Na tentativa de dialogar com o eleitorado de centro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia dar mais protagonismo para o vice-presidente Geraldo Alckmin e para a ministra do Planejamento, Simone Tebet.
O objetivo, segundo assessores do governo, é passar a ideia de que o petista não governa sozinho, mas também com o bloco partidário que o apoiou em 2022. E também reafirmar que, em 2026, Lula quer reconstruir a frente ampla entre esquerda e centro, com as participações tanto do MDB como do PSB.
A ideia é de que Alckmin adote a dianteira na construção de pontes do Brasil com os Estados Unidos, de Donald Trump. Uma viagem do vice-presidente os Estados Unidos está em estudo.
Para Tebet, a expectativa é de que ela ajude na consolidação das parcerias com a China. A ministra dialogou com os chineses em negociações sobre a rota de integração na América do Sul com investimentos chineses.
Tanto Alckmin como Tebet são considerados pelo governo petista como ativos de centro que podem ajudar Lula a se reaproximar do eleitorado moderado.
A avaliação no Palácio do Planalto é de que o petista deve se reaproximar desse eleitorado, que votou nele no segundo turno em 2022, para evitar que migre para a oposição em 2026.
Lula, aliás, avalia o nome de Tebet como candidata a vice-presidente caso Alckmin seja convencido a ser candidato ao Senado Federal no ano que vem.
Hoje, o PSB defende que Alckmin seja novamente candidato a vice-presidente em uma chapa presidencial com Lula.
O pior momento da popularidade do presidente Lula, apontado pelo Datafolha, e a dúvida sobre sua competitividade em 2026 fez com que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, já admitisse a aliados a possibilidade de se candidatar a presidente em 2026.
Segundo um aliado próximo do governador confidenciou à CNN, Tarcísio topa 100% a empreitada.
A condição que ele tem apontado para se lançar é que tenha o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, algo hoje ainda incerto tendo em vista a aposta do ex-presidente em conseguir uma anistia, recuperar seus direitos políticos e se lançar em 2026.
Segundo relato de interlocutor do governador paulista à CNN, a candidatura de Tarcísio depende de Jair Bolsonaro.
O cenário foi tratado na recente conversa entre o secretário da Casa Civil de Tarcísio e presidente do PSD, Gilberto Kassab, e Bolsonaro, em conversa recente no Palácio dos Bandeirantes.
O dirigente partidário saiu com a convicção de que Bolsonaro tentará até o último instante se viabilizar, o que barraria o lançamento de Tarcísio.
Bolsonaro está “entupindo” o caminho do Tarcísio com essa indefinição, relatou à CNN uma terceira fonte muito próxima ao governador.
Logo, o lançamento da candidatura de Tarcísio passa pelo aceite e apoio de Bolsonaro, o que ainda não existe dada a intenção do ex-presidente se candidatar.
Uma outra variável colocada nesta equação é se Lula sairá ou não candidato.
Um outro dirigente partidário disse à CNN que se Lula sair, Bolsonaro tenderá a optar por apoiar um nome forte como o de Tarcísio.
Se Lula não sair candidato, Bolsonaro apoiaria um dos filhos para a candidatura com a leitura de que seria uma eleição mais fácil de vencer.
Se isso ocorrer, o que os dirigentes à direita relatam é que, sem Tarcísio, haverá uma pulverização de nomes da direita com um pacto de não-agressão no primeiro turno que leve a um apoio conjunto ao nome que for ao segundo turno contra o PT.
Bolsonaro ou Tarcísio uniriam a direita e, sem eles, cada partido irá lançar o seu próprio candidato e, quem for ao segundo turno, terá o apoio dos demais, relatou uma fonte à CNN.
Isso significa que Lula ou outro nome da esquerda estaria na urna ao lado de diversos nomes da direita. A lista hoje é grande: Eduardo Leite (PSDB), Ratinho Júnior (PSS), Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União Brasil) e um dos filhos de Bolsonaro.
Além desses, há ainda dois outsiders: Pablo Marçal (PRTB) e Gusttavo Lima.
A aposta, porém, é que ambos não se lançariam. Marçal porque tende a ser condenado pelo TSE em razão do laudo falso divulgado nas eleições de São Paulo. Gusttavo Lima, porque os partidos à direita avaliam que conseguiriam demovê-lo do que consideram uma aventura.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, deve apresentar ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta semana denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por suposto envolvimento em um plano de golpe de Estado após as eleições de 2022. No ano passado, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente e outros no caso.
