A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados ouve, nesta quarta-feira (9), testemunhas indicadas pela defesa da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) em processo de cassação.
Pela manhã, está prevista a oitiva de Walter Delgatti Netto, hacker condenado junto com Zambelli.
Os advogados da deputada afirmam ser “imperiosa” a oitiva do hacker por ele ser o “delator que constitui a base das acusações”.
Já pela tarde, os parlamentares tomam o depoimento do assistente técnico da defesa Michel Spiero. A oitiva de Spiero foi sugerida para que ele demonstre o “cerceamento da defesa” na ação penal que levou à condenação da congressista.
Os dois depoimentos devem ser realizados por videoconferência.
Zambelli passou a ser alvo de processo de cassação diante de condenação pela Primeira Turma do STF a dez anos de prisão por envolvimento na invasão do sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
A decisão, que também determina a perda do mandato, transitou em julgado, ou seja, não cabem mais recursos. Em 12 de junho, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou à CCJ a decisão do STF de condenar Zambelli à perda do mandato parlamentar.
Zambelli está presa desde 29 de julho em Roma, na Itália, após quase dois meses foragida.
O ex-deputado federal Rafael Motta falou pela primeira vez após o acidente de kitesurfe que sofreu em 22 de agosto, nas imediações do Forte dos Reis Magos, em Natal. Em vídeo publicado nesta terça-feira (9), um dia depois de deixar a UTI do hospital em São Paulo, onde permanece internado, Rafael destacou o sentimento de superação que tem vivido: “Eu sinto que despertei de um pesadelo com o direito de voltar a sonhar”.Play Video
Em sua fala, o político também agradece à equipe do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, que foi responsável pelo atendimento inicial após o acidente, ao que Rafael diz que “salvou a minha vida”.
Ele também relatou a gravidade do episódio, afirmando que passou por um “acidente gravíssimo” e classificou o momento como um dos mais desafiadores de sua vida.
O político agradeceu ainda pelas orações, mensagens e apoio recebidos nos últimos dias. Embora não tenha mencionado previsão de alta, informou que seu estado de saúde está melhorando. “Agora é seguir passo a passo, com calma, fé e confiança”, disse.
O Rio Grande do Norte contabilizou 83.695 empresas inadimplentes em junho de 2025, segundo o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian. O número representa uma proporção de 30,8% de negócios negativados no Estado. No cenário nacional, junho resgistrou um novo recorde histórico: 7,8 milhões de CNPJs estavam negativados, número que equivale a 32,9% de todas as companhias em atividade.
No recorte regional, o Nordeste superou a marca de 1,2 milhão de empresas inadimplentes. Alagoas apresentou a maior proporção (39,6%) na região, seguido pelo Maranhão (39,2%), Pernambuco (33,1%), Rio Grande do Norte (30,8%), Bahia (30,6%) e Paraíba (30,4%). Os menores índices foram registrados nos estados de Sergipe (29,4%), Ceará (28%) e Piauí (25,4%).
O levantamento mostra que a inadimplência empresarial se intensificou ao longo de 2025, somando mais de 100 mil novos negócios em atraso apenas entre maio e junho no país. Desse total, 7,4 milhões eram micro, pequenas e médias empresas, justamente o segmento mais sensível às oscilações econômicas e às dificuldades de acesso a crédito.
De acordo com Thales Medeiros, gerente da Agência Sebrae Natal, o cenário é desafiador, uma vez que os juros altos e o crédito mais restrito tornam a gestão financeira ainda mais crítica. “A falta de um planejamento financeiro robusto e falhas na gestão de caixa são fatores que agravam a situação”, explica.
Para enfrentar esse cenário, Medeiros destaca que o Sebrae orienta os empreendedores a buscar crédito de forma consciente e adequada à realidade de cada empresa. “Buscamos ajudar o empreendedor a planejar e a buscar o crédito de forma consciente, pois o desequilíbrio financeiro não é apenas um sinal de desordem, mas também um sintoma de um ciclo vicioso que se agrava com a dificuldade de acesso a novas linhas de crédito”, acrescenta.
O Sebrae recomenda que os empresários priorizem o chamado crédito orientado, explorando alternativas como o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (FAMPE), que funciona como garantidor em negociações com bancos e instituições financeiras. Além disso, a instituição oferece consultoria gratuita em crédito e participação em feirões de renegociação de dívidas, além da plataforma “Crédito Já”, que reúne opções de financiamento disponíveis no mercado.
