Rogério afirma que julgamento de Bolsonaro foi como uma “câmara de gás”

Postado em 28 de novembro de 2025

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL), voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) durante entrevista ao programa 12 em Ponto, da 98 FM Natal, nesta sexta-feira (28). Ao comentar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador afirmou que o processo foi “semelhante a uma câmara de gás”, referência aos instrumentos de extermínio utilizados pelo regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

Segundo o senador, o processo que levou à condenação de Bolsonaro teria sido “completamente irregular”.

Ele afirmou que o ex-presidente não teve direito ao “juiz natural”, princípio constitucional que determina que um réu deve ser julgado pela instância adequada. Marinho criticou o fato de o caso ter sido decidido diretamente no STF, ressaltando que Bolsonaro foi o “primeiro presidente da República julgado diretamente pela Suprema Corte”.

O senador também questionou a imparcialidade do magistrado responsável, alegando que o ministro teria se colocado como vítima na ação. “Então, ele não teve a imparcialidade que se quer ou se requer do magistrado”, afirmou.

Marinho apontou ainda que, quando foi decretado o trânsito em julgado, Bolsonaro já estava preso há mais de 100 dias por outro processo, o que, segundo ele, agrava o cenário de irregularidades. O parlamentar classificou como “câmara de gás” o fato de o caso ter sido analisado por uma das turmas do Supremo, e não pelo plenário, citando “mudança de entendimento por conveniência política”.

“Essa câmara de gás que eu falei foi porque, ao invés de ser julgado, como diz a constituição, que um presidente deveria ser julgado no Supremo Tribunal Federal pelo pleno, ele foi numa turma, por uma mudança de entendimento que aconteceu por conveniência política”, disse.

12 em Ponto, da 98 FM Natal