A democracia não está em boa forma, disse o papa Francisco neste domingo (07), instando os políticos a evitarem o populismo e, em vez disso, trabalharem em conjunto para construir sociedades mais fortes e combater a apatia dos eleitores.
O papa de 87 anos esteve na cidade de Trieste, no nordeste do país, para uma visita rápida – a sua quarta viagem à Itália em pouco mais de dois meses, enquanto se prepara para uma viagem de 12 dias pela Ásia em setembro, a mais longa do seu papado.
Falando numa convenção anual católica sobre assuntos sociais, o papa disse que muitas pessoas se sentiam excluídas da democracia, com os pobres e os fracos deixados à própria sorte.
“É evidente que a democracia não goza de boa saúde no mundo de hoje”, disse ele. Uma democracia saudável deve evitar “a escória da ideologia” e afastar-se do partidarismo para, em vez disso, abraçar um diálogo significativo, disse ele.
“Não nos deixemos enganar por soluções fáceis. Em vez disso, sejamos apaixonados pelo bem comum”, disse, destacando os danos causados pela “corrupção e ilegalidade” política.
Disse ser importante ensinar às crianças a importância dos valores democráticos, alertando que “a indiferença é um cancro da democracia”. “Estou preocupado com o pequeno número de pessoas que foram votar. Por que isso está acontecendo?” ele perguntou.
A visita de meio dia a Trieste seguiu-se a viagens semelhantes a Veneza e Verona em abril e maio, e a um discurso aos líderes do Grupo dos Sete no sul de Itália em junho – saídas que testaram a sua resistência após repetidas doenças ao longo do ano passado que forçaram o papa a reduzir sua carga de trabalho.
Como já é normal, o pontífice locomovia-se principalmente em cadeira de rodas e parecia em boa forma. Em setembro, deverá voar mais de 32.000 km na sua viagem pela Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura.
A Nova Frente Popular, coalizão de esquerda da França, conquistou 182 assentos no parlamento, indicou a apuração dos votos do segundo turno das eleições legislativas no país. A aliança centrista de Emmanuel Macron, o Ensemble, ficou em segunto lugar com 168 assentos. Já o Reunião Nacional, da ultradireita, conquistou 143.
Nenhuma das três coalizões conseguiu maioria absoluta de 289 assentos, portanto, a formação de um novo governo deverá ser negociada.
Participação no segundo turno A França registrou alta participação dos eleitores no segundo turno, o que resultou numa mudança do resultado em relação ao primeiro turno, e a maioria das cadeiras ficou com a coalizão de esquerda Nova Frente Popular.
As eleições foram antecipadas pelo presidente francês, Emmanuel Macron, depois que seu partido de centro perdeu espaço para a ultradireita na eleição do Parlamento Europeu.
Mas a aposta de Macron colocou a França agora num impasse em relação à governabilidade. A eleição deixará o parlamento francês dividido em três grandes grupos – a esquerda, os centristas e a ultradireita, com plataformas extremamente diferentes e nenhuma tradição de trabalhar juntos.
Primeiro-ministro deixará o cargo O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, confirmou neste domingo (7) que vai renunciar ao cargo. Attal reconheceu em um discurso após a divulgação das pesquisas de boca de urna que seu campo político “não obteve maioria nesta noite”.
O político francês, aliado do presidente Emmanuel Macron, afirmou que “oferecerá a renúncia ao Presidente” e que continuará a desempenhar suas funções “pelo tempo que for preciso”.
Por último, ele ainda afirmou que nesta legislatura o parlamento francês estará mais forte do que nunca, e que nenhuma maioria poderia ser formada “por partidos extremistas”.
O presidente francês Emmanuel Macron prometeu que os resultados das eleições serão respeitados, afirmou o Palácio do Eliseu em um comunicado.
Um dos líderes da coalizão vencedora, Jean-Luc Mélenchon, pediu que um gabinete liderado pela esquerda assuma no lugar de Gabriel Attal.
Já a líder francesa da ultradireita, Marine Le Pen, disse no domingo (7) que a França “perdeu mais um ano” para reduzir a imigração, a insegurança e discutir o poder de compra, depois que seu partido, o Reunião Nacional (RN), sofreu a virada para os rivais de esquerda nas eleições legislativas.
A Fiocruz divulgou um alerta, nesta quinta-feira (04), para a alta circulação do vírus sincicial respiratório (VSR), causador da bronquiolite, que vem puxando o crescimento dos casos e mortalidade entre crianças pequenas. O aumento acontece principalmente em Roraima, Amapá e Ceará. A circulação do rinovírus, causador do resfriado comum, também aumentou nessas regiões. Foi observado uma estabilidade de casos de influenza, além de início da atividade do vírus da Covid-19 em alguns estados das regiões Norte e Nordeste, em especial no Piauí e no Ceará, ainda que os patamares sejam baixos quando comparados ao histórico de circulação no país.
No entanto, segundo o órgão, nas últimas semanas, a maior parte das hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave em idosos (quando há comprometimento da função em respiratória, causando sintomas como falta de ar) foram causadas pela Covid-19.
