Governo recua, e nova carteira de identidade volta a ter campo ‘sexo’ e distinção de nome social

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abandonou, pelo menos temporariamente, as medidas que visavam a deixar a nova carteira de identidade nacional mais inclusiva.

O documento que começa a ser entregue para a população mantém a separação dos campos de nome de registro e nome social e também voltou a contar com o campo destinado para o “sexo” do seu portador —o governo havia anunciado que abandonaria ambos os pontos, há pouco mais de seis meses.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos foi procurado na tarde deste sábado (2), mas apenas respondeu com duas frases:

“O governo federal não reincluiu nenhum campo. Foram apenas mantidos os campos existentes”, em referência ao fato de que as mudanças anunciadas em maio nunca entraram em vigor na prática, pois nenhum decreto nesse sentido foi publicado.

Em maio deste ano, o ministério anunciou que promoveria mudanças no layout da carteira nacional de identidade, que teriam o objetivo de “tornar o documento mais inclusive e representativo”, segundo afirmou texto divulgado pela própria pasta.

O novo documento, acrescentou, seria impresso sem o campo referente ao sexo e constaria apenas o nome que a pessoa declararia no ato da emissão, sem haver a distinção entre nome social e nome do registro civil.

“Teremos um documento inclusivo. Pretendemos que esse seja um instrumento que permita a reconstrução da relação de cidadania entre o Estado e o cidadão, que a gente saiba com quem que a gente está falando e que essa pessoa possa exigir do Estado seus direitos e cumprir seus deveres, além de ser reconhecido como uma pessoa”, afirmou o secretário de Governo Digital da pasta, Rogério Souza Mascarenhas, no texto divulgado pelo governo.

O anúncio das mudanças, no primeiro semestre, aconteceu durante cerimônia alusiva ao dia internacional e nacional de enfrentamento a violência contra pessoas LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Queers, Intersexos, Assexuais e Outras).

As alterações no documento haviam sido solicitadas pelo Ministério dos Direitos Humanos, com o objetivo de promover mais cidadania e respeito a esse público. Também, segundo foi divulgado, faziam parte do do compromisso do governo federal com políticas públicas voltadas a esse público.

A seção do site do Ministério destinado à nova carteira de identidade nacional, no entanto, voltou a divulgar o modelo que era previsto inicialmente, com a separação dos campos para nome de registro e nome social. Também voltou a incluir o campo “sexo”.

Nesta semana, o presidente Lula publicou um decreto que prorroga para até 11 de janeiro do próximo ano a obrigatoriedade da emissão documento pelos estados e Distrito Federal. O ato também estabelece diretrizes de proteção de dados.

O decreto determina que os cadastros administrativos existentes na administração pública federal direta, autárquica e fundacional deverão obter obrigatoriamente do Serviço de Identificação do Cidadão alguns dados para a identificação de uma pessoa. Entre esses dados estão o nome, o nome social (caso exista), a data de nascimento, naturalidade, o sexo, entre outras informações.

Um interlocutor que participou do projeto da nova carteira de identidade nacional afirma que a mudança anunciada em maio não foi efetivada por falta de tempo hábil. Isso porque é necessário cumprir a legislação, que determina que todas as pessoas devam ter documento de identidade com o número do CPF até o dia 11 de janeiro do próximo ano —data agora limite para a emissão dos documentos, segundo o decreto recente.

Para adotar o layout anunciado em maio, seria necessária uma adequação do sistema, incluindo as unidades da federação.

Por outro lado, esse interlocutor acrescenta que não há impedimento para que essa discussão seja retomada e que haja novos decretos prevendo o layout anunciado em maio. As pessoas, se isso acontecer, poderiam solicitar o novo documento, mais inclusivo, se assim desejassem.

A proposta de deixar apenas o nome social no documento visa a evitar constrangimentos para os portadores. No entanto, há uma questão de segurança e, por isso, nos sistemas internos, os nomes de registros e demais informações ainda serão solicitadas, para que seja possível identificar as pessoas.

Folha de São Paulo

Postado em 4 de dezembro de 2023

Maduro ameaça anexar parte da Guiana e cria problemas ao aliado Lula

Embora a humanidade tenha uma série de outras prioridades nas quais seria possível investir os maiores e os melhores esforços, o mundo gasta energia hoje com dois grandes conflitos armados — a invasão da Ucrânia pela Rússia e a guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas —, que já ceifaram milhares de vidas e deixaram um gigantesco rastro de destruição. O Brasil se posiciona diante deles com algum anseio de protagonismo, que esbarra no pouco peso político do país na arena global e nos posicionamentos no mínimo duvidosos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação aos lados envolvidos. Agora, porém, o país está sendo chamado a mediar o que pode ser o início de novo entrevero armado, mas na sua fronteira, motivado pela pretensão tresloucada do regime chavista da Venezuela de anexar mais da metade da vizinha Guiana — a ex-colônia britânica, sentindo a ameaça iminente, já bateu às portas do governo brasileiro e de potências como Estados Unidos, Reino Unido e França em busca de ajuda. É sobre os ombros de Lula, no entanto, um dos poucos amigos de Nicolás Maduro — e talvez o melhor —, que repousa o fardo de resolver o imbróglio.

A reivindicação territorial da Venezuela não é nova, mas ganhou escala nos últimos dias em razão de dois fatores: a proximidade das eleições no país, em 2024, e o boom econômico do vizinho na esteira do avanço da exploração de petróleo. O alvo da cobiça é a região de Essequiba, uma área de 160 000 quilômetros quadrados formada em sua maioria por uma densa floresta cortada por rios caudalosos, que faz fronteira com Roraima e que representa dois terços do território da Guiana (veja o mapa). A posse da região foi concedida em 1899 à Guiana, na época uma colônia inglesa, por meio de arbitragem feita pelos Estados Unidos. A Venezuela questiona desde então a decisão e, em 1966, chegou a firmar um acordo com a Inglaterra, que reconhecia como nulo o Laudo Arbitral. Naquele mesmo ano, no entanto, a Guiana conquistou a independência, o que na prática manteve o acordo em suspenso até hoje.

Há dez anos no poder, Maduro viu na antiga reivindicação uma arma de campanha para encobrir a longa lista de problemas econômicos e sociais enfrentados pelo regime, instalado com a ascensão de Hugo Chávez em 1999. Maduro tem intensificado uma campanha interna para promover a sua intenção de anexar a área. Para se fortalecer politicamente, convocou para domingo 3 um referendo para que a população se posicione sobre o assunto. Uma das questões pergunta se o votante “está de acordo em rechaçar por todos os meios, conforme o direito, a linha imposta fraudulentamente pelo Laudo Arbitral”. O governo também tem promovido eventos públicos e uma ofensiva nas redes sociais para insuflar o patriotismo venezuelano — a disputa territorial desperta a simpatia até mesmo de parte do eleitorado e da classe política que não são simpáticos ao chavismo.

