Veja quantos pacientes morrem por ano por erros na assistência à saúde

Postado em 16 de setembro de 2023

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que aproximadamente 2,6 milhões de pessoas morrem anualmente em todo o mundo devido a erros evitáveis na assistência à saúde, o que equivale a cinco pacientes a cada minuto.

De acordo com a instituição, quatro em cada dez pacientes sofrem algum tipo de prejuízo durante o atendimento na atenção primária e ambulatorial, com os principais erros relacionados a diagnóstico, prescrição e uso de medicamentos. Além do impacto direto na vida dos pacientes, os erros de medicação, por exemplo, resultam em um custo de mais de 40 bilhões de dólares por ano.

Para a OMS, erros evitáveis que causam danos à saúde do paciente são inaceitáveis. Diante desse cenário, desde 2019 a entidade instituiu o 17 de setembro como o Dia Mundial da Segurança do Paciente, com o objetivo de chamar a atenção global para essa questão. Neste ano, o tema central da campanha é Engajar Pacientes para a Segurança do Paciente, focando na necessidade de cada vez mais as instituições de saúde ouvirem seus pacientes, familiares e cuidadores para que eles sejam participantes ativos dos cuidados.

“Esse slogan da OMS reforça a importância de darmos um nível de representatividade e de escuta para esse paciente muito superior ao que temos tido atualmente na maioria das instituições de saúde. É uma ideia de inclusão do paciente em todo o processo de cuidado, fornecendo um atendimento seguro e de qualidade e garantindo os seus direitos”, disse Victor Grabois, presidente da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobrasp) e coordenador-executivo do Proqualis/Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Mas, afinal, o que é segurança do paciente? De maneira geral, ela é um atributo da qualidade da assistência. É a capacidade de um serviço de saúde, junto com a sua equipe de profissionais, de evitar lesões, danos, feridas ou outros problemas decorrentes do cuidado.

Em outras palavras, é fazer com que esse paciente não adquira alguma condição que ele não tinha quando deu entrada no serviço de saúde. “Não posso entrar em uma instituição de saúde para tratar uma crise de hipertensão arterial, por exemplo, cair da maca e quebrar um braço”, exemplifica Grabois.

A psicóloga Ana Merzel Kernkraut, coordenadora do Programa de Experiência do Paciente do Hospital Israelita Albert Einstein, vai além e ressalta que a segurança do paciente também é extremamente importante para garantir a confiabilidade de uma instituição de saúde. De acordo com ela, na maioria das vezes, os eventos adversos (aqueles não são esperados no cuidado do paciente) são causados por falhas humanas ou de processos internos, que podem ser corrigidos e melhorados.

“Dentro da segurança, teremos danos que quase aconteceram, mas que foram percebidos a tempo de serem barrados; os danos que ocorreram, mas são transitórios; e temos os eventos graves, que causam um dano maior. A gente quer zerar esses eventos que são chamados catastróficos porque eles só acontecem com a participação de um humano”, disse Kernkraut.

Paciente informado funciona como barreira
Abordar a segurança do paciente envolve discutir processos, comunicação eficaz, diagnóstico assertivo e profissionais treinados e capacitados. Simultaneamente, requer um paciente bem-informado, que compreenda seu tratamento e sua condição, pois assim ele atua como uma “barreira” contra possíveis eventos adversos e participa como corresponsável em seu próprio cuidado.

Por exemplo: se um paciente em tratamento de câncer é informado adequadamente de que vai receber durante dez dias uma determinada medicação, em determinada dose, por via endovenosa e, de repente, o profissional de saúde chega para aplicar a medicação por via intramuscular, o paciente perceberá que houve uma mudança, vai questionar e funcionar como uma barreira, evitando a falha no cuidado: “Eu faço essa medicação todos os dias por via endovenosa, por que hoje vou receber intramuscular?”. Assim, o profissional de saúde poderá rever o atendimento para confirmar se realmente houve alguma mudança de conduta.

“Mas, para que isso ocorra, é necessário que aconteça uma mudança cultural, tanto do lado da equipe, que tem que permitir que esse paciente participe e questione as condutas que estão sendo tomadas, quanto do lado do paciente, que tem que se sentir à vontade de perguntar e exigir que algumas coisas aconteçam de acordo com o que é preconizado e com o que ele quer”, explicou Kernkraut.

Um outro exemplo é a higienização das mãos pelo profissional de saúde antes de tocar no paciente – uma conduta simples, amplamente conhecida, que previne infecção em hospitais e pode salvar vidas. Já existem protocolos bem estabelecidos para serem seguidos para que a higienização das mãos aconteça de forma correta, mas nem sempre isso acontece nos estabelecimentos de saúde.

“A própria equipe médica tem muita dificuldade de aderir corretamente à higiene das mãos no momento que é preconizado e acha ruim quando é questionada sobre. Apesar de a higienização das mãos ser algo estabelecido, muitas vezes não faz parte do comportamento do profissional. Se o paciente alerta, ele é visto como o chato. Por isso, é muito difícil estar na posição de paciente nessa hora”, afirmou Kernkraut, frisando a necessidade de existir uma mudança cultural nesse sentido.

Segundo Cláudia Laselva, diretora do Hospital Israelita Albert Einstein, unidade hospitalar Morumbi, para que aconteça essa mudança cultural entre profissionais de saúde, paciente e familiares, é preciso que haja um trabalho intenso das instituições de saúde na criação de mecanismos para educar os seus profissionais sobre o tema. Além disso, Laselva destaca que é preciso ir além e ampliar a educação sobre o tema, incluindo instituições de ensino fundamental e médio, para maior conhecimento sobre o assunto.

Outro tópico importante é o monopólio do conhecimento médico sobre a doença, já que ninguém sabe mais da sua doença do que o próprio paciente. “Muitas vezes ainda temos na formação do profissional de saúde a orientação de que ele é soberano e detentor de todo o conhecimento. E que é apenas ele que determina as condutas a serem seguidas. Precisamos mudar essa cultura de que o conhecimento é algo apenas do profissional de saúde e reforçar a importância de uma escuta ativa e empática, com linguagem adequada”, destaca Laselva, ao acrescentar que somente através da colaboração e revisão de processos é que poderemos avançar no tratamento seguro de pacientes.

Paciente como bom informante
Para escutar a voz do paciente, a equipe de saúde precisa estar disponível para ouvir. E o paciente precisa entender que é muito importante falar sobre o que acontece com ele: se tem alguma alergia, intolerância, alguma cirurgia prévia. “O paciente precisa ser um bom informante porque o médico não tem como saber tudo. Grande parte dos eventos adversos relacionados ao uso de medicação estão associados ao desconhecimento da equipe sobre alergias prévias do paciente”, disse Kernkraut.

Grabois, da Sobrasp, reforça que essa comunicação entre profissional da saúde e paciente é um desafio enorme para as instituições porque envolve a educação do paciente não somente em relação àquela doença que ele tem, mas sobre o processo como um todo.