“É importante que tanto hospitais quanto unidades sentinelas de síndrome gripal fiquem atentos para qualquer sinal de aumento de circulação do vírus nessas regiões”, ressalta a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz, Tatiana Portella. A especialista orienta que a população se vacine contra o vírus da Covid-19 e também da influenza A. Além disso, recomenda o uso de máscaras em locais fechados, com baixa circulação de ar e dentro das unidades de saúde. O período analisado vai de 26 a 29 de junho.
O que é a bronquiolite? Bronquiolite é uma infecção dos bronquíolos, estruturas que levam o ar da traqueia aos pulmões. Apesar de ser causada principalmente pelo VSR, pode vir também do adenovírus, o parainfluenza, o vírus influenza, o rinovírus, o bocavírus.
A bronquiolite também se difere da pneumonia, que é principalmente bacteriana e afeta os alveólos pulmonares, que ficam cheios de pus, alerta o pneumologista do Hospital Sírio Libanês, André Nathan.
Outras características importantes para fazer o diagnóstico é que a bronquiolite causa uma “crise de chiado” nas crianças e em bebês recém-nascidos infectados.
Com vacina, criança pode “nascer imunizada” A vacina da Pfizer, denominada Abrysvo é muito eficaz, de acordo com os especialistas. Ela é destinada para prevenção da doença em crianças desde o nascimento até os 6 meses, por imunização ativa em gestantes. A aprovação do registro da vacina permite que ela seja distribuída para a população para aplicação conforme as orientações da bula.
“Como o sistema imune do recém-nascido não tem anticorpo contra o vírus, você vacina a mãe, que desenvolve os anticorpos contra o VSR e a criança nasce imunizada”, ressalta Nathan O pneumopediatra Fabio Muchão ressalta que os anticorpos podem ser transmitidos ao bebê pela placenta da mãe. Segundo a Anvisa, a Abrysvo é bivalente, porque é composta por dois antígenos de uma proteína da superfície do vírus sincial respiratório. A administração é intramuscular e em dose única, no segundo ou terceiro trimestre da gestação.
Como funciona a transmissão? Já que é viral, a transmissão é via respiratória ou por contato físico. Os riscos acontecem em um ambiente fechado, de acordo com Nathan, e a transmissão pode ocorrer entre as crianças pelo contato com a secreção pelo ar ou pelo toque.
Sintomas Em casos leves, os sintomas são de um resfriado:
Coriza; Congestão nasal; Tosse com secreção; Febre baixa. O chiado respiratório, característico da doença, no agravamento do quadro pode causar insuficiência respiratória grave na criança, gerando cansaço e uso de musculatura acessória: entre as costelas e na barriga, segundo Nathan.
Tratamento Como é uma infecção viral, o tratamento é de suporte: pode incluir hidratação, inalações com soro e, em alguns casos, fisioterapia respiratória. Para prevenção da doença, além das medidas de higiene, como lavar as mãos e usar máscaras, Fabio ressalta que existem o anticorpos monoclonais com intuito de prevenir a doença para bebês com doença cardíaca congênita, por exemplo. Mas ele disse que, em breve, podem chegar os medicamentos do gênero que podem ser usados por todos os bebês.
Não dá para negar as aparências e disfarçar as evidências: os artistas da música sertaneja resistem a uma aproximação com o presidente Lula . Ostentando números astronômicos nas plataformas de streaming e milhões de seguidores nas redes sociais, é responsável por movimentar festas e feiras pelo interior do país, o gênero que se divide em estilos como feminino, sertanejo universitário e sertanejo gospel tem bem menos diversidade na arena política. O apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi toada nas eleições de 2022. Por isso, o segmento reagiu mal a uma ideia proposta pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO) durante um bate-papo com o cantor Leonardo : um encontro da classe com o chefe do Executivo. A hipótese ventilada por Kajuru ocorreu durante a participação de Leonardo no podcast Podk Liberados, apresentado pelo senador. O cantor enalteceu o ex-presidente, elogiando seu modo de governar, e chamou Lula de “estrategista de primeira categoria que falou o que o povo queria ouvir”.
— Ao terminar a entrevista, eu perguntei se ele (Leonardo) teria interesse em ter uma conversa com o Lula para mostrar que não tinha nada contra ele, embora fosse bolsonarista. O Leonardo disse que não tinha problema, mas tinha que ver questão da agenda — explicou o senador. — Foi algo que pensei na hora. Não é um pedido do Palácio do Planalto.
Leonardo não quer mais comentar o assunto. Via assessoria, disse que não tem interesse em participar de atividades políticas e que está focado na agenda de shows.
A reação do Palácio Planalto também esfriou a possibilidade de aproximação. O governo negou que haja a intenção de marcar um evento com os artistas. Procurada pelo GLOBO para comentar a possibilidade, a ministra da Cultura, Margareth Menezes , elogiou os sertanejos e disse que a pasta está de portas abertas para dialogar com o segmento. Mas apesar de dizer que poderia estar em um eventual encontro como o imaginado por Kajuru, não garante a presença.
