O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) aprovou, por unanimidade, os quadros de vagas para ingresso em 2024 na graduação presencial e a distância. De acordo com a decisão comunicada na terça-feira (24), a instituição irá ofertar 7.186 vagas via Sistema de Seleção Unificada (Sisu), distribuídas em 4.902 para o primeiro semestre e 2.284 para o segundo semestre.
Em comparação a 2023, o número teve um acréscimo de 50 vagas. A diferença existe devido a criação do novo curso de Relações Internacionais, que está vinculado ao Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA).
Além disso, a UFRN informou que os conselheiros também decidiram flexibilizar as notas mínimas exigidas no Sisu, excepcionalmente na edição 2024, em decorrência dos impactos da pandemia da covid-19, aos estudantes que “tiveram o processo de aprendizagem comprometido em razão da dificuldade de acesso ao ensino remoto”.
No total, serão ofertadas 7.804 vagas de graduação presencial, que incluem 166 vagas para graduações com Processo Seletivo Específico (PSE); 444 vagas para reingresso de segundo ciclo e oito vagas para mobilidade interna. A oferta de vagas do Programa de Estudantes de Convênio (PEC-G) foi aprovada em resolução própria, tendo em vista as datas do calendário disponibilizado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Além dessas, a UFRN ofertará 300 vagas para os cursos a distância de licenciatura em História e Pedagogia, remanescentes de edital da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). As vagas serão distribuídas igualmente entre os dois cursos e divididas entre demanda social e para professores da rede. O curso de História contemplará 30 vagas para cada polo de apoio presencial, nos municípios de Caraúbas, Currais Novos, Lajes, Luís Gomes e Macaíba. A licenciatura em Pedagogia também contemplará 30 vagas para cada polo de apoio presencial, nas cidades de Guamaré, Macaíba, Marcelino Vieira, Martins e Nova Cruz.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu nesta quarta-feira (25) a economista Rita Serrano da presidência da Caixa Econômica Federal. A decisão foi comunicada a Rita em reunião no Palácio do Planalto, no fim da manhã.
Funcionária de carreira da Caixa desde 1989, Maria Rita estava desde janeiro como presidente da instituição. Antes, ela participou do Conselho de Administração do banco
Em nota, o Palácio do Planalto confirmou que o novo presidente da Caixa será o economista e servidor da Caixa Carlos Vieira Fernandes – que já ocupou cargos de confiança em ministérios de partidos do Centrão, em anos anteriores.
Fernandes é indicação do Centrão e conta com o aval do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
A troca de comando da Caixa já vinha sendo antecipada por interlocutores. A presidência do banco era cobiçada há meses por partidos do Centrão, em troca de apoio ao governo Lula no Congresso.
Lira já havia afirmado que o comando da Caixa estava na negociação para ampliar a base parlamentar do Palácio do Planalto.
Os partidos querem também indicar substitutos para as vice-presidências da Caixa. Lula e Lira, no entanto, ainda devem se reunir ao longo desta semana para confirmar as substituições.
O Centrão é um bloco de partidos que tradicionalmente apoia o governo federal em troca de cargos e recursos do orçamento público.
O comando da Caixa e de outros órgãos públicos, como os Correios e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), era reivindicado por essas siglas desde julho.
O novo presidente Carlos Vieira Fernandes foi diretor da Funcef, fundo de pensão da Caixa, entre 2016 e 2019. Ele também já trabalhou na própria Caixa Econômica Federal.
Fernandes também foi secretário-executivo dos ministérios das Cidades e da Integração Nacional durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em ambos os casos, os ministros responsáveis pelas pastas eram do PP.
Nota oficial O governo divulgou nota oficial sobre a mudança. Veja abaixo:
Nomeação de novo presidente da Caixa Econômica Federal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quarta-feira (24/10), com a presidenta da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, e agradeceu seu trabalho e dedicação no exercício do cargo.
Serrano cumpriu na sua gestão uma missão importante de recuperação da gestão e cultura interna da Caixa Econômica Federal, com a valorização do corpo de funcionários e retomada do papel do banco em diversas políticas sociais, ao mesmo tempo aumentando sua eficiência e rentabilidade, ampliando os financiamentos para habitação, infraestrutura e agronegócio.
Na gestão de Serrano foram inauguradas 74 salas de atendimento para prefeitos em todo o país, cumprindo um compromisso de campanha.
O governo federal nomeará o economista Carlos Antônio Vieira Fernandes para a presidência do banco, dando continuidade ao trabalho da Caixa Econômica Federal na oferta de crédito na nossa economia e na execução de políticas públicas em diversas áreas sociais, culturais e esportivas.
A LATAM começou, nesta quinta-feira (25), a disponibilizar bilhetes aéreos para novos voos para Recife-Natal, Natal-Mossoró e Mossoró-Fortaleza. Todas elas serão operadas a partir de 1º de janeiro pela VOEPASS, com aeronaves ATR-72, com capacidade para até 70 passageiros. Com isto, chega a 55 o número de rotas atendidas no codeshare entre as duas companhias.
