Tesla vai demitir mais de 10% de seus funcionários ao redor do mundo em meio à queda nas vendas
A Tesla demitirá mais de 10% de sua força de trabalho global, de acordo com um memorando interno visto pela Reuters nesta segunda-feira, uma vez que a empresa enfrenta queda nas vendas em meio à intensificação da disputa de preços dos veículos elétricos.
A maior montadora do mundo em valor de mercado tinha 140.473 funcionários em todo o mundo em dezembro de 2023, segundo seu último relatório anual. O memorando não informou quantos empregos seriam afetados.
Alguns funcionários já foram notificados sobre as demissões, disse uma fonte familiarizada com o assunto à Reuters, recusando-se a ser identificada devido à delicadeza do assunto.
“Enquanto preparamos a empresa para nossa próxima fase de crescimento, é extremamente importante analisar todos os aspectos da empresa para reduzir custos e aumentar a produtividade”, disse o presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, no memorando.
“Como parte desse esforço, fizemos uma análise minuciosa da organização e tomamos a difícil decisão de reduzir nosso quadro de funcionários em mais de 10% em todo o mundo”, disse.
A Tesla não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
As ações da Tesla caíam 3,25% nas negociações da bolsa americana NASDAQ.
Os cortes planejados ocorrem depois que a Tesla informou neste mês que suas entregas globais de veículos no primeiro trimestre caíram pela primeira vez em quase quatro anos, uma vez que a redução de preços não conseguiu estimular a demanda.
A Tesla, que divulga seu balanço trimestral em 23 de abril, está a caminho de uma desaceleração em 2024, após anos de rápido crescimento nas vendas.
A fabricante de veículos elétricos tem demorado a atualizar seus modelos antigos, enquanto as taxas de juros altas têm minado o apetite do consumidor por itens caros e rivais na China, o maior mercado automotivo do mundo, estão lançando modelos mais baratos.
A empresa está buscando reforçar suas margens, que têm sido prejudicadas por repetidos cortes de preços.
Ela registrou uma margem de lucro bruto de 17,6% no quarto trimestre, a menor em mais de quatro anos.
CNN