— Os artistas sertanejos têm uma grande contribuição para nossa cultura, algo que não começou agora. O estilo é parte integrante do cenário musical brasileiro, com raízes profundas. Se houver um encontro com o presidente, acredito que será um momento interessante — reconhecido. — Estarei presente, se possível.
Desde que Bolsonaro perdeu para Lula, os astros do sertanejo têm evitado a política nas redes sociais. A exceção foi Eduardo Costa . Questionado pelo GLOBO, ele garantiu não ter interesse em se aproximar de Lula e que “não iria em hipótese alguma” a um encontro com o petista.
Os demais procuradores pela reportagem — Chitãozinho e Xororó, Zé Neto e Cristiano, Zezé Di Camargo e Luciano, Bruno e Marrone, Sérgio Reis, Naiara Azevedo e Sula Miranda — informaram não ter recebido convite algum para uma agenda com o presidente. Mas não revelam que estariam abertas à possibilidade.
A dimensão do universo sertanejo no Brasil é gigantesca, com potencial para ser transformada em capital político, daí os artistas costumam ser contratados por prefeituras por todo o país, muitas vezes com caches que contrastam com as condições precárias de serviços nos municípios. O gênero domina o mercado fonográfico do país há anos. Em maio, um levantamento do Spotify mostrou que sete dos dez artistas mais ouvidos da década no Brasil são sertanejos. No primeiro semestre deste ano, o ritmo também incluiu nove das dez posições na lista de músicas mais tocadas no país, segundo dados das empresas de monitoramento de áudio Crowley e Connectmix.
Cantor indicado Apesar de se esquivarem do debate político, é possível identificar nos sertanejos sinais da sua relação com Bolsonaro, principalmente pelas redes sociais. Quase todos acompanham o ex-presidente e os pais do ex-mandatário em suas contas do Instagram. Mas há uma segunda voz dissonante neste universo: a dos cantores que acompanham o perfil “Fora Lula”, como Eduardo Costa e Zezé di Camargo.
Sertanejo raiz, o cantor Sérgio Reis é um dos mais críticos à gestão Lula. Em vídeo publicado em maio em seu Instagram, ele aparece vestido com uma camisa da Associação Brasileira dos Patriotas, grupo que se declara “indignado com a situação política e econômica do país” e que defende o ex-presidente Bolsonaro. Na sexta-feira, o artista foi indiciado pela Polícia Federal com outras 12 pessoas por incitar atos antidemocráticos em setembro de 2021.
A presença de sertanejos no Palácio do Planalto era uma constante na gestão Bolsonaro. Em 2020, o então presidente foi homenageado em cerimônia com a presença de nomes como Henrique e Juliano e João Neto e Frederico. No ano seguinte, artistas compareceram de um almoço com o então presidente em Brasília, entre eles Sorocaba, da dupla com Fernando, e Naiara Azevedo. A maior manifestação de apoio da classe, contudo, aconteceu na eleição de 2022: eram o Partido de Bolsonaro decreta Gusttavo Lima, Leonardo, Zezé Di Camargo, Chitãozinho e Sula Miranda.
A agenda de Lula também tem eventos com artistas e influenciadores, mas eles ficam bem restritos a personalidades que já o apoiam desde a campanha, e integram a MPB, um universo mais relacionado aos grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio e Salvador. Em dezembro, Lula e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, foram recebidas para um jantar na casa do cantor Chico Buarque, onde também se encontravam Maria Bethânia e Caetano Veloso.
O pesquisador Gustavo Alonso, doutor em história e autor do livro “Cowboys do asfalto: música sertaneja e modernização brasileira”, destaca que a manifestação política de artistas sertanejos não é recente.
— Houve cantores que apoiaram o Collor, houve apoio de nomes do sertanejo também ao Fernando Henrique Cardoso. Até mesmo à primeira campanha de Lula, em 2002, quando o Zezé di Camargo gravou um jingle (para a campanha). Muitos apoiaram o Bolsonaro, mas nem todos. A Marília Mendonça, por exemplo, participou do movimento “Ele não”, ao contrário do ex-presidente — lembra o pesquisador. — O governo Lula pode aproveitar esse momento em que eles estão evitando se manifestar abertamente sobre política para tentar se aproximar do grupo, o que tem muito a ver com contribuir para a área cultural do país.
Exceto à regra, estrelas do sertanejo como Lauana Prado e Yasmin Santos são apontadas como apoiadoras de Lula. As duas não declaram oficialmente seus posicionamentos políticos, mas seguem o atual presidente nas redes sociais. Após a posse do petista, Lauana chegou a ironizar Bolsonaro em um comentário no perfil de Lula no Instagram e na campanha eleitoral ela também pediu ao seu público para “fazer o L”: de Lauana e Lula.