Na análise nacional, o setor de serviços respondeu por 53,8% das empresas negativadas, seguido pelo comércio, com 33,9%. Para Marcelo Queiroz, presidente da Fecomércio RN, o cenário macroeconômico adverso tornou a gestão empresarial ainda mais desafiadora em 2025. “Juros altos, volatilidade cambial, inflação e aumento dos custos trabalhistas reduziram significativamente as margens, principalmente nos setores de comércio e serviços, intensivos em mão de obra e atrelados ao mercado de crédito”, declarou.
Nesse contexto, ele diz que também se destacam as empresas que têm nos entes públicos seus principais contratantes, como fornecedores e prestadores de serviço, igualmente pressionadas pela elevação de custos e pelo atraso nos pagamentos. “De forma geral, os empresários precisam no dia a dia tomar decisões importantes diante da limitação das receitas, o que leva à inadimplência em contas de serviços básicos, com fornecedores e impostos”, pontua.
Ele também observa que o quadro atual da inadimplência empresarial no estado dialoga com a situação das famílias potiguares: em agosto, 37,8% dos lares do RN estavam endividados, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Apesar do cenário desafiador, Queiroz projeta melhora para os próximos meses. “As perspectivas para o médio e longo prazo são melhores que o cenário atual, diante de inflação convergente para a meta e redução da taxa de juros, o que deve contribuir para a queda da inadimplência em âmbito empresarial e pessoal”, completa.
Os dados do Serasa apontam que as dívidas das empresas brasileiras totalizaram R$ 188,4 bilhões em junho, com uma média de R$ 24,1 mil por CNPJ e cerca de 7,4 contas não quitadas por empresa. Para a economista-chefe da Serasa Experian, Camila Abdelmalack, o ambiente financeiro do país contribuiu para o aumento. “Como uma correnteza que começa com o aperto financeiro nos negócios, a deterioração avança e deságua na inadimplência, que em junho de 2025, atingiu este patamar recorde de CNPJs. O ambiente de maior seletividade por parte dos credores pode ter limitado as possibilidades de negociação, contribuindo para este aumento”, avalia.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, reforçaram nesta terça-feira (9) as críticas ao julgamento do pai no Supremo Tribunal Federal (STF). Em novo pronunciamento, Flávio afirmou que a análise da Corte é uma “farsa” e comparou o voto do ministro Alexandre de Moraes a um ato de “vingança pessoal”. Já Eduardo chamou o magistrado de “criminoso”.
Para Flávio, o magistrado teria conduzido o processo com “ódio” e sem apresentar provas concretas.
“Uma tristeza no coração ver como uma pessoa trouxe um voto político com tanta raiva. Parecia o líder do governo do PT do Rio de Janeiro, preferindo palavras sem embasamento crítico, sem vinculação com absolutamente nenhuma prova. Como quem está ali praticando uma vingança, porque, na cabeça dele, parece que Jair Bolsonaro queria matá-lo”, disse o senador, em referência a uma das acusações contra o ex-presidente.
O parlamentar também ironizou uma das linhas de investigação, o chamado “plano verde e amarelo”, citado em delações como um suposto esquema golpista. “A ficção desse plano era da mesma proporção da ficção do voto de Alexandre de Moraes”, declarou.
Denúncias de manipulação processual Flávio Bolsonaro mencionou ainda denúncias feitas pelo ex-assessor de Moraes, Marcelo Tagliaferri, na Comissão de Segurança Pública da Câmara, na semana passada. Segundo ele, houve manipulação em decisões relacionadas a mandados de busca e apreensão contra empresários em 2022.
De acordo com o senador, uma perícia apresentada por pessoas independentes teria apontado indícios de que uma decisão de Moraes foi redigida seis dias após a data oficial registrada no processo.
“Confirma que a sentença dada por Alexandre de Moraes foi redigida após seis dias, com data retroativa. Isso é manipulação processual”, afirmou.
Moraes respondeu à acusação por meio de nota divulgada na última quinta-feira (4). Ele explica que, nos inquéritos das fake news e das milícias digitais, fez diversas determinações e solicitações, inclusive ao TSE, que tem competência para elaborar relatórios sobre atividades ilícitas como desinformação, discursos de ódio eleitoral, tentativa de golpe e atentado à democracia. O ministro afirmou ainda que todos os procedimentos foram regulares e devidamente registrado nos autos.
