A vereadora Thabatta Pimenta apresentou proposta para conceder o Título Honorífico de Cidadão Natalense ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
A justificativa da homenagem cita “relevantes serviços prestados à democracia, ao Estado de Direito e à defesa da Constituição Federal”. Segundo a proposta, a atuação de Moraes, marcada pelo combate à desinformação e pela garantia da integridade do processo eleitoral, reflete positivamente na sociedade natalense e brasileira.
Em 2 de fevereiro de 2017, Alexandre de Moraes recebeu da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte o Título de Cidadão Norte-Rio-Grandense, em reconhecimento à sua trajetória como constitucionalista e à atuação durante a crise do sistema prisional potiguar.
A sessão solene para a entrega do título na Câmara Municipal de Natal ainda não tem data definida.
A PF (Polícia Federal) encontrou, entre 101 páginas de uma agenda do general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), uma folha com anotações sobre um possível episódio de espionagem contra um ex-sócio de Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A CNN teve acesso com exclusividade ao material, que foi apreendido pela PF e serviu de subsídio nas investigações relacionadas a um suposto esquema de espionagem ilegal montado na Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
O caso mencionado por Heleno ocorreu em março de 2021, quando o empresário e personal trainer Allan Lucena percebeu que estava sendo monitorado em seu prédio, em Brasília, e acionou a Polícia Militar.
Os policiais abordaram um suspeito em um veículo, que se identificou como agente da PF. O episódio foi registrado em um boletim de ocorrência da Polícia Civil.
Posteriormente, durante as investigações sobre o esquema de espionagem ilegal na gestão Bolsonaro, a PF confirmou que o empresário foi alvo da chamada “Abin paralela”. As investigações da PF concluíram que sistemas da agência foram utilizados para beneficiar Jair Renan.
Em uma das páginas da agenda de Heleno, o general escreveu à mão sobre o caso: “Após notícias na imprensa de que o filho do presidente [Jair Renan] estava utilizando um veículo cedido por um estranho, apenas apuramos que o referido carro, na realidade, estava na posse de outra pessoa. Na verdade, o filho do presidente, cuja segurança é de responsabilidade do GSI, nunca utilizou aquele carro. Ele é filho do presidente. Portanto, é atribuição da Abin verificar o fato”.
Segundo a PF, o agente federal Marcelo Araújo Bormevet e o militar Giancarlo Gomes, que à época atuavam de forma cedida na Abin, eram os responsáveis por espionar Allan Lucena.
Entrevista à CNN Allan Lucena tornou-se desafeto da família Bolsonaro após romper relações comerciais com o filho do ex-presidente. À CNN, afirmou em janeiro de 2024 que já tinha consciência de estar sendo espionado.
“O carro que eu ‘peguei’ na minha garagem era pessoal da Abin, me perseguindo”, relatou Lucena.
Acionada, a Polícia Militar abordou o suspeito, que se identificou como Luiz Felipe Barros Felix, agente da PF cedido para a Abin.
Ao ser chamado para prestar esclarecimentos, Felix contou que trabalhava na Abin vinculado diretamente a Alexandre Ramagem, então diretor-geral da agência.
O episódio apareceu no relatório que serviu de base para o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizar a operação que mirou o ex-diretor da agência e atual deputado federal Ramagem (PL-RJ), além de sete agentes da PF cedidos para a Abin, entre eles, Luiz Felipe Barros Félix.
“Assim, relata-se que Luiz Felipe Barros Félix, agente de confiança de [Alexandre] Ramagem, que operava sob suas ordens, exerceu monitoramento, sem causa legítima, sobre Allan Lucena, personal trainer de Jair Renan Bolsonaro, com vistas a livrar este último de investigações já então em curso no inquérito policial”, dizia trecho do inquérito da PF.
A CNN buscou a defesa do general Heleno e aguarda retorno.
A área sob alertas de desmatamento na Amazônia teve alta de 4% em 2025 (de agosto de 2024 a julho de 2025) em comparação com o período anterior. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram derrubados 4.495 km² no período, área equivalente a três cidades de São Paulo. É o segundo número mais baixo da série histórica iniciada em 2016, perdendo apenas para 2024.