O R7 apurou que a denúncia deve ser apresentada entre segunda e quarta-feira, antes do jantar oferecido pelo presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, a ministros e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está marcado para a noite de quarta (19).
Com a denúncia, o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF, dará 15 dias para que os denunciados enviem uma resposta escrita. Depois, Moraes libera a ação para o plenário julgar de forma colegiada o recebimento da denúncia. A Primeira Turma será responsável por analisar o documento e dar uma decisão. Ainda caberá recurso.
Caso a denúncia seja aceita pelo STF, os denunciados se tornam réus e passam a responder penalmente pelas ações na Corte. Então, os processos seguem para a instrução processual, composta por diversos procedimentos para investigar tudo o que aconteceu e a participação de cada um dos envolvidos no caso. Depoimentos, dados e interrogatórios serão coletados neste momento.
Entenda Segundo a Polícia Federal, as provas contra os investigados foram obtidas por meio de “diversas diligências policiais realizadas ao longo de quase dois anos, com base em quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas devidamente autorizadas pelo poder Judiciário”.
A investigação da Polícia Federal identificou que os indiciados se estruturaram por meio de divisão de tarefas, o que permitiu a individualização das condutas e a constatação da existência de seis grupos:
Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral; Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado; Núcleo Jurídico; Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas; Núcleo de Inteligência Paralela; Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas Ao todo, 37 pessoas foram indiciadas. Além de Bolsonaro, também estão na lista alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa). Os crimes apontados são abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
A confiança da população na Polícia Federal (PF) está em alta. Hoje, 53% dos brasileiros confiam na instituição, que vem atuando em diversas operações contra a corrupção e o crime organizado. Segundo informações da pesquisa AtlasIntel, divulgadas neste domingo (16/2), somente 32% dos entrevistados não confiam na corporação e outros 15% disseram não saber. No quesito confiança, a Polícia Militar (PM) vem logo atrás da PF, em segundo lugar. A corporação tem 50% de confiança, e o terceiro colocado, o Supremo Tribunal Federal (STF), tem 49%. Em quarto lugar, está a Polícia Civil, com 48%.
“Esse resultado é o reflexo de muitas ações, mas em especial do trabalho sério e dedicado dos quase 15 mil servidores que se dedicam diariamente em servir a sociedade brasileira, respeitando nossos valores institucionais: integridade, imparcialidade, eficiência, ética e inovação”, afirmou o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues ao Metrópoles.
O instituto AtlasIntel entrevistou 817 pessoas para realizar o levantamento, todas recrutadas de forma aleatória pela internet. A amostragem foi entre os dias 11 e 13 de fevereiro. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança dentro da margem de erro é de 95%.
Forças Armadas No mesmo gráfico em que a Polícia Federal está em primeiro lugar na confiança do brasileiro, as Forças Armadas não encontram o mesmo respaldo. Segundo a sondagem, 72% dos brasileiros não confiam no Exército e nas Forças em geral, como a Marinha e a Aeronáutica.
Atrás de todos está o Congresso Nacional, com 82% da desconfiança e somente 9% da confiança dos entrevistados pela pesquisa.
Na área do 13º Batalhão de Polícia Militar (BPM), a ocorrência de maior destaque entre a noite de domingo (16) e a manhã desta segunda-feira (17) foi um assalto registrado na cidade de São Vicente. Um cidadão teve sua moto tomada por criminosos armados em frente à Igreja Matriz da cidade.
De acordo com informações apuradas, a vítima estava sentada em frente à igreja quando dois indivíduos, em uma moto Honda Bros vermelha, se aproximaram e anunciaram o assalto. Um dos criminosos, armado, exigiu que a vítima entregasse a chave do veículo, fugindo em seguida com destino à cidade de Currais Novos.
O veículo roubado trata-se de uma motocicleta Honda CG 160 FAN, de cor vermelha, com placa RQE7J18. A Polícia Militar foi acionada e realiza diligências para localizar os suspeitos e recuperar o veículo. Até o encerramento desta matéria, nenhum suspeito havia sido preso.
A Polícia pede a colaboração da população para qualquer informação que leve ao paradeiro dos assaltantes ou da motocicleta roubada. Qualquer dado pode ser repassado de forma anônima através do WhatsApp da PM: (84) 98683-4708.
