Após 4 anos, Currais Novos celebra mais uma sangria do açude Dourado

Depois das fortes chuvas em Currais Novos, o Açude Dourado, passou de menos de 2 % de sua capacidade hídrica para transbordamento, em apenas 15 dias”.. A última vez que o açude Dourado havia sangrado foi em 2020, há 4 anos.

A capacidade total do Açude Dourado é de 10.321.600 m³. Essa água que está transbordando segue em direção ao Açude Gargalheira, que já recebeu boa recarga neste ano, depois de praticamente seco. A sangria do açude Dourado se transforma em momento de fé, alegria e festa popular, em Currais Novos. Muitas pessoas se deslocaram até o açude para ver o transbordamento pelo sangradouro do reservatório.

Blog do Rai

IMAGENS: MICHEL MAYKON MM

Postado em 15 de março de 2024

Faustão faz embolização após atraso em recuperação de transplante de rins

O apresentador Fausto Silva, de 73 anos, teve de passar por uma embolização nesta semana após atraso em recuperação de transplante de rins realizado no dia 26 de fevereiro. O procedimento cirúrgico é feito para interromper a passagem sanguínea em determinada parte do corpo.

Segundo a família de Faustão, que segue internado no Hospital Albert Einstein desde o dia 25 de fevereiro sem previsão de alta, a cirurgia foi realizada para resolver “questões linfáticas que estavam atrasando sua recuperação”. A nota afirma que apesar do implante renal ter sido bem-sucedido, o apresentador ainda aguarda que o órgão comece a funcionar.

Em agosto de 2023, Faustão passou por um transplante de coração no mesmo hospital devido à insuficiência cardíaca, segundo comunicado emitido na época.

A necessidade do transplante veio à tona após Faustão apresentar sérios problemas de saúde, que inicialmente o levaram ao hospital em 17 de agosto, após sentir-se mal. A gravidade de seu estado motivou a inclusão de seu nome na lista única de espera por um transplante cardíaco, coordenada pelo Sistema Nacional de Transplantes. Esse sistema assegura a equidade no acesso a transplantes, independentemente de serem pacientes de redes públicas ou privadas de saúde.

Estadão

Postado em 15 de março de 2024

Brasil registra a maior taxa de doadores de órgãos da história

Em 2023, o Brasil alcançou a maior taxa de doadores de órgãos e bateu recorde de vários tipos de transplantes.

Quando a filha nasceu, a dona de casa Adriana Francisca de Souza recebeu a pior notícia.

“Que ela só tinha 12 dias de vida por causa da cardiopatia dela ser muito grave”, conta.
Mas a vida se impôs e a Ana Carolina superou tudo o que veio pela frente.

“E aí hoje eu estou aqui, com 23 anos, sobrevivendo, graças a Deus, e fazendo o que eu consigo. Foram duas cirurgias, 15 cateterismos e, agora, o transplante que eu estou à espera”, comemora a estudante de contabilidade Ana Carolina de Souza Freitas.

Um duplo transplante: do coração e do fígado, prejudicado por anos de medicamentos. Hoje, ela é a primeira da fila no Sistema Nacional de Transplantes à espera de um doador para os dois órgãos.

E as notícias são boas para a Ana Carolina e para outras pessoas que aguardam um transplante. O Brasil registrou em 2023 a maior taxa de doadores de órgãos da história e bateu recorde de transplantes de fígado, coração, córneas e medula óssea e rim. O que permitiu não só a continuidade da vida para muitas pessoas que dependiam da doação, mas também a chance de viverem como nunca tinham experimentado antes e, por exemplo, caminhar na rua sem dificuldade.

“Eu não conseguia andar, eu não conseguia subir escada, eu não conseguia comer sozinho, tomar banho. Não conseguia fazer quase nada”, diz Lucas Gabriel de Oliveira, transplantado.
Era a condição do Lucas um ano e meio atrás.

“ Você faz tudo certo, mas não tem como. Chega uma hora que é inevitável, que é a hora do transplante”, diz Cristiane Cardoso da Rocha, mão do Lucas.
Foram 11 meses de espera até que chegou a hora.

“Meu Deus! Esse dia foi o dia mais feliz da minha vida”, comemora Cristiane.

“Agora, eu posso fazer academia, posso correr, posso jogar bola, caminhar”, conta Lucas.
Em 2023, o brasil se recuperou da queda de transplantes que ocorreu durante a pandemia e, além da doação recorde, ultrapassou a meta prevista para o ano.

“E isso deixou a gente muito animado e esperançoso para continuar crescendo ainda mais no próximo ano. O Brasil tem um programa de transplantes que dá muito orgulho aos brasileiros. O brasil é o quarto do mundo em numero absoluto de transplantes”, diz Lucio Pacheco, médico e membro da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos.
Quase 60 mil brasileiros estão, neste momento, ao lado da família, esperando para renascer. A Ana Carolina quer brincar à vontade com o irmão mais novo, e está cheia de planos.

