O PT passou a tratar com mais seriedade a possibilidade de enfrentar uma situação pra lá de delicada, após o presidente Lula afirmar que pode não disputar a reeleição em 2026. Como mostrou a coluna, o partido acendeu um alerta depois de o mandatário sofrer um acidente no fim do ano passado, uma vez que ele é tratado como o “plano A, B e C” da legenda, como afirmou o secretário de comunicação do Partido dos Trabalhadores, Jilmar Tatto.
O PT passou a tratar com mais seriedade a possibilidade de enfrentar uma situação pra lá de delicada, após o presidente Lula afirmar que pode não disputar a reeleição em 2026. Como mostrou a coluna, o partido acendeu um alerta depois de o mandatário sofrer um acidente no fim do ano passado, uma vez que ele é tratado como o “plano A, B e C” da legenda, como afirmou o secretário de comunicação do Partido dos Trabalhadores, Jilmar Tatto.
A possibilidade de o maior líder da esquerda brasileira não participar do próximo pleito era tratada como nula por dirigentes do PT. Uma eventual ausência de Lula preocupa petistas, sobretudo, pela falta de alternativas. Antes da recente declaração de Lula, Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSol) disseram não cogitar concorrer ao Planalto, uma vez que haveria consenso em torno da reeleição do presidente. Apontado como um nome promissor da esquerda, João Campos (PSB) não tem idade para concorrer à Presidência.
Alvo de campanhas da oposição, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), diz que não pretende concorrer; Prefeito do Recife, João Campos (PSB) não tem idade para concorrer ao Planalto;
O deputado Guilherme Boulos (PSol) também não tem no horizonte concorrer à Presidência em 2026; Presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann é vista como ideológica, o que dificultaria uma aliança ampla; Prefeito do Rio de Janeiro e antigo aliado de Lula, Eduardo Paes (PSD) não deve trocar a disputa pelo Palácio Guanabara, na qual é favorito, para se arriscar numa eleição nacional.
Uma ala do Palácio do Planalto, contudo, vê uma estratégia por trás do aviso de Lula, que levantou a hipótese de não se candidatar durante a reunião na última segunda-feira (20/1). Para auxiliares, o presidente quis dar uma “chacoalhada” em sua equipe, para que a gestão caminhe com “as próprias pernas”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou Vladimir Putin em um apelo pelo fim da guerra entre Rússia e Ucrânia. Em declaração nesta quarta-feira (22), o líder norte-americano disse que vai aplicar impostos, tarifas e sanções contra produtos russos caso um acordo não seja firmado.
Fim da guerra
Em uma publicação na rede social Truth, Trump disse não ter a intenção de “machucar” a Rússia ou seu povo. Ele, no entanto, classificou a guerra com a Ucrânia como “ridícula” e disse que o fim do conflito pode acontecer de uma forma tranquila, ou um “jeito difícil”, por meio de sanções econômicas contra o país liderado por Putin.
“Dito isso, farei um grande FAVOR à Rússia, cuja economia está falhando, e ao presidente Putin”, escreveu Trump. “Acertem agora e PAREM com essa guerra ridícula! SÓ VAI PIORAR. Se não fizermos um “acordo”, e logo, não terei outra escolha a não ser colocar altos níveis de impostos, tarifas e sanções em qualquer coisa vendida pela Rússia aos Estados Unidos e vários outros países participantes. Vamos acabar com essa guerra, que nunca teria começado se eu fosse presidente! Podemos fazer isso do jeito fácil ou do jeito difícil – e o jeito fácil é sempre melhor. É hora de “FAZER UM ACORDO”. NÃO HAVERÁ MAIS PERDAS DE VIDAS!!!”.
Até o momento, o governo da Rússia ainda não se pronunciou sobre a pressão de Trump. Contudo, Putin voltou a falar em diálogo com os EUA sobre o conflito, ao parabenizar o novo presidente norte-americano no dia de sua posse.
O PL do Rio Grande do Norte promoveu, nesta quarta-feira (22), um grande ato político na praia de Búzios, em Nísia Floresta, na Grande Natal. Na oportunidade, o senador Rogério Marinho, presidente estadual da legenda e líder da oposição no Senado Federal, defendeu a união da direita potiguar nas eleições de 2026 e disse que o partido apresentará um projeto para recuperar o Estado. A estimativa é que mais de 600 pessoas participaram do ato.