O Exército brasileiro vai começar a usar drones produzidos no Brasil capazes de lançar mísseis. Um grupo de 21 militares concluiu recentemente o treinamento para operar as aeronaves não tripuláveis. Os testes duraram nove meses. Num primeiro momento, serão repassados ao Exército três equipamentos, além de uma base móvel com estações de controle de solo, estabilizadores e radares.
Dois terminais de transmissão de dados de 60km e um terminal de alcance de 100km também compõem o sistema.
O drone, que recebeu o nome de SARP Nauru 1000C, tem tecnologia 100% nacional. O desenvolvimento ficou a cargo da empresa XMobots.
Projetados para missões táticas de vigilância, segurança e monitoramento de fronteiras, os drones serão usados principalmente na região Amazônica.
O sistema é todo operado à distância. O Nauru 1000C tem quase oito metros de envergadura, três de comprimento e pode chegar a uma velocidade de até 110 km/h, com autonomia de 10 horas de voo.
O drone conta com oito motores com baterias independentes, permitindo a realização de decolagens e pousos verticais automáticos, possibilitando o uso em ambientes críticos e confinados.
Com peso máximo de decolagem de 150kg, o equipamento foi desenvolvido para missões que exigem operações em cenários diversos, suportando chuva fina, leve ou neblina, por exemplo.
Todo o controle destas aeronaves é feito de dentro de um contêiner para transporte e operação, com câmeras e monitores que mostram em tempo real o que a aeronave está captando lá fora de acordo com a necessidade de cada missão.
Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado nesta segunda-feira (1º) mostra que 70% das indústrias brasileiras tiveram pelo menos um episódio de interrupção no fornecimento de energia em um ano. Dentre as indústrias que identificaram falta de energia, mais da metade (51%) registraram a interrupção pelo menos cinco vezes no período.
Nos últimos meses, tem causado preocupação no governo a qualidade do serviço prestado pelas empresas distribuidoras de energia elétrica. No início do mês, o Ministério de Minas e Energia anunciou a antecipação da renovação dos contratos. E, junto com a antecipação, regras mais rigorosas para punir as empresas ou até mesmo cancelar a concessão em caso de falha reiterada no serviço.
Um dos casos que mais causaram alerta no governo foi o da Enel, que fornece energia para São Paulo. Regiões da capital e do estado passaram por apagões entre o fim de 2023 e início de 2024.
A queixa da CNI sobre falta de energia é mais um capítulo nas falhas do mercado de energia.
Segundo a entidade, empresas da indústria registraram falta de energia no último ano na seguinte proporção:
21%: mais de 10 vezes 6%: entre 9 e 10 vezes 7%: entre 7 e 8 vezes 17%: entre 5 e 6 vezes 34%: Entre 2 e 4 vezes 9%: 1 vez
O estudo ouviu 1.002 executivos de pequenas, médias e grandes indústrias de todas as regiões o país entre os dias 30 de abril e 24 de maio de 2024.
Balanço divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica em março mostra que, no ano passado, o consumidor brasileiro ficou 10,4 horas sem energia e teve cinco interrupções de fornecimento no ano em média.
Para a CNI, é importante que existam regras e procedimentos que garantam o fornecimento de energia para o setor. O estudo ainda revela que 82% dos executivos consideram que a infraestrutura da rede elétrica brasileira precisa de investimentos para atender melhor à demanda industrial.
“O maior problema da queda de energia para a indústria é a paralisação da produção. A depender do tipo de empresa e da linha de produção, há perdas de matéria-prima, produtos e horas de trabalho. São prejuízos consideráveis, que acabam impactando em custos elevados para as indústrias”, explica o gerente de Energia da CNI, Roberto Wagner Pereira.
Apesar das quedas de energia, a pesquisa indica que há uma percepção de que as indústrias têm gastado mais com a conta de luz. Para 53% das empresas, houve um aumento na conta de luz nos últimos 12 meses.
Começa neste sábado, em Balneário Camboriú (SC), a edição brasileira do Conservative Political Action Conference (CPAC-Brasil). O evento, que reúne boa parte da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é a versão nacional da maior conferência da extrema-direita mundial que ocorre, anualmente, em Washington, capital dos Estados Unidos. Além das presenças do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que embarcou ontem de Brasília para Santa Catarina, e do presidente argentino, Javier Milei, que chega neste sábado, no fim do dia, confirmaram presença os governadores de Santa Catarina, Jorginho Melo (PL), e de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos).
“Um evento que tratará do nosso futuro. A direita, o conservadorismo, as pessoas de bem cada vez ganham mais espaço no mundo todo. Assim como foi nas eleições para o parlamento europeu, há poucas semanas, e como, com toda certeza, será com o nosso candidato, que ganhará as eleições nos Estados Unidos”, disse Bolsonaro, em uma rede social, chamando os apoiadores para o evento de dois dias no litoral catarinense.
A conferência, que no Brasil tem ingressos a partir de R$ 249, reúne instituições e políticos nos Estados Unidos desde 1974, a primeira edição brasileira foi em outubro de 2019, já impulsionada pela onda bolsonarista, e soma três edições em solo nacional.