“A equipe precisa ter a consciência de que existe paciente analfabeto e paciente com pós-doutorado. Então, a forma de comunicar é diferente e o paciente precisa ser informado adequadamente dentro das suas necessidades”.

Tatiane Batista Nascimento Chaves de Faria, chefe do Setor de Gestão da Qualidade do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC/UFMG), concorda e ressalta que é preciso identificar as necessidades de educação em saúde e a capacidade de cada paciente e familiar para aprender e assim ser capaz de tomar decisões e participar de forma ativa da sua assistência.

“Os profissionais de saúde devem incentivar pacientes e familiares a participarem do seu cuidado, falando e fazendo perguntas. Cada paciente é único, com suas capacidades, seus valores e crenças. Cabe às instituições de saúde estabelecer com eles uma comunicação aberta e de confiança para compreender, proteger e favorecer tais aspectos, melhorando assim os resultados do cuidado”, disse Faria do HC/UFMG, que integra a Rede Ebserh, que administra 41 hospitais universitários vinculados a universidades federais com atendimento exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo Cláudia Laselva, para que o paciente seja engajado e um bom informante, as instituições de saúde precisam criar mecanismos e protocolos para que isso aconteça de forma ativa e monitorada. “A educação do paciente é um dos tópicos a serem considerados e existem diversas iniciativas possíveis, sendo as mais relevantes participativas e compartilhadas. As ações precisam ser de parceria do profissional de saúde e o paciente, com as expectativas de resultados revistos e seu tratamento compartilhado.”

Um dos exemplos da participação ativa do paciente, que foi estabelecida como protocolo no Einstein, foi a criação do código Help, que surgiu após discussões conjunta com os conselhos de segurança dos pacientes, que apontou que algumas vezes eles não se sentiam completamente ouvidos pelas equipes durante o seu cuidado.

“A gente sabe que um profissional que está vivendo uma situação de estresse por muitas horas seguidas muitas vezes fica focado demais naquele paciente e pode achar que determinada conduta é a melhor. O código Help é uma forma de dar voz ao paciente, que poderá acionar um profissional que está totalmente fora do seu caso para ouvi-lo na íntegra e repensar toda situação”, explicou Laselva, ao destacar que antes de acessar qualquer outro membro da equipe, esse profissional do código Help deve ouvir o paciente para não ter nenhum pré-julgamento.

“Depois de ouvir o paciente, ele pondera junto com as informações do prontuário e, se julgar necessário, poderá conversar com a equipe e sugerir alguma alteração de conduta.”

Estatuto dos Direitos do Paciente
Grabois ressalta também que se as instituições de saúde querem um paciente engajado no seu próprio cuidado, é preciso falar para ele sobre quais são os seus direitos. “Para tornar o paciente um sujeito ativo, não adianta ter só boa intenção. O paciente ainda é deixado muito de lado, como se ele fosse um objeto do cuidado, quando na verdade ele deveria ser o sujeito”, ressaltou.

Segundo Grabois, um projeto de lei em andamento no Congresso Nacional estabelece o Estatuto dos Direitos do Paciente e elenca os principais itens a serem considerados:

Direito a ser transferido para uma outra unidade em condições adequadas;
Direito de saber tudo o que é feito com ele e que isso seja registrado no seu prontuário de forma clara e objetiva;
Direito a ter suas perguntas respondidas sobre o seu diagnóstico e sobre o prognóstico, como a doença pode evoluir, como é o tratamento;
Direito a receber informações sobre as medicações que está recebendo e qual a forma de aplicação de cada uma delas;
Direito de ser consultado e informado antes de ser submetido a qualquer tipo de procedimento ou cirurgia;
Direito a ser tratado como ser humano e sem qualquer tipo de discriminação, seja ela racial, religiosa, sexual, ou qualquer outra.
“Embora muitas instituições de saúde já respeitem e garantam esses direitos para os seus pacientes, muitas ainda não o fazem. E se isso não está escrito na lei, fazem menos ainda. Do ponto de vista ético, de equidade, de segurança e do atendimento centrado no paciente, esses são direitos a serem observados que não estão ainda consagrados em lei”, destacou.

Principais desafios dos sistemas de saúde
No Brasil, o Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente em 2013 e aprovou protocolos básicos de segurança que incluem os seguintes itens: identificação do paciente, cirurgia segura, prevenção de úlcera por pressão, higiene das mãos em serviços de saúde, prevenção de quedas e segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos.

Existem muitos protocolos, mas grande parte das instituições ou não os adotam ou os adotam parcialmente. “Ainda existem muitos casos de instituições que não colocam os protocolos em prática, não medem os seus indicadores, não acompanham a adesão dos profissionais aos protocolos, não têm infraestrutura adequada para fornecer o cuidado seguro, têm menos profissionais do que deveriam ter, entre inúmeros outros problemas”, enumera Grabois.

Laselva diz que a falta de recursos como tempo, orçamento, materiais, equipe, podem impactar na segurança do paciente, mas reforça que além de estruturas e processos, é preciso trabalhar na atitude e na educação dos profissionais, seja no serviço público ou no privado, para que eles não se coloquem na posição de soberanos, mas de ouvinte dos pacientes.

“Esse é o ponto principal”, diz a diretora, ressaltando que cada instituição deve criar os seus protocolos dentro da sua realidade. “É preciso desmitificar a ideia de que não dá para ter segurança no hospital público. É claro que dá. Eu só tenho que adaptar os meus processos e protocolos à realidade local. O foco é engajar o paciente e colocá-lo no centro da assistência”, finalizou.

Fonte: Agência Einstein

Uber diz que não pagará multa de R$ 1 bi e nem contratará motoristas até esgotar recursos

Postado em 16 de setembro de 2023

A Uber afirmou que não vai adotar nenhuma das medidas elencadas na sentença proferida pelo juiz do Trabalho Maurício Pereira Simões, da 4ª Vara do Trabalho de São Paulo, antes que todos os recursos cabíveis sejam esgotados.

Dentre as decisões, a empresa terá que contratar todos os motoristas cadastrados na plataforma, além de pagar multa de R$ 1 bilhão por danos morais coletivos.

Em nota, a empresa alegou que há uma evidente insegurança jurídica na decisão, uma vez que a ação envolve apenas a Uber, não considerando o Ifood, 99, Loggi e Lalamove, por exemplo.

“A decisão representa um entendimento isolado e contrário à jurisprudência que vem sendo estabelecida pela segunda instância do próprio Tribunal Regional de São Paulo em julgamentos realizados desde 2017, além de outros Tribunais Regionais e o Tribunal Superior do Trabalho“, disse.

O juiz também estabeleceu uma multa diária de R$ 10 mil para cada motorista do aplicativo sem registro. A decisão deverá ser cumprida em seis meses, a partir do trânsito em julgado e da intimação para início de prazo.

