Tecnologia da vacina contra a Covid-19 repõe colágeno e funciona como antirrugas em testes nos EUA.
A tecnologia das vacinas de RNA mensageiro (mRNA), usada nos imunizantes contra a Covid-19 durante a pandemia, foi utilizada com sucesso para a reposição de colágeno, com ação antirrugas, a fim de amenizar os efeitos do tempo na pele. A descoberta foi publicada na revista Nature Biomedical Engineering, especializada na cobertura dos avanços das ciências e da medicina.
Pesquisadores americanos e chineses desenvolveram um adesivo de mRNA que tem agulhas microscópicas para estimular as células a produzirem colágeno naturalmente. A diminuição da presença dessa proteína na pele é um dos principais fatores para a formação das marcas de envelhecimento.
O estudo utilizou ratos sem pelo para simular os efeitos da radiação UV na pele humana e a consequente formação de rugas. Para efeito de comparação, os roedores foram divididos em dois grupos de quatro; metade recebeu o tratamento experimental, e a outra, não.
Após oito semanas, os animais que ficaram expostos à luz tiveram um nítido envelhecimento das células do corpo pela falta de colágeno. Segundo a pesquisa, era possível fazer uma comparação visual com as demais cobaias que não passaram pelo estímulo luminoso.
Na sequência, os cientistas aplicaram o adesivo de mRNA para ativar a produção de colágeno e, assim, recuperar o aspecto e as características da pele.
Após 28 dias, o resultado alcançado animou os estudiosos, que verificaram que a pele dos ratos voltou a ter uma aparência mais uniforme, como era antes do início do teste.
Os pesquisadores conseguiram constatar o efeito do novo tratamento já nos primeiros sete dias depois da aplicação do adesivo. Além da diminuição das marcas, a pele dos ratos demonstrou maior elasticidade e firmeza.
O experimento foi realizado só em laboratório e em cobaias, mas a técnica estimuladora da produção de colágeno pode ser uma alternativa promissora para recuperar a pele e até para adiar o surgimento das rugas.
O efeito alcançado, porém, não é permanente. Os animais que tiveram a pele estimulada pela luz UV e depois receberam o novo adesivo voltaram a ter rugas uma semana depois que o tratamento foi suspenso.
R7