Senador Kajuru diz que “jogadores do ABC são piores do que prostitutas”
O senador Jorge Kajuru, de Goiás, se revoltou com a vitória do ABC sobre o Vila Nova, resultado que acabou com o sonho do time goiano de conquistar o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro. Em duelo pela última rodada da Série B, o Alvinegro, rebaixado de forma antecipada, venceu por 3 a 2 no Frasqueirão. Kajuru estava em Natal para acompanhar o Vila e publicou vídeo nas redes sociais com um desabafo em que chama os jogadores do ABC de “canalhas” e “bandidos” (veja abaixo).
- Para mim, os jogadores do ABC de Natal são piores do que prostitutas. Muito piores. As prostitutas são mais éticas do que eles. Eles até agora não jogaram nada, deixaram o ABC rebaixado, desmoralizado no Campeonato Brasileiro. O ABC vai agora para a terceira divisão, de repente vai para a Série D. Tomara que vá para a Série Z. Tô cagando para o ABC de Natal – declarou.
O senador, que é jornalista esportivo, disse ainda que cada jogador do ABC teria recebido R$ 200 mil de “mala branca”, como incentivo para vencer o Vila
- Tenho 45 anos de carreira no futebol. A maioria da classe é de bandido, é de canalha (…) Vocês (jogadores do ABC) são canalhas, bandidos. Vocês não tiveram dignidade de vestir a camisa do ABC durante o campeonato, rebaixaram o time, e, na última rodada, no último jogo, jogaram como se fosse uma Copa do Mundo porque vocês receberam R$ 200 mil cada um de prêmio para derrotar o Vila Nova e derrotaram. É por isso que tenho nojo do futebol – completou.
Com a vitória do ABC, o Vila ficou com 61 pontos e terminou a Série B na oitava posição. O resultado ajudou o Atlético-GO, rival do Vila, na conquista do acesso à Série A.
Sindicato se manifesta
O Sindicato dos Atletas de Futebol Profissional do Estado do Rio Grande do Norte (Safern) repudiou a declaração do senador Jorge Kajuru, que “difama e injuria todos os jogadores do ABC”.
“Certamente que o senador, em disparate, deve ter confundido sua condição de homem público eleito pelo povo do Estado de Goiás com a sua profissão nata de jornalista, onde a emoção, o equilíbrio precisa ser contido para o bem da informação isenta. Atingir a dignidade das pessoas afronta cláusulas pétreas inseridas na Carta de Outubro, notadamente o art. 5º e suas derivações”, aponta a nota.
“Sabendo disto, cumpre-nos o dever de sugerir ao jornalista que se retrate, publicamente e no mesmo tempo e modo, das gravíssimas acusações proferidas contra os profissionais que defenderam bravamente o centenário clube potiguar”.
A Safern destacou ainda que a manifestação será enviada ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco.
GE