Uma vez intimada, a empresa deverá relacionar todos os motoristas com cadastro ativo na plataforma. Depois, deverá comprovar a regularização dos contratos de trabalho de 1/6 deles a cada mês, até o término do prazo.

Os valores da multa por danos morais coletivos devem ser destinados ao Fundo de Amparo ao Trabalhador em 50%. A outra metade deverá ir para associações de motoristas de aplicativos que tenham registro em cartório e constituição social regular, em cotas iguais.

Em relação a todas essas decisões, a Uber informou tem convicção de que a sentença não considerou adequadamente o conjunto de provas produzido no processo e que se baseou “em posições doutrinárias já superadas, inclusive pelo Supremo Tribunal Federal.”

A empresa destaca que na sentença, o magistrado menciona não haver legislação no país que regulamenta o novo modelo de trabalho intermediado por aplicativos.

O app pontua ainda que governo federal chegou a editar o Decreto Nº 11.513, que institui um Grupo de Trabalho “com a finalidade de elaborar proposta de regulamentação das atividades executadas por intermédio de plataformas tecnológicas”, incluindo definições sobre a natureza jurídica da atividade e critérios mínimos de ganhos financeiros.

“O STJ (Superior Tribunal de Justiça), desde 2019, vem decidindo que os motoristas não mantêm relação hierárquica com a empresa porque seus serviços são prestados de forma eventual, sem horários pré-estabelecidos, e não recebem salário fixo, o que descaracteriza o vínculo empregatício”, conclui a plataforma.

CNN

Lula sanciona lei de reajuste salarial de 9% para servidores federais

Postado em 16 de setembro de 2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, nesta sexta-feira (15/9), a legislação que estabelece o reajuste salarial de 9% para todos os servidores federais do Poder Executivo, autarquias e fundações, incluindo pensionistas e pensionistas. O texto é resultado da aprovação do projeto de transformação da medida provisória pelo Congresso Nacional. Os novos valores entraram em vigor em 1º de maio de 2023 e, na folha de pagamento de junho, os servidores já receberam os salários corrigidos.

Esse reajuste salarial ocorreu como parte de um acordo entre o governo e as associações trabalhistas por meio da Mesa Permanente de Negociação, que foi reativada durante a gestão do presidente Lula. Ainda como parte do acordo, houve um aumento nos benefícios do auxílio-alimentação para essa categoria de servidores — aumentando de R$ 458 para R$ 658 mensais, 43%.

A MP 1.170/2023 concedeu reajuste linear para todos os servidores e empregados públicos civis do Executivo federal, incluindo aposentados e pensionistas.

O reajuste dos valores resultou de acordo entre o governo e mais de 100 entidades representativas dos servidores na chamada mesa de negociação permanente, que estava suspensa desde 2016 e foi retomada no atual governo.

A medida, que já havia sido aprovada no Senado há algumas semanas, seguiu para a sanção do presidente Lula na forma de um projeto de lei de conversão (PLV), pois houve inclusões ao texto original enviado pelo Executivo.

Correio Braziliense

Ministério Público denuncia Jean Wyllys por homofobia contra Eduardo Leite

Postado em 16 de setembro de 2023

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Porto Alegre, denunciou nesta quinta-feira o ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) pelo crime de injúria contra o governador Eduardo Leite (PSDB) .

Em julho deste ano, o governador afirmou ter sofrido homofobia por parte de Wyllys após os dois terem discutido na rede social “X” (antigo Twitter), e acionou o Ministério Público. Na ocasião, após o gaúcho ter decidido manter as escolas cívico-militares, na contramão do governo federal, Wyllys disse que Leite Sofria de “homofobia internalizada”, em referência à sua orientação sexual.

No documento assinado pela promotora de Justiça Claudia Lenz Rosa, o Ministério Público afirma que, com esta atitude, o petista injuriou o governador “ofendendo-lhe a dignidade e o decoro, na razão de sua orientação sexual”.

“Na ocasião, sob o pretexto de criticar um anúncio feito pela vítima, na condição de Governador do Estado do Rio Grande do Sul, de que iria manter o modelo estadual de escolas cívico-militares, o denunciado usou a mencionada rede social para fazer uma postagem à orientação sexual da vítima (…) Ao dirigir sua crítica a atributos pessoais da vítima, relacionados à sua orientação sexual, quando poderia limitar-se a crítica do fato, objeto da inconformidade, o denunciado extrapolou a liberdade de expressão e atingida deliberadamente e com animus injuriandi (intenção de injuriar), a honra subjetiva da vítima” , diz a promotora.

Neste contexto, o Ministério Público pede garantias dos danos causados ​​ao Leite e exige a fixação do valor mínimo. O montante do pagamento seria implementado durante o processo, caso a denúncia seja aceita pela Justiça.

O GLOBO tenta contato com Jean Wyllys, e a reportagem será atualizada em caso de retorno.

Por que Jean Wyllys e Eduardo Leite discutiram no Twitter?

Em julho deste ano, Wyllys escreveu nas redes sociais:

— Que governadores héteros de direita e extrema direita fizeram isso já era esperado. Mas de um gay? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformizados; se for branco e rico então.

Na ocasião, Leite desconto:

— Manifestação deprimente e cheia de preconceitos em incontáveis… e que em nada contribui para construir uma sociedade com mais respeito e tolerância. @jeanwyllys_real, eu lamento a sua ignorância.

Ao acionar o MP, o governador afirmou que tomou uma atitude de representar em outras graças em que sofreram “ataques homofóbicos” e citou os casos que ocorreram com o ex-deputado Roberto Jefferson e o ex-presidente Jair Bolsonaro.

— Jean Wyllys dispara também ataca uma decisão que eu tomei como Governador. Ele pode não concordar, ter outra visão, mas tentar associar essa decisão à minha orientação sexual e até às preferências sexuais. Por isso, entrei com uma representação contra ele, por um ato de preconceito, de discriminação, de homofobia — afirmou o governador.

O GLOBO

Medindo a pressão em casa? Veja o que fazer ou evitar para obter uma leitura precisa

Postado em 16 de setembro de 2023

Você costuma medir sua pressão em casa? Adultos saudáveis ​​devem realizar esse exame simples ao menos uma vez por ano, no médico ou em casa. Já os 38 milhões de brasileiros que sofrem de hipertensão devem tirar a pressão frequentemente. De qualquer forma, se você medir sua pressão sozinho, certifique-se de seguir estas etapas para obter uma leitura precisa:

Escolhendo o aparelho certo
Adquira um monitor que tenha sido validado, o que significa que o aparelho está devidamente calibrado. Os especialistas recomendam evitar dispositivos que sejam usados ​​na ponta do dedo ou no pulso, porque eles não são tão precisos quanto ao braço. O aparelho também deve ter as especificações adequadas ao tamanho do seu braço, ou que deve ser verificado no momento da compra.