Currais Novos e região tiveram uma noite movimentada entre os dias 15 e 16 de fevereiro. As equipes do 13º BPM atenderam diversas ocorrências, com destaque para casos de violência doméstica, perturbação do sossego e um acidente de trânsito com vítima.
Currais Novos – 1ª Companhia
A Polícia Militar foi acionada cinco vezes para atender ocorrências de perturbação do sossego alheio, situação recorrente em diversas áreas da cidade. Além disso, uma ocorrência de violência doméstica foi registrada, porém o agressor foi conduzido e após a suposta vítima mudar a versão o suposto agressor foi liberado.
Acari – 2ª Companhia
Mais um caso de violência doméstica foi registrado em Acari, o agressor não foi localizado. As autoridades seguem acompanhando a situação para garantir a segurança da vítima.
Demais cidades da 2ª CPM
Florânia, São Vicente – Sem alterações relevantes.
Lagoa Nova – 3ª Companhia
A PM registrou um caso de vias de fato, onde os envolvidos foram orientados a procurar a delegacia para o registro do boletim de ocorrência.
Demais cidades da 3ª CPM
Bodó – Sem alterações.
Cerro Corá – Um acidente de trânsito deixou uma vítima ferida. As circunstâncias do acidente ainda estão sendo apuradas.
Tenente Laurentino Cruz – Sem alterações.
As equipes policiais seguem monitorando a região para garantir a ordem e segurança da população. Qualquer denúncia pode ser feita anonimamente pelo 190.
Uma das principais empresas da região teve suas atividades drasticamente afetadas na manhã de 15 de fevereiro após uma assembleia organizada por sindicatos sem qualquer vínculo com seu ramo de atuação. A manifestação, realizada em frente às instalações da companhia por entidades representativas de categorias profissionais distintas, gerou transtornos à operação sem apresentar demandas relacionadas ao negócio local.
De acordo com representantes da empresa, a mobilização surpreendeu a administração, que soube do evento apenas por meio de publicação no Diário Oficial – sem qualquer consulta ou autorização prévia para o uso do espaço adjacente às suas dependências. O objetivo dos manifestantes, conforme esclarecido durante a ação, era discutir a criação de uma nova entidade sindical, sem pleitos direcionados à empresa ou a seus funcionários.
Diante do bloqueio de acessos promovido pelo grupo – que impediu a entrada e saída de colaboradores –, a companhia acionou órgãos competentes para garantir a segurança do local e mitigar riscos operacionais.
A assembleia foi encerrada no começo da manhã, após intermediação das autoridades, e o fluxo de funcionários foi normalizado progressivamente.
Wesley Safadão recusou, nesta sexta-feira (14), um convite do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) para ser candidato a Senador pelo Estado do Ceará.
“Wesley agradeceu o convite, mas não tem intenção de entrar na política. O foco dele é música e vaquejada“, confirmou a equipe do cantor por meio de uma nota oficial.
O partido, que já tem confirmados para o próximo pleito nomes como Pablo Marçal, está no meio de uma reformulação partidária, e desejava o nome de Wesley já para a corrida ao Senado Federal de 2026.
À CNN, o presidente nacional do partido, Leonardo Avalanche, disse que o cantor estava “empolgado” com a possibilidade da candidatura, e que “as conversas já estavam avançadas”. A filiação ocorreria até o mês de março.
Coração social
A sigla sonha com a filiação de Safadão devido ao seu espírito empresarial e coração “voltado ao social”. “Ele quer deixar um legado para as próximas gerações”, contou Leonardo Avalanche ao O Globo.
O PRTB também quer Gusttavo Lima, que, em janeiro, chegou a afirmar que pretende se candidatar à presidência do Brasil. O “embaixador” ganhou, inclusive, o apoio do amigo Wesley Safadão, que chegou a compartilhar, nas redes sociais, uma chamada de vídeo ao lado do sertanejo, com a legenda “meu presidente”.
E há histórico da família de Safadão na política do Ceará. Em 2024, o irmão do cantor, Edim Oliveira, venceu as eleições para prefeito na cidade de Aracoiaba, localizada a cerca de 75 quilômetros de Fortaleza.
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta sexta-feira (14) manter a íntegra da decisão da Corte que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal e fixou a quantia de 40 gramas para diferenciar usuários de traficantes.
