Nesta terça-feira (27), Donald Trump anunciou que “chegou a um acordo” com a campanha de Kamala Harris sobre os termos do debate agendado para 10 de setembro na emissora “ABC”. Trump indicou que as divergências sobre o uso dos microfones pelos candidatos foram resolvidas.
Apesar da afirmação, uma fonte da campanha de Kamala informou ao “The New York Times” que a discussão sobre os microfones ainda não foi encerrada. A realização do debate, marcada para o início de agosto, permanece incerta devido às diferenças entre as campanhas quanto ao controle dos microfones.
As campanhas têm posições divergentes: os republicanos desejam que os microfones sejam silenciados quando um candidato não estiver falando, enquanto os democratas preferem que os aparelhos permaneçam abertos o tempo todo.
O ex-policial Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco, afirmou, nesta terça-feira (27), que deixou se levar por ganância. “Eu me deixei levar, foi ganância. Eu, na verdade, nem precisava, estava numa fase muito tranquila da minha vida, e eu caí nessa asneira. Foi ganância, realmente foi uma ilusão danada que caí.” A oitiva de Lessa no STF (Supremo Tribunal Federal) ocorre por videoconferência, uma vez que ele está preso na Penitenciária de Tremembé, em São Paulo.
Mais cedo, Lessa disse que tinha um pacto de silêncio, quebrado após a delação que ele firmou. Ele se manifestou após pedir que todos outros réus deixassem a audiência de depoimento e não assistissem à oitiva.
“Havia um pacto de silêncio e gostaria que isso fosse respeitado. É tudo muito delicado. Não estamos lidando com pessoas comuns. São pessoas de alta periculosidade, assim como eu fui. São muito perigosos (os réus), mais do que se possa imaginar. O simples fato de eu ter praticado o crime, não me coloca pior que eles”, disse.
No mês passado, a defesa de Ronnie apresentou à Corte um pedido para que ele seja transferido de unidade prisional em Tremembé. A petição alega que ele está “isolado do convívio social e do contato físico com sua família”, além de impossibilitado de atividades como “trabalho interno, oficinas técnicas, ensino superior à distância, assistir a palestras, cursos”.
Na delação, cujo sigilo foi retirado em junho deste ano, Lessa disse que matar o motorista da vereadora Marielle Franco, Anderson Gomes, não era a finalidade. Ele contou que o plano era assassinar a vereadora no local onde ela estava, antes de entrar no carro. Entretanto, ele lembrou que a rua era na esquina da polícia civil.
Apontados como mandantes do assassinato da vereadora, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa foram presos em março, em uma operação da Polícia Federal, com participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Lessa teria afirmado que o crime seria uma vingança contra o ex-deputado estadual Marcelo Freixo e a ex-assessora dele Marielle Franco.
O último encontro foi depois do assassinato, em abril de 2018. Os suspeitos estavam preocupados com a repercussão do caso. Lessa diz que eles foram tranquilizados pelos irmãos Brazão, que afirmaram que podiam contar com a atuação de Rivaldo, que à época do crime chefiava a Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Lessa disse, ainda, que Marielle era uma “pedra no caminho” dos irmãos Brazão. “Foi feita a proposta, a Marielle foi colocada como uma pedra no caminho. O Domingos, por exemplo, não tem ‘papas na língua’”, afirmou Lessa aos investigadores. Além disso, conforme o policial, o plano para matar Marielle começou em setembro de 2017.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, recebeu e usou um boné do MST (Movimento dos Trabalhadores sem Terra) durante um evento para discussão sobre uso de recursos públicos nesta terça-feira (27). “Como zamoristas, recebemos com amor o Movimento Sem Terra do Brasil. Bem-vindos”, disse ao agradecer a delegação brasileira e em referência a Ezequiel Zamora, soldado e líder de uma insurreição camponesa no século XIX. O momento foi gravado e publicado no canal oficial de Maduro no Youtube. De acordo com ele, os brasileiros enviaram apoio para a realização da assembleia, que consulta a população sobre os projetos prioritários para alocação de recursos públicos. Essas cerimônias são uma das principais heranças do chavismo no país. Em outro ponto do discurso, ele convida os brasileiros a irem para a Venezuela se juntar às chamadas comunas.