“O RN está cansado, o povo está desesperançado, as pessoas desalentadas. Quando nos comparamos com estados vizinhos, as pessoas acreditam que o RN perdeu o bonde da história, mas é possível de se retomar. Nós podemos mudar o nosso destino”, disse Rogério Marinho durante pronunciamento.
Segundo o parlamentar, o grupo político deve realizar uma avaliação ao fim deste ano para definir, em conjunto, a chapa de 2026. Até lá, revelou, “o PL vai percorrer o Estado” para identificar problemas, apresentar soluções e discutir com a população um plano de governo para recolocar o RN em uma trilha de desenvolvimento. “O apelo que faço é que fiquemos juntos”, completou.
No discurso, o senador também voltou a sair em defesa enfática do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Há uma verdadeira tentativa de se suprimir, de se evitar, de se retirar da vida pública um homem sério, decente e honrado que transformou esse Brasil”, disse.
A união do grupo político também dominou os demais discursos políticos do dia. O ex-prefeito Álvaro Dias disse aos presentes no encontro do PL que “precisam permanecer unidos pelo futuro do RN”. O ex-gestor destacou que o público do evento tem o sonho de ver o estado avançando e se desenvolvendo. “O que há muito tempo não é possível porque o RN está sendo comandado por um partido que cultiva o atraso no RN e no Brasil”, afirmou.
Já o prefeito Paulinho Freire reafirmou seu compromisso com o grupo formado durante a sua eleição em 2024, para a prefeitura de Natal. “O que vocês estão vendo aqui é o que vai acontecer em 2026. Este grupo estará unido em prol do RN. Rogério é, hoje, uma grande liderança do PL e do Brasil, e você terá na minha pessoa e no União Brasil a retribuição do que fez pela nossa candidatura. Nós temos que mudar o rumo do nosso Estado”, disse..
Ao todo, mais de 80 prefeitos de todos os partidos e de várias regiões do Estado estiveram presentes no encontro. O evento ainda reuniu dezenas de ex-prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais.
Na madrugada desta quinta-feira (23), o centro de Currais Novos foi palco de um episódio de vandalismo que mobilizou as forças de segurança. Uma mulher, em estado de surto, quebrou vidraças de lojas e danificou os vidros de dois veículos que estavam estacionados na área comercial da cidade.
A Polícia Militar foi acionada por populares para conter a situação. Ao chegar ao local, os agentes de segurança encontraram a mulher bastante agitada e em meio a uma crise descontrolada. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também foi chamado para prestar suporte médico.
Após ser contida pela PM e receber atendimento inicial do SAMU, a mulher foi encaminhada ao hospital para avaliação médica, ainda apresentando grande agitação. Após os devidos procedimentos hospitalares, ela será apresentada à Delegacia de Polícia Civil para esclarecimentos e possível responsabilização pelos danos causados.
Iniciando a manhã em reunião com o Tenente Coronel Moacir e discutindo ações de segurança para nossa cidade. Foi assegurado que o centro da cidade terá um ponto base de segurança com efetivo policial para dar mais agilidade nas ocorrências e, assim, mais segurança pra nossa população.
Os ataques de animais peçonhentos representam um desafio de saúde pública no Brasil, com mais de 100 mil registros anuais e cerca de 200 mortes relacionadas, de acordo com o Ministério da Saúde. Durante este verão, com idas a casas de praia fechadas e espaços próximos a vegetações, é preciso redobrar a atenção no cuidado diante da reprodução de escorpiões, aranhas e outros animais. Em 2023, o estado registrou 7.662 casos, sendo os escorpiões responsáveis por quase 60% das notificações, segundo dados da Sesap.
Para o tenente Henrique, oficial de operações do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN), a prevenção é essencial e começa pela manutenção de áreas limpas, tanto em zonas urbanas quanto rurais. “A principal recomendação é evitar o acúmulo de lixo e vegetação densa, pois esses locais são ambientes propícios para a proliferação de animais peçonhentos. Em áreas urbanas, é importante fechar ralos, pias e frestas de janelas, além de verificar calçados e roupas antes de usá-los”, alerta o tenente.