Esvazie sua bexiga
Uma bexiga cheia pode iniciar e reduzir o fluxo sanguíneo para os enxágues. Como a resposta natural do corpo a isso é aumentar a pressão arterial para garantir que os enxágues recebam sangue suficiente, o resultado da medição pode acabar sendo alterado.

Espere pelo menos 30 minutos depois de fumar, fazer exercícios ou consumir cafeína ou álcool
Os exercícios, a cafeína e a nicotina aumentam a frequência cardíaca e contraem os vasos sanguíneos, o que pode aumentar a pressão arterial e a influência do resultado do exame. Já o álcool dilata os vasos, o que tende a reduzir a pressão.

Mantenha a postura correta
A sua postura pode afetar a precisão da leitura. Cruzar as pernas, principalmente na altura do joelho, aumenta temporariamente a pressão arterial. Se seus pés ou braços não forem apoiados, seus músculos irão contrair, um pequeno detalhe que também tende a aumentar a pressão. Apoiar o braço abaixo ou acima da altura do coração também pode comprometer o resultado do exame.

Por isso, o ideal é sentar-se em uma cadeira, apoiando as costas e mantendo as pernas relaxadas, com os pés encostados no chão. O braço sobre o qual será realizada a medição deve estar encostado em uma superfície firme e lisa (idealmente, uma mesa) na altura do coração. A palma da mão deve estar virada para cima para relaxar os músculos do braço.

Espere alguns minutos antes de fazer uma leitura
Sente-se em silêncio durante cerca de cinco minutos, sem distrações como a televisão e o telefone, por exemplo. O ideal é medir a pressão enquanto você se sente relaxado e distraído, porque mesmo um pequeno estresse ou tensão pode aumentar sua pressão e afetar o resultado do exame.

Não inscreva a segurança sobre a roupa
Embora não haja consenso entre os médicos sobre isso, alguns especialistas acreditam que enrolar a segurança sobre a roupa ou puxar a manga para cima pode apertar o braço e comprometer o resultado do exame. A recomendação é que a segurança seja posicionada a cerca de 2,5 centímetros acima da dobra do cotovelo e na volta do braço nu.

Faça a medição antes de tomar remédio para pressão
Se você toma remédio para pressão alta, o certo é realizar o exame antes de tomar a medicação, que influencia no resultado.

Repita o processo
A pressão arterial flutua ao longo do dia, então apenas uma leitura isolada não fornece informações precisas. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) recomenda um mínimo de sete precisão no período de 72 horas.

O GLOBO

Cientistas descobrem como os neurônios morrem no Alzheimer: ‘Emocionante!’, diz pesquisadora

Postado em 16 de setembro de 2023

Pesquisadores do Reino Unido e da Bélgica acreditam que um dos maiores mistérios da ciência foi finalmente explicado. A equipe, que publicou suas descobertas na revista científica Science, mostrou de que maneira as células cerebrais morrem na doença de Alzheimer, processo chamado de necroptose .

O acúmulo de duas proteínas chamadas amiloide e tau entre os neurônios causa uma inflamação cerebral. Em consequência, estas células, que transmitem os impulsos do sistema nervoso no cérebro, prejudicam uma mudança química interna.

Após a formação das placas com essas proteínas, os neurônios originais a produzir uma molécula a MEG3. As evidências mostram que ela pode ser a principal causadora de necroptose , um tipo de morte celular que elimina células não desejadas à medida que outras, mais novas, são produzidas.

Os cientistas, provindos do Instituto de Investigação de Demência do Reino Unido, da University College London e da KU Leuven, na Bélgica, demonstraram que as células cerebrais se mantiveram vivas a partir do bloqueio da molécula MEG3 . A morte celular está ligada à perda de memória, um dos sintomas mais devastadores do Alzheimer.

Os experimentos foram realizados a partir de células humanas transplantadas para cérebros de camundongos. Os roedores foram geneticamente modificados para produzir grandes quantidades de proteína amiloide. Segundo os cientistas, os resultados encontrados fornecem fortes evidências de que como se dá o processo, que até então foi explicado a partir de especulações e hipóteses.

Recentemente, medicamentos para eliminação da proteína do cérebro foram um marco entre os primeiros tratamentos especializados em retardar a destruição das células cerebrais. A equipe celebra as novas possibilidades que se abrem a partir dessa descoberta.

— A descoberta é emocionante, mas ainda está em um estágio inicial. É importante porque aponta para novos mecanismos de morte celular na doença de Alzheimer que não entendíamos anteriormente e podemos abrir caminho para novos tratamentos para retardar ou mesmo parar a progressão da doença no futuro — analisa Susan Kohlhaas, pesquisadora da Alzheimer’s Research UK, na Inglaterra, em entrevista à BBC.

O GLOBO

Estudo aponta que enchentes no Rio Grande do Sul poderiam ter sido previstas

Postado em 16 de setembro de 2023

Um estudo realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul aponta que os temporais da semana passada poderiam ter sido previstos com antecedência.

O pesquisador do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRS Joel Goldenfum afirma que o potencial de desastre do Vale do Taquari já era conhecido. “O Vale do Taquari está acostumado, de Muçum para baixo, a ter inundações. Mas são inundações que são mais lentas, onde o fluxo maior fica no leito do canal. Só que agora o rio principal corria com força”, disse.

Até o momento, autoridades gaúchas contabilizam 102 municípios afetados pelas fortes chuvas e enchentes. No total, são 47 mortes, 9 desaparecidos e 22.492 desabrigados e desalojados.

Em nota, a Defesa Civil gaúcha disse que o estado conta com um sistema eficaz de monitoramento e alertas para casos de eventos climáticos extremos.

BAND

Área ocupada por garimpo ilegal em território yanomami diminui em quase 80%, diz Defesa

Postado em 16 de setembro de 2023

A área ocupada pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY) reduziu em 78,51% neste ano, informou a assessoria de comunicação do Ministério da Defesa nesta sexta-feira, creditando a saída dos garimpeiros à força-tarefa colocada em campo pelo governo federal após a crise humanitária envolvendo os indígenas da região.

Dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), do Ministério da Defesa, apontam que a área ocupada por garimpeiros nos primeiros nove meses deste ano é de 214 hectares. No mesmo período do ano passado, a área chegava a 999 hectares.

“A redução de quase 80% na área atingida mostra que a presença de garimpeiros é, atualmente, residual (se mantém em pequenas áreas na região), apresentando, nos últimos cinco meses, variação média de 4 hectares. As maiores concentrações observadas no início do ano foram desmobilizadas”, disse a Defesa, em nota.

Ainda segundo a pasta, a atuação da força-tarefa — que envolve diversos órgãos do governo federal — também já produziu efeitos sobre os rios da região.

Os rios Uraricoera e Mucajaí teriam recuperado suas cores naturais, de acordo com o ministério, devido à ausência do mercúrio, metal utilizado pelos garimpeiros responsável pelo tom amarelo dos rios.

