O Eternal Pink, um raro e belo diamante rosa-púrpura de 10,57 quilates, irá a leilão em junho por um valor estimado de US$ 35 milhões (cerca de R$ 180 milhões), anunciou a casa de leilões Sotheby´s.
A peça será a estrela do leilão de Joias Magníficas da Sotheby’s, que será realizado em 8 de junho em Nova York, nos Estados Unidos.
Com lapidação almofadada e sem imperfeições internas da mina de Damtshaa, em Botsuana, essa gema é considerada a quintessência do rosa, com cor e brilho incomparáveis. Chega ao mercado como o diamante rosa-violáceo mais valioso já leiloado.
“Suas linhas refinadas combinadas com a intensidade de sua cor lhe conferem um lugar como uma das gemas mais extraordinárias do mundo”, explica o vice-presidente-executivo e chefe de laboratório e pesquisa do Instituto Gemológico da América (GIA), Tom Moses. Segundo a Sotheby’s, a peça pode ser comparada a “obras-primas de arte, muito mais raras que um Magritte ou um Warhol”.
Os diamantes rosa são as gemas mais raras e procuradas no mercado global e um refúgio para os investidores.
O recorde de leilão desse tipo de pedra preciosa é do CTF Pink Star, vendido por US$ 71,2 milhões em Hong Kong, em 2017. Já o Williamson Pink Star, vendido por US$ 57,7 milhões também em Hong Kong, em 2022, ostenta o recorde de preço mais alto por quilate, fixado em quase US$ 5,2 milhões.
A maior e mais tradicional feira de exposição e leilão de animais do interior do Estado.
De 13 a 16 de abril, no Parque de Exposições Dr José Bezerra de Araújo.
Expositores regionais e nacionais; Feira de negócios, produtos artesanais e gastronômicos; Torneio leiteiro; Apresentações culturais; e 65 mil reais em prêmios.
Após uma longa tramitação na Câmara Municipal de Currais Novos, a Lei 3.838/2023, que autoriza o Município oferecer Assistência Jurídica gratuita a pessoas hipossuficientes, foi finalmente promulgada pela Câmara, mesmo após ter sido vetada pelo Prefeito Odon Júnior. O fato acontece quando o Poder Legislativo aprova o Projeto na Casa, mas ele é vetado pelo Poder Executivo, em seguida os Vereadores derrubam o veto do Prefeito e a própria Câmara promulga a Lei sem precisar ser sancionada pelo Prefeito.
Foi exatamente isso o que ocorreu para que as pessoas que são mais carentes de recursos financeiros, possam ter garantidos agora em Lei, o direito por parte do Município de ser prestado esse serviço de Assistência Jurídica. O projeto de Lei, de autoria do Vereador Daniel Bezerra, havia sido aprovado na Câmara ainda no mês de agosto de 2022. Após ser remetido para a sanção do Prefeito Odon JR, que se negou a sancionar, ele foi mais uma vez aprovado na Câmara, quando os Vereadores derrubaram o veto do Prefeito, ainda no mês de Novembro.
Após isso acontecer, se esperava que o Poder Executivo viesse sancionar a Lei, fato que não aconteceu. Começava ali uma disputa administrativa que renderam mais quatro meses, até que neste mês de março, finalmente, a Lei foi promulgada pelo Poder Legislativo. “Na nossa visão a garantia de prestar esse serviço, também pelo Poder Público Municipal, às pessoas que não tem condições de pagar um advogado, é um dever do Estado a nível de Município e um direito delas que lhes são negados. Quantas vezes o pobre perde suas garantias de acesso à justiça, por não terem condições de pagar um advogado que o defenda? Nossa Defensoria Pública do Estado, é muito sobrecarregada e ter mais essa opção por parte da Prefeitura, será mais oportunidade de ser feito justiça aos cidadãos. Eu agradeço aos meus pares que, nesse momento, deixaram de lado qualquer ligação política, derrubando o veto do Prefeito ao nosso projeto e se colocando no lugar dessas pessoas mais humildes. Nossa luta agora é para que essa Lei não seja mais uma que fica apenas no papel, iremos buscar fazer com que ela funcione na prática, tendo em vista a grande necessidade das pessoas mais humildes de terem acesso aos seus direitos”, foram as palavras do Vereador Daniel Bezerra ao nosso Portal.