Os dados da Sesap, disponibilizados no Boletim Epidemiológico dos Acidentes por Animais Peçonhentos nº 03, mostram que a maior parte dos ataques no estado ocorre em áreas urbanas, que concentraram 73,1% das notificações em 2023. A predominância de escorpiões e aranhas nesse ambiente reforça a necessidade de ações preventivas em residências. Já nas zonas rurais, que correspondem a 26,3% dos registros, o risco está associado ao contato com a vegetação.
No RN, o período de maior risco coincide com a estação chuvosa, entre junho e setembro, quando escorpiões e aranhas entram em fase reprodutiva. “Essa é a época em que vemos um aumento nos chamados relacionados a esses animais”, afirma o tenente.
Apesar de muitos casos apresentarem apenas sintomas leves, como dor, vermelhidão e inchaço, o tenente Henrique reforça a importância de procurar atendimento médico. “É fundamental lavar o local da picada com água e sabão neutro e evitar remédios caseiros, como café, manteiga ou outros produtos indicados por crenças populares. Esses métodos não são eficazes e podem agravar a situação”, ressalta.
Em situações de emergência, como reações anafiláticas ou perda de consciência, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado pelo número 193. Nos casos de busca por atendimento médico independente de acionamento, o tenente do Corpo de Bombeiros Militar do RN explica que é importante levar o animal que causou o incidente.
Em tramitação há quase uma década no Congresso Nacional, aguarda deliberação no plenário do Senado Federal, projeto de lei para incluir entre os equipamentos obrigatórios dos veículos extintor de incêndio com carga de pó ABC. A proposta não está pacificada, vez que o senador Styvenson Valentim (PODE-RN), como relator da matéria na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa já havia se manifestado por sua rejeição. “Além da falta de evidência técnicas em favor do uso dos extintores veiculares, a medida encontra problemas econômicos e de mercado”, dizia o relatório aprovado em maio de 2019.
Styvenson Valentim informava que o que se extraiu do processo administrativo para fundamentar a decisão do Conselho Nacional de Trânsito (Conatran) em 2015, “seriam necessários entre três e 11 anos para que os produtores de extintores ABC se adequassem à demanda, além de onerar os usuários”, envolvendo uma frota de 36 milhões veículos, exceto picapes, furgões, caminhões e motos, que não são alcançados pela medida.
O projeto de lei começou na Câmara dos Deputados em 2017. O autor, deputado Moses Rodrigues (União-CE), justificava que tornar o facultativo o uso de extintores de incêndio deixa nos automóveis deixa os ocupantes vulneráveis em caso de incêndio. Antes, em 2004, sobreveio resolução do Contran, determinando que todos os veículos novos fabricados no Brasil, a partir de 1º de janeiro de 2025, seriam equipados com extintor de incêndio com carga pó ABC.
Os prazos para implantação dos extintores foram postergados até 2015, mas em setembro daquele ano, o Contran tornou facultativo o extintor de incêndio para automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine fechada.
Para fundamentar seu parecer pela rejeição da matéria, Valentim alertava que em nota, a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (ABEA) informava à época da revogação da obrigatoriedade do uso do extintor, que em 200, de 2 milhões de sinistros cobertos por seguradores no país, 800 foram incêndios, mas s[o em 24 casos os extintores foram utilizados, ou seja, em 3% dos incêndios.
Para ilustrar, citou que nos Estados Unidos, “onde as estatísticas são mais confiáveis, os incêndios representam 0,1% do total de sinistros”. Segundo o relatório de Valentim, ainda que no Brasil “os números não sejam devidamente consolidados, as evidências apontam a ocorrência de incêndios veiculares é um sinistro, estatisticamente, de baixa frequência”.
Já em novembro do ano passado, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) posicionou-se favoravelmente à matéria na Comissão de Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC), entendendo que a presença de extintores “pode ser determinante para coibir sinistros graves”. Para Braga, esses equipamentos “são de fácil operação e eficientes para combater princípios de incêndios”.
Segundo Braga, no país é comum o processe de recall, com 17% dos veículos do recall de automóveis ocorrendo por falhas que, potencialmente, provocam incêndios: “Apenas 2% dos incêndios de veículos começam em tanques, indicando que carros elétricos, mesmo que se tornem a frota majoritária no Brasil, podem pegar fogo”.
