Indústria puxa saldo positivo e RN cria 2.220 vagas de emprego em maio

Postado em 1 de julho de 2025

O mercado de trabalho formal no Rio Grande do Norte fechou o mês de maio de 2025 com saldo positivo na geração de empregos. Segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o estado criou 2.220 postos com carteira assinada no mês, resultado de 23.696 admissões contra 21.476 demissões.

O desempenho foi puxado, principalmente, pela indústria, que liderou a geração de vagas, com saldo de 2.974 empregos, representando uma recuperação significativa frente ao resultado de maio de 2024, quando o setor havia criado 566 postos formais. A construção civil, tradicionalmente um motor do mercado formal de trabalho no estado, registrou um saldo mais modesto, de 65 empregos, bem abaixo dos 695 postos criados no mesmo mês do ano anterior.


Já o setor agropecuário teve saldo positivo de 356 vagas, resultado superior ao do mesmo mês do ano passado, quando somou apenas 42 postos. O comércio também apresentou avanço, com saldo de 349 empregos em maio de 2025, superando com folga os 64 registrados em maio de 2024.


Por outro lado, os serviços foram o grande freio na performance do emprego potiguar. O setor registrou um saldo negativo de 1.524 vagas em maio, fruto de 10.275 desligamentos frente a 8.751 contratações. Esse número contrasta com o desempenho do setor em maio de 2024, quando os serviços criaram 1.521 empregos formais. A retração impactou diretamente o resultado geral do estado.


No total, apesar de positivo, o desempenho do setor formal de trabalho no RN em maio ficou inferior ao mesmo mês do ano passado, quando foi registrado um saldo de 2.888, resultado de 20.026 contratações contra 17.138 desligamentos.


Já no acumulado de 2025, o estado contabiliza um saldo positivo de 5.356 empregos formais. Entre janeiro e maio houve 110.193 admissões e 104.837 demissões.


Na análise setorial dos primeiros cinco meses do ano, o Caged aponta que os serviços permanecem na liderança da geração de empregos, mesmo com o desempenho negativo no último mês contabilizado. O setor criou 3.931 vagas no período, seguido pela construção civil (2.626), indústria (2.243) e comércio (596).


A agropecuária, no entanto, acumula um desempenho negativo expressivo de janeiro a maio: foram 3.373 admissões contra 7.413 demissões, resultando em um saldo de -4.040 vagas, o pior entre todos os setores.


O comportamento do mercado potiguar tem oscilado mês a mês. Abril apresentou saldo de 2.692 empregos, com destaque para os serviços (2.462). Em março, porém, o estado amargou saldo negativo de -1.885 postos, influenciado por cortes na agropecuária (-2.112), ocasionados pelo fim da safra de frutas. Fevereiro (2.628) e janeiro (299) também mostraram movimentos positivos, mas ainda modestos frente à volatilidade setorial.

No país, 148.992 novas vagas

O mercado formal de trabalho manteve a trajetória positiva no país e fechou o mês de maio com a criação de 148.992 vagas com carteira assinada. O resultado é decorrente de 2.256.225 admissões e 2.107.233 desligamentos. Com isso, o país acumula um saldo de 1.051.244 postos formais no ano de 2025 até agora e de 1.628.644 nos últimos 12 meses.


Os serviços, diferentemente do Rio Grande do Norte, lideraram a geração de empregos, com 70.139 vagas. O comércio também teve saldo positivo de 23.258, seguido da Indústria, com geração de 21.569 postos; Agropecuária, que gerou 17.348 empregos; e Construção com 16.678 vagas criadas no mês.


Entre os estados os maiores geradores de emprego foram São Paulo (+33.313), Minas Gerais (+20.287) e Rio de Janeiro (+13.642). O maior crescimento relativo ocorreu no Acre, com variação de 1,24%. O saldo negativo foi verificado apenas no Rio Grande do Sul, com saldo de -115 vagas de emprego.

Empregos no RN (maio/2025)

2.220
Saldo de empregos no RN

148.992
Saldo de empregos no Brasil

Saldo por setor (RN):
Indústria: 2.974 empregos
Agropecuária: 356 empregos
Comércio: 349 empregos
Construção civil: 65 empregos
Serviços: -1.524 empregos

Fonte: Caged/Ministério do Trabalho