“Vai ser um grande recomeço. Fazer um futevôlei ali que tanto sonho, ir para uma academia, sabe? Eu poder me movimentar”, diz Ana Carolina.
Para a fila andar, é preciso apoio de toda sociedade. Pela legislação brasileira, a família de pacientes com morte encefálica precisa autorizar a doação de órgãos. Em 2023, em média, de cada 14 doadores possíveis, dois se tornaram doadores de fato.

“A gente ainda tem onde aumentar a doação de órgãos no pais. Doação de órgãos tem dois gargalos: a identificação da pessoa com morte cerebral, com morte encefálica, e a autorização familiar. E é nessas duas áreas que a gente tem que atuar, estimulando o profissional da terapia intensiva a identificar esse doador e treinando a equipe médica para conversar com a família, tanto sobre o diagnóstico quanto sobre a possibilidade de doação de órgãos e salvar várias vidas com aqueles órgãos”, acrescenta Lucio Pacheco.
“A minha espera é muito grande, a minha expectativa é muito grande que eu vou ficar boa, me recuperar logo. Se você realmente quer ser um doador, você precisa avisar sua família. Isso é muito importante, você salvar outras vidas”, comenta Ana Carolina.

Jornal Nacional

Postado em 15 de março de 2024

Brasil cobra providências da UEFA depois de mais um ataque racista contra Vini Júnior

O governo brasileiro se posicionou contra os ataques racistas sofridos pelo jogador Vinícius Júnior, do Real Madri, por torcedores Atlético de Madri na quarta-feira (13). Além disso, afirma que vai cobrar providências da UEFA (União Europeia das Associações de Futebol, em tradução livre), que organiza o Champions League e reforçar às autoridades governamentais e esportivas espanholas a preocupação com os repetidos ataques racistas que ele tem sofrido. “Vinícius Júnior é um atleta exemplar e não está sozinho na sua corajosa luta contra o racismo”, afirma o Itamaraty.
O episódio aconteceu ao final da partida entre o Atlético de Madri e Inter de Milão. Nos arredores do estádio em que acontecia o jogo, torcedores do Atlético cantaram “olé, olé, Vinícius chimpanzé”. Vale ressaltar que o jogador brasileiro não fazia parte da partida.

Vini Júnior comentou sobre o caso em redes sociais e cobrou punições para os torcedores. “É uma triste realidade que passa até nos jogos que não estou presente!”, desabafa.

Esta não é a primeira vez que apoiadores do Atlético de Madrid têm Vini Jr em sua mira com atos de racismo. Em 2023, um boneco alusivo ao atleta foi pendurado em uma ponte da capital espanhola, simulando um suicídio do brasileiro; já neste ano, cânticos de “é um macaco, Vinícius é um macaco” foram entoados antes da classificação nas oitavas da Copa do Rei.

R7

Postado em 15 de março de 2024

Por ‘família’, STJ mantém absolvição de homem acusado de estuprar e engravidar menina de 12 anos

Evocando o argumento de ‘constituição de um núcleo familiar’, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça negou condenar um homem acusado de estupro de vulnerável de uma menina de 12 anos, que engravidou. Seguindo o voto do ministro Reynaldo Soares, a maioria do colegiado entendeu que o caso era de ‘dois jovens namorados’ e agora envolve uma criança – o filho – ‘que é a prioridade absoluta do sistema brasileiro’. “A vida é maior do que o direito”, indicou o relator.

O placar do julgamento, realizado na terça-feira, 12, foi de três votos a dois. Acompanharam o relator os ministros Ribeiro Dantas e Joel Ilan Paciornik. A ministra Daniela Teixeira divergiu e foi acompanhada pelo presidente da Turma Messod Azulay Neto. Ela argumentou que no caso não existe uma família: “Quando uma mulher apanha, uma criança de 12 anos é submetida a conjunção carnal, nós temos um antro de violência e não uma família”.

O caso em questão começou a ser analisado no plenário virtual do STJ. A discussão passou para sessão plenária após um pedido de destaque da ministra Daniela Teixeira. Os ministros julgaram um recurso que o Ministério Público de Minas impetrou contra decisão do Tribunal de Justiça estadual que derrubou condenação imposta ao acusado em primeiro grau.

O caso em questão envolve um homem de 20 anos que manteve relações sexuais com uma menina de 12 anos. Eles são de Araguari, cidade de 109 mil habitantes localizada no Triângulo Mineiro. Reynaldo Soares indicou que os dois ‘namoraram e moraram juntos, mantendo uma união estável e tendo um filho’. Segundo o relator, o casal não está mais junto, ‘mas o pai continua dando assistência para a criança’.

A ministra Daniela Teixeira destacou que os dois ficaram juntos por três meses quando foi descoberta a gravidez e houve a expedição de medidas protetivas em favor da menina, vez que a criança fugiu da casa do rapaz e foi pedir ajuda para a avó. Ainda de acordo com a ministra, o homem era amigo de um primo da menina, que morava na mesma casa. Ele tirava a menina da escola para que pudessem se encontrar, indicou Daniela.