O extintor pó ABC
A carga de pó ABC é um extintor de incêndio que contém fosfato mono-amônico, sendo eficaz contra incêndios das classes A, B e C. Os extintores de pó ABC são adequados para uso em instalações residenciais, industriais e automotivas. A validade da carga de um extintor ABC pode variar de 1 a 5 anos, dependendo do fabricante.
O Brasil registrou um aumento alarmante de 66,8% nos casos de intolerância religiosa em 2024, de acordo com dados do Disque 100, divulgados pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). Foram registradas 2.472 denúncias no ano passado, um crescimento de quase mil casos em relação a 2023. Religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé, foram as mais atingidas pela intolerância religiosa. Mulheres foram as principais vítimas, representando 57% das denúncias. Os estados com maior número de casos foram São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul.
O aumento das denúncias evidencia a necessidade de intensificar a luta contra a intolerância religiosa no país. A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, reforçou a importância da laicidade do Estado e a necessidade de garantir a liberdade religiosa para todos os cidadãos.
Para denunciar casos de intolerância religiosa, a população pode utilizar o Disque 100, que funciona 24 horas por dia, além de outros canais como WhatsApp, Telegram e videochamada por Libras.
O açúcar adicionado aos alimentos pode ser o “vilão” quando se trata da relação entre câncer no estômago e alimentação não saudável, enquanto o sal aumenta o risco de tumores para pessoas com hábitos considerados saudáveis. É o que mostra pesquisa realizada no Brasil e publicada na revista científica BMC Medicine.
O estudo considerou como padrão alimentar não saudável (PANS) aquele que inclui alto consumo de carnes processadas, bebidas gaseificadas ricas em açúcares e fast-food. Por outro lado, o padrão saudável (PAS) foi caracterizado pela alta ingestão de vegetais, frutas e baixo nível de sódio.
Os cientistas concluíram que o PANS está associado a um aumento na chance de câncer gástrico, sendo que os açúcares adicionados aos alimentos – introduzidos durante o processamento para adoçar – contribuem de 7% a 21% nessa relação. Já o consumo de sódio é o principal fator mediador na associação do padrão saudável e o risco de adenocarcinoma gástrico. Para ácidos graxos saturados e fibra não foram encontrados efeitos mediadores.
Utilizando uma abordagem inovadora, o trabalho analisou dados de uma grande amostra com indivíduos de quatro capitais de diferentes regiões brasileiras. Envolveu 1.751 participantes, entre pacientes e controle, de São Paulo, Goiânia (GO), Fortaleza (CE) e Belém (PA), sendo esta última a que tem as maiores taxas da doença.
O adenocarcinoma gástrico é um tumor maligno que se desenvolve na camada mais interna (mucosa) do estômago, respondendo por mais de 90% dos casos desse tipo. O câncer no estômago é o sexto mais comum no Brasil, com estimativa de 21 mil novos registros no triênio 2023-2025, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Tem ainda um alto risco de óbito – 75% dos pacientes morrem em até cinco anos.
Na pesquisa (multicêntrica de caso-controle), os padrões de consumo foram identificados por meio de análise fatorial exploratória (técnica estatística que identifica padrões e relações subjacentes a um conjunto de variáveis), usando para cada região do país um questionário adaptado de frequência alimentar, com 130 itens. Para decompor os efeitos diretos e indiretos desses padrões no risco de câncer gástrico, os pesquisadores fizeram uma análise de mediação.
A abordagem convencional na literatura científica que trata da relação entre dieta e câncer tem focado em alimentos ou nutrientes individualmente, desconsiderando uma perspectiva mais ampla de padrões alimentares, como foi adotado nesse estudo.
“Cada região e cultura do Brasil tem um comportamento. Os hábitos alimentares dos moradores de Belém não são os mesmos do que os de Goiânia ou de São Paulo, mas podem levar à mesma doença. Resolvemos fazer o caso-controle, ou seja, para cada paciente buscamos um outro indivíduo sem doença na mesma região. Introduzimos também um grupo que fez endoscopia e não tinha câncer. Isso foi demorado, mas obtivemos um importante resultado que contribui para elucidar os mecanismos envolvidos no câncer gástrico sob uma perspectiva epidemiológica, com implicações para a saúde pública”, diz à Agência FAPESP a oncologista Maria Paula Curado, chefe do Grupo de Epidemiologia e Estatística em Câncer do Centro Internacional de Pesquisa do A.C. Camargo Cancer Center.