De acordo com a LATAM, além desses novos voos que incluem Natal e Mossoró, a Latam também passou a oferecer as rotas Recife-Campina Grande, Campina Grande-Fortaleza e Salvador-Vitória da Conquista.
Entre Recife e Natal, os voos serão operados às segundas, quartas, sextas e domingos, com partida às 9h10 e chegada às 10h15. No sentido oposto, partem às 17h35 e chegam no Recife às 18h40.
A rota Natal-Mossoró também terá voos às segundas, quartas, sextas e domingos, com partida às 10h55 e chegada às 11h55. No sentido oposto, partem às 15h55, com chegada em Natal às 16h55.
Segundo a LATAM, Mossoró também será conectada com voos diretos para Fortaleza às segundas, quartas, sextas e domingos, com partida às 12h35 e chegada às 13h30. No sentido oposto, partem às 15h55 e chegam a Mossoró às 16h55.
Pesquisa Genial Quaest divulgada quarta-feira mostra uma importante queda na aprovação do presidente Lula nesta rodada de outubro.
Para 55% dos brasileiros, viagens de Lula são ‘excessivas’, diz Quaest
No último levantamento de agosto, o petista foi aprovado por 60% dos entrevistados. Agora, esse número caiu para 54%. Na outra direção, os que desaprovavam Lula eram 35% há dois meses e hoje são 42%.
Lula perdeu capital político em todas as regiões do país, inclusive no Nordeste, onde a avaliação negativa de sua gestão levantou quatro pontos, de 25% para 29% e a positiva caiu de 72% para 68%.
Otimismo com a economia cai nove pontos em dois meses, diz Quaest
No Sudeste, Lula caiu de 55% para 49% de aprovação enquanto a retirada subiu de 39% para 45%.
No Sul, foram quase dez pontos (de 59% para 50%) de queda de popularidade e sete a mais na exclusão: 38% para 45%.
No Norte e Centro-Oeste, o petista perdeu dois pontos (de 52% para 50%) de avaliação positiva e ampliou em sete pontos a excluídos (39% para 46%).
Brasileiros pessimistas com rumo do país superam otimistas, diz Quaest
O levantamento reuniu 2.000 brasileiros entre os dias 19 e 22 de outubro e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Um levantamento feito pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) mostrou um aumento de internações de pacientes por Covid-19 em 76% dos estabelecimentos privados de saúde. A grande maioria deles afirma, no entanto, que essa alta ficou na casa dos 5%.
Esse mesmo nível de crescimento também foi verificado em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), atingindo 92% dos hospitais . Os dados são de 81 estabelecimentos de saúde da capital e do interior do estado, entre os dias 10 e 19 de outubro.
Houve também um crescimento de 84% dos casos suspeitos que chegam aos prontos-socorros. Quando os pacientes são testados, contudo, 68% informam que o aumento de diagnósticos positivos fica entre 11% e 20% no pronto atendimento.
De acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, 70,8% dos leitos de UTI estão livres no estado. Na região metropolitana, o número cai para 61,9%. Em média, esses pacientes permaneceram internados até quatro dias.
Alerta da Fiocruz
No começo de outubro, o boletim Infogripe, feito pela Fiocruz , já havia alertado para o aumento de casos de Covid-19 no país, especialmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. O relatório recentemente dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), do Ministério da Saúde, até 9 de outubro.
Os estados que apresentam aumento nas internações pela doença provocada pelo coronavírus e exigem mais atenção são Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal. Em relação às capitais, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo apresentam crescimento dos casos.
As farmácias também registaram pico. Depois de uma longa estagnação, o percentual de diagnósticos positivos de Covid-19, detectado por testes rápidos, ultrapassou os 30% na primeira semana de outubro, o maior patamar desde janeiro.
Segundo a Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), dos 7.061 exames rápidos realizados entre 3 e 9 de outubro, 2.304 tiveram resultado positivo para o coronavírus – pouco mais de 32% dos atendimentos. Ao longo de agosto, o índice médio de exames positivos girou em torno de 13% a 17%, saltando para 27% no fim de setembro.
Variante e vacina
Uma das hipóteses levantadas pelo SindHosp para o aumento das hospitalizações nos estabelecimentos paulistas é a circulação de subvariantes do vírus. Em agosto, uma nova variante Éris foi identificada no Brasil, mais especificamente no estado de São Paulo. O Ministério da Saúde tem frisado a importância de manter a vacina contra a doença em dia, principal estratégia para prevenção.
No estado, praticamente um quarto das pessoas (22,47%) está imunizada com a vacina bivalente. No país, esse percentual é mais baixo, 16,74%, segundo o Ministério da Saúde.
O Brasil já é um dos maiores exportadores de alimentos do mundo. Em quantidade, é o primeiro em soja, carne bovina, aves e, mais recentemente, milho — acabou de ultrapassar os Estados Unidos, até então líderes mundiais em vendas desse cereal. Abasteça parte substancial do mercado global de café, açúcar e suco de laranja. Nos próximos 10 anos, o Brasil deverá superar o Canadá e se tornar o terceiro maior exportador de carne suína.