Segundo prevê a Lei, o cidadão que quiser ter acesso aos serviços de assistência judiciária gratuita deverá apresentar um requerimento por escrito, acompanhado da documentação necessária, que comprovem sua situação de hipo necessidade, ou que esteja cadastrada no Cadastro Único, à Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (SEMTHAS). Os serviços deverão ser dentre outros, orientação jurídica ao cidadão, como também as condições dele postular em juízo ações judiciais mais pertinentes, de preferência, no âmbito do Direto da família em geral.
A boa relação entre Jair Bolsonaro (PL) e Nelson Piquet fez com que o ex-presidente escolhesse a fazenda do tricampeão mundial de Fórmula 1, em Brasília, no Distrito Federal, para guardar os presentes que recebeu durante o seu mandato, incluindo os conjuntos de joias sauditas. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo a apuração da publicação, as caixas com os presentes de Bolsonaro saíram pelas garagens privativas do Palácio do Planalto e do Palácio do Alvorada até a propriedade de Piquet no Lago Sul, uma das regiões nobres de Brasília.
Em um primeiro momento, o ex-presidente determinou o despacho dos itens do dia 7 de dezembro. Porém, os presentes só foram levados para a fazenda do ex-piloto no dia 20 do mesmo mês, 11 dias antes do final do mandato de Bolsonaro. A tentativa de resgate das caixas com os diamantes no aeroporto de Guarulhos para Michelle Bolsonaro aconteceu na semana seguinte.
De acordo com o Estadão, Bolsonaro deixou claro que o objetivo era ficar apenas com itens de grande valor material. Cartas e livros, por exemplo, foram enviados para o Arquivo Nacional do Rio de Janeiro e a Biblioteca Nacional do Rio.
Em contato com a reportagem, Nelson Piquet não respondeu o questionamento de ter guardado os presentes recebidos por Bolsonaro. O tricampeão mundial é apoiador ex-presidente. Ele, inclusive, dirigiu o Rolls-Royce que levava Bolsonaro durante o desfile de 7 de setembro de 2021.
O que diz a lei? A tentativa do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em tentar dar entrada a um conjunto de joias avaliadas em R$ 16,5 milhões de forma ilegal no Brasil infringe um entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU) que, em 2016, especificou regras sobre o acervo presidencial ao analisar caso envolvendo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na época da Operação Lava Jato.
Naquele ano, o tribunal determinou que presentes entre chefes de Estado sejam incorporados ao patrimônio da União, conforme já estabelecido – porém, sem muita especificação -, no Decreto 4.344/2002. A exceção é apenas para itens de natureza personalíssima (como medalhas ou honrarias personalizadas) ou de consumo próprio (alimentos, bebidas, roupas ou perfumes, por exemplo).
As joias milionárias não entrariam na exceção e, portanto, deveriam ter sido declaradas como parte do patrimônio da União, o que não ocorreu. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, que denunciou o caso, a Receita Federal orientou integrantes da comitiva do governo, que tentaram entrar no País com as joias, de que os itens seriam regularizados se fossem declarados como patrimônio público da Presidência. “Isso não aconteceu no caso em análise”, informou o órgão. Ainda de acordo com o jornal, o governo realizou oito tentativas para tentar liberar as joias.
O conjunto de peças de diamantes, que inclui colar, par de brincos, anel e relógio, estava na mochila de um assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, quando a comitiva desembarcou no Brasil, no dia 26 de outubro de 2021, após viagem para a Arábia Saudita. As joias seriam um presente do governo saudita para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O ex-presidente Bolsonaro se defendeu do caso, revelado pelo Estadão, afirmando que não pediu, nem recebeu o presente. Já a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, a quem o item mais valioso do presente seria endereçado, também negou ter conhecimento das joias e ironizou o ocorrido.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), confrontou a afirmação do deputado André Fernandes (PL-CE) que o acusou de responder a 277 processos na Justiça, segundo o JusBrasil. O chefe da pasta participou da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara nesta terça-feira (28/3).
Durante a audiência da CCJ, o ex-governador do Maranhão declarou que “nunca respondeu a nenhum processo judicial” e foi indagado pelo deputado federal André Fernandes sobre supostos processos que aparecem em nome do ministro após uma busca realizada na plataforma JusBrasil.
“Não acredito que tenha sido de mau gosto, talvez simplesmente não lembre porque, enfim, foram poucas as vezes. O senhor acabou de falar que não responde a nenhum processo e no JusBrasil diz que o senhor responde a 277 processos. Mas são poucos, eu acredito que tenha esquecido”, afirmou o deputado Fernandes.