“Convido o MST, que venha também com centenas de seus agricultores, que venham para produzir na Venezuela com sua experiência para as comunas. MST, me mande uma brigada de mil homens e mulheres do Brasil para produzir em terra venezuelana. Bem-vindo, Brasil. Bem-vindo, povo brasileiro, com revolução bolivariana”, diz.
Eleições controversas O CNE (Conselho Nacional Eleitoral), órgão venezuelano responsável pelas eleições no país, proclamou a reeleição de Maduro em 29 de julho, dia seguinte à votação. No entanto, como as autoridades da Venezuela não apresentaram as atas da votação, o resultado é contestado pela comunidade internacional e pela oposição ao chavista.
Até o momento, o Brasil não negou nem aceitou a reeleição de Maduro. Não há consenso na América Latina sobre as eleições venezuelanas. Há, no continente, ao menos três opiniões — algumas nações já aceitaram a suposta reeleição de Maduro, como Bolívia e Cuba; outras já negaram, como Argentina, Chile, Paraguai e Peru; e ainda há um terceiro grupo, que não nega nem aceita a vitória do chavista, como Brasil, Colômbia e México.
Diferente da posição do governo brasileiro, o MST publicou nota assim que os resultados foram proclamados celebrando a suposta vitória de Maduro.
A pesquisa realizada pela Fecomércio RN revelou que a maioria dos empresários e comerciantes de Currais Novos mantêm uma percepção positiva em relação ao impacto da tradicional Festa de Sant’Ana em seus negócios. Especificamente, 76,2% dos entrevistados avaliaram o evento como benéfico,reforçando a importância da festa para a economia local. Além disso, houve um aumento na porcentagem de respostas indiferentes, que chegou a 17,1%, enquanto a percepção negativa diminuiu para 6,6%. Esses dados indicam que, embora a festa continue sendo uma influência positiva para a maioria, há uma diversidade de opiniões sobre seu impacto.
Em relação aos anos anteriores, nota-se uma leve estabilidade na percepção positiva dos empresários, que em 2022 era de 84,7% e em 2023 caiu para 76,8%. O aumento na indiferença, de 8% em 2022 para 17,1% em 2024, pode refletir uma adaptação dos comerciantes ao evento, que já se tornou uma tradição no calendário local. A percepção negativa, que variou de 7,3% em 2022 para 9,3% em 2023 e reduziu para 6,6% em 2024, sugere uma tendência de melhora na visão dos empresários sobre o impacto da festa.
O prefeito do município de João Dias, Francisco Damião de Oliveira, mais conhecido como Marcelo Oliveira, e o pai dele foram vítimas de um atentado na manhã desta terça-feira 27. A Polícia Civil confirmou que o prefeito foi atingido por disparos de arma de fogo e socorrido, mas não resistiu. O pai de Marcelo também morreu. A polícia informou que irá iniciar as diligências do caso e até o presente momento não tem detalhes sobre as possíveis linhas investigativas.
Marcelo Oliveira Eleito pela primeira vez em 2020, ele deixou o cargo após seis meses, mas reassumiu a Prefeitura ao alegar na Justiça que havia sido forçado a renunciar devido a ameaças da família de sua então vice-prefeita, Damária Jácome.
Damária, por sua vez, é candidata à Prefeitura de João Dias em 2024 pelo partido Republicanos.
Mobilização da Sesed Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social informa que já mobilizou efetivos operacionais da Polícia Militar e Polícia Civil com o objetivo de identificar, localizar e prender os criminosos envolvidos no atentado a tiros que deixou ferido o prefeito Francisco Damião de Oliveira (também conhecido como Marcelo Oliveira), da cidade de João Dias, e vitimou letalmente o pai dele, Sandi Alves de Oliveira.