Os números demonstram a força do agronegócio brasileiro. Em 2000, o setor exportava 20 bilhões de dólares. Em 2022, eram 160 bilhões. Os produtos brasileiros chegam a cerca de 150 dos 193 países do planeta. Os analistas defendem ainda um grande potencial de crescimento nas vendas de frutas, hortaliças, oleaginosas, lácteos e pescados.
Uma condição é dada: a população mundial deve passar dos atuais 8 bilhões de habitantes para 8,9 bilhões em 2032 e 9,7 bilhões em 2050, segundo estimativa da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). A explosão populacional ocorrerá principalmente nos países da Ásia — que não são autossuficientes em alimentos e continuarão dependendo das condições.
Em 1980, o que hoje é reconhecido como agronegócio era um horizonte quando o empresário Wilson Ferrarin, então com 39 anos, embarcou em um Fusca no Rio Grande do Sul e se mudou para Mato Grosso. Foi quando comecei a acreditar que o Brasil se tornaria uma potência agrícola. “Não me surpreende ver o Brasil de hoje porque eu sempre acreditei muito”, diz Ferrarin, aos 81 anos. “Muitos brasileiros, como eu, jogaram suas vidas no Cerrado. Comecei com arroz de sequeiro, porque não tinha água.
Era muito difícil naquela época. Abríamos estrada com facão. Hoje ser lavoreiro é um luxo. Tem carro, colheitadeira e trator com ar condicionado e muita oferta de serviços de tecnologia e meteorologia.” O Grupo Ferrarin, que atua com produção, comércio, armazenamento e distribuição de grãos, além da venda de insumos e máquinas e serviços financeiros, fatura 5 bilhões de reais ao ano. Dos 1,3 milhão de toneladas de grãos de soja recebidos nos armazéns da empresa, 65% vão para o mercado externo, principalmente para a China.
A força do agronegócio brasileiro é evidenciada pelo crescimento de gigantes como a JBS, maior produtora e processadora de carne bovina do mundo. De acordo com um levantamento da Fipe, apenas a JBS e as cadeias produtivas ligadas a ela movimentaram, em 2021, o equivalente a 2,1% do PIB brasileiro e desenvolveram para a geração de 2,73% dos empregos do país. A empresa possui unidades em mais de 130 municípios brasileiros e emprega cerca de 145 mil pessoas no país.
O perfil exportador do agronegócio brasileiro está ancorado em uma série de fatores. Os mercados internacionais se abriram a partir dos anos 1990. A população mundial, principalmente na Ásia, entrou em ciclo de crescimento. A renda per capita em países como a China e a Índia aumentou, impulsionando a demanda por alimentos. E, definitivamente, nos últimos 20 anos, a China tem sustentado o comércio internacional de grãos e alimentos. “Esses são os grandes fatores que explicam a potência e a competitividade do agronegócio brasileiro”, diz o consultor Elisio Contini, que foi pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) por 45 anos.
Geraldo Barros, coordenador científico do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, lembra que o crescimento focado na industrialização urbana, basicamente entre as décadas de 1930 e 1980, não foi suficiente para criar empregos para toda a população que migrou do campo para as cidades. Nesse período, a indústria ocupou, no máximo, 20% da força de trabalho. Os migrantes do meio rural se empregaram predominantemente no setor de serviços, recebendo variações inferiores aos pagamentos pela indústria.
Levou algum tempo até o setor agropecuário crescer mais do que o industrial. De 1950 a 1980, período marcado pela substituição de importações, a indústria teve uma taxa média anual de crescimento superior à da agropecuária (8,6% a 4,3%). A tendência se inverteu depois de 1981 e se manteve desde então. O processo de desenvolvimento da chamada agricultura tropical, principalmente para a ocupação da região do Cerrado, veio acompanhado da criação de centros de pesquisa em ciência agrícola. A produtividade depende de um modelo de agricultura adaptado às condições climáticas e ambientais do Brasil. Fundada em 1973, a Embrapa é uma das personagens importantes dessa rede de conhecimento científico, ao desenvolver sentimentos e técnicas adequadas ao manejo do solo brasileiro.
A opinião do pesquisador Pedro Abel, da Superintendência Estratégica da Embrapa, não foi só pela geração de conhecimento e de tecnologia. “O grande papel da Embrapa foi fazer a articulação entre o setor privado e a academia, entre o setor produtivo e a ciência”, afirma. Ele observa que, enquanto a produtividade agrícola cresce à taxa média de 1,5% ao ano nos países de clima temperado, no Brasil cresce 3,5%. “Sem modéstia ou vaidade, nós somos muito bons na agricultura.”