O pequeno vizinho já percebeu o tamanho da ameaça. O presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, que nasceu na região de Essequiba, recorreu até à Corte Internacional de Justiça em busca de ajuda. Nas últimas semanas, anunciou ter assumido “compromissos com sócios estratégicos” para enfrentar eventual “agressão militar”. A ameaça é mesmo séria. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enviou recentemente à Guiana chefes do Comando Sul das Forças Armadas americanas para planejar a defesa do país. No último dia 9, Ali ligou para Lula para pedir ajuda. Autoridades militares da Guiana Francesa, um departamento ultramarino da França — e, portanto, sob a jurisdição do governo do presidente Emmanuel Macron —, também se reuniram com seus colegas da Guiana para, segundo a imprensa local, externar o “compromisso inabalável com a paz e a segurança na Guiana e em toda a região”.

A escalada militar venezuelana é, inclusive, propagandeada. Soldados do país divulgaram vídeos na internet mostrando a mobilização de tropas na fronteira, próximo a Roraima. Em discursos, Maduro tem exaltado a força militar do país e o que considera soberania sobre Essequiba. A diferença entre as capacidades bélicas dos dois países é gritante. Enquanto a Venezuela dispõe de um exército de 109 000 homens, sem contar as milícias armadas e a Guarda Nacional, a Guiana tem 4 000 soldados na ativa. “Num conflito armado, a Guiana vai precisar contar com a boa vontade dos amigos”, avalia o pesquisador Leonardo Paz, do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da FGV.

Diante da saia justa de lidar com o amigo encrenqueiro de Lula para evitar uma guerra em nosso quintal, o governo brasileiro enviou na semana passada a Caracas o ex-chanceler Celso Amorim, que se reuniu com Maduro. No mesmo dia, o Itamaraty sediou uma reunião de ministros das relações exteriores e de defesa dos países sul-­americanos, na qual Guiana e Venezuela expuseram seus argumentos. A explanação venezuelana chamou atenção pelo tom de ameaça. O chanceler brasileiro Mauro Vieira externou a posição nacional. “O Brasil estimula que as controvérsias sejam todas definidas por negociações, entendimentos e por arbitragem e por recursos a tribunais internacionais, como a Corte de Haia, sempre que possível”, disse. Uma missão difícil, diga-se, tendo em vista a pouca simpatia do regime chavista pelos organismos diplomáticos multilaterais globais.

O interesse de Maduro se ampliou nos últimos anos por um grande naco do território da Guiana com as descobertas de petróleo no litoral da região, cujo potencial ultrapassa 11 bilhões de barris. A revelação incentivou, inclusive, o governo brasileiro a intensificar, neste ano, os estudos técnicos para uma eventual exploração de petróleo na região da foz do Rio Amazonas. Em 2018, a Venezuela interceptou um navio petroleiro da Exxon nas águas de Essequiba, num ato considerado como “hostil e ilegal” pelo governo da Guiana. O petróleo fez com que a economia do país, que tem 804 000 habitantes (11 800 são residentes brasileiros), quadruplicasse nos últimos cinco anos. No ano passado, o crescimento do PIB de 62% foi o maior do mundo, segundo o Fundo Monetário Internacional (veja o quadro). A previsão é de alta de 38% neste ano e de 45% em 2024. O pequeno país sul-americano caminha a passos largos para ultrapassar o Kuwait e se tornar o de maior PIB per capita do mundo.

oda essa pujança, e a semelhança do petróleo descoberto com o que é explorado na Venezuela, atraiu Maduro, que comanda uma economia sustentada na exploração do óleo, mas decadente, a ponto de haver crise humanitária em razão da má gestão, da falta de investimentos e de um embargo econômico imposto pelos EUA — só aliviado em outubro, quando o venezuelano sinalizou a realização de eleições em 2024. Para especialistas, o movimento de Maduro está mais voltado a atrair o público interno para a sua reeleição do que a promover um conflito armado que pode levá-lo a bater de frente com interesses de potências, o que levaria a novos embargos. “Se Maduro está pretendendo entrar em conflito, é um erro estratégico grosseiro, mas se ele está de olho na eleição, sai na frente da oposição ao exaltar o nacionalismo venezuelano”, avalia o professor Moisés Marques, do curso de pós-graduação em Política e Relações Internacionais da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp) “Essequiba são as Malvinas da Venezuela”, completou, lembrando as ilhas que a ditadura argentina tentou retomar das mãos da Inglaterra, numa guerra inglória no início dos anos 80, cuja derrota acabou acelerando o fim do regime.

Para o Brasil, que aspira a ser uma liderança regional, o avanço de Maduro sobre a Guiana é um grande abacaxi. As relações de Lula e da esquerda com o chefe venezuelano são exaustivamente exploradas pelos adversários, que destacam a pouca transparência e as violações aos direitos humanos cometidas pelo chavismo. Em maio, Lula recebeu Maduro em Brasília, numa sinalização de reaproximação após quatro anos de distanciamento sob a presidência de Jair Bolsonaro. Na ocasião, o petista chamou de “narrativas” as acusações de que a Venezuela não vive sob um regime democrático. No mês seguinte, afirmou que o conceito de democracia é “relativo”. É esse aliado da pesada que Lula terá de defender novamente. A posição brasileira deve ser a de inibir qualquer aventura belicista e defender que as divergências entre países sejam resolvidas nos organismos internacionais, sob a força da diplomacia e não das baionetas. Falta “apenas” combinar isso com Maduro. O perigo mora ao lado.

VEJA

Postado em 4 de dezembro de 2023

Menina de 2 anos é mais jovem aceita em sociedade de QI alto

Enquanto muitas crianças nos primeiros anos de vida estão aprendendo a falar e fazer pequenos desenhos, a americana Isla McNabb, então aos 2 anos, se tornou a integrante feminina mais jovem da história a ser aceita na Mensa, uma das mais antigas sociedade para pessoas com elevado quociente de inteligência (QI).

Em uma entrevista recente para o site do Guinness World Record, os pais de Isla, Jason e Amanda McNabb, contaram que a criança surpreendeu a família ao conseguir ler a palavra “vermelho” que havia sido escrita em uma lousa infantil. Em seguida, a criança conseguiu ler outras palavras escritas no brinquedo sem grandes dificuldades. “Com um ano e meio, ela aprendeu o alfabeto sozinha e começou a ler aos dois anos de idade”, disse o pai de Isla, Jason McNabb, ao site internacional.