A Defesa informou ainda que até o momento já foram detidos 146 garimpeiros em ações coordenadas com órgãos de segurança pública. Também foram apreendidos 40 toneladas de cassiterita, 1.675 gramas de ouro e 808 equipamentos.

A operação de desintrusão da área do povo yanomami entrou em campo no início do ano, quando veio à tona uma crise humanitária envolvendo os indígenas. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou emergência de saúde para os yanomami e colocou em prática uma força-tarefa envolvendo militares, policiais, órgãos de proteção do meio ambiente e dos povos indígenas para retirar os invasores.

Cerca de 20 mil garimpeiros ocupavam a maior reserva indígena do Brasil, onde o garimpo figura como um problema antigo na região onde vivem os yanomami. Quando a reserva foi demarcada e reconhecida pelo governo em 1992, em Roraima, autoridades montaram uma operação para expulsar milhares de garimpeiros.

Eles voltaram à área, no entanto, em números expressivos sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que defendia a mineração em terras indígenas e cuja gestão fechou os olhos para invasões de reservas por garimpeiros e madeireiros ilegais.

TERRA

CNJ votará proposta que garante mais mulheres em tribunais

Postado em 16 de setembro de 2023

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai votar, na próxima terça-feira (19/9), a proposta que prevê maior participação feminina nos tribunais federais, estaduais e do trabalho.

A expectativa do grupo que acompanhou as discussões internas no CNJ para ampliar o número de mulheres nas Cortes do Brasil é de que a conselheira Salise Sanchotene proponha resolução que obrigue alternância entre mulheres e homens nas promoções de juiz para o cargo de desembargador, pelos critérios de merecimento e antiguidade.

A juíza de direito do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJMS) Mariana Rezende Ferreira Yoshida disse à coluna Grande Angular que a primeira mulher a ingressar em um tribunal do país foi Auri Moura Costa, em 1939, no Ceará. O segundo caso ocorreu somente em 15 anos depois, em Santa Catarina. Mas, até hoje, o Judiciário brasileiro é desigual na questão de gênero.

“O que a ação afirmativa pretende é corrigir a desigualdade gritante. As mulheres são apenas 25% dos membros dos tribunais. É uma desigualdade muito grande e que não tem perspectiva de melhora”, disse a juíza, que fez mestrado com o tema: Discriminação Por Motivo de Gênero e Barreiras no Acesso ao Segundo Grau de Jurisdição no Brasil por Magistrados de Carreira.

Uma carta assinada por juízas e juízes integrantes do Movimento Nacional pela Paridade no Poder Judiciário destaca que “resta evidente que o órgão institucional destinado a interpretar e aplicar a lei, bem como a garantir direitos da população, precisa ter sua composição plural e diversa, coaduna com a formação multifacetada da sociedade brasileira”.

A juíza do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) Marcela Lobo disse à coluna que, segundo o Diagnóstico de Participação Feminina na magistratura, publicado em 2023, os tribunais de Rondônia e do Amapá não têm mulheres em 2ª instância. Os tribunais do Pernambuco e do Piauí têm 5% ou menos de desembargadoras.

“O cenário demonstra, assim, a imprescindibilidade de adoção de ações afirmativas que sejam coerentes com os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil para a superação das discriminações de gênero”, afirmou.

A juíza do TJMA disse que as medidas sugeridas pela Conselheira Salise Sanchotene, relatora da minuta de resolução que trata de paridade no acesso aos tribunais, “não exorbitam a atuação do Conselho Nacional de Justiça e está alinhada a decisões já exaradas pelo Supremo Tribunal Federal que reconhecem a necessidade de ações positivas, a exemplo da própria Lei Maria da Penha, Lei 11.340/2006.”

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) pediu à presidente do CNJ, ministra Rosa Weber, que retire a proposta da pauta do conselho. Segundo a nota técnica, a proposta tem vício de inconstitucionalidade e sugere “significativa alteração dos critérios de promoção por antiguidade e por merecimento”.

O documento ainda diz que, no TJSP, “não há e nunca houve discriminação de gênero”. “Promove-se o mais antigo, seja homem, seja mulher”. Na Corte, porém, apenas 10% dos ocupantes do cargo mais alto da carreira de magistrado são mulheres.

Segundo o relatório Justiça em Números, de 2023, enquanto 40% dos juízes do país são mulheres, apenas 25% dos desembargadores são do sexo feminino. Em relação às ministras, a representatividade é ainda menor: 18%.

Metropoles

Toffoli vai reforçar que não anule a delação da Odebrecht, só experimente

Postado em 16 de setembro de 2023

O ministro do Supremo Tribunal Federal ( STF ) Dias Toffoli vai manter o entendimento de que as provas obtidas no acordo de leniência da Odebrecht são imprestáveis ​​e nulas. Toffoli pretende deixar claro nos autos, porém, que o acordo não foi anulado. Ao menos por enquanto, está de pé.

Os desdobramentos e a abrangência da decisão do ministro provocaram dúvidas sobre o envolvimento até acordos firmados em outros países. É por isso que, nos próximos dias, o ministro deverá reforçar nos autos que o eventual arquivamento de inquéritos ou ações judiciais em curso, caso seja constatada a contaminação das provas, deverá ser decidido pelos juízes de cada processo.

De qualquer forma, o despacho de Toffoli abre brecha para que todos esses acordos sejam revistos. A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) questionou a decisão de Toffoli, sob o argumento de que ele extrapolou os limites legais.

Sistemas
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Supremo e o Ministério da Justiça investigam agora acusados ​​de que o conteúdo dos sistemas eletrônicos Drousys e My Web Day B – usados ​​pela Odebrecht para operar um esquema de propina – foi adulterado pela Lava Jato para direcionar delações contra seus alvos. Os dois sistemas integraram a Suíça e incluem planilhas de pagamentos a políticos e partidos.

No dia 6, Toffoli classificou a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva , em 2018, como “armação”. No seu diagnóstico, “até poder-se-ia chamar de um dos maiores erros judiciários da história do País”, mas “foi muito pior”.

Em entrevista ao Estadão , o procurador Ubiratan Cazetta, presidente da ANPR, acusou Toffoli de ter ignorado provas que já estavam no processo. Na decisão que proferiu, o ministro sustentou que o Ministério da Justiça não localizou os documentos relativos à cooperação internacional que legalizaram o uso dos documentos da Odebrecht guardados no exterior. Após o despacho de Toffoli, o ministério invejou ofício ao STF admitindo ter localizado os documentos.

Cazetta sustenta, no entanto, que esses documentos já estavam disponíveis para consulta nos autos no próprio tribunal e Toffoli os ignorou. O procurador diz que as provas dos sistemas Drousys e MyWebDay poderiam ser usadas mesmo sem o envio das autoridades suíças porque foram entregues meses antes pela própria Odebrecht, por meio de seu acordo de leniência.

