Sindicato alerta sobre adoecimento mental também na Polícia Civil
Após a tragédia do assassinato seguido de suicídio de policiais militares do Distrito Federal, do domingo (14/1), o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) alertou para o adoecimento mental também na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
Segundo o Sinpol-DF, a “desvalorização profissional e os problemas psicológicos permeiam os bastidores das forças de segurança do DF”.
O sindicato destacou um estudo divulgado em outubro de 2023, segundo o qual 74,4% dos policiais civis relataram terem tido sintomas de depressão e ansiedade, mas apenas 42,7% buscaram tratamento psicológico ou psiquiátrico.
Aproximadamente 400 policiais civis apresentam atestado médico para afastamento das atividades por doenças mentais todos os anos segundo dados do Departamento de Gestão de Pessoas (DGP) da PCDF que constam na pesquisa. O número representa 7% do efetivo.
Segundo o Sinpol-DF, o adoecimento está intrinsecamente ligado à desvalorização da categoria, “que enfrentou perdas salariais em relação à inflação ao longo dos últimos anos”. “Além disso, o baixo efetivo da PCDF ainda persiste”, enfatizou.
O presidente do Sinpol-DF, Enoque Venancio de Freitas, disse que os policiais civis têm carga excessiva de trabalho imposta pela falta de profissionais na corporação.
“Os policiais civis, além das horas ordinárias, cumprem carga extra com o Serviço Voluntário Gratificado (SVG), uma medida para reabrir delegacias fechadas devido ao baixo efetivo, mantendo todas as unidades abertas 24 horas”, afirmou.
Caso um profissional da corporação precise de ajuda, a Policlínica da PCDF oferece espaço de descompressão presencial e on-line, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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