Entre os estados que concentram a maior área sob alerta de desmatamento na Amazônia no período, Rondônia registrou queda de 35% (com 194 km²), e Pará, de 21% (1.325 km²). Por outro lado, foi identificado aumento de 74% em Mato Grosso (1.636 km²) e de 3% no Amazonas (814 km²), impulsionados pelos incêndios no segundo semestre do ano passado.
Já no Cerrado houve redução de 21% nos alertas de desmatamento nos últimos 12 meses. O resultado (5.555 km²) reverteu a tendência de alta registrada desde 2021 no bioma, mas a área derrubada continua superando o total na Amazônia. No Pantanal, o desmatamento caiu 72% (319 km²) no mesmo período.
O resultado do Deter é um indicativo de tendência da taxa anual de desmatamento, que deverá ser divulgada até novembro deste ano. A taxa é medida sempre de agosto a julho pelo sistema Prodes do Inpe, que usa imagens de satélites precisas para identificar áreas sob alertas de desmatamento.
“Dentro da margem, podemos dizer que o desmatamento na Amazônia está estabilizado, mas nosso compromisso é o desmatamento zero até 2030”, disse a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Segundo ela, nos últimos 12 meses, foram realizadas mais de 9,5 mil ações fiscalizatórias na Amazônia, que resultaram em mais de 3,9 mil autos de infração, totalizando R$ 2,4 bilhões em multas.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos divulgou nesta terça-feira (12) um relatório sobre a situação dos direitos humanos no Brasil, com críticas à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O documento, enviado ao Congresso americano, afirma que a situação dos direitos humanos no país “piorou” e “se deteriorou” em 2024. O SBT News procurou o governo brasileiro e o STF para comentar o relatório, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.
Segundo o relatório, tribunais brasileiros teriam tomado medidas “amplas e desproporcionais” para restringir a liberdade de expressão e a atuação na internet, incluindo o bloqueio do acesso de milhões de usuários a uma importante rede social, em resposta a um caso de assédio.
O texto também acusa o governo de suprimir discursos considerados “politicamente desfavoráveis” sob a justificativa de combater o “discurso de ódio”, termo que, segundo o documento, não estaria alinhado ao direito internacional.
O relatório cita ações de Alexandre de Moraes contra a rede social X (antigo Twitter), incluindo a ordem para que a plataforma fosse retirada do ar caso não apresentasse um representante legal no Brasil.
Para o Departamento de Estado, o ministro “suprimiu desproporcionalmente” manifestações de defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro, em vez de aplicar sanções mais direcionadas a conteúdos que incitassem ações ilegais ou assédio.
A avaliação do governo americano está alinhada a declarações anteriores do presidente Donald Trump e do secretário de Estado, Marco Rubio. Com base nessas conclusões, os EUA revogaram vistos de ministros do STF e aplicaram sanções financeiras a Moraes, por meio da Lei Magnitsky.
A percepção de que Bolsonaro e seus apoiadores estariam sofrendo perseguição política também foi usada, entre outras coisas, como justificativa para impor tarifas de 50% sobre a importação de produtos brasileiros, medida que, segundo o governo do Brasil, afeta cerca de 36% das exportações para os Estados Unidos.
O relatório afirma que o que Washington considera “censura” nas redes sociais contra empresas e usuários americanos foi um dos principais pontos analisados no documento.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentará, nesta quarta-feira (13), uma Medida Provisória (MP) contendo uma série de ações destinadas ao setor exportador, em resposta ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos. Entre as medidas está uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para atender produtores afetados pela taxação.
“Vai ser uma política de crédito que a gente está pensando em ajudar sobretudo as pequenas empresas. O pessoal que exporta tilápia, que exporta frutas, que exporta mel, empresas de máquinas. As grandes têm mais poder de resistência. R$ 30 bilhões é o começo. O começo”, disse Lula, em entrevista à rádio BandNews.
Além do crédito, a MP irá contemplar compras governamentais, auxílio à abertura de novos mercados e investimentos para que os setores exportadores expandam seus negócios no próprio mercado interno. Segundo Lula, a intenção do governo é estimular países que mantêm boa relação com o Brasil a expansão de negócios de parte a parte.
“Vai ser extremamente importante para que a gente possa mostrar que ninguém vai ficar desamparado por conta da taxação do presidente [Donald] Trump. Vamos cuidar dos trabalhadores dessas empresas, vamos procurar achar outros mercados para essas empresas. Nós estamos mandando a lista dos produtos que a gente vendia para os Estados Unidos, para outros países”, disse o presidente.
