Irmão do prefeito Allyson Bezerra morre em acidente

Um acidente de transito com vítima fatal foi registrado pela Polícia Rodoviária Federal na madrugada deste domingo, 23 de Abril de 2023, no bairro Costa e Silva, em Mossoró.

A vítima é o irmão do prefeito de Mossoró, por nome de Arlon Wellington Américo da Silva, de 37 anos.

Ainda de acordo com informações, ele trafegava de moto e ao chegar na rotaria da BR 110, que liga a UERN, perdeu o controle do veiculo e caiu.

Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e quando chegou no local a vítima já estava em óbito.

Em seguida, o local passou a ser isolado por uma equipe da PRF. Não foi divulgado como teria ocorrido o acidente.

Blog Mossoró Patrulha

Postado em 23 de abril de 2023

Mais de duas mil pessoas estão à espera de cadeiras de rodas no RN

“Olá, me chamo Cláudio Rianderson e tenho 7 aninhos”. É assim que começa a campanha beneficente feita para ajudar na compra de uma cadeira de rodas para uma criança do interior do Estado. Sua mãe, Isabel da Silva, solicitou o equipamento há quase 10 dias no Centro Estadual de Reabilitação e Atenção Ambulatorial Especializada (CERAE), antigo CRI, mas não obteve nenhuma perspectiva de retorno, apenas relatos de que a espera é grande demais. Eles se juntaram a uma fila de 2.393 pessoas à espera de cadeiras adaptadas no Rio Grande do Norte.

Isabel conta que solicitou a cadeira sexta-feira (14), mas não foi avisada de prazos ou datas de recebimento nem quando deveria retornar ao centro. Ouviu apenas mais reclamações de outras mães de que o processo era demorado demais. “Não deram prazo nenhum. A única informação que eu fiquei sabendo das mãezinhas que também fazem acompanhamento foi que tem mãe que está esperando há muito tempo na fila. Tem pessoas que dependem só daquela cadeira normal, sem ser sob-medida, e que estão há muito anos só esperando”, conta.

Uma cadeira de rodas adaptada é fundamental para proporcionar maior qualidade de vida a Rianderson e alívio aos braços de sua mãe, que precisa carrega-lo toda vez que vai a uma consulta médica. “Eu carrego ele, uma bolsa de roupas e da comida dele, e outra bolsa cheia de exames. Às vezes, eu vou e volto com ele doente porque ele tem a imunidade baixa e fica bastante debilitado, mas não fala para dizer o que está sentindo”, relata.

Ela precisa de uma cadeira de rodas e outra de banho. Essas são suas prioridades no momento, além de concluir os exames médicos e construir um lugar para os dois filhos. “É uma das coisas que eu estou batalhando muito. As minhas prioridades são as cadeiras, tanto a de rodas quanto a de banho”, comenta.

Como já foi desiludida no momento da solicitação, o ímpeto foi resolver o problema de alguma outra forma. Por isso, pensou na rifa, que ainda não tem data para acontecer já que ainda não arrecadou dinheiro suficiente. “Decidi quando cheguei em casa, não queria esperar só pelo CRI. Eu disse ‘mãe, vou fazer um rifa, qualquer coisa para conseguir a cadeira logo”, relembra.

Hoje, Rianderson vive em uma casa com mais sete pessoas no município de Lagoa de Velhos, 90km de Natal. Moram com ele, sua mãe, irmão, três primos e os avós. Como ele não anda, precisa tomar banho dentro de uma bacia e toda vez que precisa sair, é carregado no colo porque não cabe direito no carrinho de bebê que usava quando era mais novo.

Isabel descobriu os primeiros problemas de saúde do filho durante a gravidez. Desde então, os diagnósticos têm se acumulado. Autismo, atraso na coordenação motora, atraso neurológico, insuficiência renal, bexiga hipotônica, perda parcial da audição e perda parcial da visão são alguns dos diagnósticos que rodeiam a vida do menino. “Desde então vem aparecendo mais e mais problemas. Ele vem sendo acompanhado por vários médicos”, comenta.

Mesmo com todas as dificuldades, a verdade é que Rianderson é um menino feliz, que gosta de brincar e não se deixa se abater por nenhum tipo de dor. “Ele é assim sorridente. Gosta de brincar, gosta de assistir bastante na televisão. Ele aprendeu a descer da rede sozinho, brinca com os guinezinhos. A gente faz tudo para não ver ele chorando”, descreve a mãe. Para ela, por mais que as dificuldades sejam muitas, o importante é continuar. O sonho é proporcionar mais conforto e bem estar para os dois filhos.

Mães aguardam há anos

Maria Lidiane, 26, é de Pedro Avelino e a espera por uma cadeira dura tanto que ela nem lembra o dia exato que fez a solicitação. Só lembra que o filho, José Caio, que tem paralisia cerebral, tinha menos de sete anos quando foi ao centro. Uma cadeira só chegou neste ano, mas todas as medidas já estavam ultrapassadas, então a criança precisou ser reavaliada pela equipe de fisioterapeutas do CERAE. “Quando a dele veio, estava pequena e teve que ser devolvida. Eu fiz na época de Robinson Faria”, lembra.

Agora, a perspectiva é que o equipamento chegue em julho. Enquanto isso, continua sofrendo com dores no peito de tanto carregar o filho no colo para todos os lugares. Além dele, ela tem mais dois, ambos mais novos do que Caio. O caçula, por exemplo, tem apenas um ano e demanda muita atenção.

Ela diz que o menino ainda consegue se sentar. Isso facilita porque pode colocá-lo em cadeiras normais em casa. Quando precisa sair, fica difícil de interagir com outras crianças por que Caio não anda. Mesmo sem caminhar, ele faz amizade fácil com aqueles que se aproximam, solta beijo e diz “te amo” com naturalidade. Até mesmo na hora de tirar foto, a câmera da reportagem da TN o impressionou: “que legal, cara”, disse enquanto olhava de olhos arregalados e sorria.

Thauane Vitória, 8, também exala simpatia. No entanto, a dificuldade é ainda maior porque ela tem paralisia cerebral severa, ou seja, seus movimentos são mais limitados do que o de Caio. Ela não anda, não tem controle do tronco e não fixa o olhar em um só ponto, mas interage através do sorriso com pessoas a sua volta.

Já faz um ano que a sua mãe, Marlene Macedo, 56, deu entrada para receber a cadeira adaptada. Há uma semana refez as medições e solicitou a adição de uma extensora e uma prancha – adaptações específicas para segurar o corpo da criança com postura em cima da cadeira – e a expectativa é que também receba em julho.