Jason McNabb conta que, após a filha começar a ler sozinha, era comum encontrar ao lado de objetos pela casa as letras correspondentes que formavam a palavra daquele item, como quando a menina deixou as letras G-A-T-O a lado do bichano de estimação da família, ou quando ela deixou as letras que formavam a palavra “cadeira” ao lado do móvel da casa.

O “incidente” foi o estopim para que o casal de Kentucky decidisse que a menina deveria ter sua inteligência avaliada por um profissional. Os McNabb contrataram um psicólogo especializado em crianças superdotadas. “O psicólogo afirma que não costuma testar crianças de até dois anos de idade, mas abriu uma exceção depois de ouvir sobre os talentos dela,” disse a mãe da menina na entrevista.

Com o resultado, Isla obteve a pontuação final de 99 de inteligência para a idade nos testes de QI Stanford-Binet, em uma escala que vai até 100. À época, ela tinha apenas 2 anos e meio. Assim, no dia 2 de junho de 2022, o Guinness reconheceu Isla formalmente como a menina mais jovem do mundo a ser aceita no Mensa.

Diante da falta de material didático e de apoio para entender como lidar com uma criança de inteligência superdotada, o casal decidiu inscrever a menina na sociedade de QI, em busca de outros pais que vivem situações semelhantes a sua e que pudessem “trocar figurinhas” sobre como educar uma criança cujo QI é superior a maior parte do resto do mundo.

Atualmente, Isla tem 3 anos de idade e começou a frequentar a pré-escola na sua cidade natal. A menina, segundo relato dos pais, já demonstrou aptidão para matemática e continua aperfeiçoando suas habilidades de leitura, que já supera o padrão das crianças da sua idade.

Correio Braziliense

Postado em 4 de dezembro de 2023

Homem de 30 anos morre após se engasgar com pedaço de carne durante casamento

A vítima, o pecuarista Ricardo Lago Zaher, teria se engasgado com um pedaço de carne enquanto jantava no evento, de acordo com informações do portal g1.

O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado durante a festa porque uma pessoa estava passando mal na ocasião. Apesar das tentativas de reanimação de Ricardo, que chegaram a durar 1h17min, ele não resistiu.

O corpo do pecuarista foi encaminhado primeiro à Unidade de Pronto Atendimento da Coronel Antonino, e então ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL).

De acordo com o registro policial feito na ocasião, não foram encontrados sinais de violência na vítima. A fatalidade foi registrada na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol como “morte a esclarecer”.

Diario do Nordeste

Postado em 4 de dezembro de 2023

Lula diz que presidente da Petrobras tem uma mente ‘muito fértil’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na manhã deste domingo (3), em Dubai, que o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, tem uma mente “muito fértil”, “numa velocidade de Fórmula 1”. Ele se referia ao anúncio de Prates na sexta (1º) a respeito da possibilidade de a empresa petroleira brasileira abrir uma unidade no Oriente Médio, a Petrobras Arábia.

“Primeiro, você deve fazer essa pergunta para o Jean Paul Prates. Porque eu não fui informado de que gente vai criar uma Petrobras aqui [no Oriente Médio]. Como a cabeça dele é muito fértil, e ele pensa numa velocidade de Fórmula 1, e eu funciono numa velocidade de Volkswagen, eu preciso aprender o que é isso que ele vai fazer”, afirmou.

“A Petrobras não vai deixar de prospectar petróleo. É importante lembrar isso. Porque o combustível fóssil ainda vai funcionar durante muito tempo na economia mundial. Mas, ao mesmo tempo, a Petrobras vai se transformar numa empresa não de petróleo apenas, mas numa empresa que vai cuidar da energia como um todo”, disse o presidente.

“Eu vou conversar com ele [Prates]. Você me deu uma bela informação”, finalizou Lula. A fala foi resposta a uma pergunta feita na entrevista coletiva que encerrou a participação de Lula na COP28, nos Emirados Árabes Unidos. Após a conversa, ele partiu para a Alemanha.

Segundo Prates havia afirmado na sexta (1º), para a Bloomberg News, a estatal deve iniciar neste mês o estudo de uma subsidiária destinada a fortalecer os laços comerciais na região do golfo Pérsico. “Vamos analisar a viabilidade de estabelecer uma subsidiária integral no Golfo: Petrobras Arábia”, disse Prates, por meio de mensagem de texto.

O Brasil produz mais de 3 milhões de barris de petróleo por dia, aproximadamente o mesmo que Irã e Emirados Árabes Unidos, que são membros da Opep. E, nesta COP, o governo anunciou que o Brasil passará a integrar a Opep+, grupo que reúne os 13 países da Opep mais dez outros países observadores, sem direito a voto.

O presidente comentou o aparente contrassenso de participar de um bloco petroleiro à imagem de potência ambiental propagada pelo país. “O Brasil não será membro efetivo da Opep nunca porque nós não queremos. Agora, o que nós queremos é influir”, afirmou.

“O observador vai para ouvir e vai para dar palpite. E por que é importante para o Brasil participar? É verdade que nós precisamos diminuir o combustível fóssil, mas é verdade que nós precisamos criar alternativa. Então, antes de acabar, você precisa oferecer à humanidade uma opção. A participação na Opep é para a gente discutir com a Opep a necessidade investirem um pouco do seu dinheiro para ajudar os países pobres do continente africano, da América Latina, da Ásia.”

Outro assunto levantado pela imprensa foi a atual situação de conflito entre a Guiana e a Venezuela, que está reivindicando território do vizinho.

“Conversei por telefone com o presidente da Guiana duas vezes. O Celso [Amorim, assessor especial da Presidência] já foi na Venezuela conversar com o [Nicolas] Maduro [ditador da Venezuela]. Tem um referendo, que provavelmente vai dar o que o Maduro quer, porque é um chamamento ao povo para aumentar aquilo que ele entende que seja o território dele. E ele não acata o acordo que o Brasil já acatou”, disse.

“Só tem uma coisa que a América do Sul não está precisando agora: confusão. Se tem uma coisa que precisamos para crescer e melhorar a vida do nosso povo é a gente baixar o facho, trabalhar com muita disposição de melhorar a vida do povo e não ficar pensando em briga. Não ficar inventando história. Espero que o bom senso prevaleça do lado da Venezuela e do lado da Guiana.”

Quanto ao acordo União Europeia-Mercosul, Lula disse que já sabia que a França tinha uma posição mais protecionista. Durante a COP28, o presidente francês Emmanuel Macron disse ser contra as negociações.

