O vice-governador Walter Alves afirmou nesta terça-feira 10 que convidou o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, atualmente no PSDB, para se filiar ao MDB. Para isso, Walter disse ter proposto a Ezequiel uma “gestão compartilhada” no comando do MDB no Estado. A iniciativa, segundo ele, tem o objetivo de fortalecer a legenda internamente, mirando as eleições de 2026 e as futuras. A presidência do diretório estadual ainda está em processo de negociação e não há definição sobre quem exercerá a função, se Ezequiel ou Walter.

“Isso aí nós estamos conversando. O que é que eu estou propondo? Uma gestão compartilhada”, afirmou Walter, em entrevista à 98 FM.

Na segunda, em entrevista a outra rádio (96 FM), o vice-governador afirmou que sua prioridade para o MDB é eleger deputados estaduais e federais. Para a chapa de estadual, ele citou conversas com nomes como Ezequiel, Dr. Bernardo, Hermano e Kleber Rodrigues, que já têm mandato atualmente. Para federal, ele citou diálogo com Kelps Lima, Jean Paul Prates e Carlos Eduardo.

Na entrevista de ontem à 98 FM, o vice-governador falou também sobre a possível federação nacional entre o MDB e o Republicanos, partido que é comandado no RN pelo ex-prefeito de Natal Álvaro Dias. Walter Alves afirmou que, caso a federação seja oficializada, o comando no RN caberia ao MDB, com base nos critérios adotados para esse tipo de união entre partidos.

“Os critérios que são adotados em uma federação, quais são? Deputado federal na última eleição. O MDB teve mais de 180 mil votos. Então, aqui, o MDB teria a força da presidência”, ressaltou.

O vice-governador disse que isso cria um cenário político que chamou de “curioso”, mas reforçou que, com base nos critérios técnicos, a liderança da federação caberia ao MDB. Nesse cenário, Álvaro teria que deixar o Republicanos para que o comando da federação no Estado seja transferido ao MDB, segundo ele.

Walter revelou ainda ter conversado com o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, e que a discussão está em andamento, apesar de entraves pontuais em estados como Espírito Santo e Paraíba. “Existe a possibilidade”, disse.

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