Em conversas reservadas, Toffoli tem dito que não pretende mudar sua decisão pelo fato dos documentos de colaboração internacional terem sido localizados. Ao contrário, só aumentam ainda mais as suspeitas de que as provas foram “esquentadas” posteriormente pela Lava Jato.

Cooperação
Na prática, o acordo de leniência do Ministério Público Federal com a Odebrecht foi celebrado em dezembro de 2016, mas os sistemas eletrônicos contendo as planilhas de propina só chegaram ao Brasil dez meses depois, em outubro de 2017. E, ainda assim, em ” sacola de supermercado”, sustenta o ministro do STF.

No Supremo, a avaliação é a de que houve troca irregular de informações da Lava Jato com outros países. Além disso, existem suspeitas de que os sistemas eletrônicos desligados pela Odebrecht no exterior não saíram da Suíça, mas, sim, da Suécia.

As provas são consideradas imprestáveis, entre outros motivos, porque desrespeitaram a chamada “cadeia de custódia”, não tendo garantia de que não foram adulteradas. O Estadão apurou, porém, que os ministros do STF não veem o envolvimento da Odebrecht na possível desfiguração das provas.

Há cinco anos, antes do então juiz da Lava Jato Sérgio Moro tomar posse no Ministério da Justiça, sob Bolsonaro, o conteúdo das planilhas da propina foi apagado dos sistemas Drousys e My Web Day B. Em 2021, o STF considerou Moro parcial na condução do processo contra Lula, referente ao triplex do Guarujá. Hoje, o ex-juiz é senador pelo União Brasil.

Toffoli deu prazo de dez dias para que a 13.ª Vara Federal de Curitiba encaminhe a íntegra do acordo de leniência com a Odebrecht, incluindo anexos e documentos recebidos no Brasil e no exterior. A empreiteira também poderá se manifestar.

UOL

Homem é preso por vender cocaína no estacionamento do STF

Postado em 16 de setembro de 2023

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, nesta sexta-feira (15), um eletricista que prestava serviços para o Supremo Tribunal Federal (STF) e vendia cocaína no estacionamento do prédio da Corte, em Brasília.

Segundo a PCDF, o homem, de 36 anos, foi preso em casa, em Águas Lindas de Goiás, cidade do entorno do Distrito Federal que fica a 55 km da sede do Poder Judiciário. Na residência dele, os policiais também apreenderam diversas porções de cocaína.

O eletricista passou a ser investigado em julho deste ano, após a polícia do DF receber informações de que ele vendia drogas nos estacionamentos do STF, do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Câmara dos Deputados. Os entorpecentes eram guardados e comercializados em um veículo Peugeot, de cor branca.

Tráfico era feito no horário de almoço ao lado do STF
Segundo o delegado José Ataliba Neto, da 5ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal, responsável pelo caso, o homem está encarcerado nas dependências da PCDF e deve passar por audiência de custódia neste sábado (16).

O eletricista é réu primário e será autuado por tráfico de drogas, com pena de até 15 anos de prisão.

De acordo com o delegado, a equipe policial monitorou a rotina do traficante por duas semanas. Ele chegava no trabalho no STF pela manhã e ficava dentro do carro no horário de almoço.

Os usuários iam até o automóvel dele para comprar as drogas. Em alguns momentos, o homem circulava com o veículo para o estacionamento de outros prédios públicos.

A Polícia Civil do DF vai investigar se o eletricista do STF agia sozinho ou se fazia parte de um grupo de traficantes. Segundo o delegado da 5ª DP, o sigilo telemático do prestador de serviços foi quebrado e as conversas em aplicativos de mensagem serão investigadas.

“Pelo modus operandi, ele atuava de forma isolada. Mas ainda vamos ver pelas suas conversas no celular se ele era algum ‘aviãozinho’ ou se tinha a participação de outras pessoas nessas vendas”, disse o delegado.

A polícia não divulgou o nome do eletricista.

CNN

Aninha e Zé juntos ?

Postado em 15 de setembro de 2023

Uma foto que está circulando nas redes sociais dessa sexta feira (15/09) está chamando bastante atenção no mundo político currais-novense.
O Vereador de oposição Daniel Bezerra, o ex prefeito Zé Lins e a atual Vice Prefeita Ana Albuquerque, posam juntos na cerimônia de entrega do prêmio Seridó do jornalista Gerson Luis.
O que mais chamou atenção de todos na solenidade, foi que , com a ausência do prefeito Odon, Ana não foi chamada para entregar a premiação oferecida ao secretário Lucas Galvão como representante da prefeitura e sim o chefe de gabinete Rodolfo Lucena .
O que se comenta no mundo político é o afastamento do prefeito com sua vice e uma futura união de Ana com Zé Lins.
Cada dia fica mais visível essa separação entre os atuais mandatários do executivo (O portal já havia citado isso)
Odon perde muito se isso acontecer , aguardaremos as cenas dos próximos capítulos.

Mauro Cid diz à PF que entregou dinheiro das joias a Bolsonaro ‘em mãos’

Postado em 15 de setembro de 2023

Há muito Brasília não vive um clima de suspense parecido com o que se viu nos últimos dias — mais precisamente desde sábado, 9, quando o tenente-coronel Mauro Cid foi libertado após negociar um acordo de colaboração premiada. Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, ele foi braço direito do ex-presidente durante os quatro anos de mandato. Nada — ou quase nada — acontecia no terceiro andar do Palácio do Planalto sem o conhecimento do militar, que acompanhava reuniões, viagens, atendia as ligações do presidente, agendava encontros e cuidava das contas pessoais da família. Com essa miríade de atribuições confidenciais, Cid viu, ouviu e participou das mais situações íntimas. O coronel estava preso preventivamente há quatro meses. Dias antes de ser solto, ele prestou depoimentos à Polícia Federal e confessou sua participação em dois casos investigados pelo Supremo Tribunal Federal — a falsificação de cartões de vacinação e a tentativa de vender joias, relógios, canetas e outros presentes recebidos por Bolsonaro durante o governo.

No primeiro caso, o dos cartões de vacina, Cid assumiu a responsabilidade por tentar fraudar os registros do Ministério da Saúdeao emitir documentos que atestavam que ele, a mulher e as filhas receberam os imunizantes contra a Covid-19. Segundo o militar, o objetivo seria apenas o de ter em mãos uma espécie de salvo-conduto para ser usado caso a família fosse alvo de perseguições eventuais depois de terminar o governo. Cid temia que a esposa e as filhas poderiam sofrer algum tipo de retaliação futura por não terem sido vacinadas. “Eu estava com medo de perseguição, a gente não sabia o que ia acontecer. Estava com medo de a minha filha não poder ir para a escola, a minha esposa não poder entrar no mercado”, explicou, contrariando uma das linhas de investigação da polícia, que viu na iniciativa do coronel uma forma de driblar a fiscalização sanitária em viagens ao exterior depois de deixar o governo.