“Se não tiver acordo, paciência. Não foi por falta de vontade. A única coisa que tem que ficar claro é que não digam mais que é por conta do Brasil e que não digam mais que é por conta da América do Sul”, disse Lula.

“Assumam a responsabilidade de que os países ricos não querem fazer um acordo na perspectiva de fazer qualquer concessão. É sempre ganhar mais. E nós queremos ser tratados com respeito de países independentes. Vamos ver como vai acontecer na sexta-feira [dia 8]. Se não tem acordo, pelo menos vai ficar patenteado de quem é a culpa de não ter acordo”, finalizou.

No início da entrevista, Lula lembrou que a COP30 será realizada em Belém do Pará. “Eu alertei as pessoas para que ninguém fique imaginado que vai ser possível repetir uma COP como essa, com esse luxo, essa riqueza. Não é possível fazer isso em outro país, a não ser que seja outro país árabe ou quem sabe no Principado de Mônaco”, afirmou.

“Mas nós vamos fazer uma COP com a cara do Brasil, num estado amazônico que vai ser a grande novidade. Se a gente não vai ter o palácio que tem aqui para fazer uma reunião, a gente pode fazer embaixo da copa de uma árvore e discutir assuntos numa canoa num igarapé. Essa vai ser a nossa COP, no Brasil, em 2030.”

Diário de Pernambuco

Postado em 4 de dezembro de 2023

Carlos Eduardo lidera pesquisa para prefeitura de Natal, com Natália em segundo e Girão em terceiro lugar

O ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, lidera as intenções de voto para a prefeitura municipal, de acordo com a nova Pesquisa Potiguar News, que visa medir o cenário da pré-campanha na capital potiguar.

Confira os números do cenário sem o nome do Deputado Federal Paulinho Freire e já com o nome do Deputado Estadual Luís Eduardo, do Solidariedade, que recentemente lançou sua pré-candidatura à prefeitura de Natal.

Cenário – Estimulada

Carlos Eduardo – 32,61%

Natália Bonavides – 11,40% 

General Girão – 11,02%

Rafael Motta – 8,31% 

BG – 3,36% 

Luís Eduardo – 1,12% 

Não sabe/não respondeu – 24,67% 

Branco/nulo – 7,47% 

A pesquisa Potiguar News com metodologia do Instituto Ranking Pesquisas entrevistou 1.070 participantes de Natal, entre os dias 24, 25 e 26 de novembro de 2023.

BLOG GMG

Postado em 4 de dezembro de 2023

Brasil gera mais de 190 mil postos com carteira assinada em outubro

Em outubro, o Brasil gerou 190.366 postos de trabalho com carteira assinada. Com isso, acumula, ao longo do ano, um saldo positivo de 1.784.695 novas vagas em todas as unidades da Federação em quatro dos cinco grupamentos econômicos que constituem o levantamento. A exceção foi a Agricultura, que teve saldo negativo.

Os números constam do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta terça-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Setores
O saldo positivo de outubro resulta das 1.941.281 admissões e dos 1.750.915 desligamentos registrados no mês. Segundo o MTE, a maioria dos empregos formais foram criados nos setores de Serviços (109.939) e de Comércio (49.647).

Com o resultado acumulado do ano, o estoque total recuperado para o Caged ficou em 44.229.120 postos de trabalho formais. “O maior crescimento do emprego formal em outubro ocorreu no setor de Serviços, com um saldo de 109.939 postos, com destaque para Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que teve saldo positivo de 65.128 empregos”, informou por meio de nota o ministério.

Ainda segundo a pasta, a segunda maior geração foi observada no setor de Comércio, com 49.647 postos de trabalho gerados no mês, “principalmente no comércio varejista de mercadorias, com predominância de supermercados (saldo positivo de 6.307 postos) e hipermercados (1.925), além dos artigos de vestuário (5.026)”, complementa o estudo.

O terceiro maior crescimento registrado foi na Indústria: saldo positivo de 20.954 novos postos com carteira assinada. O maior destaque ficou com o setor de fabricação de açúcar em bruto (1,5 mil) e fabricação de móveis, com saldo de 1.330. Já a Construção Civil teve saldo positivo de 11.480 empregos.

Saldo negativo
O único setor que registrou saldo negativo foi o da Agropecuária, com 1.656 empregos perdidos no mês. “É um saldo pequeno, mas negativo, resultado da coleta de produtos como o café, entre outros”, avaliou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em entrevista à imprensa.

Segundo o MTE, esse resultado decorre da desmobilização do café (-2.850), do cultivo de alho (-1.677), cultivo de batata-inglesa (-1.233) e de cebola (-1.138) que superaram o aumento nas atividades de produção de sementes (4.088).

São Paulo foi o estado que obteve o maior saldo de empregos formais. A maior parte dos 69.442 mil novos postos está concentrada no setor de serviços, que obteve saldo positivo de 44.112 novos postos. No Rio de Janeiro, foram gerados 18.803 novas vagas, enquanto no Paraná, o saldo positivo ficou em 14.945 postos.

Acumulado de 2023
São Paulo é também o estado com maior número de novos postos de trabalho no acumulado do ano, com um total 502.193 novas contratações. Na sequência vem Minas Gerais, com 187.485 novos postos e Rio de Janeiro (141.981 vagas formais).

“O maior crescimento do emprego formal no acumulado do ano ocorreu no setor de Serviços, que gerou 976.511 postos de trabalho até outubro (54,4% do saldo), com destaque para as atividades de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (355.869), e para as atividades de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (312.552)”, detalhou o levantamento.

Na Construção Civil foram gerados 253.876 postos, com destaque para as obras de infraestrutura (86.099). A indústria apresenta, ao longo do ano, um saldo positivo de 251.11 novos postos, com destaque para a fabricação de produtos alimentícios (81.523).

O comércio gerou 193.526 novas vagas formais, com destaque para o setor de supermercados (17.491), minimercados (12.207) e produtos farmacêuticos (12.684); e a Agropecuária gerou 109.698 postos, tendo como destaques os cultivos de soja (15.870), cana-de-açúcar (15.475) e laranja (7.949).

Tendo como recorte os grupos populacionais, o Caged verificou em outubro saldo positivo tanto para mulheres (90.696 vagas geradas). como para os homens (99.671). Do total de vagas geradas no mês, 110.240 foram para pessoas declaradas como pardas; 64.660 brancas; 22.300 declaradas pretas ; 15.395 amarelas e 652 são declaradas indígenas. Foram também criados 1.699 novos postos de trabalhos para pessoas com deficiência.