Em resposta ao parlamentar, Dino declarou que irá “contar para os alunos como piada” e em seguida explicou que os resultados que aparecem na pesquisa no JusBrasil não são referentes apenas aos processos nos quais o cidadão é réu.
A situação provocou uma crise de risos em Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e ex-interventor da Segurança Pública do Distrito Federal. Ele estava sentado logo atrás de Dino e não se segurou diante da resposta do chefe. A reação de Cappelli viralizou nas redes sociais.
JusBrasil O JusBrasil é um plataforma não oficial direcionada para a consulta jurídica e o acompanhamento de processos reais.
A ferramenta coleta, organiza e divulga informações sobre processos, leis e decisões judiciais. Para advogados, o JusBrasil oferece serviços pagos para consulta jurídica.
Em conversa reservada, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), avisou pessoalmente o presidente Lula sobre sua decisão de antecipar a aposentadoria para logo depois do feriado da Páscoa.
Havia pedidos de ministros do Supremo e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ele ficar até o dia 11 de maio, quando completará 75 anos. Lewandowski deve enviar o ofício formalizando o pedido de aposentadoria até o final desta semana.
O encontro entre Lula e Lewandowski aconteceu na semana passada no Recife, quando o ministro do Supremo homologou na quarta (22) o acordo entre a União e o estado de Pernambuco para gestão compartilhada do arquipélago de Fernando de Noronha.
A homologação aconteceu no Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo de Pernambuco, com a presença da governadora Raquel Lyra (PSDB). Chamou a atenção dos presentes a conversa prolongada dos dois numa mesa em que ficaram afastados das demais autoridades.
Sucessão Com a aposentadoria de Lewandowski, Lula também terá que antecipar o processo de escolha de um nome para a vaga.
Em conversas no STF, o ministro Lewandowski não tem economizado elogios ao jurista e professor Manoel Carlos de Almeida Neto, que foi Secretário-Geral da Presidência do STF e do TSE e é pós-doutor e doutor em Direito Constitucional pela USP.
“Ele é uma espécie de filho para mim”, disse recentemente Lewandowski para dois interlocutores no Salão Branco do Supremo.
Já o presidente Lula tem elogiado publicamente o seu advogado Cristiano Zanin em vários momentos. Mas no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional, interlocutores do presidente avaliam o custo político de uma indicação de Zanin para a primeira vaga.
“Uma coisa é certa: nessas duas vagas, Lula fará uma escolha pessoal baseada na sua experiência com a própria Corte”, sinalizou ao blog um ministro próximo de Lula.
A Guarda Ambiental de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense (RJ), encontrou na tarde de segunda-feira (27) um homem de 51 anos trabalhando em condições análogas à escravidão. O órgão havia sido chamado para verificar uma denúncia de criação irregular de porcos em uma propriedade rural em Carlos Sampaio. A informação é do Extra.
O homem trabalhava em troca de abrigo e se alimentava da mesma comida que era servida aos porcos. O proprietário da criação legal foi levado à delegacia e preso em flagrante.
“Fomos chamados para verificar uma denúncia de criação ilegal de porcos e encontramos esse senhor deitado num colchonete. Ele explicou que trabalhava cuidando dos porcos e não recebia nada, era apenas em troca do abrigo. Vivia sem banheiro, só um buraco no chão, e sem água. Ele bebia água do curso d’água próximo. Ele comia a mesma lavagem que dava aos porcos, as condições eram péssimas”, contou Carlos Januzzi, coordenador operacional da Guarda Ambiental de Nova Iguaçu.
Após quase dois anos, tempo que permaneceu na propriedade em que foi encontrado, o senhor foi encaminhado para o abrigo Centro de Acolhimento da Rede Sócio Assistencial do município.
“Não tomava banho de chuveiro havia mais de um ano. Lá, era só banho de balde com a água que pegava num vizinho. Foi bom dormir numa cama e tomei café com pão e manteiga. Me senti mais digno”, afirmou o senhor.
O pedreiro disse que se assustou com a chegada de homens da patrulha ambiental do município. Os guardas o encontraram deitado em cima de um velho colchão, armado sobre três engradados plásticos, numa espécie de cama improvisada.
Durante a chegada dos patrulheiros, o homem disse ter pensado que se fosse preso teria o que comer e beber.