Autora correspondente e orientadora do primeiro autor do artigo – o doutorando em oncologia e nutricionista Alex Richard Costa Silva –, Curado teve apoio da FAPESP por meio do Projeto Temático Epidemiologia e genômica de adenocarcinomas gástricos no Brasil. Além disso, a pesquisa contou com a colaboração internacional do pesquisador Gianfranco Alicandro, professor da Universidade de Milão (Itália).
“Este estudo faz parte da minha tese de doutorado e apresenta novas perspectivas sobre a relação entre alimentação e adenocarcinoma gástrico. Ressaltamos que o papel dos açúcares adicionados ainda é pouco explorado na literatura sobre alimentação e câncer gástrico, o que traz novos insights para futuras pesquisas”,
Relação
O sódio é um fator de risco que influencia diretamente a carcinogênese. A ingestão excessiva tem efeitos prejudiciais na mucosa gástrica, resultando em inflamação e interações com a colonização por Helicobacter pylori, bactéria comumente encontrada no estômago, mas que pode provocar gastrite, por exemplo. O aumento da ingestão de sódio pode induzir gastrite atrófica e metaplasia, complicações decorrentes da irritação crônica da mucosa gástrica, levando ao câncer.
Pesquisa alimentar nacional realizada recentemente estimou que cerca de 60% da população adulta brasileira excede os limites recomendados de sódio, principalmente por meio do consumo de pão branco, torrada, feijão, arroz e carne bovina. Produtos rotulados como “integrais”, entre eles cereais matinais, pães e biscoitos, também podem conter alto teor de sódio.
“Falta informação à população sobre os alimentos. Não é fazer terrorismo, mas sim popularizar o tema, explicando mais sobre dietas, ensinando agentes de saúde, falando disso em postos de atendimento. É preciso criar uma filosofia de educar, informar e respeitar a cultura de cada região. Não adianta dizer a uma pessoa que come churrasco todos os dias que ela não poderá mais consumi-lo porque vai morrer de câncer. Não é assim. Precisa informar dos riscos. O que estamos querendo fazer é prevenção, diagnóstico precoce e ensinar alimentação saudável de forma prática e adaptada à realidade”, completa Curado, que desde 2020 é reconhecida na lista dos “2% melhores cientistas do mundo”, realizada pela Universidade Stanford/Elsevier.
No estudo, os pesquisadores destacam que o Brasil implementou em 2022 uma nova legislação de rotulagem de alimentos para melhorar a compreensão das informações nutricionais com o objetivo de auxiliar os consumidores a fazer escolhas conscientes.
De acordo com as regras de rotulagem, é obrigatória a veiculação do símbolo de lupa com indicação de um ou mais nutrientes quando os produtos apresentarem, por exemplo, 600 miligramas (mg) ou mais de sódio por 100 gramas de alimento sólido ou 15 gramas ou mais de açúcar adicionado por 100 gramas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a ingestão de sódio seja inferior a 2 gramas por dia, o equivalente a 5 colheres pequenas (café) rasas de sal. Os brasileiros consomem quase o dobro da recomendação diária de sódio.
Em relação ao açúcar adicionado, o consumo máximo deve ser equivalente a 10% das calorias diárias. Isso significa que, em uma dieta de 2 mil calorias, por exemplo, esse percentual representa 50 gramas de açúcar por dia ou até dez colheres de chá. Uma embalagem de 350 ml de refrigerante tem, em média, 38 gramas de açúcar adicionado.
Os cientistas sugerem na pesquisa a implementação de iniciativas e estratégias adicionais para opções alimentares mais saudáveis, visando reduzir a ingestão de sódio e de açúcares adicionados para evitar câncer gástrico.
A Azul informou, nesta terça-feira (21), a suspensão dos voos ligando o Aeroporto de Natal, em São Gonçalo do Amarante, ao Aeroporto de Fernando de Noronha, a partir do dia 8 de março.
Segundo a companhia, a decisão é parte de um “processo normal de ajuste de capacidade à demanda”. Com a modificação, todos os voos entre a ilha pernambucana e o continente serão operados somente a partir de Recife (PE).