Outros políticos de países da América Latina estarão no evento, entre estes sábado e domingo, como Gustavo Villatoro, ministro da Justiça e Segurança Pública do presidente de El Salvador, Nayib Bukele; o presidente do partido de extrema-direita do Chile, José Antonio Kast; e o pré-candidato à Presidência do México, Eduardo Verástegui.
Além de Bolsonaro, a presença mais esperada no litoral catarinense é a do presidente argentino. Milei vem escalando o tom dos ataques que faz a chefes de Estado de posições políticas diferentes e, por isso, deve ter o discurso acompanhado com atenção por integrantes do governo Lula, que veem a possibilidade de ele aumentar o tom das investidas ao presidente brasileiro.
A economia da Argentina vem registrando números desfavoráveis, com indicadores da atividade, anunciados ontem, apontando uma queda de 14,8% na indústria, com o setor automotivo, fortemente dependente das exportações para o Brasil, recuando em mais de 40%, no mês de maio e a construção civil com uma queda de 32,6%, na comparação anual. Isso justificaria a aposta de Milei nas pautas extremistas para agradar ao seu eleitorado cativo.
Apesar da pressão de industriais argentinos e brasileiros, essa subida de tom pode dificultar ainda mais a situação do setor no país platino. O governo brasileiro tenta, nos bastidores, evitar a qualquer custo um comprometimento no fluxo de comércio entre os dois países e vem conversando diretamente com governadores das províncias argentinas.
Mesmo sem a diplomacia comentar oficialmente as declarações do presidente, em Buenos Aires, reservadamente, fontes ouvidas pelo Correio dizem que ele tem se isolado politicamente dentro do próprio país e apontam para o receio de uma resposta mais dura do Brasil que possa restringir qualquer ponto do acordo automotivo, visto como um golpe fatal no setor industrial daquele país.
A Justiça do Trabalho condenou ontem a empresa Química Amparo, dona da marca de detergentes Ypê, por uma live a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha de 2022.
O que aconteceu A empresa dona da Ypê foi condenada por assédio eleitoral pelo TRT-15 (Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região), em Campinas (SP) . Publicada na quinta-feira (4), a sentença proíbe a Química Amparo “de fazer propaganda eleitoral a favor de qualquer candidato a cargo político”. Cabe recurso no TST (Tribunal Superior do Trabalho).
Até o momento, nenhuma punição foi aplicada à empresa ou a seus donos . A decisão do TRT-15, que ainda pode ser contestada no TST (Tribunal Superior do Trabalho), determina multa de R$ 100 mil apenas se a Ypê voltar a fazer propaganda política a seus funcionários.
A sentença foi em segunda instância . Em dezembro de 2023, a Química Amparo já havia sido condenada pela Vara do Trabalho de Amparo (SP), município que abriga uma fábrica da empresa. A decisão foi confirmada ontem.
A sugestão de voto em Bolsonaro teria ocorrido após o primeiro turno das eleições de 2022 . Segundo o MPT (Ministério Público do Trabalho), que entrou com a ação, a empresa promoveu “uma palestra voltada a persuadir os trabalhadores a votarem no candidato da situação, com o tema ‘cenário eleitoral pós-1º turno'”.
Procurada pelo UOL, a Química Amparo não comentou a sentença, mas afirmou ser “apartidária” . “A Química Amparo não comenta processos judiciais em curso, mas destaca que o caso ainda será apreciado pelas instâncias superiores. A empresa é uma companhia 100% brasileira, apartidária, e que segue acreditando e investindo no país há mais de 70 anos”, afirma nota enviada ao UOL.
Apesar do conteúdo aparentemente informativo, a exibição da live teve o propósito de influenciar o voto dos empregados da empresa, tendo ocorrido no mesmo dia em que se iniciou a propaganda eleitoral do segundo turno. O palestrante apontou diversos números sugerindo que a manutenção do então governo era a melhor opção para o país Ministério Público do Trabalho
Donos da Ypê doaram R$ 1 milhão para campanha de Bolsonaro Os donos da Ypê chamaram atenção para fazer doações à campanha de Bolsonaro em 2022 . Três membros da família Beira, que integram o conselho de sócios da empresa, doaram juntos R$ 1 milhão ao então candidato à reeleição.
As doações repercutirão nas redes sociais à época . Enquanto os apoiadores de Bolsonaro exigiam a atitude e promoviam a marca, os apoiadores de Lula criticavam os donos da empresa e incitavam boicote.
Misturar bebida alcoólica com energético é um hábito bastante popular em festas para dar uma dose extra de energia e aguentar a balada até mais tarde. Contudo, pesquisadores italianos descobriram que a combinação pode prejudicar a função cognitiva a longo prazo. Publicado nesta sexta-feira (5/7), na revista Neuropharmacology, o estudo foi realizado por cientistas das universidades de Cagliari e de Catania, ambas na Itália, com ratos.