Perspectiva positiva, com desafios PARA O BRASIL, uma perspectiva continua positiva. O crescimento da produtividade dos principais pontos é uma realidade desde a década de 1970. Elisio Contini acredita que o país pode aumentar ainda mais a eficiência e produzir 500 milhões de insumos iniciados com a pandemia de Covid-19, em março de 2020, e se agravou com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. “As commodities são como vasos comunicantes: o que acontece nos Estados Unidos, na China e no Brasil reverbera para todos os os”, diz Marcos Rubin, fundador da consultoria Veeries , especializada em agronegócio. “Tivemos uma mudança no fornecimento de materiais-primas porque boa parte dos insumos químicos que o Brasil utiliza nos defensivos agrícolas e nos fertilizantes vem da China, um dos países mais afetados pela pandemia, e da Rússia, envolvidos na guerra. ”
A pressão de custos aconteceu em um momento de preços elevados de commodities agrícolas, como soja e milho, o que ajudou o produtor brasileiro a absorver a alta dos insumos e de toneladas em 20 anos e 800 milhões de toneladas em 30 anos — se a demanda internacional se mantiver em alta. Para alcançar esse potencial, não são poucos os desafios pelo caminho. Geraldo Barros cita alguns: desigualdade e pobreza no Brasil, desmatamento e mudanças climáticas, concentração das exportações em poucos produtos, gargalos na logística, entre outros. Também há influência externa dos países concorrentes, como barreiras tarifárias, à medida que aumenta a participação dos produtos brasileiros no mercado internacional.
Em relação à emergência das mudanças climáticas, o crescimento da produção deverá centrar-se na produtividade, sem ocupação de novas áreas de floresta e com o reaproveitamento de áreas degradadas. Nesse cenário de abundância de alimentos, a distribuição de renda é fundamental para garantir a segurança alimentar e nutricional dos brasileiros.
Os movimentos externos também influenciam o desempenho, uma vez que o Brasil é um grande importador de insumos químicos para a agricultura. Em 2022, por exemplo, os produtores brasileiros gastaram 24,7 bilhões de dólares com a compra de fertilizantes — 9,1% do valor de todas as mercadorias que o país comprou do exterior. Com isso, a safra 2022-2023 foi uma das mais caras para o produtor. A restrição no fluxo de insumos começou com a pandemia de Covid-19, em março de 2020, e se agravou com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. “As commodities são como vasos comunicantes: o que acontece nos Estados Unidos, na China e no Brasil reverberam para todos os cantos”, diz Marcos Rubin, fundador da consultoria Veeries, especializada em agronegócio. “Tivemos uma mudança não fornecida de materiais-primas porque boa parte dos insumos químicos que o Brasil utiliza nos defensivos agrícolas e nos fertilizantes vem da China, um dos países mais afetados pela pandemia, e da Rússia, envolvidos na guerra.”
A pressão de custos ocorreu em um momento de preços elevados de commodities agrícolas, como soja e milho, o que ajudou o produtor brasileiro a absorver a alta dos insumos e ainda manter uma margem de lucro razoável. A partir do primeiro trimestre de 2023, os preços dos insumos caíram, mas a cotação das commodities também. “A safra que passou foi muito cara. A próxima safra será um pouco mais barata, mas houve também uma queda muito grande dos preços das commodities”, diz Rubin. Esses ciclos são tradicionais no agronegócio. Segundo os consultores, nos últimos 20 anos, os mercados de soja e milho passaram por três momentos de lucros operacionais superiores a 60%. Em cada uma dessas fases, com duração de dois a três anos, aumentou-se a adoção de tecnologia nas propriedades e na capacidade produtiva. Passada a bonança, veio como crises. O setor entrou agora em um desses ciclos de ajuste. As margens de 2021 e 2022 despencaram em 2023, passando de 60% para abaixo de 30%.
“Estamos em uma fase de ajuste de rentabilidade, mas com uma agricultura muito mais resiliente e com o produtor muito mais profissionalizado e preparado para o próximo ciclo, que não se sabe exatamente quando vai ocorrer”, afirma Rubin. Os dados mostram que, nos últimos dez anos, o Brasil foi responsável por 75% do crescimento das exportações mundiais de soja, milho e trigo. “Quando pensamos nos próximos dez anos, eu diria que a expansão das exportações brasileiras de alimentos será muito semelhante à do passado recente”, diz Rubin. Previsões otimistas, sem dúvida, mas com os pés no chão.
Na tarde desta quarta-feira dia 25 de outubro, Cláudia Araújo, produtora rural do Rio Grande do Norte, foi agraciada com a segunda colocação na categoria Médias Propriedades no renomado Prêmio Mulheres do Agro. Este evento, promovido em São Paulo pela Bayer e a Associação Brasileira de Agronegócio (ABAG), celebra as mulheres que desempenham um papel fundamental no agronegócio do Brasil.
O anúncio da premiação foi um momento emocionante, com vídeos tocantes de seus filhos que capturaram a atenção do público presente. Cláudia Araújo se destacou não apenas por suas conquistas no mundo do queijo, mas também pela comovente história de sua jornada.
A Bayer teve a oportunidade de conhecer de perto a trajetória de Cláudia, e o Sebrae, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, foi um parceiro fundamental na apresentação de histórias inspiradoras como a dela. Cláudia agora se une a um seleto grupo de 54 mulheres premiadas em todo o Brasil por essas instituições que valorizam e reconhecem o talento e a dedicação das mulheres no setor do agronegócio. Esta conquista é um testemunho do impacto e da força das mulheres que moldam o futuro do campo brasileiro.