“Tinha vez que eu não fazia nenhuma refeição. Então, comia da comida que era servida aos porcos. Pegava um pouco pra mim dos restos de frutas, legumes e arroz. Só tinha comida mesmo se eu conseguisse fazer um biscate e comprasse alguma coisa. Onde estava não recebia nada. Quando eles chegaram [patrulheiros ambientais] pensei que fosse ser preso, mesmo sem ter cometido nenhum crime. Fiquei com medo, mas pensei que se isso fosse acontecer eu terei um lugar para onde comer e beber”, relatou.
O Brasil atingiu nesta terça-feira (28) a marca de 700 mil vidas perdidas devido à infecção pelo coronavírus. Ao longo da pandemia, os índices de casos e de mortes pela doença apresentaram oscilação, influenciada principalmente pela circulação de novas variantes do vírus.
De acordo com os dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o país tem um total de 700.239 mortes e 37.258.663 casos da doença desde o início da pandemia em 2020.
O acompanhamento dos indicadores da Covid-19, feito a partir de semanas epidemiológicas, revela que o pior cenário no país foi observado na semana de 4 a 10 de abril de 2021.
Na ocasião, foram registrados 21.141 óbitos semanais e o país contabilizava mais de 351 mil vítimas, de acordo com os dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). O dia com o maior número de mortes foi 8 de abril daquele ano, com um total de 4,2 mil vidas perdidas para a infecção pelo coronavírus.
O acumulado de 700 mil mortes foi atingido quase um ano e meio após o Brasil registrar 600 mil óbitos pela Covid-19, no dia 7 de outubro de 2021. Naquele ano, as marcas de 100 mil mortes foram atualizadas em prazo consideravelmente mais curto
Cenário epidemiológico O contexto epidemiológico atual mostra uma desaceleração no ritmo de mortes no país, devido a causas multifatoriais. Entre elas estão o avanço da vacinação, a aplicação de doses de reforço e a formação da imunidade conferida pela infecção natural pelo vírus.
O dia com o maior número de mortes no Brasil foi 8 de abril de 2021, com um total de 4,2 mil vidas perdidas para a infecção pelo coronavírus. A partir da primeira semana de abril de daquele ano, o número de óbitos no Brasil entrou em tendência de queda – o momento coincide com a maior disponibilidade de doses contra a doença no país.
Foram apresentados aumentos ligeiros em junho de 2021 e fevereiro de 2022, mas com índices substancialmente inferiores aos comparados com o recorde da pandemia.
No início de 2022, o Brasil registrou um recorde no número de casos semanais. Na semana de 23 a 29 de janeiro do ano passado, foram notificados 1.305.447 casos, elevando o total de infecções a mais de 25 milhões no país.
Estima-se que o aumento na circulação do vírus no período foi potencializado pela introdução da variante Ômicron, altamente transmissível, identificada em novembro de 2021. A alta nas infecções, no entanto, não foi acompanhada em mesmo ritmo pelos indicadores de óbitos. Na mesma semana, o total de óbitos registrado chegou a 3.723.
Avanço na aplicação do reforço Apesar da melhoria significativa do cenário epidemiológico da doença e uma relação direta entre a redução de casos graves e mortes pela infecção ao processo de vacinação, o país enfrenta dificuldades em alavancar a aplicação de doses de reforço.
“A vacinação contra a Covid-19 é um divisor de águas na pandemia no Brasil por que diminuiu de maneira drástica o número de casos graves e mortes. Ao mesmo tempo, ela traz em si uma responsabilidade aumentada por que as pessoas tendem a falar menos e pensar menos em Covid e achar que a pandemia acabou”, afirma o médico infectologista Evaldo Stanislau de Araújo, da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas de São Paulo.
As últimas estimativas do Ministério da Saúde apontam que cerca de 19,1 milhões de brasileiros estão com a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em atraso e não estão completamente protegidos contra a infecção.
O número de pessoas que deixaram de receber a primeira dose de reforço chega a 68,6 milhões. Outros 30,2 milhões estão atrasados com a segunda dose de reforço.
“O próximo perigo que nós temos que enfrentar é que as pessoas deixem de tomar as doses de reforço da vacina que certamente serão necessárias ainda por muito tempo. E com isso, a gente perca a proteção imunológica que nós temos hoje. Então, voltaríamos a ter um cenário potencialmente mais grave, com aumento de mortes e internações por Covid-19”, diz o médico.