O crime foi registrado nesta manhã, no próprio município de João Dias, em condições ainda a serem esclarecidas. A motivação também está sendo investigada.
O Instituto Butantan decidiu descontinuar a produção da ButanVac, candidata à vacina contra a covid-19. Segundo o órgão, o resultado “ficou aquém dos pré-requisitos de sucesso estabelecidos”.
Os testes com o produto já estavam na fase 2, quando 200 voluntários receberam a ButanVac e outros 200 foram imunizados pelas vacinas já disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme a nota divulgada pelo Butantan, após 28 dias, a quantidade de anticorpos no sangue de quem recebeu a ButanVac não foi comparável à observada naqueles que receberam outra vacina.
O órgão afirmou que havia discutido e acordado com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que o desempenho da ButanVac não deveria ser inferior ao dos imunizantes existentes e, por isso, as pesquisas foram encerradas.
“Nesse caso, o desfecho não demonstrou a imunogenicidade esperada. Por isso, interrompemos o seu desenvolvimento e seguimos no desenvolvimento de rotas mais promissoras. Nosso compromisso é com a ciência e a saúde da população”, afirmou Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan, em comunicado.
O Butantan fornece oito tipos de vacinas para o Ministério da Saúde. São elas: influenza sazonal trivalente, hepatite A, hepatite B, HPV, raiva, a vacina tríplice bacteriana (DTP, que protege contra a coqueluche, tétano e difteria) e vacina dupla adulta (DTPA, contra difteria e tétano).
“O ensaio clínico cumpriu o seu papel. No Butantan, temos respeito absoluto pelo processo e resultado científicos. Por isso, a população pode acreditar na gente. Quando dizemos que uma vacina é boa, é porque os estudos demonstraram isso”, acrescentou Kallás.
O crime ocorreu apesar de a mulher ter uma medida protetiva em vigor contra ele.
Conforme a Polícia Militar, o homem entrou na casa, onde estava apenas um adolescente. Ele ordenou que a jovem saísse do local antes de atear fogo. O incêndio consumiu totalmente a residência, impedindo a dona da casa de recuperar qualquer pertence.
O homem foi preso em flagrante e levado para Caicó, onde permanecerá à disposição da justiça.
Com recorde de equipes e mais de 2.000 atletas confirmados, a Copa Jorge Guimarães tem início nesta quinta-feira (29) em Currais Novos, com a 28ª edição de uma das principais competições de vôlei do interior do Brasil. Serão nove categorias disputadas em mais de dez quadras do município, que viverá neste ano a maior de todas as edições já realizadas.
Neste fim de semana, os jogos seguem até o dia 1º de setembro com as categorias: sub-13 e sub-14 (feminino) sub-15 (feminino e masculino), sub-16 (feminino), sub-17 (feminino e masculino) e sub-19 (feminino e masculino). A segunda etapa, por sua vez, será realizada entre 13 e 15 de setembro, nas categorias Sub-21 (masculino), Adulto (feminino e masculino) Master 35+ (feminino e masculino) e 45+ (masculino).
Segundo Afrânio Aurélio, idealizador e organizador do torneio, para esta edição de 2024 estão previstas 152 equipes de 7 estados do Nordeste. Ao todo, serão mais de 2.000 atletas, 400 técnicos, 60 árbitros e toda uma estrutura de recursos humanos e logísticos para o evento.
“Estamos muito felizes em organizar mais uma edição da Copa Jorge Guimarães em Currais Novos, uma competição que ganhou ares nacionais e a cada ano tem quebrado recordes de atletas e de participantes. A Copa Jorge Guimarães é um exemplo de inovação esportiva e competitividade, visto que muitos jovens atletas que alçaram grandes voos no voleibol do Nordeste passaram pela Copa Jorge Guimarães”, explica Afrânio.