No segundo caso, o da venda de joias, a confissão do coronel embute revelações que comprometem e certamente vão agravar a situação jurídica de Jair Bolsonaro. Cid admitiu ter participado da venda de dois relógios de luxo recebidos pelo mandatário — um Patek Philippe e um Rolex. E, no ponto mais sensível do depoimento, confirmou ter repassado o dinheiro obtido no negócio ao ex-presidente. Foi para a Polícia Federalquem descobriu a investigação, realizada na surdina nos Estados Unidos, para onde Bolsonaro deixou no fim do ano passado acompanhado do ajudante de ordens e levando na bagagem dois kits de joias. Ao ser confrontado com a informação, o ex-presidente disse que desconhecia o negócio e não havia recebido nenhum dinheiro proveniente da venda dos presentes. O depoimento de Cid desmonta essa versão. “O presidente estava preocupado com a vida financeira. Ele já havia sido condenado a pagar várias multas”, contou. A ideia de vender as peças, portanto, surgiu de uma necessidade de levantar recursos para bancar suas despesas.

Na última segunda-feira, já em liberdade e usando tornozeleira eletrônica, Cid visitou um colega. Os boatos sobre o conteúdo de sua colaboração, mantido em sigilo, ganharam dimensão, especialmente em relação à venda de joias. Ele então explicou que, apesar de tudo, não houve intenção de nenhum deles em fazer nada errado. Antes de terminar o governo, o presidente pediu ao coronel que avaliasse alguns presentes — itens, segundo ele, classificados como “personalíssimos”, ou seja, faziam parte do acervo pessoal do presidente e, por essa razão, puderam ser comercializados. “A venda pode ter sido imoral? Pode. Mas a gente perguntou que não era ilegal”, contou o ex-ajudante de ordens. A polícia já havia rastreado praticamente tudo sobre a transação, mas ainda faltavam peças importantes para completar o quebra-cabeça. O relógio Patek Philippe, por exemplo, nem chegou a ser registrado no setor responsável pela coleta de presentes — ou seja, oficialmente, o presente nunca existiu para o Estado brasileiro. Para o pesquisador, Bolsonaro criou uma estrutura para desviar bens públicos de alto valor para fins de enriquecimento ilícito. Faltava, porém, uma informação fundamental para fechar a investigação: a prova de que o ex-presidente recebeu o dinheiro proveniente do negócio. Cid esclareceu o caso. Segundo ele, o dinheiro da venda dos relógios foi depositado na conta do pai dele, o general Mauro Lourena Cid, sacado em espécie e repassado em mãos a Bolsonaro — “Em mãos. Para ele”. A entrega dos valores— 68 000 dólares, segundo os Federais — se deu de maneira parcelada, parte do pagamento ainda em solo americano.

Apesar da característica, Cid tem de cumprir algumas exigências impostas pelo ministro Alexandre de Moraes . Além da tornozeleira, é obrigado a permanecer em casa durante a noite e nos fins de semana e comparecer semanalmente à Justiça de Brasília. Ele não pode deixar o país ou se comunicar com os outros investigados nos processos, como o próprio presidente Bolsonaro ou seus advogados. Não há, porém, restrições para ele conversar com amigos e familiares. O coronel tem se dedicado a tentar retomar a rotina, visitar pessoas próximas e ficar com a esposa e a filha de 6 anos. Nessas conversas, ele faz questão de contar sua versão dos fatos, deixando claro que “cumpria ordens” e sempre ressaltando a admiração que ainda cultiva pelo antigo chefe.

O ex-ajudante de ordens também precisou explicar sobre um roteiro de teor golpista encontrado em seu celular que discorda sobre a anulação das eleições do ano passado, que se soma a uma intervenção no Supremo Tribunal Federal (STF) e à convocação de um novo pleito. Cid afirmou que, pelas funções que exercia, seu telefone canalizava mensagens incontáveis ​​sobre diversos assuntos, e mais de uma pessoa lhe encaminhava planos mirabolantes com conotação golpista — mas garante que não passou de um choro livre e que não deu transitamento ao material. “Eu recebia um monte de besteira nesse sentido, de gente que defendia a intervenção, mas não repassava para o presidente. Qual o valor desse texto encontrado no meu celular?”, disse.

A blindagem é contínua à trinca de generais que compôs a alta escalada do governo Bolsonaro. Tidos pela PF como incitadores de um movimento golpista, os ex-ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Walter Braga Netto (Casa Civil) foram poupados por Cid em suas tratativas. Por essa versão, não há nada que macule os ex-auxiliares. “Nunca vi o general Braga Netto levando nada ao presidente, nenhuma proposta. O general Ramos desapareceu naquele período. Ó general Helenoestava mais preocupado com a saúde do presidente do que com os manifestantes”, afirmou ele. Nos últimos dias, o pai do ex-ajudante de ordens se comprometeu pessoalmente em disparar telefones para negar as notícias divulgadas de que o filho teria incluído os generais em seu cardápio de colaboração.

O avanço das investigações sobre Cid chacoalha o meio militar desde o início do ano. Em janeiro, o então comandante do Exército, Júlio Cesar de Arruda, acabou demitido pelo presidente Lula após negar a revogação da promoção do tenente-coronel ao comando de um batalhão em Goiânia e impor resistência a uma operação da PF contra Cid, que à a época morava em uma área da vila militar em Brasília reservada para generais e seus assessores. Agora, a nova cúpula da Força, comandada pelo general Tomás Paiva, tenta virar a página. Por determinação de Moraes, Cid foi afastado de suas funções no Exército e não tem prazo para que a medida seja revista — entre o Alto-Comando, é tido como certo que ele será punido, podendo até ser expulso, ao fim das investigações.

Ciente de que seu futuro dentro das Forças Armadas pode estar com os dias contados, o ex-ajudante de ordens tenta preservar os seus subordinados e, principalmente, a prestígio do pai dentro do Exército. O general Cid, que chefiou o Comando Militar do Sudeste e chegou a atuar, como substituto, no Comando da Força, é (até aqui) um militar respeitado e de trajetória exemplar durante os mais de quarenta anos de farda. Quando o filho foi preso, ele mudou do Rio de Janeiro para Brasília. Desde então, travou uma batalha para contestar a legalidade da prisão, considerada como política, e para reforçar a tese de que Mauro Cid estava apenas cumprindo suas funções militares ao lado de Bolsonaro. Em busca de apoio jurídico, o general também narrou detalhes do drama do filho a pelo menos três advogados diferentes. Quem esteve por perto do ajudante de ordens na prisão e obteve algumas de suas confidências contadas que caiu em prantos quando o pai e seus subordinados foram envolvidos nas investigações. “A gente é leal ao superior, mas protegido o subordinado”, desabafou logo depois de deixar a cadeia. Alguns entenderam essa declaração como um recado.