O Supremo julga, no plenário virtual, recursos protocolados pela Defensoria Pública e pelo Ministério Público de São Paulo para esclarecer o resultado do julgamento, que foi finalizado em julho do ano passado.
Até o momento, oito ministros seguiram o voto do relator, ministro Gilmar Mendes. Na semana passada, no início do julgamento virtual, o relator votou pela rejeição dos recursos.
Além de Mendes, os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Edson Fachin, André Mendonça, Luiz Fux e Cristiano Zanin votaram no mesmo sentido. A deliberação virtual será encerrada às 23h59.
Não legaliza
A decisão do Supremo não legaliza o porte de maconha. O porte para uso pessoal continua como comportamento ilícito, ou seja, permanece proibido fumar a droga em local público.
O Supremo julgou a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006). Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo.
A Corte manteve a validade da norma, mas entendeu que as consequências são administrativas, deixando de valer a possibilidade de cumprimento de prestação de serviços comunitários.
A advertência e presença obrigatória em curso educativo foram mantidas e deverão ser aplicadas pela Justiça em procedimentos administrativos, sem repercussão penal.
Marina Marinho é a nova seceretária de Turismo do Rio Grande do Norte. O anúncio foi feito pela governadora Fátima Bezerra na noite desta sexta-feira (14) por meio das redes sociais. Marina foi prefeita de Jandaíra, município do interior do RN, por dois mandatos.
A ex-prefeita vai substituir Solange Portela, que será secretária adjunta da pasta – ela estava no cargo principal desde 2023.
A aprovação do presidente Lula (PT) desabou em dois meses de 35% para 24%, chegando a um patamar inédito para o petista em suas três passagens pelo Palácio do Planalto. A reprovação também é recorde, passando de 34% a 41%. Acham o governo regular 32%, ante 29% em dezembro passado, quando o Datafolha havia feito sua mais recente pesquisa sobre o tema. Neste levantamento, foram ouvidos 2.007 eleitores em 113 cidades, na segunda (10) e na terça-feira (11), com margem de erro geral de dois pontos para mais ou menos.
O tombo demonstra o impacto de crises sucessivas pelas quais passa o governo, sendo a mais vistosa delas a do Pix. Ela ocorreu em janeiro, com a divulgação de que o governo iria começar a fiscalizar transações superiores a R$ 5.000 pela modalidade instantânea de transferência bancária.
Ato contínuo, houve uma cobrança da oposição, sugerindo controle indevido, e uma enxurrada de fake news dizendo que haveria uma taxação do Pix. O governo ficou atônito, e restou à Fazenda do ministro Fernando Haddad (PT) revogar a medida.
Lula preferiu atribuir o fiasco à sua comunicação e trocou a chefia do setor, promovendo o marqueteiro baiano Sidônio Palmeira para a vaga do petista Paulo Pimenta. Os problemas, contudo, continuaram.
A inflação de alimentos é um foco constante de preocupação, e o presidente não contribuiu com frases como aquela na qual sugeriu que as pessoas parassem de comprar comida cara. Se na teoria parece lógico, soou como um lavar de mãos, devidamente aproveitado pela mais ágil oposição.
Resultado: Lula colheu a pior avaliação de sua vida como presidente. Antes, havia atingido 28% de ótimo e bom em outubro e dezembro de 2005, no auge da crise do mensalão, em seu primeiro mandato (2003-06). Já o maior índice de ruim e péssimo fora registrado em dezembro passado (34%).
Seu terceiro mandato, iniciado em 2023, vinha sendo marcado por uma certa estabilidade na avaliação. Na média entre nove levantamentos do Datafolha, sua aprovação era de 36% e a reprovação, de 31%. Os números atuais falam por si.
Seu antagonista principal na polarização brasileira, o antecessor Jair Bolsonaro (PL), tinha uma reprovação semelhante a essa altura de seu mandato, marcando 40% de ruim/péssimo. Sua aprovação, contudo, era algo melhor: 31%.
A pesquisa mostra a erosão da popularidade de Lula inclusive em grupos usualmente próximos do petista, o que deve tornar as luzes amarelas acesas no Planalto em vermelhas. São estratos com grande importância eleitoral pelo tamanho.
Na parcela dos que ganham até dois salários mínimos, por exemplo, a aprovação caiu de 44% para 29%. Eles representam 51% da amostra populacional do Datafolha, e a margem de erro no grupo é de três pontos percentuais apenas.
