Na véspera do julgamento do TSE que pode torná-lo inelegível, Jair Bolsonaro e seus aliados mais próximos demonstraram pessimismo quanto à posição do ministro Nunes Marques no caso.

Indicado pelo ex-presidente ao STF, Nunes Marques será um dos sete magistrados do TSE que decidirão se Bolsonaro deve ficar inelegível por convocar reunião com embaixadores para atacar as urnas eletrônicas.

Os outros seis serão os ministros do STF Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia; os ministros do STJ Benedito Gonçalves e Raul Araújo; além de André Ramos Tavares e Floriano Marques, oriundos da advocacia.

Pedido de vista?
Apesar da relação entre os dois, bolsonaristas apostavam nessa quarta-feira (21/6) que Nunes Marques pode até votar a favor de Bolsonaro no caso, mas dificilmente pedirá vistas no processo, como deseja o ex-presidente.

O pedido de vistas é considerado primordial pela defesa de Bolsonaro, na medida em que poderia adiar em 90 dias o resultado do julgamento, o qual o ex-presidente já admite nos bastidores ser uma derrota.

Aliados de Bolsonaro reconhecem que a pressão exercida pelos apoiadores do ex-presidente sobre Nunes Marques teve efeito pequeno, uma vez que o ministro sequer é adepto das redes sociais.

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