Suspeito de envolvimento na morte do prefeito de João Dias é apontado por novo crime de extorsão

Postado em 4 de novembro de 2025

Um dos suspeitos de envolvimento no assassinato do prefeito de João Dias foi novamente apontado em outro crime, desta vez por associação criminosa. Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Norte, o homem foi preso no Paraguai em 22 de agosto deste ano, junto a outros três investigados.

As investigações indicam que o suspeito continuava coordenando o grupo criminoso, determinando a prática de extorsões com o objetivo de arrecadar dinheiro para custear suas próprias despesas e mantendo as atividades da organização.

Além dele, outros dois homens tiveram mandados de prisão preventiva expedidos pelo mesmo crime. A Polícia Civil informou que ambos foram detidos — um em São Paulo e outro em Patu, no interior potiguar. Eles são apontados como executores diretos das ordens do líder, sendo responsáveis por cobranças, ameaças e pelo repasse dos valores obtidos de forma ilícita.

Após os procedimentos legais, os presos permaneceram à disposição do Poder Judiciário e do Ministério Público.

A operação foi coordenada pela 7ª Delegacia Regional de Patu, com o apoio da Polícia Civil de São Paulo (PCSP) e da 8ª Delegacia Regional de Alexandria, que atuaram na localização e captura dos suspeitos.

Relembre o caso

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte prendeu, no dia 22 de agosto deste ano, três suspeitos pelo assassinato do prefeito de João Dias, Marcelo Oliveira de Araújo, ocorrido em agosto de 2024.

As prisões ocorreram em Ciudad del Este, no Paraguai, durante uma operação internacional que contou com o apoio da Polícia Federal, da Divisão de Homicídios de Foz do Iguaçu (PR) e da Polícia Nacional do Paraguai.

Entre os detidos estão Damária Jácome de Oliveira, vice-prefeita à época do crime; Leidiane Jácome de Oliveira, vereadora e irmã de Damária; e Weverton Claudino Batista, apontado como intermediário na contratação dos executores. Os três estavam foragidos desde agosto do ano passado.

De acordo com a polícia, Damária e Leidiane teriam motivação política para ordenar o assassinato do prefeito, enquanto Weverton Claudino teria atuado no planejamento e na logística do crime.

Marcelo Oliveira, de 38 anos, era candidato à reeleição quando foi morto a tiros dentro de sua residência, em João Dias, município do interior potiguar com cerca de dois mil habitantes. O prefeito foi atingido por 11 disparos e chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

Durante o atentado, o pai do gestor, Sandi Alves de Oliveira, de 58 anos, também foi morto.

A Polícia Civil acredita que 14 pessoas participaram do crime. Cinco delas já haviam sido presas anteriormente, entre elas um pastor de 27 anos e um homem de 49, apontado como integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC).

98fm