EBC

Postado em 4 de dezembro de 2023

Palmeiras vence o Fluminense e está com uma mão na taça do Brasileirão

O Palmeiras venceu o Fluminense por 1 a 0 no Allianz parque neste domingo (3), em jogo válido pela 37ª rodada, e está muito perto do título do Campeonato Brasileiro. O autor do gol da vitória foi Breno Lopes, que chegou a marcar outras duas vezes, mas ambas foram anuladas.

O Verdão abriu o placar aos 30 minutos do primeiro tempo. Aos 10 da segunda etapa, Justen, do Flu, foi expulso por falta em Piquerez, e a equipe de Diniz ficou com um jogador a menos até o final.
O próximo jogo do Palmeiras será contra o Cruzeiro no Mineirão. O Verdão pode ser campeão até mesmo com uma derrota, já que Atlético-MG, com uma vitória, teria que tirar uma diferença de oito gols no saldo.

Nesse mesmo cenário (derrota do Verdão), o Flamengo precisaria tirar uma diferença de 16 gols. Já Botafogo empatou com o Cruzeiro e não tem mais chances de alcançar a pontuação do Palmeiras.

Já o Fluminense encerra o Campeonato Brasileiro contra o Grêmio no Maracanã e se prepara para estreia no Mundial de Clubes, que será no dia 18 de dezembro, na Arábia Saudita, e ainda não sabe quem será o adversário.

Todos os jogos da última rodada do Brasileirão serão nesta quarta-feira às 21h30, menos Goiás e América-MG, que duelam às 19h na Serrinha, em Goiás.

CNN

Postado em 4 de dezembro de 2023

Morre o Poeta Sebastião Dias

Morreu neste domingo (3), o poeta Sebastião Dias. Com enorme tristeza, os familiares comunicaram que o falecimento aconteceu às 13 horas, no Hospital do Coração do Cariri, na cidade de Barbalha. Na manhã deste domingo, o quadro de saúde de Sebastião evoluiu para uma pneumonia e, por volta das 12h30, ele sofreu uma parada cardíaca.

A equipe médica fez todas as manobras possíveis para reanimá-lo, mas às 13 horas o poeta nos deixou.

“A poesia de Sebastião continuará a ecoar em nossos corações. A família agradece o apoio e o carinho de todos. Diante dessa dolorosa partida, agradecemos as manifestações de solidariedade e pedimos compreensão neste momento delicado. Em breve, informaremos local do velório e horário do sepultamento”, diz a família de Sebastião.

Sebastião Dias, que além de poeta é ex-prefeito de Tabira, sofreu um infarto na noite do dia 25 do mês passado, quando participava de uma cantoria em Icó, Ceará.

Farol de Noticias

Postado em 3 de dezembro de 2023

Janones fica isolado na Câmara e deixa esquerda constrangida após suspeita de ‘rachadinha’

Suspeito de promover esquema de “rachadinha” em seu gabinete, o deputado federal André Janones (Avante-MG) vive um cenário de isolamento entre seus colegas na Câmara dos Deputados, além de um constrangimento da esquerda em defendê-lo das acusações.

O deputado integrou a linha de frente da campanha de Lula (PT) nas redes sociais em 2022.

O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, formalizou um pedido de cassação do deputado nesta semana. A sigla enviou uma representação por quebra de decoro parlamentar contra Janones à Mesa Diretora, que deverá em seguida ser encaminhada ao Conselho de Ética.

As suspeitas vieram a público após o site Metrópoles revelar nesta semana áudio de 2019 em que Janones, em seu primeiro mandato na Câmara, informou a assessores que eles teriam que devolver parte dos salários para que o parlamentar pudesse reconstruir seu patrimônio.

Deputados afirmam reservadamente que Janones não tem um grupo político que possa fazer uma defesa contundente dele —pelo contrário. Também pesa contra o fato de ele integrar o Avante, que é um partido nanico, tendo apenas sete deputados na Câmara.

Eles dizem ainda que há uma antipatia em relação a Janones, já que o parlamentar frequentemente disparou críticas à atuação dos colegas.

“Ele é um deputado tóxico, asqueroso, ninguém aguenta ele aqui. Ele vem aqui, coloca o dedo na cara, vai embora, desrespeita todo mundo. Nas comissões cria tumulto, ele fez uma campanha suja nas redes sociais cometendo fake news, mentindo a todo momento”, diz o deputado Cabo Gilberto (PL-PB), aliado do clã Bolsonaro.

Nas palavras de um deputado influente na Casa, Janones sempre propagou um perfil similar ao de paladino da moralidade, disparando queixas aos deputados e à própria atividade parlamentar. O que nunca é bem-visto entre os pares e reforça o clima contrário a ele.

A insatisfação com esse perfil não se restringe a membros da oposição e do centrão. Parlamentares de esquerda dizem, também sob reserva, que há um certo constrangimento em defender o deputado, uma vez que críticas às investigações de supostos esquemas de “rachadinhas” envolvendo o clã Bolsonaro se tornaram bandeira dos partidos adversários do ex-presidente.

Eles dizem ainda que o fato de existir uma gravação do próprio parlamentar o coloca numa saia justa. Ponderam que é necessário que haja uma investigação antes de chegar a conclusões, mas que o cenário não é positivo.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), foi uma das poucas pessoas a publicamente sair em defesa do deputado. Em publicação nas redes sociais na terça (28), ela afirmou que Janones tem “todo o direito de se defender das acusações” que pesam contra ele.

“Quem tem histórico de rachadinhas, fake news e desvio de dinheiro público são os que hoje atacam o deputado. Estamos solidários com ele na evidência da verdade.”

Um líder da base aliada do governo Lula diz que irá pessoalmente atuar na defesa do deputado se necessário, que um aliado não deve ser abandonado no meio do caminho até por ter tido papel fundamental na eleição do petista.

“Na minha opinião, todas as denúncias de mau uso de verbas parlamentares, a chamada ‘rachadinha’, são sempre graves e precisam ser investigadas a fundo, seja onde for”, diz o deputado Tarcísio Motta (RJ), do esquerdista PSOL.

Motta diz que o colega precisa responder por seus atos, caso as acusações sejam comprovadas, e que “não é porque Janones é da mesma base do governo” que vai defendê-lo.

Janones chegou a se lançar à Presidência no ano passado, mas desistiu para apoiar Lula, meses antes do primeiro turno, e atuou incisivamente na trincheira das redes sociais na campanha. Ele se tornou voz crítica a Bolsonaro e seus aliados e defendeu durante a eleição que era necessário responder à campanha do adversário “com as mesmas armas”.