No julgamento, Reynaldo Soares sustentou que o Tribunal de Justiça de Minas reconheceu ‘erro de proibição’, o que justificou a derrubada da condenação do acusado. De acordo com o ministro, a jurisprudências e os precedentes do STJ são no sentido de que a Corte não pode rever o reconhecimento de ‘erro de proibição’.

“Quero reafirmar a defesa intransigente com os direitos da criança no sentido de que criança menor que 14 anos não foi feita para namorar, foi feita para brincar, para ir para a escola. Só que a vida é maior do que o direito. A antecipação da adolescência, da fase adulta, não pode acarretar um prejuízo maior para aqueles que estão envolvidos e para uma criança que é a prioridade absoluta do sistema brasileiro. Agora temos uma criança”, afirmou.

“Excepciono situações em que a vida é maior do que o direito em que crianças de 12 anos tenham união estável e dessa união nasçam crianças. Aí eu dou prioridade absoluta para o Estatuto da Primeira Infância. A criança tem prioridade absoluta nesse sentido”, seguiu.

O caso concreto revela que a conduta imputada, embora formalmente típica, tipo de ameaça ou violência, ainda que presumida, mas um exame apurado revla que a conduta imputada não consittui infração penal haja vista a ausência de relevância social e de efetiva vulneração ao bem jurídico tutelado

Segundo Soares, o caso é de ‘dois jovens namorados, não de um coronel e um capitão, cujo relacionamento foi aprovado pela mãe – que depois se desentendeu com o rapaz – sobrevindo um filho e a constituição de um núcleo familiar’. O ministro argumentou que há ´particularidades que impedem o julgamento do caso, sendo necessário proceder com distinção’.

“A condenação do réu, que não oferece nenhum risco à sociedade, ao cumprimento de pena elevada – 8 anos – revela uma completa subversão do direito penal em afronta aos direitos fundamentais, em rota de colisão direta com o princípio da dignidade humana”, sustentou.

Ao divergir, a ministra Daniela Teixeira ressaltou que o nome do relacionamento mantido entre o homem e a menina é estupro de vulnerável. “Não temos no presente caso uma família, menos ainda uma família a ser protegida pelo poder judiciário. Quando uma mulher apanha, uma criança de 12 anos é submetida a conjunção carnal, nós temos um antro de violência e não uma família”, frisou.

Segundo a ministra, é ‘pouco crível’ que o acusado não tivesse conhecimento da ilicitude de sua conduta, vez que ele conhecia a família da menina e tinha conhecimento da idade dela.

“Não se pode racionalmente aceitar que um homem de 20 anos tivesse relação sexual com uma menina de 12 anos. Ser matuto não exclui atipicidade do estupro de vulnerável. Estamos falando de uma criança agredida, com relação sexual, de onde veio uma gravidez, que é uma segunda agressão. Uma menina que tinha uma vida inteira pela frente, aos 12 anos de idade, corre sério risco de vida ao levar essa gravidez adiante. E levando, corajosamente, terrivelmente ou tragicamente, tem sua vida praticamente ceifada. É uma violência inominável e inadmissível”, ressaltou.

TERRA

Postado em 15 de março de 2024

Senado argentino rejeitou pacote econômico de Milei

O Senado argentino rejeitou nesta 5ª feira (14.mar.2024) o pacote de desregulamentação da economia proposto por Javier Milei. O Decreto de Necessidade e Urgência foi rejeitado por 42 votos contrários e 25 a favor.

Para que a medida de Milei deixe de ter validade, a Câmara dos Deputados da Argentina também precisa rejeitar o texto. Assim, apesar dos senadores votarem contra o decreto, a medida continua em vigor no país.

O presidente da Casa Baixa argentina, o libertário Martín Menem, definirá os dados em que será realizada a votação do decreto presidencial.

Dentre as alterações feitas pelo DNU, está o fim do controle de preços em produtos e a desregulamentação de contrato de aluguéis. A Lei do Abastecimento permitiu ao governo fixar valores máximos de produtos e punir empresas que aumentassem os valores praticados sem justificativa.

Depois do resultado da votação, a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, afirmou que o governo de Milei vai “mudar o país, apesar de todos aqueles que destroem o governo” . “ Não se preocupe: podemos administrar sem você” , pontual.

O gabinete presidencial disse, na 4ª feira (13.mar), que “independentemente de qualquer resultado legislativo, o Poder Executivo reafirma o seu compromisso inquebrável com a política de 0% de défice” .

Poder 360

Postado em 15 de março de 2024

IDH do Brasil sobe, mas ainda não alcança o período o pré-covid

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil aumentou, passando de 0,754 para 0,760, patamar considerado elevado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Mas, de acordo com os dados divulgados ontem, o país regrediu duas casas no ranking — em 2021, encontrava-se em 87° lugar e, em 2022, desceu para o 89º posto entre os 193 países e territórios incluídos no levantamento.
O IDH varia de 0 a 1 — quanto mais próximo estiver de 1, melhor é a pontuação do país. Antes da pandemia, o índice do Brasil chegou a 0,766, mas houve queda diante dos impactos socioeconômicos da crise sanitária.