A TV Tropical se consolidou como vice-líder de audiência em pesquisa do Kantar/Ibope/Media realizada em Natal, no período de 18 a 24 de setembro. De acordo com os dados, uma emissora genuinamente potiguar ocupa uma vice-liderança na mídia diária.
Na hora do almoço, o Balanço Geral RN é vice-líder absoluto. O programa comandado por Cyro Robson, o Papinha, apresenta crescimento na audiência a cada pesquisa. E o resultado do Ibope reforça essa proximidade do público.
“A TV Tropical investe em um jornalismo de qualidade, exibindo nos seus programas um conteúdo que o telespectador se identifica. Além disso, tem investido também em programas especiais e ações junto à comunidade”, destaca a gerente de jornalismo, Amanda Carvalho.
Para o diretor comercial e de marketing, Raniere Andrade, o resultado da pesquisa deve ser o investimento em pessoal, em tecnologia, manutenção da já consagrada qualidade do jornalismo e da reposição da emissora. “É fato que a TV Tropical tem o maior tempo de apresentadores, tanto em quantidade quanto em popularidade”, afirma.
Para o próximo ano, o planejamento é ainda maior. “Consolidamos a vice-liderança, mas não vamos parar por aqui. Queremos mais. Para 2024, já temos vários projetos na gaveta, que, em breve, vocês conhecerão em suas casas”, completa Andrade.
Atualmente, se tratando do Rio Grande do Norte, uma emissora genuinamente potiguar chega a mais de 150 municípios. Ainda para o ano que vem, já está prevista a continuidade da expansão na cobertura de sinal. “Um conteúdo de qualidade chegando aos mais lares potiguares”, destaca o diretor.
O resultado também reforça a qualidade da programação da Record TV no estado, uma parceria que se estende há anos.
Aniversário da Tropical
No dia 31 de outubro, a TV Tropical comemora 36 anos de história e conexão com os potiguares. Ao longo do mês, a emissora tem ações feitas que destacam uma parceria de sucesso com o povo norte-rio-grandense. O evento de aniversário do Alecrim , no último dia 23, corrobora. Uma multidão tomou conta da Praça Gentil Ferreira e abraçou a equipe da TV Tropical, interagindo e se informando ao vivo.
Nessa sexta-feira (27.10), a XP Tabuleiria irá promover o II Halloween da XP, com concursos de fantasias para crianças, jovens e adultos, além de uma programação musical com Carlos Felipe, guitarrista da Banda Sete de Espadas.
Os concursos de fantasias premiarão as melhores fantasias em três categorias e, após os anúncios dos vencedores, a turma promete muito rock n roll para embalar o restante da noite.
Em uma parceria com a Aljarboua Produções, organizadora do Currais Rock, a noite das bruxas do espaço de jogos de tabuleiro de Currais Novos, vai ser o palco para divulgação da programação completa do Currais Rock 2023.
“Eu sou fã de jogos de tabuleiro, quando Juvane e Ricardo me procuraram com essa proposta da gente integrar o Halloween com a divulgação do Currais Rock 2023, não pensei duas vezes”, comentou o produtor do evento, Fahad Mohammed.
A XP Tabuleiria irá abrir as 17:00 e no mesmo horário começam as inscrições para os concursos de fantasias, a votação das melhores fantasias será feita pelo Instagram @xptabuleiria. O show de Carlos Felipe começa às 22:00, após o anúncio da programação oficial do Currais Rock 2023.
A Polícia Federal tenta prender nesta quarta-feira (25) mais cinco suspeitos de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro – quando vândalos invadiram e danificaram os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto, em Brasília.
Além dos mandados de prisão preventiva, a PF cumpre também 13 ordens de busca e apreensão contra 12 suspeitos em quatro estados. A operação foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.Esta é a 19ª fase da operação Lesa Pátria, iniciada ainda em janeiro. A etapa atual mira tanto os participantes dos atos golpistas quanto os incentivadores da ação.
Segundo a PF, há mandados sendo cumpridos em Cuiabá (MT), Cáceres (MT), Santos (SP), São Gonçalo (RJ) e em Brasília (DF).
Até a última atualização desta reportagem não haviam sido dadas informações sobre os alvos dos mandados de prisão e de busca e apreensão.
Segundo a PF, os fatos investigados incluem os seguintes crimes:
abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado;
dano qualificado;
associação criminosa;
incitação ao crime;
destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido;
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) fez chegar, na 2ª feira (23.out.2023), ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sua insatisfação por ter sido retratado dentro de uma lata de lixo em obra exibido na Caixa Cultural, em Brasília. Para aliados do presidente, uma imagem derrogatória do deputado apareceu em mau momento, o que pode forçar Lula a acelerar a troca de comando no banco.
Aliados do presidente avaliaram que o episódio demonstrado “desleixo” e escancarou a falta de “tato político” da atual chefe da Caixa, Rita Serrano. A pressão para que ela deixasse a carga aumentada, com diversos recados levados ao Palácio do Planalto por aliados de Lira.