Entenda A taxa de 50% sobre os produtos brasileiros anunciada pelos Estados Unidos entrou em vigor no dia 6 de agosto. Em carta enviada à Brasília, o presidente Donald Trump disse que a decisão buscava “corrigir as graves injustiças do sistema” comercial atual. Ele também associou a medida ao que considera perseguição política contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ataques à liberdade de expressão.
Trump classificou como “vergonha internacional” o julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, chamando o processo de “caça às bruxas que deve acabar imediatamente”. Além disso, criticou decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que, segundo ele, emitiram “centenas de ordens de censura secretas e ilegais” contra plataformas norte-americanas.
Em resposta, Lula afirmou que “é falsa a informação sobre o alegado déficit norte-americano”. Reforçou, ainda, que o “Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém”. Agora, o governo estuda uma possível retaliação com base na Lei da Reciprocidade Econômica.
Ao todo, a taxação de Trump afeta 35,9% das mercadorias enviadas ao mercado norte-americano, o que representa 4% das exportações brasileiras. Para auxiliar os exportadores, o plano de contingência, que será apresentado nesta quarta-feira (13), foi elaborado em conjunto pelos ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), e das Relações Exteriores (MRE).
A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, presidida pela deputada Cristiane Dantas (SDD), realizou, na manhã desta terça-feira (12), uma visita de fiscalização ao Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes, em Natal. A inspeção, que contou também com a presença do deputado Dr. Kerginaldo (PL), ocorreu após a unidade registrar o bloqueio de sete leitos de UTI devido à falta de insumos básicos.
Durante a vistoria, Cristiane Dantas destacou a gravidade da situação e cobrou providências imediatas por parte do Governo do Estado. “Um hospital com toda a estrutura de funcionamento não pode deixar de atender por falta de insumos que deveriam ser previsíveis. Há mais de um ano existe um processo licitatório em andamento, e isso não justifica. É preciso dar prioridade à saúde e adotar medidas urgentes para a reabertura dos leitos”, afirmou ela.
A diretora-geral do hospital, Suyame Furtado Ricarte, explicou que o fechamento temporário ocorreu por falta de insumos básicos e itens essenciais, como tubos orotraqueais, medicações para pacientes graves – incluindo cafeína para prematuros e fenobarbital para crises convulsivas – e catéteres para recém-nascidos.
“Estamos com sete leitos bloqueados, mas mantendo a assistência aos pacientes internados com segurança, sem admitir novos casos enquanto os insumos não chegam. Nosso objetivo é liberar gradualmente os leitos assim que o material for entregue”, informou.
Segundo a gestora, não há intenção de fechar a UTI pediátrica da unidade, e a equipe vem recorrendo a empréstimos e permutas para suprir temporariamente a demanda. Na UTI Neonatal, são dez leitos no total, sendo cinco ocupados e cinco bloqueados pela mesma razão: a falta de materiais e recursos indispensáveis ao funcionamento adequado.
A Comissão de Saúde da ALRN informou que continuará acompanhando a situação até que todos os leitos estejam reabertos e em pleno funcionamento. Além dos parlamentares presentes na visita, o colegiado é formado ainda pelos deputados Galeno Torquato (PSDB), Dr. Bernardo (PSDB) e Terezinha Maia (PL).
O deputado Francisco do PT utilizou o horário destinado aos oradores na sessão plenária desta terça-feira (12), na Assembleia Legislativa, para manifestar preocupação com os efeitos da nova tarifa imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, medida que, segundo ele, foi adotada sem diálogo multilateral e com motivação política.
De acordo com o parlamentar, a decisão do governo norte-americano, pressionado por setores da extrema direita brasileira, afeta diretamente a economia de municípios potiguares. Citando matéria publicada pela imprensa local, Francisco destacou que Natal, Macaíba e Parelhas aparecem entre as cidades mais impactadas no Estado.
“Parelhas, minha terra natal, ocupa a terceira posição, com R$ 4,3 milhões em exportações que podem ser comprometidas. Muitos trabalhadores, especialmente da mineração, talvez nem percebam que seus empregos estão em risco por causa dessa medida arbitrária, que não tem justificativa econômica plausível, apenas razões ideológicas e políticas”, afirmou.
