O secretário de Estado da Administração do Rio Grande do Norte, Pedro Lopes de Araújo Neto, pediu exoneração do cargo. O pedido foi formalizado no Ofício SEAD nº 6069/2025, encaminhado à governadora Fátima Bezerra, e confirmado por ele em publicação nas redes sociais nesta quarta-feira 19.

No documento, Pedro Lopes informou que deixa o cargo para assumir a vice-presidência da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), durante o 20º Conafisco, previsto para ocorrer em 24 de novembro, em Natal. Ele registrou que a desincompatibilização é uma exigência estatutária.

O secretário afirmou: “O retorno a atividade classista, de onde vim, e vivi de 2003 a 2018, dará prosseguimento a missão de fortalecimento da administração tributária e do serviço público, princípios que se coadunavam com a sua história como parlamentar, sendo este o motivo pelo qual decidi a acompanhar na gestão do Governo do RN a partir de 1º de janeiro de 2019, primeiramente como Controlador Geral do Estado e em seguida como Secretário de Estado da Administração”.

Ele citou que esteve no governo por “7 anos, 10 meses e 11 dias” e escreveu: “Zelamos pelo patrimônio público do RN quando estruturamos e fortalecemos o controle interno e a contabilidade governamental”.

Pedro Lopes também registrou: “Destaco, Governadora, todo apoio que prestou nas atividades que desenvolvemos nos processos de revisão e fiscalização de contratos públicos, que ensejaram mais de R$ 100 milhões em economias para os cofres públicos no primeiro período da gestão”.

No texto, ele mencionou ações relacionadas aos servidores públicos: “Quitamos as quatro folhas atrasadas deixadas pela gestão anterior, na ordem de R$ 1 bilhão, passamos a pagar em dia e com previsibilidade, a partir de calendário de pagamento publicado anualmente, reestruturamos praticamente todas as carreiras da administração estadual”.

Ele continuou: “Todos os servidores tiveram recomposição salarial, foram realizados 13 concursos e 12 estão em andamento, mais de 11 mil nomeações até o momento, devendo superar 15 mil até o fim da gestão, e agora os servidores tem em lei uma política de recomposição salarial permanente”.

O secretário também escreveu: “Apresar de termos recebido o Estado deficitário no primeiro ciclo de gestão, e sofrendo sabotagem superior a R$ 2 bilhões em receitas neste segundo ciclo, devido a redução da incidência do ICMS sobre combustível e energia elétrica, em 2022, e a redução da modal para 18%, em 2024, revolucionamos a administração pública do Rio Grande do Norte a partir da adoção de políticas voltadas aos controles, processos e principalmente de valorização e respeito aos servidores públicos”.

Ele encerrou afirmando: “Afirmo que honrou com a sua história e o compromisso com o fortalecimento dos serviços públicos e por isso ressalto meu orgulho de ter participado até este dia da sua gestão, sendo grato pela oportunidade que me proporcionou de contribuir com o povo do Rio Grande do Norte”.

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