Ainda nesta terça (9), aliados de Jair Bolsonaro também divulgaram ataques ao próprio STF, afirmando que documentos disponibilizados no site da Corte estariam adulterados. Moraes e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues (apontado erroneamente em algumas falas como Fábio Shor), foram citados como responsáveis.
As acusações, contudo, não foram reconhecidas oficialmente e seguem sem comprovação judicial.
Documento falsificado e anistia
Diante das críticas, o deputado federal Eduardo Bolsonaro acusou Moraes e Fábio Shor e voltou a defender a anistia como caminho para a “pacificação nacional”.
“Moraes e o chefe da Polícia Federal, Fábio Shor, são criminosos. Em qualquer democracia decente, essa farsa do golpe da Disney já teria sido completamente descartada. A anistia é o caminho mais rápido para a pacificação do país e, ao mesmo tempo, uma tremenda concessão aos violadores dos direitos humanos”, disse o parlamentar pelas redes sociais.
Em um pronunciamento incisivo na sessão plenária da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (9), o deputado estadual Coronel Azevedo (PL) pediu a demissão imediata do secretário de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte, Elton Edi. O parlamentar classificou como “cruel e desumana” uma postagem feita pelo gestor em suas redes sociais, na qual, segundo o deputado, Edi manifestou um “desejo sórdido” de que o ex-presidente Jair Bolsonaro sofra constrangimento sexual caso seja condenado.
Coronel Azevedo afirmou que a atitude de Elton Edi demonstra “total falta de decoro e de responsabilidade ética” incompatível com o cargo. Ele expressou surpresa com a manutenção do secretário no posto e, mais ainda, com sua presença no palanque oficial do desfile de 7 de setembro ao lado de diversas autoridades, incluindo a governadora Fátima Bezerra (PT).
“Ao afirmar que a moeda de troca dentro dos presídios do Rio Grande do Norte é o cigarro ou a violação sexual, Edi expõe o que há na sua alma, o que habita no seu espírito, total falta de empatia com a dignidade humana e ausência completa de senso sobre o respeito às pessoas”, declarou o deputado.
A postagem, segundo o parlamentar, levanta suspeitas sobre a conduta do secretário e o tratamento dado aos presos no sistema penitenciário potiguar. “Como será que os presos que não fumam estão sendo tratados nos presídios do Rio Grande do Norte, tendo um gestor que pensa dessa forma?”, questionou.
O deputado defendeu que a Assembleia Legislativa deve “ligar o alarme da desconfiança” e convocar o secretário para que ele explique se há “tolerância criminosa para com a prática de violência sexual dentro dos presídios”.
Coronel Azevedo lembrou que não é a primeira vez que Elton Edi se envolve em polêmicas. Ele citou uma denúncia de 2019, na qual o secretário teria se encontrado com um membro de facção em Natal, dentro das dependências da Polícia Federal. O deputado mencionou o episódio ocorrido em maio de 2025, quando o Ministério Público Estadual solicitou o afastamento temporário do gestor por supostamente desrespeitar decisões judiciais que exigiam melhores condições nos presídios.
O parlamentar também criticou a nota de desculpas divulgada pelo secretário, afirmando que nela Edi “põe a culpa na vítima” e “se desculpa atacando o próprio Bolsonaro”. Para o parlamentar, a atitude de Elton Edi demonstra uma “completa falta de conexão com o equilíbrio psicológico” necessário para gerir um sistema complexo como o prisional.
Coronel Azevedo encerrou seu discurso afirmando que o governo do estado “falhou e falha em não substituir” o secretário, e que o correto seria sua demissão.
Na manhã desta terça-feira (9), os deputados da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aprovaram uma pauta extensa de projetos de lei que contemplam diferentes áreas da vida social, cultural, educacional e administrativa do Estado.
Entre as matérias, foram aprovados reconhecimentos de patrimônios históricos, culturais e naturais, além da concessão de títulos de utilidade pública a associações. A deputada Eudiane Macedo (PV) obteve aprovação, por unanimidade, do projeto que reconhece o Parque Mandacaru como patrimônio cultural, social, material e turístico do RN.
Já o deputado Francisco do PT apresentou iniciativas que reconhecem o Museu Histórico de Martins e o Coral de Sant’Ana de Caicó como patrimônios culturais do RN, além da instituição, da Semana Estadual de Participação Popular e Controle Social na Saúde Francisco Canindé dos Santos, no calendário oficial.