O avanço na medição está diretamente relacionado ao aumento da expectativa de vida do brasileiro: passou de 72,8 anos, em 2021, para 73,4 em 2022. Pesou, ainda, o aumento da renda per capita, que saltou de US$ 14.342, em 2021, para US$ 14.616 no último ano do governo do presidente Jair Bolsonaro.

Extremismos
Porém, não à toa o levantamento foi intitulado Superando o impasse: Reimaginando a cooperação em um mundo polarizado. O PNUD aponta que há uma recuperação global, mas ainda de forma desigual e afetada pela “polarização política”.

“O que está acontecendo é que há um processo ao redor do mundo de alienação da população”, afirmou Pedro Conceição, diretor do Escritório do Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD. Ele cita que a pesquisa mostra um dado preocupante: embora 90% da população mundial respalde a democracia, 50% das pessoas admitem que “apoiariam líderes” que a enfraqueceriam.

Segundo Pedro, os obstáculos oferecidos pela polarização na solução de problemas sociais e ambientais também pesaram para o resultado brasileiro e de outras nações. “Estamos falhando de diversas maneiras. A polarização política envenena as colaborações doméstica e internacional”, advertiu.

Um exemplo citado no documento das Nações Unidas foi a iniciativa de “tomar vacinas ou usar máscaras na pandemia”. Essa decisão, segundo Pedro, era, em muitos casos, baseada mais na opinião de “certos grupos” do que na eficácia das medidas, comprovada pela ciência. “O mesmo acontece com as mudanças climáticas”, afirmou o pesquisador.

Ele observou que esse tipo de postura não se limitaria aos cidadãos, uma vez que “há governos que tomam posições muito radicais dependendo de qual lado eles estão na arena internacional”. À época da crise sanitária provocada pela covid, o governo Bolsonaro chamou a atenção da comunidade internacional pelo negacionismo em relação ao novo coronavírus e à eficácia das vacinas.

O chefe mundial do PNUD, Achim Steiner, reforçou o alerta de Pedro Conceição. “Esse impasse tem custo humano significativo. O fracasso da ação coletiva para fazer avançar a luta contra as mudanças climáticas, a digitalização ou a pobreza e a desigualdade, não apenas prejudica o desenvolvimento humano, mas, também, agrava a polarização e corrói ainda mais a confiança nas pessoas e nas instituições em todo o mundo”, afirmou.

Entre os países latino-americanos, o Brasil se encontra na 18ª posição e fica à frente de outros países sul-americanos, como Colômbia e Equador, mas atrás de vizinhos como Uruguai (58º) e Argentina (47º). A média do IDH da América Latina e do Caribe se encontra em 0,763, acima do brasileiro.

O chefe de estatística do PNUD, Yanchun Zhang, observou que “depois da covid-19 e de muitos tubarões que atingiram a economia e a sociedade global, você verá muitos movimentos para vários indicadores que usamos para a construção de índices de desenvolvimento humano. Então, para o Brasil, assim como muitos países, a queda de 2019 para 2022 é muito grande. A recuperação de 2022 está aí, mas não muito forte. Na última década, o progresso tem sido lento”, explicou.

(Com Agência Estado)

Postado em 15 de março de 2024

TST condena Habib’s por vincular empregados a ações pró-impeachment de Dilma

O fast-food Habib’s foi condenada a pagar R$ 300 mil de indenização por dano moral coletivo à funcionários da empresa. A denúncia é de que a companhia veiculou os empregados a uma campanha favorável ao impeachment da então presidente Dilma Rousseff, em 2016. O julgamento foi realizado pela Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) na quarta-feira (13/3).
A ação foi movida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares e Restaurantes e Similares de Águas de Lindóia e Região contra a Alsaraiva Comércio Empreendimentos Imobiliários e Participações (nome fantasia da rede de fast food Habib’s) e empresas franqueadas. O documento afirmou que a empresa lançou uma campanha chamada “Fome de mudança”, que incentivou a participação da população em protestos a favor do impeachment de Dilma.

De acordo com o Sindicato, a empresa tentou atrair adesão ao movimento decorando a loja de verde e e amarelo com os dizeres “Quero meu país de volta” e também divulgou a hashtag “todomundoseajudando”. O Habib’s teria distribuído adereços com fitas e cartazes nas lojas.

No processo, a empresa afirmou que a mobilização não tinha relação com siglas ou coligações partidárias nem conotação político-ideológica e que tinha o objetivo de apoiar “homens e mulheres que possam fazer a diferença e trazer as oportunidades de cada brasileiro”.

A visão da empresa, segundo o TST, era de que não estaria abusando de suas liberdades se obrigassem os empregados a usar os adereços distribuídos na loja ou que fizessem panfletagem partidária junto aos clientes.

