Trump diz que acordo entre Rússia e Ucrânia está próximo e aponta avanço nas garantias de segurança

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (28) que um acordo entre Rússia e Ucrânia está próximo. Segundo ele, cerca de 95% das questões relacionadas às garantias de segurança para a Ucrânia já foram resolvidas. As declarações foram feitas durante uma coletiva de imprensa após reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O presidente norte-americano afirmou ainda que conversou por telefone com diversos líderes europeus, incluindo a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres.
Após o encontro, Zelensky declarou que as garantias de segurança representam o “marco fundamental para alcançar uma paz duradoura”. Segundo ele, equipes europeias e ucranianas continuarão trabalhando nos termos do acordo e devem se reunir “nas próximas semanas” para concluir os pontos discutidos.
Trump afirmou também que a Rússia deverá assumir alguma responsabilidade na reconstrução da Ucrânia. Segundo ele, o presidente russo, Vladimir Putin, teria demonstrado disposição em contribuir para o sucesso do país, citando a possibilidade de fornecimento de energia, eletricidade e outros serviços a preços reduzidos.
Ainda de acordo com Trump, Putin não concordou com um cessar-fogo imediato porque não quer interromper os combates e, posteriormente, ter de retomá-los. Questionado sobre o prazo para um acordo definitivo, o presidente dos Estados Unidos disse que o desfecho pode ocorrer “em algumas semanas”, mas admitiu que ainda existe a possibilidade de as negociações não avançarem.
“Dentro de algumas semanas saberemos de um jeito ou de outro”, afirmou.
Encontro entre Trump e Zelensky
A reunião ocorreu após o líder ucraniano solicitar um encontro pessoal com Trump para discutir um plano de 20 pontos para o fim da guerra. Kiev tem pressionado Washington a modificar um plano de paz cujo rascunho, revelado no mês passado, teria incorporado exigências centrais de Moscou, como a cessão de mais território, a renúncia a futuras alianças militares e a imposição de restrições às forças armadas ucranianas.
O governo ucraniano afirma que essas condições deixariam o país vulnerável a novos ataques da Rússia, que invadiu o território ucraniano em 2014 e novamente em 2022.
SBT