Por outro lado, a aplicação das doses da vacina bivalente avança no país. Até o momento, mais de 5,6 milhões de brasileiros já garantiram a dose de reforço com as vacinas atualizadas. Entre os idosos, são 949,7 mil doses nas pessoas de 60 a 64 anos; 1 milhão nas pessoas de 65 a 69 anos; 1,2 milhão entre as de 70 a 74 anos; 882,5 mil no público de 75 a 79 anos e 989,8 mil nos idosos de 80 anos ou mais.
Para receber o imunizante, é preciso ter completado o esquema primário com as monovalentes e respeitar um prazo mínimo de quatro meses desde a última dose recebida. O Ministério da Saúde reforça que, tanto as vacinas monovalentes quanto as bivalentes, têm segurança comprovada e são igualmente eficazes na proteção contra o coronavírus.
Com a possibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ser considerado inelegível à Presidência da República, a ex-ministra e senadora Damares Alves (Republicanos) destacou que pode ser considerada uma aposta de seu partido para o próximo pleito. A declaração foi dada em entrevista ao O Globo. “Tem eu. Não se esqueçam de mim, sou boa”, afirmou.
Damares avaliou a possibilidade de candidatura após a viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos, que, segundo ela, serviu para que ele pudesse se recompor após a derrota eleitoral. Ela acrescentou que a volta de Bolsonaro ao Brasil despertou nela um receio, tendo em vista que há uma possibilidade do ex-presidente ser preso. No entanto, segundo ela, houve uma “volta aos eixos”. “Bolsonaro fez bem em se afastar do Brasil porque havia toda uma insegurança jurídica naqueles dias. Eu acho que as coisas agora estão voltando aos eixos. Ele fez bem em sair para se recompor, para voltar forte, reunir o time, liderar. Bolsonaro é nosso líder natural, é o líder da direita, é o meu líder. Vai voltar muito bem. Está sorrindo, está alegre, está comendo”, pontuou.
A ex-ministra não descarta a possibilidade de Bolsonaro ser considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, em decorrência disso, se coloca à disposição para representar uma candidatura da direita em 2026. “Tem eu. Não esqueçam de mim, sou boa. Temos muita gente boa na direita, o (senador Rogério) Marinho, que é extremamente discreto, mas que foi um grande ministro, deu conta do recado”, prosseguiu. “Tem o (Hamilton) Mourão, Tarcísio (Freitas), (Romeu) Zema, temos muita gente boa na direita. Agora o nosso líder ainda é Bolsonaro. Se ficar inelegível, essa conversa com certeza vai ser feita e vamos escolher quem tem mais chance”, afirmou. Ela acrescenta que, apesar da tentativa do Partido Liberal (PL) em reforçar a imagem da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para 2026, ela não pretende ser candidata. “Ela (Michelle) não quer, não fala disso. Hoje o que ela quer fazer é ajudar a fortalecer a direita, ela quer bater um recorde de mulheres filiadas ao partido. Cargo eletivo ela não fala, hoje não está no coração dela”, relatou. No caso das joias envolvendo o nome da ex-primeira-dama, que é sua amiga, Damares ponderou que o caso está sendo investigado e que está tranquila em relação ao episódio. ”Estamos muito tranquilos, a investigação vai chegar no resultado que a gente espera. Como está em processo de investigação e tem muita gente falando sobre isso, eu gostaria de não falar sobre as joias”, disse. Ao ser questionada se tinha recebido algum presente, a aliada de Bolsonaro admitiu que não recebeu nenhum mimo de fora do país, mas que, enquanto ministra, recebeu presentes no ministério. “Lá fora eu nunca ganhei presente. Eu ganhei muitos presentes no ministério, ganhei muito cocar, muito artesanato. Minha pasta lidava com mulheres presidiárias, então eu ganhava muito artesanato. Eu ganhei um sapato uma vez, acho que deve custar uns R$ 250 hoje. Eu cataloguei todos os presentes que eu ganhei, até a cocadinha que vinha da Bahia. Para minha tristeza, agora em janeiro alguém do ministério apagou o nosso arquivo”, explicou. Damares, que está estreando no Congresso, defende a criação de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre atos antidemocráticos, pois, segundo ela, a investigação revelará quem estava por trás dos atos terroristas. “Eu acredito que a gente teve muitas prisões indevidas. A gente vai querer que isso seja investigado. Quem sabe em futuro pensar em uma reparação a essas pessoas que tiveram suas vidas interrompidas por uma prisão indevida e acusadas de terroristas”, afirmou. A crítica ao isolamento da oposição no Senado, que ficou sem comando de comissões, também foi discutida durante a entrevista. “O isolamento já está imposto. O fato de não terem respeitado a proporcionalidade, que a legislação nos garante, da representatividade nas comissões, isso já foi uma afronta. Como a gente reagiu com isso? Vamos mostrar que a gente pode trabalhar e mostrar produtividade porque nossas propostas são muito boas “, apontou. O partido Republicanos, no qual Damares está inserida, tem articulado com o governo para aderir à base. A ex-ministra pontua que, ainda que isso aconteça, continuará filiada à sigla. “Mesmo se meu partido se declarar da base, eles respeitam a objeção de consciência. Não sairia (do partido) porque já está muito claro que se eles forem para base, eu me manterei desse jeito. Só se eles me expulsarem, mas eu não sairia do partido”, finalizou.