Primeiras instâncias
A ação da empresa foi considerada legítima pela 5ª Vara do Trabalho de Campinas (SP) e pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, apesar de terem reconhecido que houve manifestação de cunho político das empresas contra o governo federal e a corrupção. O TRT entendeu ainda que não ficou comprovada nenhuma imposição de convicções políticas aos trabalhadores.

Em recurso, o sindicato alegou que o TRT não considerou que apenas a alteração visual da loja já vincularia os funcionários à campanha, que tinha caráter político-ideológico.

Novo julgamento
No processo do TST, a relatora ministra Maria Helena Mallmann entendeu que a campanha ostensiva de cunho político-partidário no ambiente do trabalho caracteriza abuso do poder diretivo empresarial. Para ela, o uso de broches e cartazes no estabelecimento não configurou abuso e sim a vinculação da ideologia aos funcionários. “O poder diretivo do empregador não contempla a imposição de convicções políticas”, afirmou.

Além disso, durante o julgamento, Mallmann lembrou que a interferência do empregador na liberdade de orientação política dos empregados contraria o Estado Democrático de Direito.

A empresa ainda pode recorrer da decisão.

Procurado pelo Correio, o Grupo Habib’s esclareceu que “não teve acesso a tal decisão judicial e que, tão logo isso ocorra, tomará as devidas providências cabíveis.”

Correio Braziliense

Postado em 15 de março de 2024

Taxa de mortalidade por câncer teve queda de até 37% em 25 anos no Reino Unido

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As mortes por câncer tiveram uma queda significativa no Reino Unido entre 1993 e 2018. Isso é o que apontam as conclusões de um estudo publicado na revista científica The BMJ nesta quarta-feira (13).

De acordo com a pesquisa, apesar de o país ter registrado uma alta no número geral de casos de câncer, o inverso foi observado com a quantidade de mortes pela doença.

Os dados mostram que entre os homens de 35 a 69 anos houve uma queda de 37% na taxa de mortalidade por diversos tipos de câncer. Entre as mulheres dessa faixa etária, a diminuição foi de 33%.

“As reduções observadas na mortalidade por câncer nos 25 anos analisados são resultado de melhorias em diferentes áreas. O progresso na prevenção, por exemplo, foi impulsionado principalmente pela redução da prevalência do tabagismo”, explica ao g1 Jon Shelton, pesquisador do Cancer Research UK e um dos líderes do estudo.

Ele destaca que, para que isso acontecesse, diversas mudanças de políticas aconteceram no Reino Unido, incluindo a proibição de alguns tipos de publicidade, aumento de impostos, proibição de fumar em ambientes fechados e embalagens padronizadas.

“Os programas de rastreio também tiveram um grande impacto no resultado. A investigação levou a melhorias no diagnóstico e tratamentos mais especializados”, comenta Shelton.

A diminuição na taxa de mortalidade foi observada em quase todos os tipos de câncer. As exceções foram câncer de fígado, boca e útero. Em homens, o melanoma também apresentou alta e, em mulheres, o câncer de pâncreas.

Alta de casos
???? Se observado o número de casos, a alta foi de 57% entre os homens e 48% entre as mulheres. Apesar do aumento, as conclusões indicam que não houve um aumento generalizado na incidência de câncer na população do país nesse período.

???? A pesquisa analisou dados referentes à incidência de câncer na população no período de 25 anos, entre 1993 e 2018. Foram considerados os casos e mortes pelos 23 tipos de câncer mais comuns entre homens e mulheres com idades entre 35 e 69 anos.

Os pesquisadores escolheram essa faixa etária específica como foco do estudo porque os dados disponíveis referentes a essas idades são mais confiáveis e fáceis de interpretar. Além disso, a precisão do diagnóstico é maior do que se comparado a pacientes mais velhos, com outros problemas de saúde associados.

Motivos para a queda
O estudo também mapeou os principais motivos que levaram à queda no número de mortes no período de 25 anos analisados. As conclusões mostram que o avanço da tecnologia e dos tratamentos disponíveis foi fundamental para a diminuição na taxa de mortalidade por câncer.

???? De acordo com a pesquisa, o declínio é reflexo dos seguintes fatores:

Sucesso das campanhas de prevenção de câncer, o que inclui campanhas antifumo, por exemplo;
Detecção precoce da doença;
Melhora dos exames diagnósticos;
Tratamentos mais efetivos.

Em contraste com a queda observada pela melhora no diagnóstico, a pesquisa aponta que o aumento nos casos de alguns tipos de câncer pode estar associado aos níveis mais elevados de sobrepeso e obesidade e consumo excessivo de álcool.

As incidências dos cânceres de próstata e de mama foram as que tiveram aumentos mais significativos em relação aos demais tipo da doença. Uma das hipóteses para a alta é a realização de mais exames diagnósticos específicos.

Referência para a próxima década
Apesar dos resultados positivos observados em relação à queda na mortalidade, os tipos de câncer que apresentaram alta servem como alerta para o desenvolvimento de políticas de saúde nos próximos anos.