O deputado lembrou que a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos é deficitária para o país e advertiu que a taxação pode gerar desemprego em diversos setores. “É um assunto muito sério. A população dos municípios mais afetados precisa estar atenta aos prejuízos que essa decisão poderá causar na vida de cada um”, alertou.
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) deflagrou nesta terça-feira, 12, a Operação Ícaro contra um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria de Estado da Fazenda que teriam recebido mais de R$ 1 bilhão em propinas para favorecer empresas do setor de varejo. Os servidores são lotados no Departamento de Fiscalização.
O empresário Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, foi preso. O Estadão pediu manifestação da farmacêutica e busca contato com a defesa dele. Um executivo da Fast Shop, rede especializada no comércio de eletrodomésticos e eletrônicos, também foi preso. A empresa também foi procurada pela reportagem
Segundo a investigação, processos administrativos eram manipulados para facilitar a quitação de créditos tributários às empresas. Em contrapartida, essas companhias pagaram uma “mesada” a pelo menos um fiscal, por meio de uma empresa registrada no nome da mãe dele.
O Estadão pediu manifestação da Secretaria da Fazenda.
São cumpridos três mandados de prisão temporária, incluindo o do fiscal de tributos estadual apontado como o principal operador do esquema, e os de dois empresários, sócios de empresas beneficiadas com decisões fiscais irregulares.
Além das prisões, são cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e nas sedes das empresas investigadas.
O inquérito é conduzido pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (Gedec), braço do Ministério Público de São Paulo responsável pela investigação de crimes contra a ordem econômica.
“A operação é fruto de meses de trabalho investigativo, com análise de documentos, quebras de sigilo e interceptações autorizadas pela Justiça”, informou o MP.
Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do Estado (Sinsp) denuncia que o Governo do Estado vem atrasando repasses de empréstimos consignados, pelo Banco do Brasil, há cerca de dois meses. A reportagem tenta contato com o Executivo.
“De acordo com informações do Banco do Brasil, o governo do Estado deixou de pagar as parcelas dos consignados retirados dos servidores dos últimos dois meses. O bloqueio ocorreu no dia 21 de julho, de acordo com informações de correspondentes bancários”, diz comunicado do sindicato.
Em nota enviada à TN no final de julho, o Banco do Brasil informou que atua em conformidade com as legislações e regulamentações vigentes, bem como com os contratos firmados com empregadores do setor público e privado.
“Os contratos estabelecem as condições em que pode haver a interrupção temporária na oferta de crédito consignado aos funcionários, até a regularização das questões que ocasionaram a suspensão”, disse a instituição.
O crédito consignado é uma modalidade de empréstimo destinada a trabalhadores, aposentados e pensionistas que permite que as parcelas sejam descontadas diretamente do contracheque ou benefício previdenciário. Essa forma de empréstimo é amplamente utilizada por servidores públicos devido às taxas de juros mais baixas em comparação com outras linhas de crédito, já que o desconto em folha reduz o risco de inadimplência.
A presidente do Sinsp, Janeayre Souto, criticou a gestão dos recursos. “Essa informação é muito séria. O governo segue brincando com os servidores, continua fazendo caixa com o dinheiro que não lhe pertence. Todos os meses o servidor que contratou o empréstimo tem o desconto em seu contracheque e queremos saber para onde vai esse dinheiro”, pontuou.
Depois da reunião entre o presidente Lula e o vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin para alinhar os últimos detalhes, o plano de contingência para ajudar empresários impactados com o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros deve ser anunciado na quarta-feira (13).
O pacote irá atuar em três frentes: linhas de crédito para exportadores, com juros mais baixos e mais tempo para pagar; a compra de produtos perecíveis, como frutas, que não podem se estocadas; e medidas de incentivo tributário, como a devolução de parte do imposto cobrado das empresas que exportam.
Segundo a equipe econômica do governo, o plano foi construído com diferentes ações para múltiplos setores e perfis de empresas, com medidas que prometem aliviar a “curto, médio e longo prazo”.
Policiais civis da 47ª Delegacia de Polícia (DP) de Jardim de Piranhas e da 49ª Delegacia de Polícia (DP) de Cruzeta, com apoio do Destacamento da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal de Cruzeta, cumpriram, na manhã desta terça-feira (12), um mandado de prisão preventiva contra um homem, pela suspeita na prática do crime de roubo, ocorrido na cidade de Jardim de Piranhas, região do Seridó potiguar.
