O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria contra quatro ações que pediam o impedimento dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Os processos desejavam retirar os três ministros do julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) a respeito da tentativa de golpe de Estado em 2022.
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, é o relator desses requerimentos e deu o primeiro voto em todos.
A primeira ação foi protocolada pela defesa do general Mario Fernandes contra Dino. Em entrevista à CNN, o advogado Marcus Vinícius Figueiredo disse ser “fato público” o ministro anteriormente ter chefiado a pasta de Justiça e Segurança Pública, à época dos eventos do 8 de janeiro de 2023.
Conforme o pedido, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública “procedeu diretamente com as investigações e emitiu juízo de valor, tipificando os fatos, portanto não reunindo as condições subjetivas para a imparcialidade imposta ao julgador, diante da relação direta com os fatos denunciados”.
A segunda ação foi enviada pelo ex-ministro Walter Braga Netto para questionar a imparcialidade de Moraes. A defesa argumentou que o ministro não é vítima no caso, mas as acusações da PGR e da Polícia Federal (PF) correlacionam a tentativa de golpe com um plano para matar Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
Já a terceira ação, também negada por Barroso, partiu do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e também questiona a capacidade de Dino.
Segundo os advogados, o magistrado não estaria apto a fazer parte do julgamento por já ter protocolado, em 2021, uma queixa-crime contra Bolsonaro.
Na época, Dino era governador do Maranhão e o então presidente da República o acusou de não utilizar a Polícia Militar para melhorar a segurança em visita ao estado.
O quarto pedido também partiu de Bolsonaro e, dessa vez, acusa impedimento de Zanin, que atuou, anteriormente, como advogado do presidente Lula e do partido petista. Por isso, o magistrado se disse impedido de julgar um recurso apresentado pelo ex-presidente no âmbito das eleições de 2022.
Antes de levar o caso ao plenário virtual, Barroso pediu manifestações de Dino e Zanin. Ambos se disseram aptos a julgar o caso.
Julgamento O plenário virtual abriu, excepcionalmente, às 11h desta quarta-feira (19) para os ministros julgarem as ações de impedimento e suspeição dos colegas. Os magistrados têm até 23h59 de quinta-feira (20) para registrarem seus votos.
A tentativa de golpe, denunciada pela PGR, será apreciada pela Primeira Turma, que é composta por Zanin (presidente), Moraes (relator), Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
O primeiro núcleo de denunciados, que inclui Bolsonaro, terá o mérito julgado na próxima semana, nos dias 25 e 26 de março.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve aumentar a taxa básica de juros, a Selic, de 13,25% para 14,25% ao ano na reunião desta quarta-feira (19). Anúncio deve sair no fim da tarde.
Essa deverá ser a quinta elevação seguida da Selic, com objetivo de segurar a inflação. Caso se confirme, a taxa de 14,25% ao ano será a maior desde outubro de 2016.
Segundo na gestão do presidente do BC, Gabriel Galípolo, o encontro de hoje do Copom ocorre sob pressão do preço de alimentos e energia.
No comunicado da última reunião, em janeiro, o comitê adiantou que elevaria a taxa em 1 ponto percentual, justificando incertezas externas e ruídos provocados pelo pacote fiscal anunciado pelo governo federal no fim de 2024.
O Copom também apontou que inflação deve ficar acima da meta nos próximos seis meses. Segundo o último Boletim Focus, a estimativa para 2025 está em 5,66%, contra 5,6% de quatro semanas atrás.
Essa inflação se encontra acima do teto da meta contínua estipulada pelo Comitê Monetário Nacional (CMN), de 3% para este ano, com tolerância de 1,5 ponto para cima (4,5%) ou para baixo (1,5%).
Pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (19), aponta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é desaprovado por 88% do mercado financeiro. No entanto, 8% avaliam o governo como regular e 4% como positivo.