As pessoas estão mais estressadas, tristes e preocupadas, de acordo com uma pesquisa global.
Comparado com o fim da última década (2009), o sentimento de sofrimento global passou de 25% para 31% em 2021 em todo o mundo.
Somente em 2020, no primeiro ano da pandemia, o aumento foi de 2,5 pontos percentuais.
Os dados foram publicados em um artigo nesta segunda (27) na revista científica PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences), ligada à Academia Nacional de Ciências americana.
O estudo, conduzido por Michael Daly, da Universidade de Maynooth (Irlanda), e Lucía Macchia, da Universidade Cidade de Londres (Reino Unido), buscou identificar as tendências globais de sentimentos de aflição e estresse, que podem estar ligados a uma piora na saúde mental.
De acordo com os pesquisadores, dados regionais de aumento dos sentimentos de tristeza e estresse nos Estados Unidos e Reino Unido já eram conhecidos desde a década de 1990, mas pouco se sabia sobre a tendência global.
Os cientistas então utilizaram os dados de uma plataforma chamada Gallup (Bases de Dados Globais para Uso Público, em inglês) com informações de mais de 1,53 milhão de adultos de 113 países, incluindo o Brasil, de 2009 a 2021. O questionário continha dados sociodemográficos, como idade, sexo, renda mensal e escolaridade, e perguntas sobre sentimentos de estresse e tristeza -“Você experimentou os seguintes sentimentos por uma parcela significativa no dia anterior?”- com respostas sim e não.
Cada resposta era codificada (zero para não e um para sim) e, com base nos dados, foram quantificadas em porcentagens para analisar o aumento da sensação de sofrimento.
A análise de sensação de sofrimento levou em consideração as sensações pessoais e, assim, não pode ser utilizada para avaliar a prevalência populacional de ansiedade e depressão, afirmam os autores. No entanto, é possível que esse quadro tenha piorado após a pandemia, especialmente nos mais jovens.
Segundo o estudo, globalmente os sentimentos de tristeza e estresse aumentaram em todas as categorias e grupos etários, mas ele foi maior em pessoas com até o ensino fundamental completo (aumento de 9,53%) e com a menor renda familiar (aumento de 7,27%).
As mulheres (6,75%) e pessoas mais jovens, com 35 anos ou menos (6,87%), também tiveram o maior aumento de sensação de estresse e tristeza na última década.
Quando considerados os três sentimentos independentes, os de estresse (9,97%), tristeza (6,31%) e preocupação (6,22%) registraram aumento significativo de 2009 a 2021, enquanto ódio não teve uma subida estatisticamente significativa no mesmo período.
Já considerando o aumento de 2020 para 2021, a pandemia piorou os sentimentos de tristeza e estresse em todos os grupos exceto nos adultos com 55 anos ou mais e naqueles indivíduos com a escolaridade e renda mensal mais baixas. Embora seja um aumento significativo, os pesquisadores afirmam que esse aumento a curto prazo ainda precisa de maior monitoramento para confirmar se será superior ao observado em anos pré-pandêmicos.
Para Michael Daly, professor associado do Departamento de Psicologia da Universidade de Maynooth, o aumento da sensação de tristeza e estresse nos jovens com 35 anos ou menos demonstra uma série de fatores aos quais eles são expostos diariamente, a começar pelas pressões frente ao mundo pós-crise.
“Algumas explicações possíveis no período analisado incluem o período após a crise econômica global de 2008, em que as incertezas econômicas relacionadas à segurança no trabalho e às dívidas contraídas foram vivenciadas por muitas pessoas, mas tiveram um impacto particular nos adultos e grupos menos poderosos.”
