Zambelli é alvo de busca e apreensão pela PF
A Polícia Federal (PF) cumpre mandados de busca e apreensão contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), na manhã desta quarta-feira (2/8), em seu aparamento funcional e no gabinete da deputada em Brasília.
Além disso, está na mira da PF o hacker Walter Delgatti Neto, conhecido como ‘hacker de Araraquara’. O nome do hacker ficou conhecido na Operação Lava-Jato. Ele foi preso por acessar contas de aplicativos de mensagens de autoridades responsáveis pela operação, a chamada “Vaza Jato”. De acordo com a PF, há um mandado de prisão preventiva contra o hacker.
Ainda segundo a corporação, a ‘Operação 3FA’ tem o objetivo de esclarecer uma suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
Em depoimento à PF, Delgatti Neto disse que a deputada Carla Zambelli pediu que ele invadisse o sistema das urnas eletrônicas e o celular do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal federal (STF).
O hacker afirmou, ainda, que a parlamentar sugeriu que ele incluísse, no Banco Nacional de Mandados Prisão, um decreto de reclusão contra o magistrado. O hacker afirmou à PF que não conseguiu invadir o sistema eletrônico de votação.
“Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes”, informou a assessoria da corporação.
“As inserções fraudulentas ocorreram após invasão criminosa aos sistemas em questão, com a utilização de credenciais falsas obtidas de forma ilícita, conduta mediante a qual o(s) criminoso(s) passaram a ter controle remoto dos sistemas”, acrescentou.
Estadão de Minas