Para este ano, as disputas continuarão sendo transmitidas pela internet (veja mais no fim do texto) e os duelos poderão ser acompanhados no ginásio através de uma pulseira. A organização reforça que é importante esse controle para identificar quem é o torcedor que acompanha as centenas de partidas que vão ocorrer, trazendo segurança para o evento. Estudantes de escolas públicas de Currais Novos terão entrada gratuita.
Os jogos contarão com segurança privada e equipe médica. Haverá ingressos à venda para todos os jogos.
Em 2024, estão previstos mais de 350 jogos de voleibol durante toda a competição movimentação de pelo menos 6.000 pessoas em Currais Novos. Além disso, o organizador Afrânio Aurélio aponta ainda os impactos econômicos para a cidade, com movimentação financeira na ordem de R$ 3 milhões.
“Uma competição como essa movimenta o setor de hoteis e pousadas, supermercados, farmácias, lojas de calçados e roupas, enfim, toda a cadeia econômica e produtiva de Currais Novos é impactada positivamente com o evento. Vale salientar ainda que muitos pais e mães vêm de outras cidades para nosso município. Sem contar no apoio logístico: são pelo menos 60 árbitros, 100 funcionários, staff. Toda essa gente movimenta dinheiro na nossa cidade, gerando um ciclo virtuoso para o esporte e para Currais Novos”, acrescenta.
Competidores e público em geral podem acompanhar os resultados da competição através do site oficial do torneio (http://cnbv.voleibol.esp.br/jogos.asp). As partidas realizadas no Palácio dos Esportes, principal praça esportiva do campeonato, terão transmissão ao vivo no YouTube.
28ª EDIÇÃO DA COPA JORGE GUIMARÃES EM NÚMEROS
357 jogos
152 equipes
2.600 pessoas envolvidas
2.000 atletas
400 técnicos
60 árbitros
100 profissionais staff
6.000 pessoas na cidade de 7 estados do Nordeste
R$ 3,5 milhões de movimentação econômica em Currais Novos
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou na segunda-feira, 26, medidas para ampliar a oferta de gás de natural no País, que alteram regras para as petroleiras que exploram petróleo e gás na costa brasileira. Além disso, o governo pretende turbinar, por meio da aprovação de um projeto de lei, o auxílio-gás para pessoas de baixa renda. Ao todo, foram assinados dois decretos e uma medida provisória (MP), além do anúncio da proposição de dois projetos de lei.
A medida que provoca mais conflito com o setor privado é o decreto que fixa regras para as petroleiras que exploram e comercializam o gás natural. O ato altera o decreto 10.712, de 2021, que regulamenta a nova Lei do Gás – também de 2021 – relativa ao transporte, escoamento, estocagem e comercialização de gás natural.
O governo quer reduzir a reinjeção do gás natural extraído durante a exploração associada ao petróleo e fazer com que as empresas coloquem o produto no mercado brasileiro. As petroleiras, por seu turno, alegam que usam o gás para reinjetar nos poços e aumentar a eficiência na extração do óleo, e que a medida pode fazer com que o Brasil produza menos petróleo.
Já diferentes segmentos da indústria consumidora de gás natural, que estiveram na plateia durante o anúncio desta segunda,apoiaram a iniciativa, com a perspectiva de que possam ter acesso ao gás a preços mais baixos. O governo fala em reduzir de 35% a 40% o preço do gás. Os textos legais ainda não foram divulgados, mas o Ministério de Minas e Energia (MME) fez apresentações que confirmam o conteúdo publicado pelo Estadão em abril e em minuta do último fim de semana.
O decreto estipula que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) poderá rever os planos de desenvolvimento dos campos de produção das petroleiras a fim de identificar a possibilidade de aumento do volume da produção de gás. Além da Petrobras, grandes multinacionais atuam no segmento no Brasil, como Shell, BP, Galp e Equinor.
Durante o anúncio, Lula fez críticas à prática de descartar o gás ainda na plataforma de exploração de petróleo, mencionando a Petrobras. “O gás é barato. A Petrobras não tem o direito de queimar gás. Ela tem o direito de trazer o gás e colocar o gás à disposição desse povo. Para que o povo pobre possa fazer comida, se não vai fazer a volta à lenha”, afirmou Lula. O presidente defendeu ainda que o gás tem de ser “instrumento da cesta básica” e disse que a população não consegue pagar botijão de gás a R$ 140 em alguns Estados, enquanto o produto sairia da Petrobras por R$ 36.