Nos 33% dos ouvidos que só têm ensino fundamental, o tombo foi também de 15 pontos: de 53% para 38%. Aqui, a margem de erro é de quatro pontos.
Mesmo na fortaleza Nordeste, reduto eleitoral por excelência do petismo apesar do avanço do bolsonarismo, houve grande prejuízo, com o ótimo/bom deslizando de 49% para 33%, numa região que concentra 26% do eleitorado, com margem também de quatro pontos.
Entre eleitores de Lula no segundo turno contra Bolsonaro em 2022, o recuo foi de 20 pontos, chegando a 46%. Aqui, a desaprovação quase dobrou (7% para 13%), mas a desconfiança fez a opinião migrar mais para o regular, que foi de 27% para 40%. A margem de erro é de quatro pontos.
Colocando os números de aprovação na forma de saldo, Lula só se sai no azul entre os menos escolarizados, com uma margem positiva de dez pontos, e numericamente entre os nordestinos, com magros três pontos.
Já os piores grupos, em termos de saldo, são as três faixas de renda acima dos 2 mínimos: de 2 até 5 e de 5 até 10 salários (33 pontos negativos em ambos) e acima de 10 (45 negativos), ressalvando que aí as margens de erro são respectivamente de 4, 8 e 12 pontos, para mais ou menos.
A pesquisa não fez especulações eleitorais, mas servirá de combustível para o debate surdo que se ouve nas hostes governistas acerca das chances de Lula em 2026.
Outros levantamentos publicados recentemente apontam que ele segue favorito, mas ainda é cedo e não se sabe o impacto de longo prazo de uma exposição à chuva da desaprovação.
O próprio presidente tem tentado sugerir cautela, dizendo que será candidato no ano que vem “se estiver legal de saúde”. Ele já escolheu uma linha argumentativa, repetida por seus ministros, para explicar a crise em que seu governo se encontra.
“Esse é o meu ano. Eu quero desmascarar essa quantidade de mentira que tem nas fake news, no celular, todo mundo mentindo para todo mundo”, disse em viagem à região Norte na semana passada, restando sabe se isso será suficiente para inverter a curva ora desfavorável de sua aprovação.
Enquanto isso, a oposição se mexe, com os presidenciáveis mais óbvios, como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), e variantes do bolsonarismo das redes, como Pablo Marçal e Gusttavo Lima, testando as águas. Bolsonaro segue inelegível até 2030.
Três deputados do Rio Grande do Norte assinaram uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que institui o semipresidencialismo e o voto distrital misto no Brasil. Se aprovado ainda neste ano, o semipresidencialismo só passaria a valer a partir das eleições de 2030. Já o voto distrito misto entraria em vigor nas eleições de 2026. Dos oito deputados potiguares, assinam o texto: Benes Leocádio (União), General Girão (PL) e Robinson Faria (PL). Ao todo, a PEC já tem 179 assinaturas. O texto é de autoria do deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) e começou a ser discutido nas últimas semanas na Câmara dos Deputados.
No semipresidencialismo, o presidente eleito pelo voto popular direto divide o poder com um primeiro-ministro nomeado por ele, ouvido os partidos com maiores representações na Câmara. De acordo com a proposta, o primeiro-ministro será nomeado dentre os integrantes do Congresso Nacional maiores de 35 anos.
O presidente da República atua como chefe de Estado e comandante supremo das Forças. A ele cabe garantir a unidade e a independência da República, a defesa nacional e o livre exercício das instituições democráticas.
Por sua vez, o primeiro-ministro, juntamente com o conselho de ministros de Estado, chefia o governo. O primeiro-ministro elabora e apresenta ao presidente da República o programa de governo e, uma vez aprovado, comunica seu teor à Câmara dos Deputados.
O primeiro-ministro deve comparecer mensalmente ao Congresso, para explicar a execução do programa de governo ou expor assunto de relevância para o país.
A atuação do primeiro-ministro sustenta-se no apoio da Câmara dos Deputados.
A proposta de Luiz Carlos Hauly muda também o sistema eleitoral no Brasil, instituindo o voto distrital misto para a Câmara dos Deputados. Pelo sistema sugerido, o eleitor terá dois votos desvinculados: um para o candidato de seu distrito eleitoral e outro para o partido de sua preferência.
