O Sistema Único de Saúde (SUS) dará um passo importante na oncologia ao incorporar a prostatectomia radical assistida por robô para o tratamento de pacientes com câncer de próstata clinicamente localizado ou localmente avançado. Essa tecnologia representa um avanço significativo na forma como a cirurgia é realizada, oferecendo precisão e redução de complicações em comparação com métodos tradicionais.

A prostatectomia radical é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção completa da próstata e das vesículas seminais, podendo incluir também os linfonodos pélvicos, com o objetivo de eliminar o tumor e diminuir o risco de recorrência. 

Com a chegada da técnica robótica ao SUS, espera-se melhorar os resultados clínicos e a experiência do paciente durante o tratamento.

Como funciona a cirurgia robótica

A cirurgia robótica permite que o cirurgião opere com controle remoto por meio de braços robóticos, que oferecem movimentos precisos e uma visão tridimensional ampliada do campo cirúrgico. Entre os benefícios desse método estão:

•  Maior precisão nos cortes e preservação de tecidos saudáveis;
•  Menor perda de sangue durante o procedimento;
•  Menor período de hospitalização e retorno mais ágil às atividades;
•  Menor risco de complicações pós-operatórias, como incontinência urinária e disfunção sexual.

Implementação no SUS

O Ministério da Saúde estabeleceu um prazo de até 180 dias para que a cirurgia seja ofertada de forma regular nos hospitais conveniados ao SUS. Para isso, serão definidos protocolos clínicos, centros de referência e programas de treinamento voltados a equipes médicas, garantindo que a técnica seja aplicada de maneira segura e eficaz.

Além disso, a incorporação da tecnologia segue o parecer da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que aprovou o uso da prostatectomia robótica para casos selecionados de câncer de próstata, alinhando a prática às diretrizes nacionais de tratamento oncológico.

Benefícios para pacientes e profissionais

A adoção da cirurgia robótica não apenas aumenta a eficiência do tratamento, mas também contribui para a capacitação de novos profissionais, reduzindo a curva de aprendizado em cirurgias complexas. 

O ambiente controlado e supervisionado favorece o treinamento, ao mesmo tempo em que garante maior segurança aos pacientes.

Com essa iniciativa, o SUS amplia o acesso a tratamentos modernos e eficazes, reforçando o compromisso com a qualidade da assistência oncológica e oferecendo novas perspectivas para pacientes com câncer de próstata em todo o Brasil.

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