O local que abriga a exposição “O grito!” é administrado pelo banco estatal. Desde julho, Lula negocia com Lira a presidência da Caixa e suas principais diretorias. O comando do banco foi oferecido pelo Planalto para o Centrão quando esse grupo político ingressou no governo em troca de cargas na Esplanada.
O presidente da Câmara foi o chefe político do Centrão que deu o aval principal para as mudanças nos ministérios de Lula, que oficializaram a entrada do PP e dos Republicanos na base de apoio do governo , em 6 de setembro. Lira entregou a Lula em 28 de setembro o nome de Carlos Antônio Fernandes Vieira como possível indicado para presidir a Caixa no lugar de Serrano.
Os ministros de Lula avaliaram que o timing da exposição foi ruim para o governo porque Brasília retomou o ritmo normal nesta semana. Lula voltou a despachar no Palácio do Planalto na 2ª feira (23.out) depois de 3 semanas recluso no Palácio da Alvorada para se recuperar de duas cirurgias, uma no quadril e outra nas justas. A lira também retornou à capital depois de duas semanas passadas na Índia e na China .
Segundo o Poder360 apurou, Lula havia retomado a análise sobre a troca no banco depois de ter congelado a possibilidade por causa de uma declaração de Lira ao jornal Folha de S. Paulo . Na ocasião, o deputado disse em entrevista que as restrições políticas para os cargos no banco público passariam pelo seu crivo e afirmou que a ideia era contemplar não só o PP, seu partido, mas também outros de seu grupo político, como União Brasil, Republicanos e parte do PL.
O governo também negocia com o Congresso a votação de projetos considerados essenciais para a pauta econômica defendida por Fernando Haddad (Fazenda), como o projeto de tributação de offshores e fundos de investimentos exclusivos. O texto está na pauta do plenário da Câmara e pode ser votado na 3ª feira (24.out.2023).
Um estudante de 19 anos foi preso após ser flagrado usando a inteligência artificial do ChatGPT durante o vestibular de medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, no último domingo (22).
O vestibulando foi flagrado enquanto usava o aparelho celular para colar na prova. As informações são da Polícia Civil de São Paulo.
A fiscal da sala na qual o jovem estava percebeu que ele olhava diversas vezes para baixo e mexia em algo enquanto realizava a prova. Ela se aproximou do estudante e observou que ele fazia uso do celular.
Confrontado pela fiscal, o aluno alegou que estava passando mal e tentou esconder o aparelho, mas não conseguiu. Ele admitiu que estava com dois celulares: um foi confiscado pela fiscal e o outro estava dentro da mochila.
Além de usar o ChatGPT para auxiliar na redação, o estudante também trocou mensagens com outra pessoa que o ajudou a responder algumas questões.
O estudante foi preso por fraudes em certames de interesse público. Posteriormente, ele foi solto após pagar R$ 2,6 mil de fiança.
Em nota, a Fundação Vunesp, órgão responsável pela aplicação da prova, informou que o aluno foi desclassificado do processo seletivo, e garantiu que os demais participantes não foram prejudicados.
A Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa não se manifestou. Como o aluno não teve a identidade revelada, o UOL não conseguiu localizá-lo para pedir um posicionamento.
Por onde vai, Alena Eudoxie, 6, leva sua Mônica. A boneca acompanha a menina de sorriso tímido nas refeições, nas aulas e nas consultas em Curitiba, cidade à qual chegou após percorrer mais de 4.000 km para realizar um transplante de medula óssea.
Alena conheceu a personagem de Mauricio de Sousa no Brasil. O diagnóstico de leucemia também foi obtido no país, destino sugerido pelo médico de Georgetown, capital da Guiana, ao ver que o estado de saúde da garota piorava a cada dia.
Os sintomas de Alena começaram em 25 de outubro de 2022. Ela e a mãe, Alice, buscaram ajuda no centro de saúde da comunidade em que a família mora, mas tudo que conseguiram foi um remédio para aliviar a dor no corpo, a febre e a dor de cabeça.
“Depois que ela ficou doente, perdeu tudo. Ela perdeu suas lembranças, não se lembrava nem de seu nome”, narra Alice. “Minha família pensava que ela não sobreviveria, mas a Alena é muito forte.”
Na segunda semana de dor constante, mãe e filha foram para Georgetown e, após três dias na capital, seguiram para Boa Vista, na primeira viagem para fora do país. Em Roraima, a menina parou de andar e de falar. Ela vomitava, continuava sentindo dor e não conseguia mais abrir os olhos. “Era como se não estivesse mais viva”, recorda Alice.
Veio então a causa para tudo aquilo. Alena tinha leucemia mieloide aguda, uma doença difícil de pronunciar e mais ainda de entender quando seu idioma é diferente do usado pela equipe de saúde. Para compreender o que acontecia, Alice tentava aprender português e fazia perguntas –em inglês mesmo– até obter alguma informação que conseguisse interpretar.
“Eu nunca tinha ouvido falar sobre leucemia. Para todo mundo eu perguntava: ‘O que é leucemia? Que tipo de doença é essa?’. Algumas pessoas me diziam que tinha cura e outras que não.”