Na área religiosa e tradicional, foram aprovados os projetos do deputado Neilton Diógenes (PL), que reconhece a festividade de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Apodi, como patrimônio imaterial, e do deputado Dr. Kerginaldo (PL), que garante o título à Festa de Santo Antônio de Marcelino Vieira. Já a deputada Isolda Dantas (PT) teve aprovados projetos que reconhecem os festejos da emancipação política de Felipe Guerra e a Igreja da Imaculada Conceição de Mossoró como patrimônios culturais e religiosos do Estado.
Na dimensão cultural, o deputado Ubaldo Fernandes (PSDB) apresentou duas proposições aprovadas: o reconhecimento da Banda Forró Meirão, de Bom Jesus, como patrimônio cultural imaterial, e a obrigatoriedade da inclusão de artistas com deficiência em atividades financiadas com recursos públicos.
Também ganharam destaque projetos voltados à educação e cidadania. A deputada Divaneide Basílio (PT) conseguiu a aprovação da política “Escola Verde”, que promove climatização ecológica e arborização em escolas públicas, e do reconhecimento de utilidade pública estadual da Associação dos Produtores Rurais de Angicos (ASPRA).
O deputado Ubaldo Fernandes ainda propôs a criação do Programa de Inclusão e Educação através dos Esportes Eletrônicos, enquanto o deputado Adjuto Dias (MDB) apresentou a obrigatoriedade da inclusão do tema combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes nas jornadas pedagógicas da rede estadual. Já a deputada Terezinha Maia (PL) teve aprovado o projeto que institui protocolo de segurança para prevenção de incidentes em escolas públicas e privadas.
No âmbito institucional, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) teve aprovada proposta de reestruturação administrativa, com criação e extinção de cargos e ajustes salariais. Já o Tribunal de Justiça (TJRN) obteve a aprovação de projeto que reajusta a remuneração de servidores do Judiciário. Além disso, o Governo do Estado denominou de “Prof. Luiz Eduardo Carneiro Costa” a Central do Cidadão da Zona Sul de Natal.
A área ambiental foi contemplada com o projeto do presidente da Casa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), que reconhece a Lagoa de Jacumã, em Ceará-Mirim, como patrimônio natural, ambiental, histórico, turístico e paisagístico do RN.
No campo social, foram reconhecidas como de utilidade pública a Associação Atlética e Cultural Potiguar de Melancias (AACPM), de autoria do deputado Dr. Bernardo (PSDB); a Associação dos Agricultores Familiares do Fomento (AAFF), proposta pelo deputado Tomba Farias (PL); a Associação dos Trabalhadores Rurais do Assentamento Arizona, em São Miguel do Gostoso, e a Associação de Pescadores Artesanais, Maricultores(as) e Quilombolas de Baía Formosa (APMQ), ambas de autoria do deputado Luiz Eduardo (PL).
O ex-presidente Jair Bolsonaro está em pânico com a possibilidade de ser condenado e enviado para uma cela do Complexo Penitenciário da Papuda, uma região de segurança máxima em Brasília onde foram erguidos quatro presídios.
De acordo com aliados que o visitaram, ele tem medo de passar mal no local e não ter atendimento médico apropriado, ou de ser mal tratado por outros presos com quem eventualmente tenha que conviver.
Um dos mais próximos aliados de Bolsonaro afirma que ele tem medo até mesmo de morrer no complexo.
Passa mal também com o simbolismo de ser enviado para um presídio comum, no que os amigos próximos definem como humilhação.
A coluna apurou que já há um espaço preparado no complexo para receber o ex-presidente caso ele seja condenado.
A decisão sobre o local onde Bolsonaro começará a cumprir a pena será do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal a que Bolsonaro responde por, entre outros crimes, tentar dar um golpe de estado no Brasil.
A opção do magistrado ainda é desconhecida.
Os advogados de Bolsonaro já preparam um pedido para que, se condenado, ele cumpra a prisão em regime domiciliar.
Magistrados do STF defendem essa possibilidade, ou pelo menos que ele possa cumprir pena em uma cela da Polícia Federal, como ocorreu com Lula quando foi preso, em 2018.
Alguns acreditam que enviar o ex-mandatário para a Papuda vai vitimizá-lo não apenas entre seus seguidores, mas até mesmo entre adversários.
A atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, em busca de retaliação aos magistrados nos EUA, no entanto, dificulta as tratativas para que o ex-presidente possa ter um tratamento considerado mais benéfico.
A Papuda já abrigou políticos célebres condenados por corrupção, como o ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o ex-senador Luiz Estevão.
