Taxa de desmatamento na Amazônia Legal cai 6% em maio

A taxa de desmatamento na Amazônia Legal caiu 6% em maio deste ano. Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), foram registrados 295 km² de derrubada (o equivalente a 951 campos de futebol por dia), ante 314 km² observados no mesmo período do ano passado.
Entre os nove estados da Amazônia brasileira, os que mais contribuíram para o desmatamento no mês foram Amazonas (31%), Mato Grosso (30%) e Pará (25%). Juntos, os estados concentram 86% de toda a perda vegetal detectada no período.

Além do crescimento na área desmatada em toda a Amazônia Legal, houve um aumento na derrubada de árvores em áreas protegidas. Das 10 Terras Indígenas (TI) mais afetadas no mês, quatro estão no território amazonense. Já entre as 10 Unidades de Conservação mais afetadas, quatro estão no Pará.
“O Amazonas e o Pará tem grandes extensões territoriais de florestas e historicamente suas matas são ameaçadas. É fundamental que os governos estaduais juntamente com o governo federal intensifiquem as ações de combate a esse crime ambiental, especialmente nas áreas protegidas”, pontuou Manoela Athaide, pesquisadora do Imazon.
Degradação cresce em maio
No quinto mês de 2025, a degradação florestal, resultante das queimadas e da exploração madeireira, atingiu 679 km² — valor 113 vezes maior que em maio de 2024, quando a área afetada foi de 6 km². A derrubada, que ficou atrás apenas de maio de 2016, equivale aproximadamente ao tamanho da cidade de Florianópolis.
Conforme os dados, o Pará foi o estado que mais concentrou a degradação em maio, sendo responsável por 56% da atividade em todo território amazônico. Esse número representa a perda de 379 km² de floresta. É também no território paraense que estão seis dos 10 municípios que mais degradaram o bioma. Os outros quatro ficam nos estados de Rondônia, Maranhão e Mato Grosso.
No acumulado do calendário de desmatamento, que vai de agosto de 2024 a maio de 2025, a degradação florestal apresentou o maior número da série histórica. O crescimento foi de 302%, com a área afetada passando de 8.627 km² no calendário anterior (de agosto de 2023 a maio de 2024), para 34.717 km².
sbt