Nesse tempo, viaja de João Câmara sem cadeira para a filha, tendo que carrega-la no colo, mas Thauane é quase do tamanho da mãe, que precisa se inclinar para o lado para sustentar o peso da menina no quadril, no entanto, ela reclama e fala orgulhosa de cada avanço. “Olha, ela ri de tudo. Fica só procurando com os olhos. Passa o dia todinho assim”, descreve.

Estado retomou a entrega, mas fila é longa

O CERAE está com problemas na entrega de órtese, prótese e meios auxiliares de locomoção (OPM) desde 2015 devido a um processo judicialização de uma ata de registro de preços relativa a próteses, de acordo com a diretora-geral, Célia Melo. À época, ficou impedida toda licitação envolvendo a aquisição de materiais de reabilitação, como prótese mamária e de perna.

Em 2020, a SESAP deu início mais uma vez ao processo de abertura de chamada pública para aquisição de OPMs. No entanto, o processo foi suspenso em 8 de dezembro em cumprimento a um mandado de segurança emitido pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, atendendo a um pedido de impugnação do edital por parte de uma das empresas concorrentes.

Segundo a diretora, “é uma questão dos prestadores. Um prestador entrou em conflito com outros prestadores, que resolveram entrar na justiça. O Estado não fez nada que levasse a essa judicialização, mas foi uma questão desses prestadores”. Como alternativa, ao invés de fazer uma licitação para OPMs, em 2022 os itens foram desmembrados, ou seja, uma licitação para próteses mamárias e outra para cadeiras de rodas adaptadas.

Em todo esse tempo, cerca de 500 cadeiras foram entregues por um projeto beneficente da Igreja dos Santos dos Últimos dias, no ano passado. Apenas pacientes que tinham condições físicas para ficarem em uma cadeira de rodas simples foram contemplados. Para este ano, a expectativa é receber mais 500.

Desde janeiro, o centro está convocando todos os pacientes da lista de espera para serem reavaliados, dentro de uma nova licitação. O processo tem cerca de 4 mil itens, divididos em 44 tipos de Meios Auxiliares de Locomoção e “foi elaborado para atender toda a fila de espera”, segundo a diretora. O valor total da ata é de R$ 4,6 milhões.

Como a fila é extensa, não há perspectiva de tempo para a situação ser normalizada e o tempo de espera depois que a cadeira é solicitada é de mais de 90 dias. A dificuldade nesse momento é localizar os pacientes que fizeram o pedido há anos, alguns até morreram nesse tempo sem receber ou ter retorno do CERAE, outros são do interior do Estado e não tem acesso fácil a capital, pois dependem das prefeituras dos municípios.

Tribuna do Norte

Postado em 23 de abril de 2023

Hipótese de recondução de Aras à PGR ganha força nos bastidores do poder

Um dia depois dos atos golpistas de 8 de janeiro, episódio que marcou a mais grave agressão à democracia desde o regime militar, o presidente Lula se reuniu no Palácio do Planalto cerca de quarenta autoridades entre juízes do Supremo Tribunal Federal (STF), ministros de Estado e governadores para avaliar as consequências dos ataques às sedes dos três poderes. Ladeado do vice-presidente, Geraldo Alckmin , dos chefes da Câmara e do Senado e de quatro integrantes do STF, Lula discursou em defesa das instituições e condenou os criminosos do que pensaram em uma tentativa de golpe de Estado. Na simbologia da política, por tudo que o cargo representa, ao procurador-geral da República normalmente seria reservada uma posição de destaque na mesa das autoridades. Augusto Aras, no entanto, estava no fim da fila, no meio de um amontoado de prefeitos, colocado pelo cerimonial a exatos dezoito assentos de distância do presidente. A deferência (ou a falta dela) não foi obra do acaso.

Desde que assumiu o posto, em setembro de 2019, o chefe do Ministério Público da União encerou na largada mais de 70% dos pedidos de investigação que miravam o ex-presidente Jair Bolsonaro. De próprio punho ou por meio de auxiliares, afiançou o discurso do capitão de que não havia nada de errado em questionar a lisura das urnas eletrônicas, desqualificado como estabelecido da CPI da Pandemia, minimizou as falas do mandatário em atos que pediam a fechamento do Congresso e do STF e partiu para cima da Lava-Jato depois que o ex-juiz Sergio Moro deixou o governo — só para citar alguns casos em que o procurador-geral foi acusado de atuar em sintonia com o Planalto. Para os petistas, o comportamento de Augusto Aras e da Procuradoria em determinadas situações ajudou Bolsonaro a concluir o mandato e, por muito pouco, não foi responsável também pela reeleição do ex-presidente.

Diante desse histórico, seria inacreditável imaginar a possibilidade de Aras ser reconduzido ao cargo pelas mãos do PT. Pois essa hipótese existe, está sendo defendida por figurões do governo e conta com a simpatia de altos cardeais do partido. Em setembro, termina a obrigatoriedade do chefe do MP. Lula já anunciou que não pretende escolher o futuro ocupante do posto com base na lista tríplice elaborada pelo Ministério Público — uma tradição que ele implantou em sua primeira passagem pelo Planalto. O mandatário relatou a pessoas próximas o tamanho da mágoa que cultiva em relação aos procuradores pela causa da Lava-Jato (de quem Aras também é adversário). Em março de 2016, durante a operação, ele reclamou que o procurador-geral, indicado na época por Dilma Rousseff, era um “ingrato”.