Neste sentido, a pandemia da Covid também teve um efeito maior na saúde mental dos jovens, como também foi evidenciado em estudos feitos no Brasil.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), houve um aumento de 25% da prevalência global de ansiedade e depressão no primeiro ano da pandemia, e os dados da última pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por inquérito Telefônico) de 2021 apontam que 13,5% da população brasileira teve diagnóstico de depressão. São os jovens e as mulheres que mais sofrem com exaustão e preocupação constante no trabalho, segundo um estudo desenvolvido pela UFRJ.
“A disrupção social foi maior para adultos jovens, que tendem a desenvolver relações sociais maiores e mais diferenciadas em vez de manter um mesmo grupo com quem se relaciona com frequência. As experiências podem, inclusive, se sobrepor a sentimentos de depressão e ansiedade (e também de tristeza e preocupação) e geram uma preocupação de aumento desses sintomas, levando a aumento de diagnósticos”, afirma o pesquisador.
“Também há a possibilidade de que uma maior conscientização e aceitação dos problemas mentais e emocionais possam explicar o aumento [do sofrimento] nos mais jovens, embora isso não explicaria a subida também nos grupos menos escolarizados”, diz Daly.
Compostos químicos causadores de câncer chamados de nitrosaminas foram detectados em uma série de alimentos do dia a dia e representam um risco à saúde da população, alertou a Agência Europeia de Segurança Alimentar (EFSA, da sigla em inglês) nesta terça-feira.
Na avaliação, a autoridade encontrou 10 tipos de nitrosaminas que são consideradas carcinogênicas, ou seja, que aumentam o risco para o desenvolvimento de um câncer, e também genotóxicas, que podem causar danos ao DNA.
“A nossa avaliação conclui que, para todos os grupos etários da população da União Europeia (UE), o nível de exposição a nitrosaminas nos alimentos constitui um problema de saúde. Com base em estudos com animais, consideramos a incidência de tumores hepáticos (no fígado) como o efeito mais crítico para a saúde”, afirmou o presidente do Painel sobre Contaminantes na Cadeia Alimentar da EFSA, Dieter Schrenk, em comunicado.
Embora tenha sido realizado na Europa, o monitoramento chama a atenção por ter encontrado as substâncias em comidas comuns do dia a dia. A agência identificou as nitrosaminas em diferentes tipos de alimentos, como carnes curadas (salame, presunto, entre outros), peixe processado, cacau, cerveja e outras bebidas alcoólicas.
O grupo alimentar que mais contribuiu para a exposição aos compostos foram a carne e seus derivados. No entanto, o alerta da EFSA destaca ainda que “as nitrosaminas também podem estar presentes em outros alimentos, incluindo vegetais processados, cereais, leite e produtos lácteos ou alimentos fermentados, em conserva e condimentados”.
A agência afirmou que compartilhará os resultados da análise com a Comissão Europeia, que irá discutir com as autoridades nacionais quais são as medidas necessárias para reduzir o risco de saúde pública proveniente das nitrosaminas.
Por enquanto, orienta que balancear a dieta com uma variedade de alimentos pode ajudar os consumidores a reduzir o risco de comer regularmente alimentos com altas concentrações da substância.
O que são as nitrosaminas?
As nitrosaminas são moléculas que podem ser criadas a partir de reações químicas envolvendo aminas e nitritos, que são muito utilizados para conservar alimentos, especialmente de carnes curadas. Essa transformação pode ocorrer durante o processo de fabricação, mas também acontecem no estômago. Por isso, o excesso de nitrato também é considerado danoso à saúde.
Em um estudo publicado no ano passado, na revista científica Nature, pesquisadores da Queen’s University Belfast, no Reino Unido, conduziram um experimento com camundongos em que alimentaram uma parte com carne de porco processada contendo 15% de nitritos e, os demais, com uma versão sem o composto.
Como resultado, os indivíduos do primeiro grupo desenvolveram 75% mais câncer no trato intestinal quando comparado aos que não ingeriram os nitritos. Um dos autores do trabalho, o professor da universidade Chris Elliott OBE, pediu na época que os achados levassem o governo britânico a rever os limites da substância nos alimentos.
“Os resultados deste novo estudo tornam o risco de câncer associado à carne curada com nitrito ainda mais claro. O consumo diário de bacon e presunto contendo nitrito representa um risco muito real para a saúde pública”, disse em comunicado.