O levantamento, realizado com 106 entrevistados em São Paulo e no Rio de Janeiro, indica que a alta nos preços dos alimentos (64%) é o principal motivo por trás da perda de popularidade de Lula. Em seguida, aparecem equívocos na política econômica (56%) e o aumento dos impostos (41%).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também foi mal avaliado por 58% dos entrevistados ligados a fundos de investimento. Já 32% consideram seu trabalho regular, enquanto 10% o avaliam como positivo.
Ainda de acordo com a pesquisa, 83% dos entrevistados acreditam que, nos próximos 12 meses, a economia deve piorar. Para 13%, a situação permanecerá a mesma, e 4% esperam uma melhora. Além disso, 58% veem risco de o Brasil entrar em recessão, enquanto 42% não acreditam nessa possibilidade.
A cidade de Currais Novos, será palco de mais uma edição da Currais Cup de Handebol, evento esportivo que reunirá equipes de diferentes categorias nos dias 17 e 18 de maio. A competição promete movimentar o cenário esportivo local e oferecer uma premiação total de R$ 4.300,00.
As categorias disponíveis para a disputa são Adulto, Júnior e Juvenil, tanto no masculino quanto no feminino. As inscrições estarão abertas no período de 18 de março a 22 de abril.
O evento acontecerá em Currais Novos/RN, e os interessados podem obter mais informações diretamente com o Professor Mário Júnior, pelo telefone (84) 99659-1058.
A expectativa é que a competição reúna atletas e equipes de várias regiões, fortalecendo o esporte e proporcionando momentos de alta performance e competitividade.
A ex-prefeita Shirley Targino será a grande protagonista das inserções do PP que vão ao ar na TV nos próximos dias. Mulher do Deputado Federal João Maia, líder do PP no Estado, a ex-prefeita de Messias Targino trabalha nos bastidores para ser candidata ao Senado em 2026. Assim, tem chance de enfrentar nas urnas a cunhada Zenaide Maia (PSD), que deverá disputar a reeleição.
Nesta terça-feira, 18, a governadora Fátima Bezerra esteve em Currais Novos para inaugurar a 11ª Delegacia de Polícia Civil, uma obra há muito aguardada pela população e que agora se torna realidade.
Durante a solenidade, o presidente da Câmara Municipal, vereador João Gustavo, ao lado dos demais vereadores, entregou à governadora uma indicação solicitando a implantação de uma unidade do ITEP na cidade. A proposta foi de autoria do vereador Ezequiel e recebeu o apoio unânime dos parlamentares municipais.
Atualmente, Currais Novos já conta com um Batalhão da Polícia Militar e uma unidade do Corpo de Bombeiros. Com a chegada da Polícia Civil, a implantação do ITEP se torna um passo essencial para fortalecer ainda mais a segurança pública e agilizar os serviços periciais no município.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu licença do cargo na Câmara dos Deputados para viver nos Estados Unidos “para buscar avaliações aos violadores dos direitos humanos”. Em postagem publicada nas redes sociais, ele diz ser alvo de perseguição, critica o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e chama a Polícia Federal de “Gestapo”, polícia secreta da Alemanha nazista.
“Irei me licenciar sem remuneração para que possa me dedicar integralmente e buscar avaliações aos violadores de direitos humanos. Aqui, posso focar em buscar as justas punições que Alexandre de Moraes e sua Gestapo da Polícia Federal merecem”, disse.
Eduardo foi o favorito para assumir a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN), ou que foi alvo de contestação do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O parlamentar deseja que o líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS) seja o presidente do colegiado.
Zucco diz que também tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. “A indicação do meu nome também foi endossada pelo presidente Jair Bolsonaro. Como bom soldado que sempre fui, receba a indicação do meu nome como uma missão a ser cumprida”, afirmou.
Eduardo afirmou que a decisão foi difícil, mas que foi a melhor forma de “pressionar” Alexandre de Moraes, já que, o ex-presidente Jair Bolsonaro, pai do deputado, “está condenado”.