Embora as críticas à Lava-Jato sempre tenham sido o único ponto de convergência de aliados de Lula em torno do atual procurador-geral, que desde antes de ascender ao cargo já defendeu a necessidade de conter abusos da operação, uma sequência de recentes decisões que afagam o governo de virada se tornou a principal credencial de Aras para tentar conquistar um terceiro mandato. Desde a vitória do petista, por exemplo, o chefe do MP pediu a inclusão de Bolsonaro em uma investigação sobre os atos de 8 de janeiro, designou um procurador de confiança para tocar como interrogatório contra centenárias de manifestantes acusados ​​de participação na depredação e defendeu a manutenção da prisão do ex-ministro Anderson Torres. Acenou também ao Planalto ao concordar com as mudanças na Lei dos Estatais para permitir a indicação de políticos,

É nos corredores do Congresso, porém, que as ligações pela escolha de Augusto Aras têm reunido o maior número de convidados. O embaixador informal da candidatura, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), recebeu a missão de tentar convencer o presidente de que emplacar um nome automaticamente associado a uma suposta complacência com Bolsonaro, apesar da difícil assimilação pela militância, pode representa uma boa tacada. Não será tarefa fácil. Ainda na campanha, o próprio Lula deu estocadas no atual PGR e em sua vinculação ao antigo mandatário. “Você teve um tempo que tinha um procurador chamado engavetador e agora você tem um procurador que não processa as coisas que tem que processar. O resultado da CPI está paralisado”, afirmou em uma entrevista. Para enfrentar o que seria uma extrema desigualdade,

Considerado um dos cargos mais importantes da República, o procurador-geral tem entre suas atribuições processar parlamentares e o próprio presidente em casos de crime comum. “Espero escolher um cidadão decente, digno, de caráter, e que esse cidadão seja respeitado pelos bons serviços prestados ao país. Eu vou ser mais criterioso para escolher o procurador-geral da República”, disse o presidente em outra entrevista. Baiano como Wagner, o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa, é outro que compõe a linha de frente do alto escalão do governo simpático à escolha de Aras, a quem conhece há anos. Presidente da poderosa Comissão de Constituição e Justiça, para onde a indicação do procurador-geral é encaminhada após a escolha do Planalto, o senador Davi Alcolumbre (União-AP) também trabalha pela nomeação, ideia que tem a simpatia do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL). Os três processos tiveram recentes nas mãos do procurador-geral que ou pouco avançaram ou acabaram arquivados.

Rui Costa, aliás, é alvo de um inquérito que apura fraudes de 48 milhões de reais na compra de respiradores durante uma pandemia. O caso foi recentemente remetido ao Supremo e caberá ao titular da Procuradoria-Geral da República decidir se aprofundar ou descartar o inquérito sobre o escândalo. Alcolumbre entrou na mira de aguardar após VEJA revelar que seu gabinete recolhia ilegalmente dinheiro de funcionárias em um esquema de rachadinhas. Nesse caso, a Procuradoria simplesmente excluiu o parlamentar das apurações e fez um acordo financeiro com o então chefe de gabinete do senador. Já Arthur Lira recentemente se livrou de uma denúncia depois que a PGR pediu à Justiça que rejeitasse uma denúncia que ela própria havia feito contra o deputado.

Na semana passada, o braço direito de Augusto Aras na instituição, a vice-procuradora-geral Lindôra Araújo, apresentou uma denúncia-relâmpago ao Supremo contra o senador Sergio Moro. O motivo: ele disse, em tom de brincadeira, que iria “comprar um habeas-corpus do Gilmar Mendes”, decano do STF e maior algoz do lavajatismo. Na acusação, não há menção de quando, onde nem em que contexto Moro supostamente caluniou o magistrado, embora o vídeo que foi divulgado mostre que o ex-juiz da Lava-Jato estava fazendo troça de uma gincana que leva convidada de uma festa junina para uma cadeia fictícia em troca da espera de pagamento de uma “fiança”. É pouco provável que o caso de Sergio Moro resulte judicialmente em algo efetivo — mas, acima de tudo, é um exemplo do poder de um procurador-geral da República.

VEJA

Postado em 23 de abril de 2023

Lula se desculpa após fala sobre pessoas com deficiência: “Sigo aprendendo”

Após gerar polêmica com uma declaração dada na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi às redes sociais neste sábado (22/4) para se desculpar. A fala do chefe do Executivo aconteceu durante uma reunião com ministros e governadores para tratar de ações para prevenir a violência nas escolas.

Na ocasião, ele disse que pessoas que possuem problemas mentais têm “desequilíbrio de parafuso”. “A OMS sempre afirmou que na humanidade deve haver 15% de pessoas com algum problema de deficiência mental. Se esse número é verdadeiro, e você pega o Brasil com 220 milhões de habitantes, significa que temos quase 30 milhões de pessoas com problema de desequilíbrio de parafuso. Pode uma hora acontecer uma desgraça”, declarou.

Contudo, após a repercussão negativa da expressão usada por Lula, ele usou o Twitter para pedir desculpas. Na publicação, ele afirma que “não devemos relacionar qualquer tipo de violência a pessoas com deficiência ou pessoas que tenham questões de saúde mental”.

Confira o pedido de desculpas do presidente na íntegra:

“Gostaria de pedir desculpas sobre uma fala que fiz na semana passada. Conversei e ouvi muitas pessoas nos últimos dias e não tenho vergonha de assumir que sigo aprendendo e buscando evoluir. Quero me retratar com toda a comunidade de pessoas com deficiência intelectual, com pessoas com questões relacionadas à saúde mental e com todos que foram atingidos de alguma maneira por minha fala.

Não devemos relacionar qualquer tipo de violência a pessoas com deficiência ou pessoas que tenham questões de saúde mental. Não vamos mais reproduzir esse estereótipo. Como presidente de um país com uma grande parcela da população de PCDs, estou disposto a aprender e fazer o possível para que todos se sintam incluídos e respeitados. É assim que avançamos enquanto pessoas, país e sociedade”.

Metrópoles

Postado em 23 de abril de 2023

Navio afundado na Segunda Guerra Mundial em que mais de mil prisioneiros morreram é encontrado

Exploradores de águas profundas localizaram, na última terça-feira (18), os destroços de um navio japonês que foi torpedeado em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial perto das Filipinas. No ataque, morreram mais de mil prisioneiros, a maioria australianos.

O navio Montevideo Maru foi encontrado a mais de 4 mil metros de profundidade no Mar da China Meridional, a 110 quilômetros da ilha filipina de Luzon. O anúncio da descoberta foi feito neste sábado (22) pela Fundação Silentworld para arqueologia subaquática.

A localização da embarcação, afundada em 1º de julho de 1942 por um submarino americano cuja tripulação não sabia que o navio transportava prisioneiros de guerra, ocorreu após 12 dias de buscas com um drone subaquático com sonar.

— Acreditamos que foi atingido por dois torpedos — disse o capitão Roger Turner, diretor técnico da expedição, acrescentando que o navio partiu-se em dois, com a proa e a popa a cerca de 500 metros uma da outra no fundo do mar.

O naufrágio do Montevideo Maru é uma das piores tragédias marítimas da Austrália. De acordo com a Silentworld, cerca de 1.060 pessoas de 14 nacionalidades morreram, incluindo 979 australianos, dos quais 850 eram militares. Eles foram capturados alguns meses antes pelas forças japonesas na queda do município costeiro de Rabaul, em Papua Nova Guiné.