Estatal do pré-sal O governo também dá acesso à PPSA (estatal que administra o óleo da União explorado no pré-sal) às estruturas de escoamento do gás natural que são da Petrobras e de suas sócias privadas. A ideia é que a estatal possa vender o gás que recebe como sócia das petroleiras no pré-sal diretamente, competindo inclusive com a Petrobras – o que também pode fazer com que o preço caia, na visão do governo. Hoje, a PPSA só pode vender para a Petrobras. Executivos do setor de óleo e gás reclamam, nos bastidores, de uma intervenção do governo no setor por meio da ANP e falam em risco de judicialização e desestímulo ao investimento futuro. Em entrevista coletiva a jornalistas, após o anúncio, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que as medidas respeitam a segurança jurídica do setor privado.
“É o fortalecimento da regulação, para buscar efetivas políticas para ampliar oferta, integrando toda a cadeia do gás, com instrumentos regulatórios que respeitam a segurança jurídica e a estabilidade do investimento. Não estamos mexendo em nada para trás. Muito pelo contrário, no caso da reinjeção, entendemos que tem plataformas que tem dificuldades e foram construídas para não permitir o envio do gás, e produzir mais petróleo”, afirmou Silveira.
O ministro disse que vem discutindo há um ano e quatro meses a publicação do decreto e alegou que a reinjeção de gás nos campos de produção no Brasil é mais alto do que em outros países.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu no início da tarde desta segunda-feira 26 337,16kg de lagosta no município de Ceará-Mirim, na Grande Natal. Carga tinha como destino uma empresa localizada no bairro da Ribeira, em Natal. A carga foi apreendida pela manhã, na BR-406, em Ceará Mirim, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A PRF fez a abordagem do veículo por volta das 10h30, em seguida chamou o Ibama, quando foi constatada a irregularidade.
Pedro Luis Ribeiro, agente ambiental do órgão, explica a infração administrativa: “De acordo com a nova legislação, a lagosta que é transportada em rodovias deve estar 70% viva. E nesse caso, a lagosta transportada estava totalmente morta. Daí infringiu as normas ambientais, por isso teve a apreensão”, afirma.
Ainda segundo a PRF, a mercadoria foi doada no Sesc Mesa Brasil ainda nesta segunda. Os 337,16 kg de lagostas serão doados a diferentes entidades que já têm cadastro no Mesa Brasil.
A defesa de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), entrou com pedido no STF para que Moraes seja declarado impedido no caso que investiga o vazamento de mensagens entre Tagliaferro e o juiz auxiliar de Moraes, Airton Vieira. A notícia é da CNN Brasil, da coluna de Basília Rodrigues. O pedido foi endereçado ao presidente da corte, Luís Roberto Barroso.
Tagliaferro é ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), que existiu durante a gestão de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral. Na semana passada, o ex-assessor do ministro prestou depoimento à Polícia Federal sobre as mensagens terem saído do celular dele.
Moraes é relator de inquérito que apura o vazamento e tem como suspeitos a Polícia Civil de São Paulo e a deputada federal Carla Zambelli, devido o envolvimento dela em outro caso com participação de hackers.
Na ação movida no STF, a defesa de Tagliaferro afirma que o inquérito apura fatos diretamente relacionados com a lisura de Moraes e que a permanência dele na relatoria é “absolutamente inadequada”.
“O presente pedido se faz necessário tendo em vista que já foi proferida abusiva ordem de busca e apreensão e, sem freio, em nada impede que medidas de constrição cautelar irreversíveis sejam decretadas”, afirma o advogado Eduardo Kuntz.
A defesa questiona o fato de, neste domingo (25), Moraes ter reclassificado o inquérito em petição, o que configura, diz o advogado, “uma chicana processual” para o ministro não ser retirado da relatoria.