A Prefeitura de Currais Novos iniciou nesta semana as obras de reforma do Ginásio Poliesportivo “Geraldão” e anunciou que o espaço receberá uma homenagem especial ao ex-prefeito Geraldo Gomes, que dá nome ao equipamento. Um painel artístico será instalado no local para recordar a trajetória do líder político que administrou o município por quatro mandatos.
A ligação entre a gestão atual e o legado de Geraldo Gomes é reforçada pela história política da vice-prefeita Milena Galvão, que foi a primeira mulher a ocupar a vice-prefeitura de Currais Novos, justamente ao lado de Geraldo. Em três dos quatro mandatos, Geraldo contou com representantes da família Galvão Ferreira de Souza como vice: duas vezes com Ezequiel Ferreira e, em uma ocasião, com Milena.
“Queremos valorizar a memória do saudoso doutor Geraldo, que tanto fez pela nossa cidade. Vamos deixar o Geraldão renovado, organizado e com essa homenagem que ficará para as próximas gerações”, destacou a vice-prefeita Milena Galvão.
A Prefeitura Municipal de Lagoa Nova, sob a gestão do prefeito Iranildo Aciole, deu início às obras de asfaltamento da Avenida Dr. Sílvio Bezerra de Melo, uma das principais vias do município.
A ação faz parte do plano de melhorias na infraestrutura urbana, garantindo mais mobilidade, segurança e conforto para motoristas, pedestres e moradores.
Em decisão judicial proferida no dia 28/08/25 , a Justiça determinou a nulidade de algumas doações de terrenos feitas a empresas no Distrito Industrial José Siderley de Menezes, localizado às margens da BR-427, KM 02, em Currais Novos.
A sentença julgou procedente a ação civil pública e determinou que os terrenos retornem ao patrimônio público do Município. A decisão atinge empresas que haviam sido beneficiadas com áreas cedidas por meio de leis municipais aprovadas em 2023.
A Justiça entendeu que as doações não seguiram os critérios legais estabelecidos, declarando a nulidade dos atos. Com isso, os terrenos voltam a pertencer oficialmente ao Município de Currais Novos.
Essa decisão pode gerar repercussões políticas e econômicas, já que envolve investimentos, empregos e interesses locais. Ainda cabe recurso por parte das empresas envolvidas.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou, nesta terça-feira (9), para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por envolvimento em plano de golpe contra o resultado das eleições de 2022.
O ministro relator pediu a condenação de Bolsonaro pelos cinco crimes apontados pela PGR (Procuradoria-Geral da República): abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Para Moraes, Bolsonaro foi o líder do que seria o grupo que tramava o golpe. Junto ao ex-presidente, Moraes votou pela condenação de:
Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
Almir Garnier, almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro;
Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) de Bolsonaro;
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa de Bolsonaro; e
Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Bolsonaro, candidato a vice-presidente em 2022.
No caso de Ramagem, Moraes considerou a suspensão de crimes aprovada pela Câmara dos Deputados. Ainda assim, houve voto para condená-lo por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa armada
O voto de Moraes durou cerca de cinco horas e teve quase 70 slides para apresentação do relatório. O ministro também dividiu sua manifestação em 13 pontos que narraram, em ordem cronológica, como teria atuado a organização criminosa pelo golpe.
Liderança Em diversos momentos, Moraes mencionou Bolsonaro como o líder do grupo, que se organizou de forma hierarquizada entre julho de 2021 e 8 de janeiro de 2023.
O ministro afirmou que a organização criminosa teve claro objetivo de “impedir e restringir o pleno exercício dos Poderes Constituídos”, em especial o Poder Judiciário, por meio do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), bem como tentar impedir a posse ou depor o governo eleito em 2022.
“Jair Messias Bolsonaro exerceu a função de líder da estrutura criminosa e recebeu ampla contribuição de integrantes do governo federal e das Forças Armadas, utilizando-se da estrutura do Estado brasileiro para a implementação de seu projeto autoritário de poder, conforme fartamente demonstrado nos autos”, disse.
Lives Moraes afirmou que as lives de Bolsonaro foram uma das primeiras estratégias para descredibilizar o sistema eleitoral e instigar movimentos de ódio contra o STF.