— Finalmente, o lugar de descanso para as almas perdidas do Montevidéu Maru foi encontrado. Esperamos que a notícia traga algum conforto para os entes queridos, que tiveram uma longa vigília — disse o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese.

Segundo a Silentworld, foram necessários mais de cinco anos para planejar a missão de busca, que começou em 6 de abril.

“Um capítulo terrível da história”
A Silentworld afirmou que os restos do Montevideo Maru, que foram encontrados em um nível mais profundo do que os do Titanic, não serão removidos. Nem objetos nem restos humanos serão retirados, em respeito às famílias das vítimas.

— A descoberta do Montevideo Maru fecha um capítulo terrível na história militar e marítima da Austrália — disse John Mullen, diretor da Silentworld.

A entidade realizou a busca junto com a empresa holandesa de prospecção offshore Fugro e o exército australiano.

— As famílias esperaram anos por notícias de seus entes queridos desaparecidos antes de saber do trágico resultado. Algumas nunca aceitaram totalmente que seus familiares estavam entre as vítimas — relatou Mullen.

Um dos participantes da missão de busca foi o australiano Andrea Williams, cujo avô e tio-avô, ambos prisioneiros de guerra, morreram no naufrágio do navio.

— É muito emocionante, mas também um grande orgulho ter conseguido encontrar os destroços do navio — disse, afirmando que a notícia foi “extremamente reconfortante” para os familiares das vítimas.

A descoberta dos destroços pôs fim a quase 81 anos de incerteza para as famílias das vítimas.

— Uma perda como essa se estende por décadas e nos lembra o custo humano do conflito — declarou o general Simon Stuart, chefe do exército australiano.

Entre os mortos a bordo do Montevideo Maru estavam 33 marinheiros do cargueiro norueguês Herstein, também feito prisioneiro pelos japoneses em Rabaul, e cerca de 20 guardas e tripulantes japoneses, segundo Silentworld. Encontravam-se no navio, ainda, cidadãos de outros países: Reino Unido, Dinamarca, Estônia, Finlândia, Irlanda, Holanda, Nova Zelândia, Ilhas Salomão, Suécia e Estados Unidos.

GZH

Postado em 23 de abril de 2023

Lula nega ter igualado responsabilidades, mas diz que nem Rússia e nem Ucrânia querem parar a guerra

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, na manhã deste sábado (22), que “nunca” igualou as responsabilidades de Rússia e Ucrânia em relação à guerra, mas também afirmou: “A Rússia não quer parar, a Ucrânia não quer parar.”

As declarações foram dadas durante uma entrevista coletiva que o petista concedeu ao lado do presidente português Marcelo Rebelo de Sousa, com quem se reuniu, em Lisboa, nesta manhã.

Lula foi questionado por repórteres sobre suas recentes posições expressas sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, como o apontamento de que EUA e UE teriam propiciado o prolongamento do conflito e que a decisão da batalha teria sido tomada “por dois países”.

“Defendemos solução política negociada”
A primeira vez que o líder brasileiro se referiu à guerra em seu pronunciamento após a reunião com seu colega português foi ao afirmar: “Ao mesmo tempo que defendemos a integridade territorial da Ucrânia, defendemos uma solução política negociada para o conflito.”

“Precisamos criar urgentemente um grupo de países que tente sentar-se à mesa, tanto com a Ucrânia quanto com a Rússia, para discutir a paz”, acrescentou.

Ao tentar esclarecer sua posição, Lula reforçou que, desde os primeiros dias, condena a Rússia “pela ocupação e por ferir a integridade territorial da Ucrânia”.

“Nós queremos a paz. O Brasil está tentando há alguns dias – falei com o [Olaf] Scholz, [Emmanuel] Macron, [Joe] Biden, Xi Jinping. O Brasil quer um jeito de estabelecer a paz. Quer encontrar um grupo de pessoas que se disponha a gastar um pouco de seu tempo a falar com todas as pessoas para fazer a paz”, declarou o presidente.

Ele acrescentou que “a Rússia não quer parar, a Ucrânia não quer parar”, então será necessária a formação deste grupo de países que possam formular, em uma relação de confiança, a ideia de que parar a guerra, sentar-se à mesa e conversar “vai encontrar um resultado muito melhor”.

“Se você não fala em paz, contribui para a guerra”, diz Lula sobre UE
Questionado por uma repórter de Portugal sobre suas recentes declarações sobre o papel da União Europeia no conflito, Lula afirmou neste sábado que “se você não fala em paz, você contribui para a guerra.”

Ele relembrou a visita do chanceler alemão Olaf Scholz ao Brasil e o pedido de venda de mísseis para que a Alemanha doasse à Ucrânia, que foi recusado.

“Se vendêssemos e fosse doado à Ucrânia, e eles fossem utilizados e morresse um russo, a culpa seria do Brasil. O Brasil estaria envolvido na guerra. E o Brasil não quer participar da guerra, que construir a paz”, acrescentou o brasileiro.

O presidente português Marcelo Rebelo respondeu dizendo que a “posição portuguesa é conhecida por todos” e que, não apenas condena a invasão russa, mas Portugal pensa que “não é uma situação justa não permitir à Ucrânia defender-se e tentar recuperar território que foi invadido com violação da integridade territorial e soberania do Estado”.

Questionado sobre a posição do Brasil sobre o conflito, ele retrucou que não cabe a ele opinar sobre o posicionamento brasileiro.

Lula afirma que “nunca igualou” Rússia e Ucrânia sobre responsabilidade no conflito
Reiteradamente questionado por repórteres se vê Rússia e Ucrânia como igualmente responsáveis pela guerra, Lula disse: “Eu nunca igualei os dois países porque sei o que é invasão e integridade territorial.”

“Todo mundo sabe que a Rússia errou e condenamos em todas as decisões da ONU. Mas agora é preciso parar a guerra. E para parar tem que ter alguém que converse, e o Brasil está disposto”, acrescentou.

Ele também afirmou que não detalharia o que será discutido por seu assessor especial Celso Amorim durante a viagem planejada para Kiev.

“Se eu puder dizer para você o que o Celso vai conversar, ele nem precisa ir. O Zelensky vai ler nos jornais”, disse Lula, acrescentando que só visitará Rússia ou Ucrânia “quando houver efetivamente um clima de construção de paz”.