Efeito de misturar bebida alcoólica com energético No experimento, ratos com um tempo de vida equivalente à adolescência em humanos foram separados em três grupos. Os animais do primeiro grupo receberam doses de álcool, os do segundo tomaram bebidas energéticas e os do terceiro receberam uma mistura de ambos. A quantidade de álcool oferecida a todos era compatível com uma “bebedeira”. Os animais passaram por testes de avaliação da função cognitiva nos 53 dias após o consumo das bebidas. Os testes incluíam exames cerebrais e testes comportamentais.
No primeiro momento, os ratos que consumiram álcool e bebidas energéticas mostraram aumento em algumas métricas das funções cerebrais, como o da proteína que impulsiona o crescimento dos neurônios. Mas os benefícios não duraram. Com o tempo, os pesquisadores observaram um declínio na capacidade cerebral dos animais.
Os ratos que beberam a combinação de bebida alcoólica com energético apresentaram mudanças persistentes na capacidade de aprender e lembrar. Exames confirmaram que eles sofreram mudanças no hipocampo do cérebro, área responsável pelo aprendizado e pela memória.
Os pesquisadores sugerem que a mistura pode afetar a plasticidade do hipocampo, prejudicando a capacidade do cérebro de se adaptar e mudar para responder a novas informações e demandas. É uma parte crucial do funcionamento normal do cérebro.
“Nossos resultados mostram que o consumo de álcool misturado a bebidas energéticas durante o período da adolescência produz alterações adaptativas no hipocampo nos níveis eletrofisiológico e molecular, associadas a alterações comportamentais, que já são detectáveis durante a adolescência e persistem na idade adulta”, consideram os pesquisadores.
Os autores do estudo explicam que mais pesquisas precisam ser feitas para confirmar os efeitos em humanos. Eles também acreditam haver diferenças entre homens e mulheres devido às interações hormonais.
“No geral, a análise de todo o conjunto de dados obtidos sugere fortemente que o álcool misturado com bebidas energéticas, durante a adolescência, pode ter consequências que não são necessariamente a soma daquelas observadas com o álcool ou bebidas energéticas isoladamente, e afetar permanentemente a plasticidade do hipocampo”, sugerem os pesquisadores.
Um homem de 25 anos foi preso suspeito de tentar vender a filha, de 2, por R$ 65 para comprar crack. Ele estava em um bar com a criança e falou para uma pessoa que ela poderia abusar sexualmente da menina desde que passasse o valor. O caso foi registrado em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, nessa quarta-feira (3 de julho). A Polícia Militar (PM) recebeu denúncias de que o homem praticava maus-tratos contra a criança. Os agentes encontraram o suspeito em um bar com sinais de embriaguez e uso de drogas: andar cambaleante, olhos vermelhos, hálito etílico e fala desconexa.
Durante a abordagem, o homem apresentou resistência e chegou a tirar uma faca da calça para ameaçar os PMs. Ele acabou sendo contido, algemado e colocado na viatura.
Testemunhas relataram que o homem tentava vender a filha no bar, pois alegava que precisava comprar crack. Conforme registrado na ocorrência, ele ofereceu a criança a um desconhecido dizendo que poderia violentá-la sexualmente.
Os clientes do bar ainda disseram que o suspeito xingava a filha a todo momento e jogava a comida dela no chão e que após pisar no alimento dava para ela comer. Em determinado momento, ele pegou um pirulito e jogou na rua. A menina foi buscá-lo e quase foi atropelada.
O homem recebeu voz de prisão e foi conduzido para a Delegacia de Polícia Civil de Uberlândia. O Conselho Tutelar acompanhou o registro da ocorrência e deixou a criança aos cuidados da avó materna. O caso será investigado.
Importantes financiadores do Partido Democrata estão cortando doações à campanha de Joe Biden como forma de pressioná-lo a desistir de disputar a reeleição. O desempenho desastroso do presidente americano no debate com Donald Trump, na semana passada, tem preocupado os doadores.
Abigail Disney, herdeira da companhia que leva seu sobrenome, afirmou que reteria suas doações ao partido, a menos que Biden desistisse da campanha.
Ela disse à emissora de TV americana CNBC que estava sendo realista. “Se Biden não renunciar, os democratas perderão. Disso tenho absoluta certeza. As consequências da perda serão genuinamente terríveis.”
O roteirista Damon Lindelof também faz parte do time que deixou de enviar dinheiro aos democratas. Ele propôs nesta semana um “DEMbargo”, um embargo de recursos para a legenda até que Biden anuncie sua desistência.
“Quando um país não se comporta como queremos, aplicamos duras sanções econômicas. É um dar e receber – dano de curto prazo para cura de longo prazo”, disse.
Outro nome que se juntou ao movimento foi o filantropo Gideon Stein, que suspendeu repasses de US$ 3 milhões (R$ 16,4 milhões) previstos para o Partido Democrata.
O cofundador da Netflix, Reed Hastings, um apoiador de peso do partido, juntou-se ao grupo que vocaliza a necessidade de Biden desistir da candidatura. Hastings e a mulher dele, Patty Quillin, doaram mais de US$ 20 milhões (R$ 109,6 milhões) aos democratas nos últimos anos.