“A gente está vendo uma maneira de iniciar Alexandre de Moraes para parar esse pacote de maldades dele. Eu acho que todo mundo já entendeu que no Brasil não existe possibilidade de defensor esse jogo. Você pode botar o Ruy Barbosa para defensor o pessoal do 8 de Janeiro ou Jair Bolsonaro. Ele já está condenado”, disse Eduardo. “Vai ser preciso fazer uma exposição pública do que ele está fazendo, das atrocidades que está cometendo, para causar um constrangimento, e, quem sabe até, avaliações contra ele. Porque você tem que ir onde está o conforto da pessoa.”
Mais da metade dos habitantes da cidade de São Paulo desaprovam a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta terça-feira (18).
Lula tem 58,1% de desaprovação entre os paulistanos e 38,2% de aprovação. Não sabe ou não opinou, ficou em 3,7%.
Houve um aumento na desaprovação e uma queda na aprovação quando comparado ao último levantamento, de setembro de 2024.
Veja o comparativo: Aprova: 38,2% (51,1% em setembro) Desaprova: 58,1% (46% em setembro) Não sabe ou não opinou: 3,7% (2,9% em setembro)
Avaliação
Os entrevistados pelo instituto Paraná Pesquisas também avaliaram o atual mandato do presidente Lula.
Os que enxergam a gestão do petista como ótima ou boa somam 26%, enquanto 23,8% veem como regular. Na outra ponta, 48,5% pensam que a administração federal é ruim ou péssima. Não souberam responder ou não opinaram são 1,7%.
O levantamento ouviu 1.205 habitantes da cidade de São Paulo entre os dias 9 e 13 de março de 2025. A margem de erro é de 2,9 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (18), nova fase da operação que investiga venda de sentenças envolvendo gabinetes do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Policiais federais cumprem um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, no Tocantins, além de medidas de afastamento das funções públicas, proibição de contato e saída do país, e recolhimento de passaportes. As determinações são do Supremo Tribunal Federal (STF).
O preso, segundo apurou a CNN, é um assessor de um procurador de Justiça do Tocantins. O procurador também é investigado.
A ação, batizada de Sisamnes, apura crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional e corrupções ativa e passiva.
Segundo as investigações, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo STJ, frustrando, assim, a efetividade das deflagrações das operações policiais.
Em novembro do ano passado, a Polícia Federal foi às ruas nesta mesma operação para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços de funcionários de três gabinetes de ministros do STJ. Um lobista foi preso.
De acordo com as apurações, os investigados solicitavam valores para beneficiar partes em processos judiciais, por meio de decisões favoráveis aos seus interesses.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que saiu animado de uma conversa no final de semana com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado Federal.
A um grupo de aliados, o petista salientou que, apesar de Pacheco ter refutado assumir um cargo ministerial, sinalizou disposição em uma disputa em Minas Gerais nas eleições de 2026.
Isso porque o senador justificou a recusa pelo cargo ministerial ao que chamou de uma necessidade, nas palavras dele, de “voltar para a casa”. Ou seja, focar sua agenda no estado mineiro.
Pacheco, contudo, só dará uma resposta final ao Palácio do Planalto sobre sua disposição em ser candidato em maio.
Aliados do senador dizem que, caso assumisse o comando do Ministério de Indústria e Comércio, Pacheco teria agenda atribulada, até mesmo de viagens, não se dedicando à política mineira.
E que, como parlamentar, poderá viabilizar políticas públicas com potencial de gerar projeção e dividendos eleitorais em Minas Gerais.
A decisão de Pacheco, porém, vai depender das pesquisas de intenção de voto. Segundo os últimos levantamentos, ele aparece hoje atrás do senador Cleitinho (Republicanos-MG).
Os aliados do senador não escondem que ele almeja o governo mineiro e, em um segundo momento, uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Para o projeto em longo prazo, Pacheco tem apoio na própria Suprema Corte. Os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes são citados como seus principais entusiastas. Os dois, inclusive, planejam promover jantares em apoio ao senador nas próximas semanas.
O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), resiste em pautar o PL da Anistia caso ele seja aprovado pela Câmara dos Deputados.