CEO da Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) e líder do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, a médica Catherine Moura afirma que a falta de informação é a primeira dificuldade no enfrentamento à leucemia. “Embora seja o tipo de câncer mais comum em crianças e adolescentes, ela ainda é desconhecida por grande parte da população e até mesmo na área da saúde.”
“Os tratamentos para a leucemia em crianças e adolescentes apresentam excelentes resultados, incluindo a cura na maior parte dos casos. Muitos deles estão disponíveis no SUS. Mas é preciso que o tema seja falado com mais frequência”, defende.
NECESSIDADE DE TRANSPLANTE
Alena foi encaminhada para o Hospital de Brasília, onde foi levada diretamente para a UTI. Aos poucos, os movimentos foram voltando e a doença foi controlada com quimioterapia, mas ficou claro que ela precisaria de transplante.
“Como vão encontrar esse doador? Quem é essa pessoa? Por quanto tempo ela vai receber esse novo sangue? Vou gastar dinheiro? Tenho que pagar para esse doador?”, diz Alice sobre algumas das perguntas que surgiram com a notícia.
Nem todos os pacientes com leucemia necessitam do transplante de medula óssea. Para a maioria, a quimioterapia é suficiente para combater a doença, explica Cilmara Kuwahara, médica do Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, onde Alena realizou o procedimento.
No caso da menina, os exames mostraram que Alice não poderia ser doadora e a equipe de Brasília buscou então um local que realizasse o transplante entre pessoas sem parentesco.
“A maior parte dos serviços que realizam esse procedimento pelo SUS está localizada na região Sudeste e há alguns na região Sul, então os pacientes acabam tendo de fazer essa peregrinação”, diz Kuwahara.
“Seria importante que mais serviços de saúde pudessem realizar o procedimento no país, para atender a demanda”, pondera Moura. “Mas é preciso lembrar que este é um tratamento que exige muito cuidado e conhecimento técnico, por isso é preciso pensar na segurança global do paciente e também nos conhecimentos técnicos da equipe profissional.”
DESAFIO PARA ENCONTRAR DOADORES
A partir do momento em que a equipe de saúde identifica a necessidade de um doador não aparentado, os dados do paciente e os resultados de seus exames são repassados ao Redome (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea), que busca opções compatíveis no país e no exterior.
No Brasil, esse processo é impactado pela miscigenação. “A população brasileira é geneticamente diversa devido à mistura de diferentes grupos étnicos. Assim, há diferentes perfis genéticos, o que torna mais difícil encontrar um doador compatível fora da família”, diz Moura.
Além disso, apesar de o Redome ter mais de 5,6 milhões de voluntários cadastrados, falta uma maior representatividade de doadores negros, indígenas e asiáticos nesse grupo. “Pacientes caucasianos têm mais facilidade de encontrar doadores compatíveis”, complementa Kuwahara.
As médicas destacam também a necessidade de manter o cadastro de doador atualizado e ter a consciência de que não se escolhe a pessoa para quem a medula será doada.
Alena recebeu a doação no dia 3 de agosto e seguirá em Curitiba até novembro para acompanhar as respostas de seu corpo ao transplante. Depois disso, Alice planeja se estabelecer em Boa Vista com a pequena e com a filha de 15 anos que ficou na Guiana.
Até lá, a mãe espera que Alena retome a alegria que tinha antes da doença e aprenda português com as aulas que frequenta na companhia de sua Mônica.
“Eu quero dizer algo em português agora”, avisa Alice. “Eu quero agradecer as pessoas do Pequeno Príncipe, os doutores, as enfermeiras, as técnicas, todo mundo. Eu quero agradecer também quem doou para a Alena. Eu sei que vai demorar para conhecer essa pessoa, mas um dia eu quero conhecer e dizer: ‘Muito obrigada’. Eu tenho certeza que ela vai ler isso. E ela sabe, seja quem for, que ajudou.”
O presidente Lula (PT) disse, nesta segunda-feira (23), que o salário mínimo precisa aumentar todo ano, acima da inflação.
“Eu acho que a menina tem que aprender uma profissão. Por conta de uma profissão, eu fui o primeiro de oito filhos da minha mãe a ter uma casa própria, a ter um carro, uma televisão. Porque a gente foge do salário mínimo” , disse.
“Por isso, precisamos aumentar o salário mínimo todo ano. É por isso que a gente não pode [ficar] dando apenas a inflação.
A declaração foi feita em participação virtual, em evento de entregas simultâneas do Minha Casa Minha Vida . Esta é a segunda reunião do chefe do Executivo por videoconferência, desde que fez as cirurgias nas consultas e no quadrilátero, em 29 de setembro.
O governo apresentou uma previsão orçamentária com salário mínimo de R$ 1,421 a partir de janeiro de 2024 .
O valor—que é de R$ 1.320 em 2023— subirá 7,65%. Além da inflação deste ano, prevista em 4,48%, o piso salarial terá mais 2,9% de correção, que é a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes, em conformidade com a política de valorização salarial do Executivo.
O salário mínimo é a base de benefícios previdenciários e assistenciais. Seis em cada dez aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) recebem o piso, incluindo quem tem direito à aposentadoria , pensão ou auxílio.