Biden, por outro lado, admitiu ter passado por um debate ruim, mas não deu qualquer sinalização de que planeje encerrar a campanha neste momento. O Partido Democrata formalizará em agosto o nome do candidato à presidência. As eleições ocorrem em novembro.
A campanha de reeleição tem US$ 240 milhões (R$ 1,3 bilhão) nos cofres, dinheiro que não poderia ser transferido a outro candidato que não fosse a vice na chapa, a atual vice-presidente Kamala Harris.
A Polícia Federal indiciou o deputado federal Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão (PL-SC), o cantor Sérgio Reis e outras onze pessoas pela organização de atos antidemocráticos no 7 de setembro do ano de 2021. Aliados de Jair Bolsonaro , os alvos indiciados defenderiam naquela ocasião o fechamento de rodovias e o impeachment de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Ao finalizar o inquérito sobre o caso, a PF indiciou Zé Trovão, Sérgio Reis e outros nos delitos de incitação ao crime (pena de detenção de três a seis meses), associação criminosa (reclusão de um a três anos) e de tentar impedi-lo. livre exercício dos Poderes. No caso deste último crime, a PF os enquadrou na antiga Lei de Segurança Nacional, porque era a lei vigente na época dos fatos, com pena prevista de dois a seis anos de prisão.
Essa investigação foi aberta em 2021 a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), que detectou convocações nas redes sociais para manifestações antidemocráticas no 7 de setembro. Zé Trovão foi alvo de prisão na ocasião e ficou um mês foragido. No ano seguinte, ele foi eleito para o cargo de deputado federal. Atualmente, ele ainda usa tornozeleira eletrônica.
A PF ordenou que os investigados se articulassem para realizar atos contra o Estado democrático. O inquérito foi enviado no mês passado para o procurador-geral da República, Paulo Gonet. Ele irá decidir se apresenta denúncia contra os acusados. O caso é sob sigilo.
Entre os indicados estão também o ex-presidente da Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja e Milho), Antônio Galvan, e o jornalista bolsonarista Oswaldo Eustáquio. No caso deles, foram acusados apenas dos delitos de incitação ao crime e associação criminosa.
Outro lado O cantor Sérgio Reis afirmou que não iria se manifestar porque não foi notificado oficialmente do indiciamento. A defesa de Zé Trovão disse que não tinha conhecimento do inquérito e não respondeu.
O empresário Antonio Galvan também não quis se manifestar.
Oswaldo Eustáquio classificou de “perseguição política” o indiciamento da Polícia Federal. “Isso se acentua porque se de fato a gente deveria ter dado um golpe de estado, a gente teria dado em 2021. Havia um número muito maior do que no 8 de janeiro. Mas o objetivo nunca foi esse, e o 7 de setembro de 2021 é uma prova que nós nunca avaliamos nenhum tipo de ruptura institucional. Agora, deixa claro também que nós nunca avaliamos uma ruptura com um golpe, mas avaliamos em 2021 e avaliamos hoje um impeachment do ministro Alexandre de Moraes. A base do meu indiciamento é a entrevista que fiz com o Zé Trovão, então estou sendo indiciado pelo exercício do jornalismo”, afirmou Eustáquio.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (4) que hoje em dia quem está tomando as terras dos produtores rurais no Brasil não é o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra), e sim os banqueiros.
“Vamos fazer um levantamento para ver o seguinte. Quem é que está tomando terra de fazendeiro hoje neste país? Sabe quem são? Os banqueiros. Todos os proprietários de terra que tem dívida agrária os bancos estão tirando a terra deles”, afirmou durante cerimônia de entrega de obras de transporte em Campinas (SP).
“Não é mais o João Pedro Stédile [líder do MST], são os presidentes dos bancos que estão tomando terra”, completou.
A fala aconteceu um dia após o governo federal lançar o Plano Safra para 2024 e 2025 com a cifra recorde de R$ 400,5 bilhões.
O lançamento do programa aconteceu em uma cerimônia com parlamentares e empresários do agronegócio, em um movimento para tentar se aproximar do setor, que é uma das principais bases eleitorais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nesta quinta-feira, Lula chamou o plano de “programa do agronegócio”. O presidente disse que o lançamento contou com os maiores representantes do setor, e afirmou que na ocasião reconheceu que os empresários do agro não gostam do PT por conta do MST.
Lula então afirmou que, mesmo com essa pecha, não houve presidente no Brasil, “desde D. Pedro”, que tenha feito um Plano Safra do tamanho que seu governo fez enquanto governou o país.
Na véspera, durante o lançamento do programa, Lula fez diversos gestos à plateia em seu discurso. Ele disse que não governa ideologicamente e vai morrer sem perguntar em quem um empresário votou.
“Não precisa gostar de mim. Eu certamente vou gostar de vocês, porque não desprezo possíveis eleitores”, disse, arrancando risadas.