Um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) revela que as altas temperaturas no Rio de Janeiro estão diretamente relacionadas ao aumento da mortalidade, especialmente entre idosos e pessoas com doenças crônicas como diabetes, hipertensão, Alzheimer, insuficiência renal e infecções do trato urinário. A pesquisa analisou dados conforme os Níveis de Calor (NC) do protocolo da Prefeitura do Rio, que variam de 1 a 5. No NC 4, quando a temperatura ultrapassa 40°C por quatro horas ou mais, a mortalidade por doenças crônicas entre idosos aumenta 50%. No NC 5, com índice de calor igual ou superior a 44°C por duas horas, o risco é ainda maior e se agrava conforme a duração da exposição.
“O estudo confirma que, nesses níveis extremos, o risco à saúde é real”, afirma João Henrique de Araujo Morais, autor da pesquisa. Ele destaca que populações vulneráveis, como idosos, crianças, trabalhadores expostos ao sol e moradores de rua, são as mais afetadas.
A pesquisa propõe uma métrica inovadora, a Área de Exposição ao Calor (AEC), que considera o tempo de exposição ao calor intenso. Para idosos, uma AEC de 64°Ch aumenta o risco de morte por causas naturais em 50%, enquanto uma AEC de 91,2°Ch dobra o risco.
Calor excessivo O estudo compara dois dias: em 12 de janeiro de 2020, o índice de calor foi de 32,69°C, com AEC de 2,7°Ch. Já em 7 de outubro de 2023, o índice foi de 32,51°C, mas a AEC atingiu 55,3°Ch, 20 vezes maior, devido à duração prolongada do calor.
“Ao considerar apenas médias ou máximas, podemos subestimar dias anormalmente quentes. A métrica AEC identifica isso e pode ser usada para definir protocolos de adaptação ao calor”, explica Morais.
O estudo reforça a necessidade de medidas como pontos de hidratação, resfriamento e adaptação de atividades de trabalho, especialmente em níveis críticos de calor. “Ações como as do Protocolo de Calor do Rio devem ser difundidas para proteger a saúde da população, principalmente dos mais vulneráveis”, conclui o pesquisador.
Em busca de apoio para as eleições de 2026, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), se reuniu nesta sexta-feira com prefeitos e deputados em um almoço no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim. O encontro foi articulado pelo ex-senador José Agripino Maia, presidente estadual do União Brasil e entusiasta da candidatura de Allyson ao Governo do Estado em 2026.
O encontro teve a presença das prefeitas Nilda Cruz (Parnamirim) e Marianna Almeida (Pau dos Ferros) e dos prefeitos Paulinho Freire (Natal) e Judas Tadeu (Caicó). Além disso, participaram: a vice-prefeita de Parnamirim, Kátia Pires (União); a vereadora licenciada e secretária de Serviços Urbanos de Parnamirim, Carol Pires (União); e o vereador de Parnamirim Serginho (União).
Compareceram à reunião, ainda, os dois deputados federais do União Brasil no Rio Grande do Norte: Benes Leocádio e Carla Dickson. O marido de Carla, o ex-deputado estadual Albert Dickson, também participou. Além do ex-prefeito de Assú Ivan Júnior.
Querendo viabilizar seu nome para a disputa do Governo do Estado, Allyson tem intensificado sua agenda política. Nesta semana, ele foi a um outro encontro com prefeitos em Brasília, desta vez organizado pela senadora Zenaide Maia, líder do PSD no RN. Ainda na capital federal, Allyson se encontrou com os dirigentes nacionais do União Brasil Antônio Rueda (presidente) e ACM Neto (vice-presidente).
Além disso, o prefeito de Mossoró tem recebido políticos de todo o Estado, conversando sobre as próximas eleições.
As investigações apontam que o entorpecente seguiria por via marítima e tinha como destino a Europa
A Polícia Federal, com apoio da Receita Federal do Brasil, efetuou na noite da última quinta-feira, 13/02, em um imóvel comercial em Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal, uma apreensão de 360 kg de cocaína, com alto grau de pureza.
O entorpecente estava engenhosamente camuflado na estrutura metálica de paletes, exigindo um minucioso trabalho de busca, sendo necessário o uso de esmerilhadeira para o corte da estrutura a fim de revelar a droga escondida. Os paletes davam suporte a tanques plásticos que iriam ser abastecidos com polpa concentrada de manga. As investigações preliminares apontam que o produto seria enviado para a Europa por via marítima.
A partir de novas investigações, a Polícia Federal empreenderá ações para tentar identificar todo o grupo criminoso.