Tomba Farias defende que Walter assuma o Governo do RN após renúncia de Fátima

Postado em 19 de dezembro de 2025

O deputado estadual Tomba Farias (PL), um dos principais líderes da oposição no Rio Grande do Norte, defendeu publicamente que o vice-governador Walter Alves (MDB) assuma o comando do Governo do Estado caso se confirme a renúncia da governadora Fátima Bezerra (PT) em abril de 2026.

Segundo o parlamentar, Walter reúne predicados para ocupar o cargo. “Walter tem uma história. Foi deputado estadual, foi deputado federal, é filho de Garibaldi Alves Filho, um dos maiores governantes de todos os tempos”, registrou o deputado, em entrevista à rádio 95 FM.

Tomba afirmou que, se pudesse aconselhar Walter Alves, recomendaria que o líder do MDB no RN assuma a gestão estadual e conduza o Estado. Além disso, o deputado cobrou que o vice-governador tenha uma posição clara sobre o processo eleitoral, em meio às especulações de que Walter pode transitar em vários palanques em 2026.

“Ele é quem sabe os problemas. Agora, na política a gente precisa definir a vida da gente. Eu nunca fiquei em cima do muro para nada. O homem tem que ter a proposta, tem que ser decisivo nessas horas”, enfatizou Tomba.

O deputado disse ainda ter sugerido a Walter que cobre do Governo Lula apoio ao Estado. “Eu disse a ele: ‘Olha, você tem que cobrar do governo, porque Fátima propôs que ia chegar o governo dela e o Governo Lula. E se o governo está aí, qual é a saída e a solução? Arrumar recursos para ajudar o RN nesse momento de dificuldade”, declarou.

Tomba Farias acrescentou não ter dúvidas sobre o desfecho do processo sucessório. “Eu não tenho a menor dúvida que o vice-governador vai assumir”, declarou.

Walter Alves tem hesitado em assumir o governo. A interlocutores, o vice-governador tem manifestado preocupação com a situação fiscal e financeira do Estado. Segundo aliados, seu desejo político no momento seria disputar um mandato de deputado estadual e, uma vez eleito, concorrer à presidência da Assembleia Legislativa em 2027.

Cadu Xavier entra no debate, mas é visto como inviável
Questionado sobre a possibilidade de o Estado passar por uma eleição indireta caso Fátima Bezerra renuncie e Walter Alves decida não assumir o governo, Tomba foi categórico ao descartar o cenário. Segundo ele, essa hipótese não encontra respaldo político na Assembleia Legislativa.

“Eu não acredito que isso vai acontecer”, afirmou. Para o deputado, a escolha indireta de um governador seria politicamente frágil. Tomba reconheceu que há comentários pontuais entre parlamentares, mas minimizou a relevância. “Algumas pessoas têm falado, mas muito pouco. Para mim, isso aí é fora do contexto”, completou.

No debate sobre uma eventual alternativa ao nome de Walter Alves, o deputado comentou especulações envolvendo o secretário de Fazenda, Cadu Xavier (PT). Embora tenha reconhecido a capacidade técnica do auxiliar do governo, Tomba afirmou que não vê viabilidade política para que ele assuma o Executivo estadual.

“Eu acho o Carlos Eduardo Xavier uma pessoa competente”, disse, ponderando em seguida: “Mas eu acho que inviabiliza ele ser candidato, sentar na cadeira para ser governador.”

Segundo Tomba, a Assembleia Legislativa não concordaria com esse movimento. “A Assembleia não concorda nada com isso. Eu tenho quase certeza disso”, afirmou, reforçando que não acredita que o processo sucessório chegue a esse ponto.

Projeção eleitoral para 2026
Ao tratar do cenário eleitoral de 2026, Tomba deixou claro seu alinhamento com o grupo político da direita no Estado e defendeu o nome do senador Rogério Marinho (PL) como candidato ao Governo do Rio Grande do Norte.

“Tem alguém mais preparado para assumir o Governo do Estado que Rogério Marinho? Capacitado, sangue nos olhos, firme, seguro”, afirmou. Para o deputado, Rogério reúne experiência política e capacidade de articulação institucional. “Eu acredito que ele é o nosso candidato a governador do Estado do Rio Grande do Norte”, completou.

Tomba também defendeu a união do campo político conservador no pleito de 2026. “Eu prego a união da direita”, disse, ao comentar possíveis composições envolvendo outros nomes do espectro político.

Emendas parlamentares
Durante a entrevista, Tomba Farias comentou a execução das emendas parlamentares pelo Governo do Estado. Segundo ele, houve avanço parcial nos pagamentos nos últimos meses. “A partir de setembro, outubro e novembro, deu uma melhorada nos pagamentos das emendas”, afirmou.

De acordo com o deputado, a expectativa é que o percentual quitado chegue a até 80%. “Estão dizendo que vão deixar os pagamentos em 70% a 80% de emendas pagas, o que é um grande avanço, diante da dificuldade do Estado”, declarou. Embora reconheça que as emendas são impositivas, Tomba ponderou que o cenário fiscal impõe limites. “O Governo pagar 80% das emendas já é de bom tamanho.”

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