Teste do estouro: Anvisa suspende lotes de preservativos da Blowtex.
Conforme resolução-re nº571, publicada no Diário Oficial da União de quinta-feira (22/02), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a venda, a distribuição, a propaganda e o uso de lotes de preservativos masculinos das marcas Blowtex Zero e Blowtex Sensitive Super Aloe Vera, da Fábrica de Artefatos de Látex Blowtex Ltda., por falhas nos testes de estouro antes do prazo de validade.
Segundo a resolução, a motivação ocorreu “considerando que os lotes dos produtos falharam nos ensaios de estouro, após três anos, o que impossibilita a manutenção de sua validade por até cinco anos. Considerando as ações de campo de recolhimento iniciadas pela empresa detentora dos registros, a Fábrica de Artefatos de Látex Blowtex Ltda. Considerando os Alertas de Tecnovigilância nº 4007/2023 e nº 4008/2023; Considerando que os produtos são classificados como materiais para uso em saúde, grau de risco III; considerando o o art. 7º, inciso XV da lei 9782/99, e o art 16, inciso II da 8077.”
Já no site da Blowtex, a empesa alertava sobre os problemas com a validade. “Esteja ciente de que alguns lotes de nossos preservativos Blowtex Zero e Blowtex Sensitive Super Aloe Vera têm uma data de validade incorreta. Esses lotes foram inicialmente produzidos com prazo de validade de 5 anos a partir da data de fabricação. Testes laboratoriais recentes indicaram que pode haver um risco maior de ruptura para preservativos com mais de 3 anos de fabricação”, diz o comunicado.
O chamado teste de estouro é um dos controles de qualidade para garantir que o produto está apto a cumprir com as suas finalidades, no caso do preservativo manter-se íntegro e evitar o contato da pele da região genital dos indivíduos envolvidos na relação sexual. O procedimento consiste em pressionar a camisinha com uma tensão máxima de ar até que ela se rompa. Se isso ocorrer antes dos valores estipulados, ela falha no teste por oferecer maior risco de rasgar durante o ato sexual.
Estado de Minas