De acordo com as investigações, o crime ocorreu no dia 24 de janeiro de 2025, no bairro Santa Cecília, em Jardim de Piranhas, quando uma família foi vítima do crime dentro da própria residência. Desde então, ele estava foragido.
Durante as diligências, as equipes localizaram o suspeito em seu endereço, no município de Cruzeta. Ele foi preso sem oferecer resistência e conduzido à delegacia para os procedimentos legais e, em seguida, encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.
A Polícia Civil reforça a importância da colaboração da população por meio de denúncias anônimas, que podem ser realizadas pelo Disque 181.
Fonte: Secretária de Comunicação da Polícia Civil/RN – SECOMS.
Policiais civis da 51ª Delegacia de Polícia (DP) de Jucurutu deflagraram, na manhã desta segunda-feira (11), a segunda fase da Operação Descarrilho, que resultou na prisão em flagrante de um homem de 29 anos, apontado como gerente de um ponto de tráfico no bairro Freitas, em Jucurutu.
De acordo com as investigações, o suspeito era responsável pela distribuição de entorpecentes como maconha, cocaína e crack, coordenando a logística do comércio ilícito na região. Ele controlava a chegada e o preparo das drogas, a divisão em porções para venda e mantinha ligação com os chamados “vaqueiros do tráfico”, encarregados do transporte e entrega das substâncias, além de gerenciar a arrecadação financeira das vendas.
A organização criminosa contava com uma estrutura hierárquica, envolvendo integrantes em funções específicas, como pontos de venda, intermediários e responsáveis pela segurança armada, o que garantia o domínio territorial e a intimidação de rivais. A atuação do grupo gerava impactos diretos na segurança e na tranquilidade da população local.
Diligências foram realizadas pela equipe da 51ª DP, que localizou e prendeu o suspeito. A ação foi fruto de levantamentos e monitoramentos que possibilitaram mapear a rede de distribuição e suas conexões. A Polícia Civil espera que a prisão do gerente permita avançar nas investigações e chegar a outros membros da organização, visando ao desmantelamento total do grupo.
O homem foi conduzido à delegacia para os procedimentos legais e, em seguida, encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.
A Polícia Civil solicita que a população continue enviando informações, de forma anônima, por meio do Disque Denúncia 181.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Polícia Civil/RN – SECOMS.
Policiais civis da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Nova Cruz, com apoio da Patrulha Maria da Penha, prenderam em flagrante, nesta segunda-feira 11, um homem de 25 anos suspeito de ameaça e cárcere privado. A prisão foi realizada no bairro Cidade do Sol, em Nova Cruz.
As buscas foram iniciadas após a vítima conseguir pedir socorro ao seu irmão por telefone. Ela relatou que convivia com o suspeito há sete anos e que, por volta das 9h, ele passou a questioná-la sobre relacionamentos durante um período de separação. Motivado por ciúmes e armado com um facão, na presença das duas crianças, o homem ameaçou matá-la e a impediu de sair da residência.
Vítima ficou em cárcere privado A vítima conseguiu se comunicar discretamente com o irmão por meio do aplicativo WhatsApp, apagando as mensagens para que o agressor não percebesse. A Polícia Militar foi acionada, mas não localizou o suspeito inicialmente, pois ele havia fugido. Após a vítima ser encaminhada à delegacia especializada, a equipe policial realizou diligências e localizou o suspeito nas proximidades de sua casa, momento em que foi dada voz de prisão em flagrante. O homem já respondia a outro inquérito de violência doméstica em trâmite na mesma delegacia.
O suspeito foi conduzido à delegacia para os procedimentos legais e, em seguida, encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.
A Polícia Civil solicita que a população continue enviando informações, de forma anônima, por meio do Disque Denúncia 181.
A deputada federal Carla Dickson afirmou que deve definir ainda nesta semana se permanecerá no União Brasil ou se migrará para o PL. Ela disse estar desconfortável com a atual legenda, especialmente após o senador Ciro Nogueira, presidente do PP, partido que integra uma federação com o União Brasil, se manifestar a favor de punição aos deputados que participaram de obstrução na Câmara na semana passada.
