Ricaços suspendem doações a Biden para pressioná-lo a desistir da candidatura
Importantes financiadores do Partido Democrata estão cortando doações à campanha de Joe Biden como forma de pressioná-lo a desistir de disputar a reeleição. O desempenho desastroso do presidente americano no debate com Donald Trump, na semana passada, tem preocupado os doadores.
Abigail Disney, herdeira da companhia que leva seu sobrenome, afirmou que reteria suas doações ao partido, a menos que Biden desistisse da campanha.
Ela disse à emissora de TV americana CNBC que estava sendo realista. “Se Biden não renunciar, os democratas perderão. Disso tenho absoluta certeza. As consequências da perda serão genuinamente terríveis.”
O roteirista Damon Lindelof também faz parte do time que deixou de enviar dinheiro aos democratas. Ele propôs nesta semana um “DEMbargo”, um embargo de recursos para a legenda até que Biden anuncie sua desistência.
“Quando um país não se comporta como queremos, aplicamos duras sanções econômicas. É um dar e receber – dano de curto prazo para cura de longo prazo”, disse.
Outro nome que se juntou ao movimento foi o filantropo Gideon Stein, que suspendeu repasses de US$ 3 milhões (R$ 16,4 milhões) previstos para o Partido Democrata.
O cofundador da Netflix, Reed Hastings, um apoiador de peso do partido, juntou-se ao grupo que vocaliza a necessidade de Biden desistir da candidatura. Hastings e a mulher dele, Patty Quillin, doaram mais de US$ 20 milhões (R$ 109,6 milhões) aos democratas nos últimos anos.
Biden, por outro lado, admitiu ter passado por um debate ruim, mas não deu qualquer sinalização de que planeje encerrar a campanha neste momento. O Partido Democrata formalizará em agosto o nome do candidato à presidência. As eleições ocorrem em novembro.
A campanha de reeleição tem US$ 240 milhões (R$ 1,3 bilhão) nos cofres, dinheiro que não poderia ser transferido a outro candidato que não fosse a vice na chapa, a atual vice-presidente Kamala Harris.
r7