Além disso, o mínimo é o valor do BPC (Benefício de Prestação Continuada) pago a idosos carentes e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade. Ele também integra o cálculo dos atrasos nos JEFs (Juizados Especiais Federais) e o valor das causas no JEC (Juizado Especial Cível).
O valor final do salário mínimo, no entanto, pode sofrer variações até 1º de janeiro de 2024, quando entrará em vigor, se houver mudança na inflação. Isso porque a inflação oficial do país em 2023 só será divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no início de janeiro.
Na semana passada, Lula participou da cerimônia de 20 anos do Bolsa Família, comemorado no Ministério do Desenvolvimento Social.
Na ocasião, disse, pela primeira vez, que o grupo Hamas cometeu atos de terrorismo ao invadir Israel em 7 de outubro e que este, por sua vez, reagiu de “forma insana” ao bombardear de modo contínuo a Faixa de Gaza desde então, levando à morte de milhares de crianças.
A Justiça paulista condenou o banco Crefisa pelo menos dez vezes nos últimos dias por cobrar juros abusivos de pessoas idosas.
Os juros cobrados, de acordo com as decisões, chegam a 987,22%.
O investidor NS, de 70 anos, que diz ganhar menos de cinco períodos mínimos por mês, assinou em 2017 um contrato de empréstimo com a Crefisa de R$ 3.571,72, a ser pago em novas parcelas. A taxa de juros cobrada foi de 22,5% ao mês ou 987,22% ao ano.
O advogado Raphael Freire, que o representa, afirmou à Justiça que “as taxas são absurdamente abusivas”. Segundo ele, o autor do processo aceitou os termos do contrato por não possuir condição social e econômica de analisar friamente as cláusulas, “contraindo os empréstimos sem saber das dificuldades que encontraria para quitá-lo”.
Ao condenar a Crefisa, a juíza Luciene Allemand destacou que as taxas médias no período da contratação, citando índice divulgado pelo Banco Central, eram de 190,55%. “Houve uma clara afronta ao princípio da boa-fé e da função social do contrato”, declarou na decisão em que determinava a limitação da taxa ao índice do Banco Central.
O investidor RA, de 63 anos, fez 24 contratos de empréstimos com a Crefisa entre 2017 e em janeiro de 2023. As taxas variaram de 333,45% a 987,22% ao ano. “A elevada taxa de juros fez com que ele encontrasse dificuldades para quitar os referidos empréstimos, tendo necessidade de ter de renegociá-los, incidindo ainda mais juros sobre os refinanciamentos”, disse à Justiça o advogado Fernando Duarte, que o representa.
A juíza Cláudia Castro afirmou na sentença que, ainda que os empréstimos tenham as suas taxas inseridas com base nos perfis dos consumidores, “observa-se exorbitância inegável nas taxas de juros praticadas em relação” ao ganho.
Outro processo em que a instituição bancária recebeu sentença desfavorável foi aberta pela viúva RS, de 67 anos. Em novembro de 2018, ela emprestou R$ 3.310,46 da Crefisa, valor a ser pago em 12 parcelas de R$ 718,37. A taxa de juros foi de 837,23% ao ano.
O juiz Rodrigo Chammes disse a sentença que a taxa cobrada é astronômica e afronta o Código de Defesa do Consumidor. “Denota uma vantagem exagerada para o agente financiador.”
A coluna teve acesso a outras sete condenações que ocorreram desde o último dia 18.
A Crefisa ainda pode avançar nas decisões.
Nas defesas apresentadas à Justiça, a Crefisa afirma que não houve cobrança abusiva. Disse que os clientes são plenamente capazes e que conheciam previamente todos os valores do contrato. “Decidiram assiná-los por livre e espontânea vontade.”
O banco declarou que os juros cobrados guardam direta relação e proporção com os riscos de inadimplência envolvidos nos contratos de empréstimos celebrados.
Disse ser uma instituição com mais de 50 anos de atuação no mercado e que o seu público-alvo é o cliente de alto risco, geralmente com restrição de acesso a crédito.
“Diferentemente do que ocorre em bancos comuns, aqueles que procuram uma Crefisa são pessoas muitas vezes negativadas, que não conseguem obter empréstimos em outras instituições. A atuação da Crefisa, portanto, está focada em suprir a demanda de uma parcela da população não atendida por instituições tradicionais, democratizando o mercado de crédito e impulsionando a economia, com uma maior circulação de capital e de bens e serviços”, afirmou à Justiça.
“Logo, ao mesmo tempo em que a Crefisa ajuda a fornecer crédito a indivíduos que de outra forma não tenham essa oportunidade, há uma inegável assunção de maiores riscos dê inadimplência nas operações, sendo este o aspecto mais importante que distingue a Crefisa de outros bancos significativa.”
O banco disse ainda que as decisões contrariam o entendimento do Superior Tribunal de Justiça e que a taxa média do mercado, divulgada pelo Banco Central, não pode ser usada como base de comparação para avaliar a suposta abusividade dos seus contratos, pois não reflete a realidade , levando em conta mercados muito diferentes. “É preciso considerar o risco de crédito envolvido”, diz.