“Algo que me deixou muito desconfortável foi o posicionamento de Ciro Nogueira, que não assinou o impeachment [do ministro do STF Alexandre de Moraes] e foi a favor da nossa punição. Como é que um dirigente partidário de que eu faço parte é a favor da nossa punição? Fiquei bem decepcionada”, afirmou a parlamentar, em entrevista à rádio Cidade nesta segunda-feira 11. “Já está bem desconfortável o negócio”, resumiu.
Carla revelou que mantém conversas com lideranças do PL, como o senador Rogério Marinho, e com o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, além de dialogar com o ex-senador José Agripino (União Brasil). “Primeiro caminho é União Brasil. Ou PL. Outra alternativa não tem”, disse, ressaltando que a mudança dependerá das conversas com as lideranças nacional e estadual do seu partido atual.
Ela disse que, no União Brasil, o cenário para disputar a reeleição para a Câmara é difícil, diante de adversários com forte estrutura política. Citou como exemplo o nome da secretária de Assistência Social de Natal, Nina Souza, que é mulher do prefeito Paulinho Freire. “Para mim fica mais difícil ainda, porque é outra mulher, forte, inteligentíssima e com a máquina da Prefeitura”, avaliou.
Além de Nina Souza, outros nomes considerados mais competitivos do que Carla Dickson na federação União Progressista são: Benes Leocádio, pelo União Brasil, além de João Maia e Robinson Faria, pelo PP. No PL, ela teria como principais concorrentes os deputados General Girão e Sargento Gonçalves, que vão disputar a reeleição. Em 2022, Carla Dickson foi a 3ª mais votada do União Brasil e só virou deputada após a renúncia de Paulinho Freire, que hoje é prefeito de Natal. “Eu quero ter chance de concorrer”, complementou.
A deputada também comentou sobre a sucessão ao Governo do Rio Grande do Norte e avaliou três nomes como potenciais candidatos do campo de centro-direita: o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), o senador Rogério Marinho (PL) e o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos).
Segundo Carla, Allyson se colocou à disposição para disputar o cargo e até para deixar a prefeitura antes do prazo legal, caso o grupo o escolha. Ele disse que vai caminhar com o grupo. Se colocou à disposição, inclusive, de desincompatibilizar antes do tempo mesmo. Porque não é fácil você pleitear uma cadeira de Executivo estadual. Tem que ter tempo. Ele é muito conhecido naquela região lá do Alto Oeste. Ele precisa vir para cá para conquistar os votos”, contou. O prazo final para que Allyson renuncie à Prefeitura de Mossoró, caso queira disputar o Governo do Estado, é o início de abril de 2026.
Ela defendeu a união do grupo de oposição para enfrentar a esquerda em 2026, que atualmente tem a pré-candidatura de Cadu Xavier (PT) ao Governo do Estado. “Se a gente não fizer isso, vai ser muito difícil conquistar a cadeira de governador. Podemos ter mais um período de PT ou de esquerda no comando do Estado”, afirmou.
Deputada relata ameaças de morte e critica atuação de Moraes e Motta Durante a entrevista, Carla Dickson também comentou a série de obstruções na Câmara dos Deputados, em Brasília, das quais participou na última semana. Os atos cobravam a inclusão em pauta da proposta de anistia para os presos pelos atos de 8 de janeiro, além do avanço de mudanças na regra do foto privilegiado e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo ela, o movimento começou após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não cumprir promessa feita ao PL de pautar a anistia. “A gente não está pedindo aprovação, estamos pedindo para pautar. Hoje, se pautar a anistia, a gente perde. Mas não tem problema, isso chama-se democracia. A gente só quer que paute. Mas ele assumiu em fevereiro e está enrolando”, declarou.
Carla disse que participou da obstrução junto a parlamentares do PL e do Novo, movimento que depois contou com União Brasil, PP e PSD. “São cinco partidos querendo simplesmente que pautem dois assuntos: anistia para os que estão presos em 8 de janeiro e a situação de presos com mais de 70 anos e problemas de saúde, que não têm autorização do ministro Alexandre de Moraes para ir ao hospital”, afirmou.
A deputada criticou decisões do STF e acusou seletividade na defesa dos direitos humanos. “Direitos humanos só serve para os amiguinhos, os bandidos. É só preso da esquerda? É só preso que mexe com o tráfico? É só preso que mata, rouba? Porque eles (condenados pelo 8 de janeiro) não fizeram nada disso. Então, para eles não tem direitos humanos”, disse.