O senador sinalizou a governistas e oposicionistas que discutir a anistia dos envolvidos no 8 de janeiro não é prioridade neste ano. Também teria ressaltado que não vê apoio suficiente no Senado para aprovar a proposta, que se transformou o carro-chefe do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Apesar da indicação de Alcolumbre, senadores de direita acreditam que uma eventual aprovação da iniciativa pela Câmara pode mudar o “humor” de Alcolumbre.
Nas palavras de um senador bolsonarista, o apoio a uma medida em uma das casas legislativas tem o efeito de melhorar o clima na vizinha.
O esforço de Bolsonaro neste momento tem sido o de convencer Hugo Motta (Republicanos-PB) a pelo menos pautar o PL da Anistia. Além da direita, siglas como PSD e União Brasil tem sinalizado apoio à iniciativa.
Ainda que seja aprovada, no entanto, a proposta teria de ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já disse ser contra a proposição. Além disso, o texto pode ser considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Cinco anos – e centenas de milhões de casos – depois que a Organização Mundial da Saúde declarou a pandemia de Covid, os cientistas estão formando uma visão mais clara de como o vírus pode afetar o organismo muito tempo depois que este aparentemente se recuperou da infecção.
Alguns dos efeitos da Covid se tornaram perceptíveis logo em seguida ao início da propagação do vírus. Compreendeu-se rapidamente que a infecção poderia ser altamente letal, sobretudo para aqueles com condições preexistentes, como diabetes e doenças cardíacas. Mas foram necessários anos de pesquisa para que se começasse a entender como um episódio de Covid pode levar a mudanças duradouras, às vezes invisíveis, em diferentes partes do corpo.
Alguns desses efeitos, como a fadiga crônica e a confusão mental, são chamados de Covid longa, definida como a persistência de sintomas por pelo menos três meses. Segundo algumas estimativas, 400 milhões de pessoas no mundo inteiro foram diagnosticadas com alguma forma de Covid longa. Mas a infecção também pode levar a outros problemas, como danos pulmonares e cardíacos e alterações no microbioma intestinal, que nem sempre são reconhecidos como Covid longa, mas que podem ter um impacto duradouro na saúde.
Agora temos uma compreensão melhor do que pode estar por trás dessas mudanças, incluindo o papel da inflamação generalizada que a Covid pode causar. Para a maioria das pessoas, a inflamação diminui assim que o vírus é eliminado. Mas, para algumas, se ela se torna muito intensa ou persiste em um nível baixo durante um período longo, pode causar danos por todo o corpo, afirmou Braden Kuo, neurogastroenterologista do Hospital Geral de Massachusetts.
Confira aqui o que os cientistas descobriram até agora a respeito da inflamação e de outros fatores que impulsionam esses efeitos.
Os pulmões
A Covid irrita os pulmões e pode causar problemas em longo prazo, como a falta de ar persistente e a tosse. Em casos raros, pode levar ao desenvolvimento de pneumonia e deixar cicatrizes e pequenos aglomerados de tecido, chamados nódulos, nos pulmões. Essas cicatrizes podem dificultar a respiração. Estudos pequenos sugerem que mais de 10% das pessoas hospitalizadas em razão da Covid apresentaram cicatrizes pulmonares e outros problemas dois anos depois.
A causa: o vírus invade as células ao longo das vias aéreas, desencadeando uma inflamação que pode atingir e, em alguns casos, destruir o tecido pulmonar saudável. De acordo com Ziyad Al-Aly, pesquisador sênior de saúde pública clínica da Universidade Washington, em St. Louis, isso pode prejudicar a capacidade dos pulmões de fornecer oxigênio ao corpo. À medida que estes tentam se recuperar e reparar os danos, formam-se cicatrizes. Mas o próprio tecido cicatricial pode enrijecer os pulmões e reduzir sua capacidade, levando a sintomas persistentes, como a tosse e a falta de ar.
O intestino
A Covid pode causar sintomas temporários, como náusea, vômito e diarreia. Mas, em algumas pessoas, pode levar a problemas gastrointestinais crônicos, como refluxo, constipação, diarreia e dor abdominal, que podem durar meses ou até anos. Em um estudo de 2024, os pesquisadores estimaram que os episódios de Covid deixaram até 10% das pessoas com dor abdominal persistente e 13% com problemas gastrointestinais um ano depois.