“O aumento na taxa de mortalidade no caso de tipos de câncer associados a obesidade e álcool deve servir de catalisador para iniciativas que reduzam a prevalência desses fatores de risco entre a população”, analisa o pesquisador.

O estudo, segundo o pesquisador, deve servir de base para que o governo do Reino Unido siga desenvolvendo ações que possam também prevenir os casos da doença.

“Devemos continuar prevenindo a maior quantidade de casos possível, diagnosticando mais cedo e desenvolvendo tratamentos mais efetivos”, recomenda Jon Shelton.

Noticia MAX

Postado em 15 de março de 2024

ES vai usar inteligência artificial japonesa para prever assassinatos; entenda

Estado vai assinar um Termo de Cooperação Técnica com a empresa japonesa para um período de teste com validade de três meses
Ainda em março, o Espírito Santo terá uma tecnologia que utiliza inteligência artificial para indicar possíveis homicídios.

A Secretaria Estadual de Segurança Pública fará uma parceria com a empresa japonesa Singular Perturbations Inc., desenvolvedora de um software de predição de crimes para tirar o projeto do papel.

A tecnologia utiliza os dados de lugares com maior incidência de homicídios já coletados pela Secretaria. Com o uso de inteligência artificial, o software conseguirá indicar, com maior precisão de localidade e horário, possíveis homicídios.

As “previsões” serão notificadas às forças de segurança, que poderão reforçar o policiamento nas localidades e permanecer em alerta para evitar o crime.

O secretário de Segurança Pública do Estado, Eugênio Ricas, explicou que a ideia é, com as informações coletadas pela plataforma, intensificar o policiamento nas regiões identificadas pela tecnologia e, assim, evitar crimes.

“Nós temos os dados das manchas criminais aqui do nosso Estado. Esse software vai apontar com mais precisão onde esses crimes acontecem para que a gente mande nossos policiais. O modelo preditivo vai contribuir para a redução de homicídios“, contou.

Inicialmente, o software será voltado para mapear homicídio. No entanto, após a implementação do novo recurso, é possível que dados de outros tipos de crimes sejam, como roubo e crimes patrimoniais.

Ricas explicou que será assinado um Termo de Cooperação Técnica com a empresa japonesa para um período de teste, com validade de três meses. Depois, será feito a consolidação da parceira. Não haverá custo para o Espírito Santo.

“A empresa desenvolveu esse software e está precisando de parceiros para atualizar o equipamento e, depois, vender. Por isso, não haverá custo para o Espírito Santo. A partir do momento que assinarmos o acordo, a tecnologia será implementada“, explicou.

Portal do Jornal

Postado em 15 de março de 2024

Grupo Dia vai fechar 343 lojas no Brasil e concentrar operações em São Paulo

O Grupo Dia aprovou em conselho um processo de reestruturação das operações no Brasil. “Os espanhóis vão continuar operando 244 lojas no Estado de São Paulo, onde a companhia tem a maioria dos negócios brasileiros”, diz a empresa, em nota.

Além do encerramento de 343 lojas, serão fechados três armazéns. A reavaliação da dimensão de sua estrutura, segundo o grupo, se deveu aos “persistentes resultados negativos do Dia no Brasil”. A decisão faz parte do plano de ajustes que a companhia executa para “tornar a operação viável”.

Concentrar os negócios em São Paulo foi uma opção para otimizar a rede logística e reduzir custos. As operações no Estado têm maior rentabilidade, segundo o comunicado. Os mercados de proximidade do Dia estão no Brasil desde 2001.

“Essas medidas possibilitarão destinar os recursos para mercados mais rentáveis e com maior potencial de crescimento para o Grupo na Espanha e na Argentina, onde atualmente a companhia conseguiu uma posição relevante com uma estratégia focada na distribuição alimentar de proximidade”, informa o grupo.

TERRA

Postado em 15 de março de 2024

Governo espera queda de 20% no preço do arroz nas próximas sema

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O governo federal espera uma queda em torno de 20% no preço do arroz nas próximas semanas. Nesta quinta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve reunião com ministros para tratar da alta dos preços dos alimentos aos consumidores no fim de 2023 e início deste ano.

Entre novembro e janeiro, o grupo de alimentação e bebidas foi o que mais pesou no cálculo da inflação no bolso dos brasileiros. As questões climáticas, como as altas temperaturas e o maior volume de chuvas em diferentes regiões do país influenciaram a produção dos alimentos e, consequentemente, os preços.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, reforçou que foi um aumento sazonal. “É uma preocupação do presidente que a comida chegue barata na mesa do povo brasileiro. Todas as evidências é que já baixou. Teve uma diminuição de preço ao produtor e terá uma diminuição ainda maior de preços ao produtor”, disse.

Segundo o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o governo espera que a baixa de preços seja repassada na mesma medida para os consumidores pelas empresas atacadistas, que fazem a distribuição ao consumidor. No caso do arroz, isso deve acontecer na virada do mês de março para abril, à medida que haja reposição de estoques a preços menores.