Passadas as eleições, ele seguiu em embates frequentes com bolsonaristas na Câmara.

Ainda que o processo de Janones no conselho de Ética da Câmara não deva ser concluído neste ano, dada a proximidade com o recesso parlamentar, há uma avaliação entre parlamentares da esquerda à direita que ele pode avançar e, se chegar ao plenário, o deputado corre risco de perder o seu mandato.

Tradicionalmente, o conselho é marcado por lentidão nos processos analisados e arquivamento dos procedimentos.

Um dos momentos do áudio que complicou a situação política de Janones, e que também foi obtido pela Folha, trata da parte em que o parlamentar afirma que alguns dos assessores contribuiriam com parte de seus salários para a recomposição de seu patrimônio particular.

Dois ex-assessores de Janones afirmam que o esquema foi implantado.

Janones diz não considerar ilícito o pedido que fez, já que o dinheiro seria, segundo ele, usado para quitar prejuízos da campanha a prefeito de Ituiutaba, em 2016, da qual os assessores teriam participado. Além disso, afirma que a proposta jamais foi implementada.

Folha UOL

Postado em 2 de dezembro de 2023

Bolsa fecha no maior patamar desde julho de 2021; dólar cai a R$ 4,88

O Ibovespa fechou em alta de 0,67%, aos 128.184 pontos, nesta sexta-feira (1º/12). Esse foi o maior patamar alcançado pelo principal índice da Bolsa brasileira (B3) desde julho de 2021, a quase dois anos e meio, portanto.
Apesar do discurso pouco animador feito nesta sexta por Jerome Powell, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), no qual ele afirmou que os juros podem voltar a subir nos Estados Unidos, o mercado reagiu de forma positiva.

Na avaliação de André Fernandes, especialista em renda variável e sócio da A7 Capital, dados recentes mostram sinais de desaquecimento da economia americana. “Com isso, a probabilidade de um corte de juros nos EUA, em março, ganhou força e já está acima dos 50%”, diz.

Declarações do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, também tiveram boa repercussão na B3. Ele disse, em evento promovido pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), em São Paulo, que as expectativas de inflação implícitas nas operações do mercado mostraram uma pequena melhora do cenário de preços do país.

Destaques no pregão
No pregão, o destaque negativo ficou com a Braskem, cuja ação fechou em queda de 6,17%. Na véspera, ela havia recuado 6,25%. Isso em decorrência do fato de a prefeitura de Maceió, em Alagoas, ter decretado estado de emergência por 180 dias após o alerta de risco iminente de colapso em uma das minas da empresa na cidade, que está afundando em um ritmo de 2,6 centímetros por hora.

A Petrobras também registrou queda de 0,84%. Mas o setor como um todo sofreu com a diminuição do preço do petróleo no mercado global. O barril do tipo Brent, a referência internacional, caiu 2,16%, fechando a US$ 79,11, voltando a ficar abaixo do patamar de US$ 80.

As maiores altas do Ibovespa foram anotadas pelos papéis do Magazine Luiza, com avanço de 7,43%, cotados a R$ 2,17, e da Cielo, com salto de 6,97%, a R$ 4,30. A Vale, com grande peso no Ibovespa, registrou forte elevação de 1,72%, a R$ 75,12.

Dólar
O dólar à vista fechou o dia em queda de 0,70%, cotado a R$ 4,88. Na semana, a moeda americana recuou 0,36%

Metropoles

Postado em 2 de dezembro de 2023

Engenheiro de túnel do assalto ao BC de Fortaleza é preso após 12 anos

Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) prenderam nesta sexta-feira (1º/12), em Sorocaba, no interior de São Paulo, Marcos Rogério, conhecido como “Cabeção”. Ele é o homem apontado como um dos responsáveis por projetar e supervisionar o túnel usado pela quadrilha ao assalto ao Banco Central de Fortaleza, em 2005.
A ação criminosa, que levou R$ 164 milhões na madrugada do dia 6 de agosto de 2005, é até hoje a maior da história do país e chegou a virar enredo de filme.

“Cabeção” estava foragido há 12 anos, desde que foi resgatado por homens fortemente armados do Presídio de Itatinga, no Ceará.

A prisão foi feita por policiais da 1ª Delegacia Patrimônio (Investigações sobre Roubo e Latrocínio). A equipe apurava informações de que o procurado passou a frequentar um imóvel na cidade de Salto, também no interior paulista.

O foragido passou, então, a ser monitorado. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), ele foi localizado em um shopping da cidade e não ofereceu resistência ao ser abordado. Os policiais também cumpriram mandado de busca e apreensão no imóvel do criminoso, em Salto, onde morava sua esposa.

Em setembro, outro homem, conhecido como “Bocão”, apontado como um dos mentores do crime, foi preso em Sumaré, também no interior de São Paulo.

A prisão de “Bocão”, que foi condenado a 49 anos de prisão, foi feita após um trabalho de inteligência da Polícia Militar. Ele estava em um imóvel no Jardim Salermo, onde havia cerca de um quilo de cocaína, 1,5 quilo de maconha, balanças de precisão, dinheiro e diversos celulares.

Metrópoles

Postado em 2 de dezembro de 2023

Colocar em prática 12 hábitos evitaria cerca de 50% dos casos de demência; veja quais são

A demência acomete, hoje, cerca de 1,76 milhão de idosos brasileiros, e, se nada for feito, esse número deve continuar subindo. De acordo com o estudo Global Burden Diseases, publicado no The Lancet Public Health, a estimativa é de que a incidência de quadros demenciais, a exemplo do Alzheimer, triplique no mundo inteiro até 2050. Para evitar esse cenário, é fundamental entender que é possível reduzir a probabilidade de desenvolver a condição – e há 12 fatores decisivos nesse sentido.

Eles foram citados em um relatório de 2020, publicado no The Lancet, por uma comissão de cientistas de várias partes do mundo. Alterá-los poderia evitar ou pelo menos retardar o aparecimento do problema. Com base nesse trabalho, pesquisadores brasileiros decidiram calcular qual seria o impacto de colocar essas medidas em prática especificamente entre a nossa população. Ao usar como base um levantamento com mais de 9 mil brasileiros, eles concluíram, então, que evitar esses 12 fatores de risco poderia prevenir 48,2% dos casos de demência em nosso País. O estudo foi publicado no jornal científico Alzheimer’s & Dementia.