Reunião com presidente e premiê de Portugal marcam primeiro dia de agenda
Após desembarcar em Portugal na manhã desta sexta-feira (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou, neste sábado (22), com o presidente do país, Marcelo Rebelo de Sousa.

Rebelo recebeu Lula e a primeira-dama Janja da Silva na Praça do Império com honras militares. Depois, Lula colocou uma coroa de flores no túmulo do poeta Luís de Camões, no Mosteiro dos Jeronimos.

À tarde, às 14h30 (10h30 no horário de Brasília), Lula fará a abertura da 13ª Cimeira Brasil-Portugal, no Centro Cultural de Belém. A cúpula discutirá temas bilaterais nas áreas política, econômica e de tecnologia, além de assuntos globais como mudança do clima e a guerra no leste europeu.

De acordo com a CNN Portugal, serão assinados ao menos 13 acordos bilaterais entre os países, que incluirão “cooperação entre as agências espaciais do Brasil e de Portugal, entre as agências de cinema para produção audiovisual, da Fiocruz com diversos ministérios de Portugal e para equivalência de estudos fundamental e médio”, por exemplo.

cnn

Postado em 23 de abril de 2023

Por que imunizar todo ano? Confira 10 perguntas e respostas sobre a vacina da gripe

A campanha de vacinação contra a gripe acontece em todo o Brasil para grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde. O imunizante é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para a população com o risco de agravamento pela doença. A meta da pasta é vacinar pelo menos 90% do público-alvo – confira aqui quem pode se vacinar.

A vacina contra o vírus influenza não é capaz de provocar gripe, ao contrário dos boatos que circulam nas redes sociais todos os anos. As doses são compostas por vírus inativados, portanto, não podem induzir o desenvolvimento da doença. Entre os possíveis efeitos da vacina estão uma sensação de dor no corpo ou eventual febre baixa, que tendem a desaparecer em poucos dias.

O ministério destaca que as vacinas têm um perfil de segurança excelente e, geralmente, são bem toleradas. Manifestações, como dor no local da injeção, são comuns e ocorrem em 15 a 20% dos pacientes, sendo benignas e geralmente resolvidas em 48 horas.

O infectologista e diretor do Departamento de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti, explica que a campanha de vacinação contra a gripe ocorre, no Brasil, há mais de 20 anos. “É uma campanha sazonal, ou seja, é realizada todos os anos, na mesma época. Todas as pessoas devem se informar no seu município e nos canais oficiais do governo federal quais são os grupos prioritários”, detalha.

Veja dez perguntas e respostas para dúvidas comuns sobre a vacina contra a gripe:

  1. Qual a importância da vacinação?
    “A gripe não é um resfriado comum. Ela pode evoluir para formas mais graves, que podem matar. Por isso, é uma doença que requer cuidado”, diz Gatti.

A lista de grupos prioritários inclui pessoas mais vulneráveis. Diferentemente de uma pessoa mais jovem, por exemplo, o idoso corre maior risco de complicações. “Além de ficar mais abatida, a pessoa idosa pode desenvolver pneumonia, com consequências graves.”

As coberturas vacinais apresentam queda a cada ano, estima o Ministério da Saúde.

“Com o objetivo de retomar o quanto antes as altas coberturas, ou seja, a alta proteção, a orientação do Ministério da Saúde é que os municípios iniciem a vacinação com todos os grupos prioritários ao mesmo tempo, para dar mais oportunidade às pessoas de atualizar a caderneta”, afirma Gatti.

  1. Quais são os grupos prioritários?
    Os grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde são:

Idosos com 60 anos ou mais; crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias); gestantes e puérperas; povos indígenas; trabalhadores da saúde; professores das escolas públicas e privadas; pessoas com comorbidades; pessoas com deficiência permanente; forças de segurança e salvamento; Forças Armadas; caminhoneiros; trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso; trabalhadores portuários; funcionários do sistema prisional; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, e população privada de liberdade.

  1. Como é o esquema vacinal das crianças?
    Todas as crianças que receberam pelo menos uma dose da vacina influenza em anos anteriores, devem receber apenas uma dose em 2023.

“Para a população indígena e pessoas com comorbidades, a vacina está indicada para as crianças de 6 meses a menores de 9 anos de idade. Deve ser considerado o esquema de duas doses para as crianças de 6 meses a menores de 9 anos, que serão vacinadas pela primeira vez, devendo-se agendar a segunda dose para 30 dias após a primeira dose”, diz Gatti.

  1. Por que a vacina deve ser tomada todos os anos?
    Os imunizantes utilizados no SUS são trivalentes, produzidos pelo Instituto Butantan e distribuídos para toda a rede pública de saúde.

A composição da vacina muda a cada ano, de acordo com as cepas do vírus que mais circulam no momento, informadas nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Como o vírus influenza sofre constantes mutações, é importante tomar a vacina atualizada todos os anos para manter a proteção.

“Isso acontece porque é preciso elevar o número de anticorpos no organismo. Os vírus sofrem mutações constantes. Além disso, há vários tipos de influenza que circulam no mundo. Por isso, existe uma vigilância global, exercida pela Organização Mundial da Saúde, para saber que tipo de vírus está circulando. Essa vigilância dita, justamente, qual é a composição da vacina. Então, ano após ano, a vacina muda”, detalha o especialista.

  1. A vacina causa efeitos colaterais?
    A vacina é segura e composta de vírus não ativado, de acordo com o ministério. Como qualquer imunizante, ela estimula o sistema imunológico a produzir defesa.

“É comum a pessoa ter uma sensação de dor no corpo ou uma eventual febre baixa. Isso nada mais é do que o próprio organismo reagindo contra os antígenos que foram injetados com a vacina. Esse é o primeiro passo para a pessoa ter garantida a sua proteção. Esses eventos são raros, mas quando acontecerem, não devem preocupar. É simplesmente o corpo reagindo e criando defesas”, pontua.

  1. Quanto tempo dura a proteção da vacina?
    A detecção de anticorpos protetores se dá entre duas a três semanas depois da vacinação e apresenta, geralmente, duração de 6 a 12 meses. O pico máximo de anticorpos ocorre após 4 a 6 semanas.

“A proteção conferida pela vacinação é de aproximadamente um ano, motivo pelo qual ela é feita anualmente”, acrescenta o infectologista.