Ao término da sessão conturbada na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (28/3), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que quem cometer crimes “contra o ministro da Justiça” será denunciado às autoridades competentes.
“Eu respeito a oposição, mas a oposição não pode ser criminosa, como alguns poucos fazem”, disse Dino. O ministro criticou a postura adotada pela oposição na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ).
“Infelizmente há pessoas que tentam fraudar e desrespeitar o regimento interno e que acabam conduzindo a situações que fragilizam não o governo, mas o Congresso Nacional”, afirmou o ministro.
O ministro compareceu à Camara para prestar esclarecimentos sobre pautas da segurança pública, como a política de armas do governo Lula (PT) e os atos golpistas promovido por bolsonaristas em 8 de janeiro.
Dino rebateu a tese de que a diminuição da criminalidade no Brasil tem relação com o aumento de armas de fogo durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). O ministro da Justiça defendeu que a queda nos índices criminais aconteceu por causa da ação das polícias.
Ao comentar o recadastramento de armas no sistema da Polícia Federal, Dino disse, sem citar números, que a quantidade de armas recadastradas atualmente na PF já é maior que o número de armas que estavam cadastradas no Sigma (sistema do Exército).
Um cursinho preparatório para concursos de Criciúma (SC) foi notificado pelo Procon, nesta segunda-feira (27/3), por disseminar fake news em apostilas. A empresa Domina Concursos tem 10 dias para prestar esclarecimentos sobre a denúncia. O caso também foi levado ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Segundo o Procon, a apostila tem “um ataque virulento de fake news” contra autoridades como o presidente Lula, a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, o atual ministro da Suprema Corte Dias Toffoli e contra o Partido dos Trabalhadores.
A reportagem tentou contato com o responsável pela empresa pelo telefone que aparece no site, WhatsApp e por e-mail, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.
A reforma tributária terá uma regra “suave” de transição de 20 anos, disse, nesta terça-feira (28), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em discurso na Marcha em Defesa dos Municípios, ele afirmou que esse prazo evitará que as prefeituras percam recursos.
Haddad defendeu a urgência de aprovação da reforma tributária, citando o alto volume de processos judiciais em torno de disputas que envolvem impostos no país. “[Existe uma] briga para pagar ou não pagar imposto. Às vezes, a pessoa nem sabe o que deve”, declarou o ministro durante o evento, organizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).
O ministro pediu “um pouquinho de desprendimento” aos municípios. Segundo ele, a união para aprovar a reforma tributária é necessária para mudar o sistema e incentivar o crescimento da economia. “Aqui não é guerra federativa, entre Estados, municípios e União. Estamos ouvindo dos 27 governadores que essa reforma tributária é justa, porque coloca o cidadão acima de tudo. Ele tem que estar no alto das prioridades”, declarou.
Haddad considerou a reforma tributária entre “as três ou cinco medidas” mais importantes para o país. Além da mudança no sistema de impostos, ele citou a reforma no sistema de crédito e o novo marco fiscal, como as principais medidas do governo na área econômica.
Tebet Também presente no evento, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que os prefeitos não devem temer a unificação do Imposto sobre Serviços (ISS), atualmente administrado pelos municípios, com o Imposto sobre a Circulação sobre Mercadorias e Serviços (ICMS). Ela repetiu o argumento de Haddad de que a reforma tributária não retirará recursos dos municípios e poderá resultar em mais receitas, por causa do crescimento da economia.
“Esta reforma tributária é a única bala de prata que temos. Embora a reforma mantenha a arrecadação igualitária nos primeiros 20 anos, ela alivia a indústria, faz a indústria ser competitiva”, declarou. A ministra reiterou que o governo pretende criar um fundo constitucional para compensar eventuais perdas de recursos durante o prazo de transição.
Relator Relator da reforma tributária, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse haver comprometimento dos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, em relação ao tema. Segundo ele, existe a disposição dos dois em botarem o tema em votação ainda este ano. Ribeiro também garantiu que as discussões levam em conta os municípios.
“Temos o desafio de não olhar cada um para si, mas de olhar o todo. E com essa obrigação, temos de entender que a vida ocorre no município. O prefeito é um pouco de delegado, médico, psicólogo, um pouco de tudo. Precisamos ter um país mais forte do ponto de vista do seu crescimento econômico. Estamos falando de promoção de riqueza, de geração de emprego e renda. Isso vai fazer nossa economia crescer e consolidar o Estado brasileiro como um país forte”, afirmou.