De acordo com a geriatra Claudia Suemoto, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e uma das autoras da análise, os aspectos que mais se destacaram foram baixa escolaridade, hipertensão, perda auditiva e obesidade. Juntos, esses fatores de risco respondem por 27,7% dos casos de demência. “Ficamos surpresos de ver perda auditiva em terceiro lugar. Não ter esse problema na meia-idade (entre 45 e 65 anos) poderia evitar quase 7% dos diagnósticos de demência. Não esperava que fosse tão importante”, conta.

Ela ressalta ainda que a primeira infância, adolescência e fase adulta são os momentos da vida mais críticos em termos de prevenção de demência. “Não é algo para nos preocuparmos com 70 anos de idade”, resume. “Não quer dizer que um hábito positivo nessa fase não vá ajudar, claro. Mas provavelmente já tem muito dano instalado”, acrescenta.

A médica nota que apenas de 3% a 5% dos quadros de demência são genéticos – e, quando é assim, a doença se manifesta cedo, antes mesmo dos 60 anos. “É uma situação totalmente diferente”, afirma. Em 95% dos casos, a demência surge em fases mais avançadas da vida e tem como pano de fundo sobretudo as chamadas questões ambientais, passíveis de prevenção.

Abaixo, saiba mais sobre cada um dos 12 fatores citados no trabalho.

1- Investir em educação e estimulação cognitiva na meia-idade e no final da vida
De acordo com estudos, a educação aumenta a capacidade cognitiva, principalmente até o final da adolescência, quando o cérebro ainda tem maior plasticidade. Ao que tudo indica, há poucos ganhos adicionais com a educação após os 20 anos – sugerindo que esse fator seria mais crucial no início da vida.

Mas a manutenção de atividades cognitivas na meia idade (a partir dos 40 anos) seria fundamental para garantir um melhor funcionamento cerebral na velhice. O relatório do Lancet informa que viajar, ter contato com música e outros tipos de arte, fazer atividade física, ler e falar um segundo idioma já foram associados à manutenção da cognição. Atividades intelectuais, focadas principalmente na resolução de problemas, também são bem-vindas.

Os autores ressaltam que indivíduos que têm empregos exigentes do ponto de vista mental tendem a apresentar uma menor deterioração cognitiva antes e, às vezes, depois da aposentadoria.

2- Manter a pressão arterial sob controle
Os pesquisadores são taxativos: “A hipertensão persistente na meia-idade está associada ao aumento do risco de demência no final da vida”.
Para evitar a hipertensão, é fundamental investir em um estilo de vida saudável, com foco em alimentação equilibrada, prática de exercícios, interrupção do tabagismo, controle do peso e manejo do estresse. No âmbito da dieta, vale um destaque especial para a moderação no uso de sal, ingrediente intimamente associado à elevação da pressão.

Para flagrar alterações iniciais, é imprescindível medir a pressão com frequência. “A hipertensão não dá sintomas. Por isso, se a pessoa não for regularmente ao médico e aferir, não terá o diagnóstico nem conseguirá tratar”, alerta a professora da USP. “Dessa maneira, a doença poderá causar lesões cerebrais capazes de, em longo prazo, causar a demência”.

3- Proteger a audição
No relatório do The Lancet, os autores citam que uma revisão identificou um risco aumentado de demência a cada 10 decibéis de piora no comprometimento auditivo.

Eles ponderam que mais estudos são necessários para entender a relação, mas contam que um pequeno estudo chegou a demonstrar que a deficiência auditiva na meia-idade estava ligada a prejuízos mais acentuados em algumas áreas do cérebro, como o hipocampo – envolvido na formação de memórias e no aprendizado. “A perda auditiva pode resultar em declínio cognitivo por meio da redução da estimulação cognitiva”, escrevem.

De acordo com Claudia, os estudos ainda não chegaram a conclusões definitivas sobre o papel do uso de aparelhos auditivos na prevenção da demência. Mas a médica frisa que o melhor caminho mesmo é evitar a perda de audição – e, nesse aspecto, é fundamental contarmos com políticas públicas que foquem no controle de ruídos. Do ponto de vista individual, temos que evitar ambientes barulhentos e maneirar no volume do fone de ouvido.

4- Evitar lesões cerebrais
Acidentes de carro, moto e bicicleta, além de quedas e prática de determinados esportes aumentam o risco de pancadas na cabeça e prejuízos ao cérebro.

“Qualquer exercício marcado por impacto cerebral frequente pode levar à demência”, comenta Claudia. A prática de boxe é o exemplo mais conhecido. “Mas a relação também é válida para o nosso futebol”, lembra Claudia.

Para ter ideia, a International Football Association Board (IFAB), órgão regulador do futebol, proíbe jogadores com menos de 12 anos de cabecearem bolas durante treinos e partidas.

5- Praticar exercícios
Os pesquisadores reconhecem que os padrões de atividade física mudam com a idade, a geração e a presença de doenças, e que são diferentes entre sexo, classe social e culturas. Mas ponderam que revisões têm apontado que os exercícios físicos são benéficos para a cabeça.

Inclusive, o trabalho brasileiro identificou a inatividade física depois dos 65 anos como o quinto fator mais relevante para aumento no risco de desenvolver demência.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda pelo menos de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa por semana para todos os adultos – incluindo aqueles que apresentam doenças crônicas. Se a atividade for vigorosa, o tempo cai pela metade: de 75 e 150 minutos por semana.

6- Evitar o diabetes
No diabetes do tipo 2, o hormônio insulina não consegue atuar direito – e é ele quem coloca o açúcar dentro das células para gerar energia. Com isso, um excesso de glicose permanece na circulação, aumentando o risco de uma série de problemas – entre eles, a demência.

Para não desenvolver diabetes do tipo 2, uma das principais medidas é manter um peso considerado saudável, já que sobrepeso e obesidade estão entre os principais fatores de risco para a doença. Sendo assim, a orientação é adotar hábitos saudáveis, com foco em dieta equilibrada e prática de exercícios.

Assim como a hipertensão, o diabetes também é uma condição silenciosa. “Só vai provocar sintomas quando já está grave, o que pode levar anos”, avisa Claudia. Por isso, a médica reforça a necessidade de realizarmos check-ups preventivos. “Não espere um sintoma para ir atrás de um profissional da saúde”, aconselha a geriatra.

7- Não consumir álcool de forma exagerada

“O consumo excessivo de álcool está associado a alterações cerebrais, comprometimento cognitivo e demência, um risco conhecido há séculos”, resumem os pesquisadores no relatório do Lancet.

Embora o documento chame a atenção para uma ingestão excessiva, o entendimento dos médicos vai cada vez mais na direção de que não existe uma quantidade segura de álcool, que é considerada a droga mais utilizada do planeta.

