Zanin se reúne com Rosa e define posse no STF em 3 de agosto
O advogado Cristiano Zanin deve tomar posse no STF (Supremo Tribunal Federal) no dia 3 de agosto, segundo informou a corte.
Zanin se encontrou nesta quinta-feira (22) com a presidente do STF, ministra Rosa Weber, um dia depois de ter sido aprovado pelo Senado Federal .
Ele substituirá o ministro Ricardo Lewandowski, que atingiu a idade de aposentadoria compulsória (75 anos).
Conforme o Supremo, a reunião entre Zanin e Rosa durou cerca de 40 minutos. “Depois do encontro, eles se reuniram com os demais ministros da corte antes da retomada da sessão. Zanin também conversou com a cúpula administrativa do tribunal para obter detalhes sobre como será o funcionamento de seu gabinete”, informou o STF.
Advogado do presidente Lula (PT) nos processos da Lava Jato, Zanin teve seu nome chancelado pelo Senado por 58 votos a 18.
Lula confirmou a indicação de Zanin —seu amigo pessoal— para o Supremo em 1º de junho. O advogado poderá ficar no STF até novembro de 2050.
Antes da aprovação pelo plenário do Senado, Zanin passou por sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa, onde também teve seu nome aprovado, por 21 votos a 5.
A sabatina transcorreu sem sobressaltos e com elogios ao advogado, inclusive de senadores críticos a Lula, com menções positivas sobretudo ao perfil garantista de Zanin —ou seja, que reforçam o direito de ampla defesa de acusados e investigados.
A escolha de Lula foi alvo de questionamentos de que poderia representar uma violação ao princípio da impessoalidade.
No debate realizado no segundo turno de 2022 pela Folha , UOL, Band e TV Cultura , Lula disse que não alteraria a composição do STF para ganhar facilidade em questionamentos judiciais. “Não é prudente, não é democrático um presidente da República querer ter os ministros da Suprema Corte como amigos”, afirmou na ocasião. “Eu acho que a Suprema Corte tem que ser escolhida por competência, por currículo, e não por amizade.”
Zanin conseguiu conquistar a simpatia dos atuais ministros do STF e de grande parcela de políticos, inclusive ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após ter sido notado por questionamentos à Lava Jato.
Folha SP