A causa: os cientistas ainda não sabem exatamente por que a Covid pode desregular de tal maneira a função intestinal normal, mas estão começando a entender os fatores envolvidos. Por exemplo, já está claro que o vírus pode perturbar o microbioma intestinal, reduzindo os microrganismos benéficos e aumentando o número dos prejudiciais. Os micróbios “bons” ajudam a reduzir a inflamação, enquanto os “ruins” fazem com que esta se agrave.
A inflamação resultante da infecção e das alterações no microbioma intestinal pode danificar o revestimento do intestino, o que às vezes permite que toxinas e partículas de alimentos escapem do intestino, alcancem outros tecidos do organismo e provoquem uma resposta imunológica semelhante a uma alergia a certos alimentos, levando a intolerâncias alimentares.
Kuo explicou que a inflamação também pode afetar os nervos que sinalizam a dor no intestino ou controlam as contrações intestinais que mantêm os alimentos em movimento. Isso pode causar dor abdominal ou fazer com que os alimentos se movam depressa ou devagar demais pelo trato digestivo, resultando em sintomas como diarreia ou constipação.
O cérebro
No auge da infecção, com frequência o paciente apresenta dor de cabeça e pode sentir tontura e confusão. Às vezes, tem dificuldade em encontrar as palavras certas, em se concentrar ou seguir uma conversa e sofre lapsos de memória. Esses sintomas podem persistir: estudos indicam que cerca de 20 a 30% das pessoas infectadas com Covid experimentaram confusão mental pelo menos três meses depois da infecção inicial. As pesquisas também mostram que a Covid pode levar a condições como ansiedade ou depressão ou agravar problemas de saúde mental preexistentes.
A causa: os cientistas ainda estão tentando identificar todos os fatores que contribuem para os problemas neurológicos que persistem depois da Covid. Mas um culpado parece claro: a inflamação contínua, que danifica os neurônios e inibe a formação de conexões essenciais entre as sinapses. Tudo isso pode levar a sintomas como os descritos acima. Alguns pesquisadores também acreditam que as áreas do cérebro envolvidas na cognição e na emoção são particularmente vulneráveis à inflamação, o que ajuda a explicar por que a infecção pode induzir ou agravar os problemas de saúde mental.
Outra hipótese é que o vírus compromete a barreira hematoencefálica, que protege o tecido cerebral e é fundamental para a função cognitiva. Fragmentos do vírus também podem permanecer no cérebro por um longo período, o que explica por que alguns sintomas cognitivos persistem além da infecção inicial.
O coração
Uma infecção por Covid aumenta o risco de problemas cardiovasculares, incluindo infarto, AVC, danos ao miocárdio e ritmo cardíaco irregular, conhecido como arritmia. Um estudo grande revelou que contrair Covid dobra o risco de um evento cardiovascular grave por até três anos.
A causa: durante uma infecção aguda por Covid, o estresse causado pela febre e pela inflamação pode exigir um esforço excessivo do coração. Em pessoas que já apresentam acúmulo de placas nas artérias ou enrijecimento do músculo cardíaco, essa sobrecarga pode levar a uma arritmia ou a um ataque cardíaco.
Mas o mais comum, segundo os cientistas, é que o vírus provoque uma inflamação que agride o músculo cardíaco. O vírus também pode danificar as células que revestem os vasos sanguíneos, causando inflamação nesses locais, o que pode levar à formação de um novo coágulo ou ao rompimento de placas já existentes, bloqueando um vaso sanguíneo. Esse tipo de obstrução pode causar morte súbita por infarto ou danos ao miocárdio e a outros tecidos, resultando em insuficiência cardíaca ou arritmia.
As pessoas hospitalizadas por Covid apresentam um risco maior de complicações cardíacas em curto e longo prazo. Algumas pesquisas sugerem que os indivíduos com um tipo sanguíneo diferente de O – A, B ou AB – correm um risco ainda maior, possivelmente porque o grupo sanguíneo pode influenciar a coagulação do sangue.