Carla contou que, durante a obstrução, fez transmissões nas redes sociais para mostrar a situação. “No dia que o caldo engrossou, começamos obstrução de manhã, à tarde e à noite. A polícia cercou o plenário, ninguém tinha mais acesso, e iam tirar a gente na marra. Comecei a fazer vídeo mostrando a situação e explicando para a população que a gente está lutando”, relatou.
Foi nesse contexto que, segundo a parlamentar, surgiram mensagens hostis nas redes sociais, incluindo uma ameaça de morte. “‘Quero fuzilar sua cara, sua vagabunda’. Pegou pesado Foi a primeira vez que tive uma ameaça de morte. A Polícia Legislativa já está investigando, e a Secretaria da Mulher também”, contou.
Ela afirmou que o autor das ameaças seria parte de uma “milícia digital”. “Era uma pessoa com zero postagens e que depois (da ameaça) tirou o Instagram do ar. Deixei isso com os órgãos competentes. O meu chefe de gabinete, que é meu advogado, já está cuidando do caso”, disse.
As mortes por câncer foram a segunda maior causa de mortalidade no Rio Grande do Norte em 2024, com 3.827 registros. Os dados são do Ministério da Saúde e foram analisados pelo NOVO. As neoplasias representaram 17% dos óbitos no estado, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares, responsáveis por 5.888 mortes no mesmo período — o equivalente a 27% do total.
Em terceiro lugar no ranking das causas de morte estão as doenças respiratórias (2.682), seguidas pelas causas externas, como acidentes de trânsito, que somaram 1.955 ocorrências. Em Natal, a proporção de mortes por câncer é ainda maior: 19% do total.
Entre os tipos de câncer, os tumores dos órgãos do sistema digestivo foram os mais letais, com 1.180 casos — cerca de 30% do total de neoplasias registradas no estado. Esse tipo de câncer pode se desenvolver ao longo de todo o trato gastrointestinal, incluindo estômago, fígado, pâncreas, intestinos, reto e ânus.
O número de mortes por câncer teve alta de 5,7% em cinco anos, passando de 3.620 em 2020 para 3.827 em 2024.
A região Nordeste também apresentou um crescimento no número de mortes por neoplasias entre 2020 e 2024, passando de 51.705 para 55.110 — o que representa um aumento de 11,7%.
A tendência de crescimento das mortes por câncer acompanha o cenário global. Um estudo da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc) aponta que, em 2019, os tumores já eram responsáveis pela maioria dos óbitos prematuros (entre 30 e 70 anos) em 57 países.
O estudo aponta que a expectativa é de que esse padrão se consolide em grande parte das nações ao longo deste século.
O cirurgião oncológico Selso Melo, cooperado da Unimed Natal, destaca a importância das consultas regulares para evitar o surgimento de tumores ou detectá-los precocemente.
“Através de boas consultas, realizadas regularmente (a depender de cada caso), podemos prever maior ou menor risco de os pacientes desenvolverem determinados tipos de câncer e atuar sobre isso — a chamada prevenção primária — evitando que um tumor apareça ou, caso ele surja, que seja detectado precocemente, o que nos remete à chamada prevenção secundária. Isso leva a um tratamento menos agressivo, com menos sequelas e retorno mais precoce à vida normal. Isso se traduz em maior tempo de vida livre da doença e com saúde”, explica o médico.
Selso Melo também destaca a importância de exames como a colonoscopia. “A mulher precisa ir ao ginecologista anualmente, realizar a mamografia; o homem deve consultar o urologista. Já a colonoscopia — exame que permite visualizar o intestino grosso (cólon) e a parte final do intestino delgado — deve ser um hábito anual a partir dos 45 anos para todos”, pontua.
Para o especialista, os hábitos de vida saudáveis são a principal ferramenta para prevenção. Entre as práticas recomendadas estão a alimentação balanceada, não fumar e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e alimentos ultraprocessados.
O oncologista também chama atenção para outros fatores que podem influenciar na maior incidência de câncer. O sedentarismo, adverte ele, é um deles. “O ideal é praticar exercícios físicos regularmente (sob orientação profissional) e manter uma dieta equilibrada”, reforça.