VEJA

Marília Mendonça lidera ranking das 50 músicas mais tocadas no Brasil no primeiro semestre de 2023

Postado em 15 de setembro de 2023

A entidade que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil, a Pro-Música, especifica um ranking com as 50 músicas mais ouvidas nas plataformas de streaming no Brasil, no primeiro semestre de 2023. O gênero sertanejo despontou na liderança no período, com 8 entre as 10 mais tocadas. A liderança ficou com Marília Mendonça e o hit Leão, que abre o EP póstumo da artista “Decretos Reais”, seguido por Nosso Quadro, interpretado por AgroPlay & Ana Castela. A faixa Bombonzinho de Israel & Rodolffo e Ana Castela completa o pódio na 3ª posição.

O levantamento soma as plataformas Spotify, Youtube, Deezer, Apple Music, Amazon Music e Napster, com dados compilados pela BMAT, entidade referência global que indexa os dados de uso e propriedade de música globalmente em TVs, rádios, plataformas digitais e outros.

No levantamento, chama a atenção também o fato de haver apenas uma música de artista estrangeiro entre as 50 mais ouvidas: Flowers, de Miley Cirus, na 26ª posição. O relatório engloba o período entre 30 de dezembro de 2022 e 29 de junho de 2023.

Confira as 20 músicas mais tocadas no Brasil no primeiro semestre de 2023:

Leão – Marília Mendonça
Nosso Quadro – AgroPlay & Ana Castela
Bombonzinho (Ao Vivo) – Israel & Rodolffo, Ana Castela
Erro Gostoso (Ao Vivo) – Simone Mendes
Eu Gosto Assim (Ao Vivo) – Gustavo Mioto & Mari Fernandez
Coração de Gelo – Wiu
Zona De Perigo – Léo Santana
Oi Balde (Ao Vivo) – Zé Neto & Cristiano
Traumatizei (Ao Vivo) – Henrique & Juliano
A Culpa É Nossa (Ao Vivo) – Maiara & Maraisa
Seu Brilho Sumiu (Ao Vivo) – Israel & Rodolffo, Mari Fernandez
Não Vitalício (Nunca Mais) (Ao Vivo) – Matheus & Kauan, Mari Fernandez
Roça Em Mim – Zé Felipe, Ana Castela e Luan Pereir
Duas Três – Guilherme & Benuto, Ana Castela & Adriano Rhod
Love Gostosinho (Ao Vivo) – Felipe Amorim & Nattan
Haja Colírio (Feat. Hugo & Guilherme) (Ao Vivo) – Guilherme & Benuto
Pactos (Ao Vivo) – Matheus & Kauan, Jorge & Mateus
Saudade Da Minha Vida (Ao Vivo) – Gusttavo Lima
Palhaça (Ao Vivo) – Naiara Azevedo & Ana Castela
Felina – Wiu & Mc Ryan SP

O GLOBO

Em experimento de sucesso, rim de porco funciona perfeitamente em corpo humano por 2 meses

Postado em 15 de setembro de 2023

Por dois meses, um rim de porco funcionou perfeitamente no corpo de um homem de 57 anos, vítima de câncer que teve morte cerebral detectada. É o caso mais longo documentado de um rim de porco geneticamente modificado funcionando em um corpo humano. O procedimento que envolve o transplante de um órgão animal para um humano é conhecido como xenotransplante.

Em 14 de julho de 2023, o médico Robert Montgomery — professor e presidente do Departamento de Cirurgia e diretor do NYU Langone Transplant Institute — realizou o transplante de um rim de porco geneticamente modificado para o corpo de Maurice Miller, que foi doado pela família para o experimento. Na quarta, 13 de setembro de 2023, o órgão foi retirado.

“Aprendemos muito ao longo destes últimos dois meses de observação e análise atenta, e há grandes motivos para ter esperança no futuro”, disse o Montgomery, em comunicado. “Nada disso teria sido possível sem o apoio incrível que recebemos da família do nosso falecido beneficiário. Graças a eles, conseguimos obter uma visão crítica sobre o xenotransplante como uma solução esperançosa para a escassez nacional de órgãos.”

O estudo foi concluído após atingir a data de término pré-determinada. O homem, que estava em ventilação mecânica, teve os aparelhos desligados e seu corpo foi devolvido à família, conforme sua vontade.

Segundo comunicado da NYU Langone Health, o experimento é o quinto xenotransplante realizado pelo Transplant Institute. Em 25 de setembro de 2021, Montgomery realizou o primeiro transplante de rim de porco geneticamente modificado em um ser humano no mundo. Um segundo procedimento semelhante ocorreu em 22 de novembro de 2021. Cirurgiões da NYU Langone fizeram, ainda, dois transplantes de coração de porco geneticamente modificados em 2022.

O rim usado neste procedimento foi obtido do que é conhecido como porco GalSafe, um animal desenvolvido pela Revivicor Inc., uma subsidiária da United Therapeutics Corporation. Em dezembro de 2020, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA — órgão regulador americano — aprovou o porco GalSafe como uma fonte potencial terapêutica humana, bem como uma fonte de alimento para pessoas com síndrome alfa-gal, uma alergia à carne causada por uma picada de carrapato.

Ao “eliminar” o único gene que codifica a biomolécula conhecida como alfa-gal — que foi identificada como responsável por uma rápida rejeição de órgãos de porcos pelos humanos, mediada por anticorpos — a rejeição imediata foi evitada em todos os cinco xenotransplantes na NYU Langone. Além disso, a glândula timo do porco, responsável pela educação do sistema imunológico, foi fundida com o rim do porco para evitar novas respostas imunológicas posteriores.

Embora os transplantes anteriores de órgãos de porcos geneticamente modificados tenham incorporado até 10 modificações genéticas, este último estudo mostra que um rim de porco com um único gene modificado pode ter um desempenho ideal após dois meses.

Novas descobertas e próximas etapas
O tecido coletado durante o estudo apresentou algumas novas alterações celulares que os cirurgiões não haviam observado anteriormente, indicando um processo de rejeição leve que exigia intensificação da medicação de imunossupressão para revertê-lo completamente.

A equipa de investigação irá agora analisar os dados recolhidos nos últimos dois meses e realizar testes adicionais para determinar alterações celulares e moleculares que possam informar os médicos sobre como gerir estes órgãos em estudos futuros. O objetivo é que, em breve, o experimento possa ser feito em seres humanos vivos.

“Para criar um suprimento sustentável e ilimitado de órgãos, precisamos saber como gerenciar órgãos de porcos transplantados para humanos”, explica Montgomery. “Testá-los em um falecido nos permite otimizar o regime de imunossupressão e a escolha das edições genéticas sem colocar em risco um paciente vivo.”

Montgomery espera publicar resultados mais detalhados nos próximos meses, ao mesmo tempo em que prossegue estudos adicionais de xenotransplante em falecidos para tornar futuros ensaios clínicos mais seguros.

Folha PE