“O Rio Grande do Sul produz praticamente 85% do arroz consumido no Brasil e tivemos enchentes no Rio Grande do Sul exatamente nas áreas produtoras, o que deu certa instabilidade. O fato é que estamos com a colheita em torno de 10% no Rio Grande do Sul e os preços aos produtores já desceram de R$ 120 para em torno de R$ 100 a saca. O que esperamos é que se transfira essa baixa dos preços, os atacadistas abaixem também na gôndola do supermercado, que é onde as pessoas compram”, disse.

“A gente espera, então, que com o caminhar da colheita, que chegamos a 50% e 60% nos próximos dias, da colheita de arroz, esse preço ainda ceda um pouco mais”, acrescentou Fávaro.

(Agência Brasil)

Postado em 15 de março de 2024

Moraes é escolhido relator do caso Marielle no STF

O ministro Alexandre de Moraes foi escolhido relator no Supremo Tribunal Federal (STF) da investigação sobre os mandantes e responsáveis pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
A informação foi confirmada à CNN por interlocutores da Corte. A investigação tramita em sigilo. Moraes foi escolhido após sorteio.

Na última quarta-feira (13), o inquérito foi enviado ao STF pelo ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), após a descoberta do suposto envolvimento de uma autoridade com foro por prerrogativa de função.

O assassinato de Marielle e Anderson completou seis anos nesta quinta-feira (14). Eles foram executados a tiros na região central do Rio

Andamento no STF
Agora, com a mudança de tribunal, significa que caberá agora ao STF validar ou não a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, réu pela morte da vereadora e do motorista.

Eventualmente, Moraes pode avaliar que a menção da autoridade com foro no STF não tem elementos que a sustentem e enviar o processo de volta ao STJ.

A Suprema Corte tem a responsabilidade de julgar processos envolvendo o presidente e o vice-presidente da República, ministros do governo, senadores e deputados federais, embaixadores, ministros de tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União.

CNN

Postado em 15 de março de 2024

Ex-comandante do Exército diz que Bolsonaro apresentou hipóteses para golpe de Estado

O ex-comandante do Exército Freire Gomes afirmou que Jair Bolsonaro apresentou hipóteses para dar golpe de Estado. Em depoimento à Polícia Federal, que durou cerca de sete horas, o militar falou sobre reuniões que o ex-presidente teve com comandantes das Forças Armadas. 

Segundo informações divulgadas pela colunista Bela Megale do jornal O Globo, nesta quinta-feira, 14, Bolsonaro teria detalhado a possibilidade da “utilização dos institutos jurídicos”, que abrem espaço para Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Estado de Defesa ou Estado de Sítio, em relação ao resultado das eleições.

“[Freire Gomes] se recorda de ter participado de reuniões no Palácio do Alvorada, após o segundo turno das eleições, em que o então Presidente da República Jair Bolsonaro apresentou hipóteses de utilização de institutos jurídicos como GLO, Estado de Defesa e Estado de Sítio em relação ao processo eleitoral”, diz um trecho do depoimento de Freire divulgado pela coluna. 

Minuta de decreto do golpe
Ainda em depoimento, o general disse que esteve no Palácio da Alvorada em 7 de dezembro de 2022, a convite de Paulo Sergio Nogueira, ex-ministro da Defesa, mas que não sabia qual era a pauta do encontro, que aconteceu na biblioteca. Lá, o assessor especial da Presidência, Felipe Martins, “leu os ‘considerandos, que seriam os ‘fundamentos jurídicos’ da referida minuta de decreto do golpe”.

Segundo ele, a minuta destacava a tentativa de golpe e continha termos normalmente utilizados por Bolsonaro, como “jogar dentro das quatro linhas”: “Diante de todo o exposto e para assegurar a necessária restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil, jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, com base em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o Estado de Sítio; e, como ato contínuo, decreto Operação de Garantia da Lei e da Ordem”.

O militar afirmou que Bolsonaro informou ainda aos presentes que o documento estava em “estudo” e que depois iria atualizar os comandantes sobre a evolução. Freire destacou um segundo encontro onde o ex-presidente apresentou uma versão do documento com a “Decretação do Estado de Defesa” e a criação da “Comissão de Regularidade Eleitoral”, cujo objetivo era “apurar a conformidade e legalidade do processo eleitoral”.

TERRA

Postado em 15 de março de 2024

Ex-comandante do Exército liga Bolsonaro a minuta golpista encontrado na casa de Torres

O ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes disse à Polícia Federal que um minuta golpista encontrado na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres é a mesma versão que foi apresentada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ( PL ) aos chefes das Forças Armadas em reunião em dezembro de 2022.

No depoimento obtido pela Folha , o general afirmou que o documento foi apresentado por Bolsonaro em uma segunda reunião entre os chefes militares e o então presidente da República.