“O que demonstra que tal inquérito não poderia existir, o Ministro é diretamente interessado no feito e, por conseguinte, é impedido para atuar no caderno investigatório/futura PET, em razão da inadmissível ausência de imparcialidade”, enfatiza.
O Senado pode votar, nesta terça-feira (27), o projeto que anula parte do decreto sobre armas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com pressão de integrantes da oposição, os senadores aprovaram na semana passada o regime de urgência, que acelera a análise da proposta.
O governo questiona trechos do projeto e tenta articular ajustes desde a semana passada. Antes de ir a plenário, o texto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O projeto retira a proibição e permite que clubes de tiro possam funcionar a menos de um quilômetro em relação a instituições de ensino públicas ou privadas. O governo é contra essa alteração.
O texto tem relatoria do senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO). No parecer, ele argumenta que a competência para regulamentar a localização de estabelecimentos é municipal e que a medida estabelecida por Lula não tem justificativa técnica de melhoria da segurança pública.
O PT apresentou dois destaques ao texto para votação em separado sobre a distância dos clubes de tiros em relação a escolas e sobre a proibição de mudança da destinação de arma de fogo restrita.
Na semana passada, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que, caso não houvesse consenso entre oposição e governo, o texto será votado de forma nominal, mesmo em sessão semipresencial.
Se for aprovado sem mudanças, o projeto seguirá diretamente para a promulgação, sem a necessidade de sanção presidencial. Mas se sofrer alterações, retornará para a análise da Câmara dos Deputados, onde foi aprovado em maio.
Mudanças no decreto De acordo com a proposta, armas de pressão por gás comprimido ou por ação de mola deixam de ser classificadas como “de uso restrito”, ou seja, a compra e o uso terão menos controle do Estado.
Fica permitido também o uso de arma de fogo para fins diferentes daquele declarado na hora da compra.
A coleção de armas iguais às que estão em uso nas Forças Armadas e automáticas de qualquer calibre passam a ser liberadas. Além disso, o colecionismo deixa de ser restrito a museus.
Outra mudança é na concessão do Certificado de Registro, documento que permite a aquisição de armas e participação em competições de tiro. Ele deixará de seguir um regime de progressão de nível, hoje medido de acordo com a quantidade de treinamentos ou competições em clube de tiros.
O assassino confesso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes deve depor na tarde desta terça-feira (27) no Supremo Tribunal Federal (STF). Essa será a primeira vez em que Ronnie Lessa falará sobre o caso após apontar os supostos mandantes do crime em delação premiada.
Lessa deve ser interrogado a partir das 13h pelo juiz instrutor Airton Vieira, do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso na Corte.
Há duas semanas, testemunhas do caso começaram a ser ouvidas, entre elas a jornalista e ex-assessora de Marielle, Fernanda Chaves. Ela disse que, logo após o assassinato, uma viatura da polícia passou ao lado do local do crime e não parou para prestar auxílio.
A assessora, que estava ao lado de Marielle no banco de trás do veículo dirigido por Anderson Gomes, foi a única sobrevivente do atentado, ocorrido em 14 de março de 2018. Ela afirmou que não foi atingida porque o corpo da vereadora foi uma espécie de “escudo” contra os disparos.
No acordo de delação premiada que Lessa fechou com os investigadores e foi homologado pelo STF, o ex-policial apontou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão como mandantes do crime, que – ainda segundo o assassino confesso – teria contado com o apoio do delegado Rivaldo Barbosa, então chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Todos negam envolvimento.
Na semana passada, a defesa de Ronnie Lessa apresentou petição ao ministro Moraes para que pudesse ter contato com o réu antes da audiência.
No documento, o advogado Saulo Carvalho disse que outros pedidos foram negados pelo desembargador Airton Vieira e estava com “vedação total de comunicação”. E conseguiu autorização. A defesa deve se reunir com o réu antes da audiência.