  1. A vacina da gripe pode ser aplicada junto à vacina da Covid-19 ou outras?
    A aplicação da vacina da gripe pode, sim, ser feita em conjunto com outras vacinas. O Ministério da Saúde orienta que os municípios aproveitem a oportunidade da visita das pessoas à unidade de saúde para atualizar também a imunização contra a Covid-19 e, se for possível, atualizar outras vacinas pendentes no calendário de cada um.
  2. Qual a orientação para vacinação de gestantes e puérperas?
    As gestantes apresentam maior risco de doenças graves e complicações causadas pela influenza, podendo ser vacinadas em qualquer idade gestacional.

Todas as mulheres no período até 45 dias após o parto estão incluídas no grupo-alvo de vacinação. Para isso, deverão apresentar documento que comprove o puerpério (certidão de nascimento, cartão da gestante, documento do hospital onde ocorreu o parto, entre outros) durante o período de vacinação.

  1. Onde são fabricados os imunizantes contra a gripe?
    No Brasil, são utilizadas no SUS vacinas produzidas pelo Instituto Butantan.

Serão distribuídas aos estados mais de 80 milhões de doses de forma escalonada, de acordo com o avanço da campanha.

  1. Quem não faz parte dos grupos prioritários pode se vacinar?
    Quem não faz parte dos grupos definidos pelo ministério pode tomar a vacina na rede privada, os valores variam de uma região para outra. Em média, a dose é ofertada por valores que vão de R$ 89 a R$ 180 reais.

A composição do imunizante é semelhante à da dose disponibilizada pelo SUS, com o acréscimo de uma cepa do vírus da gripe.

CNN

Postado em 23 de abril de 2023

Genial/Quest: Tarcísio é favorito dos candidatos para substituir Bolsonaro em caso de inelegibilidade

Se Jair Bolsonaro (PL) estiver inelegível em 2026, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), desponta como o favorito para substituí-lo, mostra Pesquisa Genial/Quaest divulgada neste sábado. Para 21% dos candidatos, caso esteja impedido de concorrer, o ex-presidente deve apoiar seu ex-ministro da Infraestrutura na próxima disputa presidencial.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) é citada por 15% como uma possível sucessora do marido, enquanto o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), é o preferido de 10%. Apenas 5% acreditam que o herdeiro político do ex-presidente deve ser o senador Flávio Bolsonaro (PL), um de seus filhos. Um quarto dos passageiros, porém, diz que Bolsonaro não deveria apoiar nenhum deles.

Segundo a pesquisa, Tarcísio tem a preferência dos homens (27%), enquanto Michelle é mais citada pelo público feminino (19%).

O governador de São Paulo se destaca no Sudeste, região em que 26% dos consumidores afirmam que ele é quem deve receber o apoio de Bolsonaro para concorrer em 2026. Zema também tem um desempenho melhor na região, sendo lembrado por 15% dos passageiros.

A ex-primeira-dama, por outro lado, demonstra mais força no Sul e Centro-Oeste/Norte do país: 22% e 19%, respectivamente, cravam que ela deveria ser a substituta de Bolsonaro. Veja os números:

Os dados do levantamento ainda apontam para uma vantagem do governador de São Paulo entre os candidatos com ensino superior (29%) e renda familiar acima de cinco reservas mínimas (27%).

As chances de Bolsonaro ficar impedido de concorrer tornaram-se maiores após a Procuradoria-Geral Eleitoral defender a inelegibilidade do ex-presidente devido a manifestações de abuso de poder político em ataques feitos ao sistema eleitoral em reunião com embaixadores. Há ainda outras 15 ações contra Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A pesquisa entrevistou 2.015 consumidores com 16 anos ou mais entre 13 e 16 de abril. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

ESTADAO

Postado em 23 de abril de 2023

Cappelli, novo ministro do GSI, diz que entregou imagens do 8 de janeiro ao STF

O novo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, informou que já entregou todas as imagens do Palácio do Planalto referentes ao dia 8 de janeiro, quando manifestantes depredaram o prédio, em Brasília. A confirmação foi repassada em postagem nas redes sociais, na noite deste sábado (22).

Na última sexta-feira (21), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a quebra do sigilo do conteúdo imposto pelo Planalto e a íntegra do material em 48 horas.

“Já entregamos ao STF a íntegra das imagens do Palácio do Planalto do dia 8 de janeiro e uma cópia da sindicância aberta no GSI”, escreveu Cappelli no Twitter.

A ordem ocorreu dias após a CNN Brasil divulgar gravações em que o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, andava nos corredores do prédio com a presença de invasores. No mesmo dia, o militar da reserva pediu demissão do cargo.

O ministro, também relator dos inquéritos envolvendo os ataques de 8 de janeiro, deu 48 horas para a Polícia Federal (PF) ouvir todos os servidores do GSI identificados nas imagens em que o ex-ministro aparecia.

Gonçalves Dias diz que foi enganado
Nesta sexta-feira (21), Gonçalves Dias depôs à PF sobre as imagens divulgadas pela CNN. Apuração exclusiva da Band Brasília dão conta de que o ex-ministro disse que foi enganado por servidores do GSI sobre o funcionamento das câmeras de segurança. Isso porque, ao ser perguntado pelo Planalto, o general da reserva disse que as os equipamentos daquele corredor onde caminhava estavam danificadas.

As câmeras do terceiro andar ficam em posições estratégicas do Palácio do Planalto, pois estão próximas ao gabinete do presidente da República. Gonçalves Dias disse que tentou tirar os manifestantes do local da forma mais pacífica possível porque as prisões aconteciam no segundo andar.

O depoimento de Gonçalves Dias foi determinado, na última quinta-feira (20), por ordem de Moraes.

Planalto impôs sigilo
No começo de fevereiro, o governo federal impôs sigilo sobre imagens brutas de vândalos no Planalto. A motivação da decisão se dá pelo uso dos vídeos nas investigações contra os criminosos. Os trechos já liberados seguem disponíveis.

As imagens da depredação foram captadas pelo sistema interno de câmeras de segurança do Planalto.

Nota da Comunicação
Em nota, a Secretaria de Comunicação Social do governo informou que toma todas as medidas que cabem ao Poder Executivo na investigação dos atos criminosos em 8 de janeiro, ação que culminou na invasão e depredação do Supremo Tribunal Federal (STF), Planalto e Congresso Nacional.

“Todos os envolvidos em atos criminosos no dia 8 de janeiro, civis ou militares, estão sendo identificados pela Polícia Federal e apresentados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário”, diz a nota.