O hábito de beber aumenta a probabilidade de doenças hepáticas, câncer, distúrbios mentais, além dos mais variados tipos de acidentes.

8- Manter um peso saudável
O sobrepeso e a obesidade, cuja incidência vem aumentando significativamente no Brasil – inclusive entre crianças e adolescentes –, estão ligados a inúmeros problemas, de doenças cardiovasculares e distúrbios do sono a vários tipos de câncer e demência.

Para ter ideia, uma análise com pessoas de aproximadamente 50 anos chegou a estimar que a perda de 2 quilos ou mais entre quem tinha um IMC maior do que 25 (indicativo de sobrepeso) foi relacionada a uma melhora significativa em habilidades cognitivas, como capacidade de atenção e memória.

Mais uma vez, a adoção de hábitos considerados saudáveis – com destaque para a dobradinha alimentação equilibrada e prática de esportes – é imprescindível para evitar o acúmulo de quilos extras.

9- Parar de fumar
Segundo os especialistas, quem consegue largar o cigarro – mesmo sendo mais velho – fica mais protegido contra o surgimento de demência. Ou seja, nunca é tarde para parar de fumar.

Estudos indicam outro motivo para tomar essa atitude: a probabilidade de deterioração da memória é maior até entre fumantes passivos. Logo, largar o cigarro beneficia pessoas próximas.

10- Combater a depressão
Diversos mecanismos psicológicos e fisiológicos são capazes de explicar a ligação entre depressão e maior risco de demências, ressaltam os pesquisadores.

Para tentar preveni-la, Claudia sugere investir em bons hábitos – como alimentação saudável e exercícios –, criar e manter vínculos sociais, limitar o uso de telas e fazer terapia. Se sintomas aparecerem, a médica frisa que é imprescindível buscar o tratamento adequado, que pode ou não envolver medicamentos.

11- Investir em contato social
Manter relações sociais, evitando o isolamento, é uma ferramenta poderosa para aumentar a reserva cognitiva e favorecer comportamentos benéficos.

“Apesar da clara variação cultural no significado e na percepção do isolamento social, os resultados do efeito protetor de mais contato social são amplamente consistentes em diferentes ambientes e para ambos os sexos nos estudos”, reforçam os pesquisadores.

Nesse sentido, algumas estratégias podem ajudar: priorizar exercícios físicos em grupo, realizar trabalho voluntário, inscrever-se em algum tipo de curso e por aí vai. Focar em atividades como essas facilita não só o aumento do círculo social como coloca na rotina atividades que exercitam o cérebro.

12- Evitar a exposição à poluição
Em animais, estudos já mostraram que poluentes atmosféricos aceleraram processos neurodegenerativos.

Para minimizar os riscos, não faça atividade física em ruas e avenidas com alta circulação de veículos e troque o filtro do ar-condicionado do carro com certa frequência.

Estadão

Postado em 2 de dezembro de 2023

Antigo rival político, Sarney entra em campo com Flávio Dino em campanha pelo STF

Logo após o anúncio pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça recebeu um apoio de peso e passou a ter o ex-presidente da República José Sarney, de 93 anos, como cabo eleitoral.
Dino e Sarney, que já foram rivais políticos no Maranhão, se falaram e o cacique político do MDB deve usar toda sua influência para destravar eventuais resistências ao escolhido por Lula à Corte. A informação, antecipada pela revista Veja, foi confirmada pelo GLOBO.

O primeiro desafio será convencer os senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde será sabatinado no próximo dia 13.

O ministro da Justiça, que foi governador do Maranhão por dois mandatos, esteve por muitos anos do lado oposto do clã Sarney no espectro político, derrotando inclusive a ex-governadora Roseana Sarney, hoje deputada federal, nas eleições de 2018. Desde 2020, porém, Dino e Sarney, pai, vêm se aproximando.

O ponto de partida foi a morte de Sávio Dino, pai do ministro da Justiça, vítima da pandemia de covid-19. De lá para cá, Dino contou com o voto do ex-presidente da República para ingressar na Academia Maranhense de Letras e, nas eleições de 2022, costurou o apoio do PV, presidido localmente por Adriano Sarney, neto do emedebista, a Carlos Brandão, nome de Dino para o governo do estado.

Em solenidades e eventos oficiais realizados em Brasília, a proximidade entre os dois políticos maranhenses fica evidente. Na posse do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, Dino e Sarney foram flagrados conversando em alguns momentos. Quando foi presidente da República, Sarney nomeou cinco ministros para o Supremo: Carlos Madeira, que também era maranhense, Celso Borja, Paulo Brossard, Sepúlveda Pertence e Celso de Mello.

Nesta sexta-feira, o GLOBO mostra que Dino já obteve mais da metade do apoio que precisa para ter sua indicação ao Supremo aprovada. Levantamento feito pelo jornal com os 81 senadores mostra que 24 disseram ser a favor da nomeação. Para virar ministro da Corte, ele ainda precisa ter o voto de 41 senadores no plenário da Casa.

O GLOBO

Postado em 2 de dezembro de 2023

Site de acompanhantes oferece R$ 200 milhões para alterar nome do Vitória

O Fatal Model, site de anúncios de acompanhantes, divulgou nesta sexta-feira 1º uma proposta para adquirir os naming rights do Vitória, atual campeão da Série B. Patrocinadora do clube, a empresa busca ampliar a parceria e, para isso, apresentou duas propostas para que os torcedores rubro-negros escolham a forma que a marca irá investir ainda mais no time baiano.

A primeira proposta é de R$ 200 milhões para a aquisição dos direitos do nome do clube, por um período de 10 anos, ou seja, cerca de R$ 1,7 milhão por mês. Em caso de retorno positivo, o nome do clube seria alterado para “Fatal Model Vitória”. Elementos como o escudo, as cores e os uniformes não sofreriam alterações.

A segunda proposta seria para o atual patrocinador assumir os naming rights do Estádio Manoel Barradas, o Barradão. Neste projeto, a Fatal Model injetaria uma quantia de R$ 100 milhões, também por uma década, ou seja, pelo mesmo período, e o estádio passaria a se chamar “Arena Fatal Model Barradão”.

Segundo o presidente do clube baiano, a proposta não é cumulativa. Ou seja, se o Vitória aceitar em vender o seu nome por R$ 200 milhões, a Fatal Model não vai mais destinar R$ 100 milhões pelo naming rights do estádio.

Além da proposta, o Fatal Model ajudou a viabilizar duas novidades no Vitória para a temporada 2024. Será instalado um novo e moderno telão no Barradão, além de backdrop no formato LED na sala de imprensa do estádio.

Agora RN

Postado em 2 de dezembro de 2023