“Que confirma que o conteúdo da minuta de decreto foi exposto ao declarante nas referidas reuniões. Que ressalta que deixou evidenciado a Bolsonaro e ao ministro da Defesa [general Paulo Sérgio Nogueira] que o Exército não aceitaria qualquer ato de ruptura institucional”, disse o geral, segundo o termo de depoimento.

Procurada, a defesa de Torres preferiu não comentar o teor do depoimento. A defesa de Bolsonaro e de Garnier não se manifestaram.

Freire Gomes afirmou à PF não se registrar os dados exatos da reunião com Bolsonaro. Ela teria ocorrido após um primeiro encontro, em 7 de dezembro de 2022, no qual o ex-presidente teria apresentado aos chefes militares um documento que listava uma série de supostas interferências do Judiciário no governo — os “considerandos” relatados pelo tenente-coronel Mauro Cid que embasariam a ação golpista.

O mesmo documento foi levado a uma reunião entre os chefes militares e o ministro da Defesa, em 14 de dezembro.

Freire Gomes diz que em todos os momentos, ele e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Júnior, se mostraram contrários aos planos golpistas. O chefe da Marinha, almirante Almir Garnier, teria sido colocado à disposição do ex-presidente.

“Que ele e Baptista afirmaram de forma contundente suas posições contrárias ao conteúdo exposto. Que não teria suporte jurídico para tomar qualquer atitude. Que acredita, pelo que se recorda, que o almirante Garnier teria se colocado à disposição do presidente da República”, contornou Freire Gomes, segundo a PF.

Esta é a primeira vez que a minuta encontrada na casa de Anderson Torres em janeiro de 2023 —com proposta de decreto para instaurar estado de defesa e reverter o resultado da eleição presidencial— é ligada à trama golpista no fim do governo Bolsonaro. O ex-ministro negou reiteradas vezes que havia levado o texto ao ex-presidente e afirmou à PF que o documento era “totalmente comprometido” .

No depoimento, o ex-chefe do Exército disse que Anderson Torres participou de reuniões em que o golpe de Estado foi tramado. De acordo com ele, o ex-ministro explicou o “apoio jurídico para as medidas que poderiam ser impostas”.

Os defensores das medidas golpistas, segundo Freire Gomes, usavam “interpretações do jurista Ives Gandra da utilização das Forças Armadas como Poder Moderador, com base no artigo 142”.

O depoimento de Freire Gomes à Polícia Federal ocorreu em 1º de março e durou cerca de 7 horas. Ele falou ao investigador como testemunha.

O general estava na Espanha, visitando a família, quando recebeu contatos de que seria intimado a prestar o depoimento. Segundo oficiais ouvidos pela Folha , Freire Gomes antecipou a volta ao Brasil para falar à PF.

Segundo o ex-comandante, as minutas apresentadas por Bolsonaro passaram por edições até se chegar ao texto que decretava o estado de defesa e criava uma comissão de regularidade eleitoral para apurar a “conformidade e legalidade do processo eleitoral”.

Na primeira reunião convocada por Bolsonaro, em 7 de dezembro, Freire Gomes contou que não sabia anteriormente qual seria a pauta do encontro.

Segundo a versão apresentada pelo geral, o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Filipe Martins, leu os “considerandos e fundamentos jurídicos da minuta”. Depois da leitura, Bolsonaro informou que o “documento estava em estudo” e que “reportaria a evolução aos comandantes”.

Na segunda reunião no Palácio da Alvorada, o ex-chefe do Exército contou que a versão do documento já era diferente: tinha uma fundamentação resumida e com a “decretação do estado de defesa e a criação da comissão eleitoral”.

O relato descrito no termo do depoimento mostra que o delegado que conduz as investigações leu a minuta de decreto encontrada na casa de Anderson Torres e disse se era o mesmo texto apresentado por Bolsonaro no segundo encontro. Freire Gomes confirmou se tratar do mesmo documento.

O texto apreendido com Torres, revelado pela Folha , possuía três páginas e tinha como objetivo reverter o resultado da eleição presidencial vencida por Lula (PT).

A minuta decretava estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, com o “objetivo de garantir a preservação ou o pronto restabelecimento da lisura e correção do processo eleitoral presidencial do ano de 2022”.

A sede e demais unidades do TSE ficariam fechadas para preservação de documentos. Uma comissão iria avaliar a “conformidade e legalidade” do processo eleitoral ( leia a íntegra do documento ).

A Comissão de Regularidade Eleitoral seria composta por 17 membros: do Ministério da Defesa (oito pessoas), do Ministério Público Federal (dois), da Polícia Federal (dois), do Senado Federal (um), da Câmara dos Deputados (um), do Tribunal de Contas da União (um), da Advocacia-Geral da União (um) e da Controladoria-Geral da União (um).

O relatório final da comissão conteria, segundo o documento, o material probatório analisado e a relação nominal de eventuais envolvidos em desvios de conduta ou atos criminosos, de forma individualizada.

Folha de SP

Postado em 15 de março de 2024