BAND

Postado em 23 de abril de 2023

Militar que deu água a vândalos no Planalto era da equipe de viagem de Bolsonaro

O novo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, ficou responsável por informar ao Supremo Tribunal Federal (STF) os nomes dos servidores que aparecem nas imagens do Palácio do Planalto, em 8 de janeiro, dia da invasão de prédios na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Até agora, 10 militares que aparecem nas imagens divulgadas, inicialmente, pela CNN Brasil foram identificados. Na noite deste sábado (22), Cappelli informou que enviou ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos sobre a invasão, uma cópia da sindicância aberta pelo GSI.

“Já entregamos ao STF a íntegra das imagens do Palácio do Planalto do dia 8 de janeiro e uma cópia da sindicância aberta no GSI”, escreveu Cappelli no Twitter.

A Band conseguiu os dados dos servidores filmados. Um deles é o capitão Eduardo Natale de Paula Pereira, filmado quando distribuía água aos invasores, nomeado para o GSI em 2020. Ele fazia parte da equipe de viagens do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-vice-presidente Hamilton Mourão. Veja os outros nomes enviados ao STF abaixo:

general Carlos Feitosa Rodrigues;

coronel Wanderli Batista da Silva Júnior;

coronel Alexandre Santos de Amorim;

tenente-coronel do Exército Alex Marcos Barbosa Santos;

tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Marcus Vinicius Braz de Camargo;

coronel André Luiz Garcia Furtado;

capitão do Exército Adilson Rodrigues da Silva; e o
sargento da Aeronáutica Laércio da Costa Júnior.

Nas gravações divulgadas, hoje, após a quebra de sigilo autorizada por Moraes, é possível ver a condução dos vândalos por integrantes do GSI para andares inferiores do Planalto, sem tumulto.

Em outra imagem, o capitão Natale de Paula Pereira aparece empurrando um manifestante, mas depois desiste e o homem sai com um extintor nas mãos. Agora, as investigações dirão se esses servidores facilitaram ou não a invasão do Planalto.

Diante desses novos desdobramentos, o governo mudou a estratégia e quer usar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que pode ser aberta na próxima semana, para investigar os financiadores dos atos criminosos.

Para governistas, a CPMI usará as quebras de sigilo fiscal e bancário para chegar aos empresários por trás da depredação.

“Quem financiou, quem está por trás, quais são os agentes econômicos que têm interesse em destruir a democracia brasileira e, por último, o núcleo militar, quem são os militares que estão por trás dessa tentativa de golpe? Esse é o desafio da CPMI”, disse o deputado Reginaldo Lopes (PT).

BAND

Postado em 23 de abril de 2023

Lula afirma que faltam ‘pequenos ajustes’ para acordo UE-Mercosul

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender o acordo entre a União Europeia e o Mercosul durante discurso na XIII Cimeira Lusa-Brasileira, que aconteceu neste sábado (22). O petista realiza a primeira viagem oficial à Europa do seu terceiro mandato.

“Se depender de mim, a gente vai fazer o acordo entre União Europeia e Mercosul. Faltam pequenos ajustes e nós temos condições de fazer”, afirmou Lula ao lado do primeiro-ministro de Portugal, Antonio Costa.

Na declaração do presidente, ele também pediu uma “discussão mais séria” entre a União Europeia e a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

“Se depender de mim, a gente vai rearticular a unidade da América do Sul, porque a gente quer provar que juntos nós somos um grande bloco econômico e juntos temos muito mais chances de negociar, sabe, em igualdade de condições com a União Europeia”, declarou.

Assinatura dos acordos
As assinaturas entre os membros de ambos os governos aconteceram durante a XIII Cimeira Lusa-Brasileira. O evento constava na agenda do presidente Lula em sua passagem por Portugal. Além da participação do petista, também estavam presentes no evento os ministros Nísia Trindade, da Saúde; Margareth Menezes, da Cultura; e Luciana Santos, Ciência e Tecnologia; Silvio Almeida, dos Direitos Humanos; e Mauro Vieira, das Relações Exteriores.

“O que nós fizemos hoje, o acordo na saúde, educação, para pessoas com deficiência, ou seja, é uma coisa muito nobre da relação Brasil e Portugal”, declarou Lula após as assinaturas dos acordos bilaterais.

Em discurso, Lula valorizou a cultura portuguesa e a história do país que, segundo ele, poderia ser ensinada aos brasileiros nas universidades, além do conhecimento científico, tecnológico e a arte do país.

“Eu quero dizer para vocês que o Brasil está de volta e está de volta para melhorar a nossa relação, para compartilhar com Portugal as oportunidades de crescimento e queremos compartilhar com o país as possibilidades de investimentos, queremos convencer os empresários a construir políticas de compartilhamento, de sociedade para que cresçam juntos. Somente isso vai fazer com que a gente tenha possibilidade de dar ao Brasil um lugar no mundo que já deveria ter conquistado”, desabafou Lula.

Veja a lista dos acordos assinados entre Brasil e Portugal
1 Acordo Complementar ao Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre a República Portuguesa e a República Federativa do Brasil, assinado em Porto Seguro, em 22 de abril de 2000, sobre a concessão de equivalência de estudos no Brasil (ensino fundamental e médio) e em Portugal (ensino básico e secundário);

2 Memorando de Entendimento entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da República Portuguesa, a Agência Espacial Portuguesa – Portugal Space, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e a Agência Espacial Brasileira, para Cooperação de Uso Pacífico do Espaço, Ciências Espaciais, Tecnologias e Aplicações;

3 Protocolo de coprodução cinematográfica luso-brasileira entre o Instituto de Cinema e Audiovisual de Portugal e a Agência Nacional do Cinema (Ancine) entre o Ministério da Cultura de Portugal e o Ministério da Cultura do Brasil

4 Memorando de Entendimento para Cooperação Internacional entre o Ministério da Saúde, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o Ministério da Economia e do Mar e a Fundação Oswaldo Cruz-Fiocruz;

5 Acordo em matéria de proteção a testemunha;

6 Acordo de cooperação destinado a instalação e funcionamento da escola Portuguesa de São Paulo, centro de ensino de língua e cultura portuguesa;

7 Memorando de entendimento da criação de mecanismo de cooperação bilateral para o intercâmbio de boas práticas na promoção e defesa dos direitos de pessoas com deficiência;

8 Memorando de entendimento no domínio de energia;

9 memorando de entendimento no domínio de geologia e minas;

10 memorando de entendimento para promover reconhecimento mútuo de títulos de condução;

11 Carta de Lisboa na área da Saúde

12 memorando de entendimento entre o turismo de Portugal e a Embratur

13 protocolo de cooperação entre a Lusa e a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC)

BAND

Postado em 23 de abril de 2023

Políticos sondam Alckmin sobre impeachment de Lula

Políticos ligados ao PSDB e que integram o bloco de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional consultaram, de acordo com a coluna “Último Segundo”, do Portal “IG”, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) sobre um pedido de impeachment do chefe do Executivo. De acordo com o texto, os ex-colegas de Alckmin queriam saber se ele “toparia assumir o país em caso de afastamento de Lula”.