De acordo com a empresa, os clientes impactados com a decisão receberão toda a assistência necessária, incluindo a reacomodação em outros voos.
Confira a nota da Azul
“Azul informa que, como parte de um processo normal de ajuste de capacidade à demanda, a partir de 03 de março, os voos para Fernando de Noronha (PE) serão operados somente a partir de Recife.
Importante ressaltar que os Clientes impactados serão reacomodados e receberão a assistência necessária, conforme prevê a resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).”
A área devastada por queimadas no Brasil aumentou 79% em 2024 em comparação a 2023, segundo dados do Monitor do Fogo, do MapBiomas. No total, foram consumidos pelo fogo 30.867.676 hectares — uma extensão maior que todo o território da Itália.
Do total de terras queimadas no ano passado, 73% eram de vegetação nativa, incluindo 25% em formações florestais. As áreas de pastagens representaram 21,9% da área incendiada. O número é o maior registrado desde 2019, quando o Monitor do Fogo iniciou a série histórica.
“O ano de 2024 destacou-se como um período atípico e alarmante do fogo no Brasil, com um aumento expressivo na área queimada em quase todos os biomas, afetando especialmente as áreas florestais, que normalmente não são tão atingidas”, afirmou Ane Alencar, diretora de Ciências do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e coordenadora do MapBiomas Fogo.
A Amazônia foi o bioma mais afetado, com 17,9 milhões de hectares queimados, seguida pelo Cerrado (9,7 milhões), Pantanal (1,9 milhão), Mata Atlântica (1 milhão), Caatinga (330 mil) e Pampa (3.400).
“O fogo na Amazônia não é um fenômeno natural e não faz parte de sua dinâmica ecológica; é um elemento introduzido por ações humanas”, destacou Felipe Martenexen, integrante do MapBiomas Fogo.
O Pará liderou entre os estados mais atingidos, com 7,3 milhões de hectares queimados (24% do total nacional). O estado será sede da COP30 em 2025. Na sequência, vêm Mato Grosso, com 6,8 milhões de hectares, e Tocantins, com 2,7 milhões.
Os dados reforçam a urgência de medidas para combater as queimadas, que comprometem biomas inteiros e intensificam os impactos ambientais e climáticos no Brasil.
Currais Novos está vivendo o 5º Estágio da Gestão de Crises, evento crucial para garantir uma resposta eficaz e segura em caso de ataques do novo cangaço. Forças de Segurança do Rio Grande do Norte estão na cidade para o evento, que conta com instrutores capacitados para o treinamento.
Nesta quinta feira, 23, o plano terá um evento mais complexo, onde figurantes se passaram por bandidos em invasão a empresas e instituições financeiras, além de ataque ao aeroporto da cidade. Lembrando que toda a ação é coordenada pela polícia, que tem à frente o major Flávio Valdez, de Caicó.
DOMÍNIO DAS CIDADES
Domínio de cidades é um crime organizado que consiste em controlar uma cidade ou parte dela por um período de tempo. Os criminosos bloqueiam entradas e saídas, sequestram autoridades, assaltam bancos e interditam delegacias.
O domínio de cidades é considerado uma evolução do novo cangaço. As forças de segurança federais e estaduais consideram esse crime uma modalidade negativa do novo cangaço.
O domínio de cidades é um crime hediondo, o que significa que os condenados não podem ser beneficiados com anistia e indulto.
Algumas características do domínio de cidades são:
Bloqueio de rodovias, estradas e vias
Uso de veículos potentes e blindados
Uso de armas portáteis de cano longo e calibre restrito
Uso de artefatos explosivos
Obstrução das forças de segurança pública
Uso de armas de uso das forças de segurança pública
Em março de 2024, o Senado aprovou um projeto que tipifica o crime de domínio de cidades.
Vinte e dois dias após o sorteio da Mega da Virada 2024, um dos ganhadores do Distrito Federal ainda não buscou seu prêmio. O bolão premiado, com 30 cotas, garantiu R$ 2.647.859,02 para cada participante. No entanto, enquanto 29 apostadores já resgataram o valor, um sortudo ainda não apareceu.
Além desse bolão, outro feito na capital, com três cotas, premiou cada integrante com R$ 26.478.590,22. Nesse caso, todos os ganhadores já sacaram o dinheiro.