O sistema circulatório
Estudos com pacientes que apresentam Covid longa mostram que seu corpo tem dificuldade em bombear o sangue das pernas e do abdômen de volta para o coração. Isso pode reduzir a quantidade de sangue que o órgão distribui, provocando fadiga, falta de ar e uma sensação de mal-estar depois do exercício.
A causa: não está claro por que esses problemas circulatórios ocorrem, mas os cientistas levantam a hipótese de que, em alguns pacientes, a inflamação prejudica certas fibras nervosas fora do cérebro e da medula espinhal, que regulam a capacidade de contração dos vasos sanguíneos. David Systrom, pneumologista e especialista em cuidados intensivos do Hospital Brigham and Women’s, em Boston, disse que isso pode comprometer o fluxo sanguíneo.
Em alguns pacientes com Covid longa, os músculos também parecem ter menos capacidade de extrair oxigênio do sangue do que o normal, dificultando a prática de exercícios físicos, afirmou Systrom. Além disso, as mitocôndrias – responsáveis pela produção de energia nas células – podem não funcionar corretamente ou em plena capacidade, afetando ainda mais os tecidos musculares.
A produção industrial brasileira ficou estável em janeiro na comparação com dezembro, alcançando o quarto mês consecutivo sem crescimento. No entanto, o resultado foi positivo em 8 dos 15 locais pesquisados, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados nesta terça-feira (18) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As altas mais acentuadas foram no Ceará (7,9%), em São Paulo (2,4%), Rio de Janeiro (2,3%) e Bahia (2%).
Santa Catarina (1,1%), Minas Gerais (0,8%), Paraná (0,7%) e Goiás (0,4%) completaram o conjunto de locais com índices positivos em janeiro de 2025.
Por outro lado, Pernambuco (-22,3%) mostrou queda de dois dígitos e a taxa negativa mais elevada nesse mês, seguido pela região Nordeste (-4%) e Pará (-3,9%). Mato Grosso (-2,8%), Espírito Santo (-2,6%), Amazonas (-0,6%) e Rio Grande do Sul (-0,3%) também assinalaram resultados negativos em janeiro de 2025.
No acumulado nos últimos 12 meses, 16 dos 18 locais pesquisados registraram taxas positivas em janeiro de 2025, mas 16 apontaram menor dinamismo frente aos índices de dezembro de 2024.
Rio Grande do Norte (de 7,4% para 3,4%), Pernambuco (de 4,6% para 3,2%), Maranhão (de 2,5% para 1,3%), Amazonas (de 3,6% para 2,6%), Espírito Santo (de -1,6% para -2,5%), Mato Grosso do Sul (de 3,5% para 2,7%), Goiás (de 2,6% para 1,8%) e Rio de Janeiro (de 0,1% para -0,6%) assinalaram as principais perdas entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, enquanto Rio Grande do Sul (de 0,6% para 1,6%) e Santa Catarina (de 7,6% para 7,7%) mostraram os ganhos entre os dois períodos.
A média móvel trimestral variou -0,3%, com resultados negativos em 10 dos 15 locais pesquisados, com destaque para os recuos mais acentuados registrados por Pernambuco (-5,8%), Mato Grosso (-2,8%), Espírito Santo (-2,4%), Pará (-2,2%), Paraná (-1,6%), São Paulo (-1,2%) e região Nordeste (-1,1%).
Por outro lado, Amazonas (2,2%), Bahia (1,4%) e Rio de Janeiro (0,9%) mostraram os principais avanços em janeiro de 2025.
Janeiro de 2025 x janeiro de 2024 Na comparação com janeiro de 2024, a indústria nacional cresceu 1,4%, com taxas positivas em 9 dos 18 locais pesquisados. Santa Catarina (8,6%) e Rio Grande do Sul (8,1%) assinalaram as expansões mais acentuadas nesse mês.
Vale citar que janeiro de 2025 (22 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior (22).