O ex-governador de São Paulo, por sua vez, teria colocado um ponto final no assunto. “O presidente é o Lula”. Ainda conforme a coluna “Último Segundo”, um tucano chegou a confirmar o diálogo, mas negou que o PSDB tenha interesse na abertura de um processo de impeachment contra Lula. “Foi uma conversa informal em que os deputados brincavam”, relatou.

A crise envolvendo o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, provocou, nesta semana, desgaste ao governo Lula, que passou a apoiar a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos terroristas de 8 de janeiro em Brasília.

A temperatura alta da política na capital federal pode ter estimulado oposicionistas a levar o assunto ao pessebista. Depois da “consulta sobre o impeachment”, informou o Portal “IG”, Alckmin contou a Lula sobre o ocorrido. “Eu confio em você”, teria dito o presidente a seu vice.

Correio Braziliense

Postado em 23 de abril de 2023

Internautas resgatam fotos de Mion com Bolsonaro após críticas a Lula

O apresentador Marcos Mion foi alvo de uma série de críticas após a publicação de um vídeo desaprovando as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre deficientes intelectuais em uma declaração sobre os ataques recentes às escolas brasileiras. Internautas retrucaram a declaração de Mion resgatando uma série de fotos do encontro dele com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que ocorreu em 2020.

O vídeo em questão critica uma declaração de Lula, que afirmou, em reunião com ministros e governadores sobre prevenção de violência nas escolas na última quarta-feira (19/4), que “pessoas com deficiência mental têm um problema de desequilíbrio de parafuso”.

A fala, de acordo com Mion, é considerada capacitista, e o termo, inadequado. “Temos de nos policiar, de aprender, de nos adequar. Isso não só é muito pejorativo, quanto incentiva outras pessoas que continuem usando esses termos, que precisam ficar no passado”. Segundo o apresentador, o termo correto a se falar é “deficiente intelectual”, e não “mental”.

Considerado um forte ativista anti-capacitismo desde que seu filho Romeo, de 17 anos, foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Mion enfatizou no vídeo que boa parte da população do país não tem acesso à informação e pode reproduzir e repercutir negativamente as falas do presidente.

“Sem contar a enorme quantidade de brasileiros que não têm acesso à informação, daí chega o presidente e fala isso. A gente, aqui, lutando pela aceitação, conscientização, normatização de todas essas condições, noite e dia. Essa pessoa sem informação pode olhar para seu filho com deficiência intelectual e perder as esperanças, porque se o presidente diz que ele tem um parafuso desequilibrado, para que ela vai continuar lutando?”, apontou.

Por conta desta fala, alguns internautas resgataram fotos de 2020, quando Mion encontrou Jair Bolsonaro para a sanção da Lei 13.977, que estabelece a emissão da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CipTEA). A norma leva o nome de Romeo Mion, filho do ator e apresentador.

De forma não costumeira, a lembrança deste momento levou Mion a ser criticado tanto por apoiadores de Lula quanto de Bolsonaro.

“Engraçado ele [Marcos Mion] dizer que a fala de um presidente incentiva outras pessoas. Estou procurando o vídeo dele sobre as falas e atitudes do Bolsonaro, como incentivar criança a violência, pintar clima com criança, dizer que tem que fuzilar a oposição… [e não encontrei]”, escreveu um usuário do Twitter.

“Mesmo o Bolsonaro tendo sancionado a Lei Romeo Mion, uma das causas defendidas por Michelle Bolsonaro, o apresentador, ator e ativista na causa autista, na qual se engajou após ter seu filho Romeu autista, Marcos Mion fez o L. Ingrato! Agora fica reclamando do ladrão”, disse outro.

No vídeo do apresentador, ele ainda pede por uma via de mão dupla para que haja conscientização e respeito coletivo a respeito das pautas anti-capacitistas, e inclui a participação do atual presidente do Brasil.

“Não adianta nada eu e milhares de perfis seguirmos postando conteúdo se quem está do outro lado escuta e joga fora tudo que ouviu. É preciso que cada um se comprometa também a mudar, ouvir, aprender e nos ajudar a passar isso adiante. E incluo o presidente Lula nisso. Antes de se propor a falar por todos, o candidato a presidente deve conhecer e respeitar a todos. O mesmo vale para todas as autoridades que nos representam”, declarou.

Correio Braziliense

Postado em 23 de abril de 2023

‘Dancinha da picanha’: deputado português ironiza eleitores de Lula

O deputado português André Ventura usou as redes sociais para ironizar eleitores do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em vídeo gravado na quarta-feira (19/4), dois dias antes da chegada do petista à Lisboa, o parlamentar europeu dança junto de colegas ao som de uma música com a letra “foi com papo de picanha que o Lula te enganou”.

azendo a letra ‘L’ com as mãos, Ventura canta e dança uma paródia da música “Haja Amor”, de Luiz Caldas. O português usa a picanha, corte reiteradamente citado por Lula durante a campanha presidencial do ano passado para falar sobre os eleitores do presidente barsileiro.

Ventura é o atual presidente do partido Chega, legenda associada a movimentos conservadores e de extrema-direita em Portugal. O parlamentar ficou em terceiro lugar na disputa presidencial do país europeu em 2021, já foi vereador da cidade de Loures e também comentarista esportivo na TV portuguesa.

O Chega convocou uma manifestação contra a visita de Lula ao país para a próxima terça-feira (25/4) em frente à Assembleia Portuguesa, em Lisboa. Em suas redes sociais, ventura compartilhou cartazes do evento com os dizeres “Lugar de ladrão é na prisão. Não queremos Lula da Silva em Portugal”.

O presidente Lula chegou à Lisboa na manhã desta sexta-feira (21/4) acompanhado de oito ministros. A comitiva brasileira pretende estreitar os laços com Portugal após anos de relação diplomática estremecida sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL), crítico do governo português por seu alinhamento à esquerda.

https://www.youtube.com/shorts/5r4R_juqX-Y

Estado de Minas

Postado em 22 de abril de 2023