade de Vida, que identifica as privações que as pessoas enfrentam para transformar os recursos e comprar bens e serviços em qualidade de vida, teve uma retração de quase 30%.
Ainda segundo a pesquisa do IBGE, o índice foi maior em famílias com a pessoa de referência preta ou parda. Outro destaque apontado pelo estudo é que a perda de qualidade de vida é maior no Norte, no Nordeste e nas áreas rurais do país.
BAND