O presidente norte-americano, Joe Biden, procurou falar alto e com paixão nas breves declarações públicas que fez com um teleprompter na Casa Branca nesta quinta-feira (4). Ao mesmo tempo que indicou que não vai desistir, continua recebendo pressão de apoiadores e doadores de campanha para abandonar a disputa presidencial. Nesta quinta-feira, a herdeira da Disney, Abigail Disney, anunciou que vai cortar as doações ao Partido Democrata até que o presidente desista da disputa. Já entre os democratas, cresce o apoio em torno da ideia de que a vice-presidente Kamala Harris assuma o lugar de Biden na eleição de novembro.
O presidente foi o anfitrião das festividades anuais do Dia da Independência, na Casa Branca, nesta quinta-feira — incluindo um churrasco para militares da ativa e suas famílias.
Biden, usando um terno sem gravata, começou seus comentários com um vigoroso “Feliz Dia da Independência!”
Lendo a partir de um teleprompter, o presidente não cometeu erros graves em suas breves declarações. Por outro lado, pareceu sair do roteiro para fazer referência a um cemitério de guerra que Trump se recusou a visitar enquanto estava no cargo.
Enquanto Biden se misturava e tirava selfies com os convidados, alguém gritou para que ele não desistisse. “Não vou a lugar nenhum”, respondeu Biden. Na sexta-feira (5), o presidente dará uma entrevista à ABC News e viajará para Wisconsin no mesmo dia para um comício de campanha.
Dezenas de deputados democratas estão preparados para pedir a Biden que se afaste se ele não tiver uma boa performance na entrevista à ABC, disse uma fonte à Reuters. Inclusive, os democratas veem a conquista do controle da Câmara em novembro como algo crítico.
Biden enfrenta uma nova realidade desde o debate da semana passada — mesmo que ele não vacile verbal ou fisicamente, é provável que persistam sérias preocupações sobre sua viabilidade como candidato. Se ele distorcer as palavras ou parecer desconcentrado ou confuso, enfrentará uma pressão renovada para desistir.
As pesquisas de opinião mostraram um leve revés para Biden após o debate da semana passada em Atlanta. Ainda assim, um novo levantamento Reuters/Ipsos apontou Biden empatado com Trump, um sinal de que a disputa continua acirrada.
Trump e Biden tiveram, cada um, 40% de apoio entre os eleitores registrados na pesquisa de dois dias concluída na terça-feira (2). Levantamento anterior da Reuters/Ipsos, realizada em 11 e 12 de junho, mostrou Trump com uma vantagem marginal de 2 pontos percentuais: 41% a 39%.
Em uma entrevista com Earl Ingram, do programa de rádio “The Earl Ingram Show”, na quarta-feira (3), Biden disse que continuará lutando.
“Eu fiz besteira, cometi um erro. Foram 90 minutos no palco. Veja o que eu fiz nos últimos três anos e meio”, disse ele. Biden se reuniu com um grupo de governadores democratas na quarta-feira na Casa Branca para defender sua permanência na disputa. Alguns disseram aos repórteres que estão ao lado do presidente.
Boletos atrasados, nome protestado em cartório, calote. A realidade de muitos brasileiros bateu às portas da família de Neymar. Mesmo com uma fortuna estimada em R$ 4,8 bilhões, ele e seus parentes contraíram dívidas que vão de calote em hospital a atraso no pagamento de prestações de aparelhos eletrodomésticos. Neymar da Silva Santos (o “Neymar Pai”), empresário e sócio do filho em dezenas de empreendimentos, teve o nome protestado por algumas dívidas no Rio e em Santos, como consta nos serviços de proteção ao crédito. Mas é a que contraiu em Balneário Camboriú a que mais chama atenção.
Nesse caso, Neypai deixou de pagar uma empresa que vendeu o sistema de ar-condicionado dos quatro andares da cobertura que Neymar adquiriu na cidade catarinense. São várias duplicatas em atraso, e a maior delas, de pouco mais de quase R$ 5 mil, vem sendo cobrada desde abril.
Rafaella Santos, a Neyrmã, também contraiu dívidas, estando em dívidas com um hospital e um laboratório de análises clínicas em São Paulo. Parcelas no valor de R$ 250 e exames que custaram cerca de R$ 6,5 mil não foram pagos entre 2020 e 2022.
Nem mesmo Nadine Gonçalves (mãe do jogador) ficou de fora do feirão do boleto em atraso. A Neymãe está devendo R$ 2,6 mil, que seriam referentes a duas faturas de condomínio, dos meses de fevereiro e março deste ano. Assim como o ex e a filha, Neymãe teve o nome levado ao cartório.
Além do registro público da inadimplência, quem tem o nome sob protesto pode ter seu nome incluído em órgãos de proteção ao crédito, como o Serasa, e ter o CPF negativado, o que pode dificultar a obtenção de crédito no futuro e impedir novos parcelamentos.
Juntos, os três devem na praça algo em torno de R$ 21 mil. Para se ter uma ideia, Neymar recebe do Al-Hilal, seu atual clube, cerca de R$ 40 milhões por mês, o que dá, em média, cerca de R$ 55 mil em ganhos por hora, somente em salários.