Rodrigo Pacheco diz a empresários que Senado vai aprovar arcabouço fiscal com ‘urgência que o caso impõe’
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) disse no início da tarde desta segunda-feira (8) que os senadores aprovarão com urgência a proposta de arcabouço fiscal enviada pelo governo Lula (PT) ao Congresso. A fala ocorreu durante evento da Fiesp, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, na capital paulista.
“[O arcabouço] É uma opção do novo governo, nós vamos aceitar. Já foi encaminhado o projeto de lei complementar, será aprovado certamente na Câmara dos Deputados, chegando no Senado Federal nós também o aprovaremos com o sentimento de urgência que o caso impõe”, afirmou Pacheco.
Para o parlamentar, a responsabilidade fiscal é fundamental e o novo arcabouço pode atingir este objetivo. Ele elogiou o Teto de Gastos, que congelou as despesas públicas e foi aprovada no governo de Michel Temer (MDB), em 2016.
Pacheco declarou que o Teto “foi fundamental para o Brasil enfrentar as crises que enfrentou, inclusive a pandemia, porque permitiu ao estado brasileiro ter responsabilidade fiscal que fizesse com que nossa economia fosse resiliente e que se evitasse uma gastança pública desenfreada.
Ainda em fala ao empresariado, o presidente do Senado foi de encontro ao governo Lula ao considerar que a atual taxa de juros do país, definida em 13,75% pelo Banco Central, interfere na economia nacional.
No dia 4 de maio, Lula criticou o presidente do BC, Roberto Campos Netto, após o banco manter a taxa de juros. “É engraçado, é muito engraçado o que se pensa neste país. Todo mundo aqui pode falar de tudo, só não pode falar de juros. Todo mundo tem que ter cuidado. Ninguém fala de juros, como se um homem sozinho pudesse saber mais do que a cabeça de 215 milhões de pessoas”, disse.
Em sua fala na Fiesp, o senador Pacheco defendeu juros mais baixos, como tem defendido Lula e o ministro da Economia, Fernando Haddad, desde que respeitada a autonomia do BC — tema aprovado pelo Congresso.
“Eu vejo absolutamente possível se ter uma redução gradativa a partir de agora dessa taxa básica de juros, obviamente respeitando aquilo que nós concebemos no Congresso Nacional, que foi a autonomia do Banco Central, a tecnicidade das decisões do Banco Central”, afirmou.
“É um anseio do presidente da República eleito com 60 milhões de votos, que nós possamos ter paulatinamente essa redução da taxa de juros”.
G1