A Caixa Econômica Federal, responsável pelo sorteio, lembra que os prêmios devem ser retirados em até 90 dias após o sorteio, que ocorreu em 31 de dezembro. Caso o valor não seja reivindicado dentro do prazo, ele será destinado ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
A recomendação é que o ganhador verifique seu bilhete o quanto antes, já que o prazo para resgate é limitado e valores não reclamados não podem ser recuperados posteriormente.
A Polícia Militar de Currais Novos informou que, até o momento, nenhum suspeito foi preso pelo homicídio que vitimou Ibanilson Dário. O crime aconteceu por volta das 11h58 desta terça-feira (21), no bairro Dr. José Bezerra, próximo ao Parque de Vaquejada Silvio Bezerra de Melo.
De acordo com as primeiras informações, uma pedra foi encontrada ao lado do corpo da vítima, e a polícia acredita que ela tenha sido utilizada no ato brutal. O local foi isolado para os trabalhos da perícia técnica, que deve esclarecer detalhes sobre a dinâmica do crime.
A Polícia Civil já iniciou as investigações e busca identificar os responsáveis por esse homicídio. Testemunhas estão sendo ouvidas, e a população é incentivada a colaborar com qualquer informação que possa levar ao esclarecimento do caso, utilizando os canais de denúncia anônima.
A Advocacia-Geral da União (AGU) realiza nesta quarta-feira (22) uma audiência pública para discutir novas diretrizes de moderação de conteúdo nas redes sociais.
A iniciativa ocorre semanas após a Meta, que administra redes sociais como Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciar mudanças nas políticas das plataformas.
De acordo com a AGU, 41 pessoas foram convidadas para a audiência, incluindo representantes de plataformas digitais, especialistas, agências de checagem de fatos, acadêmicos e organizações da sociedade civil.
A ideia é discutir os impactos das mudanças no enfrentamento à desinformação nas plataformas e a proteção aos direitos previstos na Constituição. Entre os convidados, estão representantes de plataformas como X, TikTok, Meta, LinkedIn, Kwai e Discord.
Além disso, foram convidados representantes de agências de checagem, institutos ligados à ciência e tecnologia e associações de defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+.
O ministro-chefe da AGU, Jorge Messias, vai presidir a audiência ao lado de representantes dos ministérios da Justiça e Segurança Pública (MJSP), dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) e da Fazenda, além de integrantes da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).
TikTok notificado Nessa segunda-feira (20), a AGU notificou extrajudicialmente o TikTok para que a plataforma removesse, em até 24 horas, a publicação que continha um vídeo falso atribuído ao ministro Fernando Haddad.
As imagens foram manipuladas por meio de inteligência artificial e simulam o ministro falando sobre uma suposta taxação do sistema de transferências bancárias instantâneas, o Pix.
A AGU argumentou que a publicação tinha teor enganoso e fraudulento, além de violar o direito constitucional à informação e contrariar os termos de uso do TikTok. Segundo o órgão, após a notificação, o vídeo saiu do ar ainda na manhã de terça-feira (21).
Anúncio da Meta No último dia 13 de janeiro, a Meta respondeu a um pedido da AGU por explicações sobre os efeitos do encerramento do programa de checagem de fatos da companhia nas redes sociais.
Segundo a companhia dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, o encerramento valerá, neste momento, apenas para as plataformas nos Estados Unidos. De acordo com a empresa, a iniciativa será testada e aprimorada antes da expansão para outros países.
A empresa afirmou estar comprometida em respeitar os direitos humanos e seus princípios de igualdade, segurança, dignidade, privacidade e voz. Segundo o documento, as mudanças recentemente anunciadas buscam “o equilíbrio ideal entre a liberdade de expressão e a segurança”.
A empresa também confirmou a implementação e adoção, no Brasil, da nova Política de Conduta de ódio.
Em nota, a AGU afirmou que os aspectos da resposta da Meta sobre o encerramento do programa de checagem de fatos causam “grave preocupação”.
Em nota, o órgão cita a confirmação da alteração e adoção, no Brasil, da Política de Conduta de Ódio, que “pode representar terreno fértil para violação da legislação e de preceitos constitucionais que protegem direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”.