A Polícia de São Paulo prendeu nesta segunda-feira (26) o quarto suspeito de envolvimento com os incêndios no interior paulista. A prisão ocorreu na cidade de Batatais. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que o homem, de 27 anos, foi preso em flagrante após pôr fogo em um pasto. Com ele, também foi apreendido um isqueiro, uma caixa de fósforos e uma tesoura.
Segundo a pasta, o incêndio causado pelo homem chegou até uma residência.
Na manhã de hoje, uma pessoa havia sido presa na cidade de Porto Ferreira. Já no final de semana, outras duas foram detidas, sendo em São José do Rio Preto e também em Batatais.
A Defesa Civil do estado informou que todos os focos de incêndio foram controlados e não há mais incêndios ativos em São Paulo. Entretanto, o governo manteve o alerta máximo para queimadas em 48 municípios.
Com a melhora da situação com relação aos focos de incêndio, todas as rodovias que foram afetadas pelas queimadas estão liberadas.
O Departamento de Estradas e Rodagens (DER) e a Artesp acompanham a situação para qualquer ação devido a eventuais focos de fogo e fumaça que possam atrapalhar a visibilidade.
No domingo (25), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, decretou emergência em 45 cidades do interior do estado, devido aos incêndios florestais que atingiram os municípios desde a última sexta-feira (23). O decreto vale por 180 dias e foi publicado no Diário Oficial do estado.
Além dos três águias da Polícia Militar que atuam no combate, em parceria com o Governo Federal, a Força Aérea Brasileira havia enviado uma aeronave KC-390 e dois helicópteros para auxiliarem na ação.
Através da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, também fora lançado um pacote de ações para produtores rurais afetados pelos incêndios.
A verba liberada pelo governo aos prejudicados é de R$ 10 milhões. Os afetados terão acesso a R$ 50 mil sem juros, para custeio emergencial de despesas para manutenção e recuperação da produção.
A Polícia Federal investigará as causas dos incêndios. Segundo o diretor da PF, Andrei Rodrigues, dois inquéritos serão abertos e irão apurar a possibilidade de crime nas regiões de São José do Rio Preto e Ribeirão Preto.
Líderes da Câmara dos Deputados disseram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que querem evitar a “criminalização” das emendas parlamentares e defenderam a impositividade, ou seja, a obrigação de pagamento de parte desses recursos. Os parlamentares da base governista se reuniram com Lula, nesta segunda-feira (26), no Palácio do Planalto. O encontro durou mais de duas horas.
Segundo participantes da reunião ouvidos pela CNN, os deputados disseram ao presidente que não se pode “criminalizar” as emendas, em especial, as impositivas.
O argumento dos líderes é que esse dispositivo garante a independência do trabalho do parlamentar do Executivo.
“Hoje somos base. Amanhã, podemos ser oposição, como fomos nos últimos seis anos, disse um líder à CNN.
O tema das emendas parlamentares foi tratado logo na abertura na reunião pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Padilha disse acreditar na “maturidade” dos líderes para chegar a um consenso com o Congresso Nacional.
O ministro reforçou que o governo quer encontrar uma solução que contemple o trabalho do parlamentar, que conhece a base eleitoral, com os preceitos do acordo de buscar mais transparência e rastreabilidade para as emendas.
De acordo com os líderes, a reunião foi um momento de “reaproximação” e ocorreu em clima “amistoso”, mesmo diante do tema.
Reforma tributária Durante a reunião, o presidente Lula também conversou com os parlamentares sobre prioridades do governo no Congresso.
Um dos temas discutidos foi a regulamentação da reforma tributária. Segundo o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), Lula ressaltou a necessidade de votar ainda nesta semana os destaques do segundo projeto de regulamentação.
O texto-base foi aprovado pela Casa há duas semanas, mas ainda não teve o conteúdo final aprovado. O plenário ainda precisa analisar as sugestões de mudanças no conteúdo da proposta. A expectativa é de que a previsão de análise seja definida pelos líderes partidários nesta semana.