“O réu Jair Messias Bolsonaro deu sequência a essa estratégia golpista estruturada pela organização criminosa, sob a sua liderança, para já colocar em dúvida o resultado das futuras eleições, sempre com a finalidade de obstruir o funcionamento da Justiça Eleitoral, atentar contra o poder judiciário e a garantir a manutenção do seu grupo político no poder”, disse.
Moraes disse ainda que o ex-presidente deixou claro, em manifestações públicas, que não aceitaria uma derrota nas urnas.
“O líder do grupo criminoso deixa claro aqui, em viva voz, de forma pública para toda a sociedade, que jamais aceitaria uma derrota democrática nas eleições, que jamais aceitaria ou cumpriria a vontade popular”, disse o ministro.
Moraes fez a afirmação ao se referir a uma fala do ex-presidente em uma live em 2021, na qual Bolsonaro afirmou: “quero dizer aos canalhas que eu nunca serei preso. Só saio preso morto ou com a vitória”.
Minuta A respeito da minuta do golpe, Moraes menciona confissão de Bolsonaro e diz não haver dúvidas de que o ex-presidente discutiu ruptura democrática.
“O próprio Jair Bolsonaro disse que conversou sobre considerandos, não há nenhuma dúvida da ocorrência de reuniões do Jair Messias Bolsonaro com comandantes das Forças Armadas, entre outras pessoas, para discutir a quebra da normalidade constitucional”, argumentou.
Moraes rebate argumentos de Bolsonaro ao dizer que não há previsão constitucional para decretação de estado de sítio ou de GLO no caso de derrota eleitoral.
Em interrogatório, o ex-presidente admitiu ter se reunido com aliados para discutir medidas de exceção após a derrota nas urnas, mas disse que tudo foi feito dentro das “quatro linhas da Constituição”, com a intenção de evitar caos social.
Militares Sobre o Plano Punhal Verde e Amarelo, que previa o assassinato de Lula e Alckmin, Moraes citou provas de que três cópias do documento haviam sido impressas no Palácio do Planalto pelo general Mário Fernandes e levadas ao Palácio do Alvorada, onde estava Bolsonaro.
O ministro disse ainda que a reunião ministerial realizada em julho de 2022 teve teor golpista.
“Sabemos que os comandantes das Forças Armadas não participam de reuniões ministeriais. Mas, essa não foi uma reunião ministerial. Foi na forma, não no conteúdo. Foi uma reunião golpista onde se pretendia arregimentar mais ministros, servidores e, principalmente, os comandantes das Forças para o projeto dessa organização criminosa”, disse Moraes.
Para Moraes, os acampamentos no Quartel-General do Exercito foram parte importante da tentativa de golpe.
“Nós estamos falando de uma sequência de tentativas de perpetuação do poder a todo custo. Estamos falando de pessoas sendo financiadas. Carnes, comidas chegando em acampamentos ilegais na frente dos quartéis para pressionar que aqueles legitimamente eleitos não tomassem posse. Nós estamos falando dessas pessoas que depois foram coordenadas no dia 8 de Janeiro para tentativa de golpe, que é o reflexo final de toda essa organização criminosa”, afirmou.
Moraes disse ainda que a gravidade dos atos não podem ser esquecidos e que o Brasil quase retornou à uma ditadura.
“Estamos esquecendo aos poucos que o Brasil quase volta a uma ditadura que durou 20 anos, porque uma organização criminosa, constituída por um grupo político, não sabe perder eleições, porque uma organização criminosa, constituída por um grupo político, liderado por Jair Bolsonaro, não sabe o que é um princípio democrático e republicano a alternância de poder”, argumentou.
Próximos passos Por ser relator, Moraes o primeiro a votar. Em seguida, votarão Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, nesta ordem.
Uma eventual condenação é confirmada com a maioria de três votos. Sessões de julgamento para os votos estão agendadas desta terça a sexta-feira (12). As penas devem ser definidas somente ao final.
O Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Currais Novos deu início aos trabalhos de elaboração do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), uma reivindicação antiga da categoria que se arrasta há mais de 30 anos.
A expectativa é de que a administração municipal colabore efetivamente com o processo, garantindo um diálogo aberto e transparente, para que os servidores possam, enfim, ter um plano justo, que valorize o trabalho desempenhado e assegure melhores condições salariais e de progressão profissional.
O sindicato reforça que a criação do PCCR é um marco histórico para os servidores, que há décadas aguardam esse reconhecimento. O objetivo é que, a partir da implementação do plano, haja mais valorização, justiça e motivação dentro do funcionalismo público municipal.
A senadora Zenaide Maia (PSD) declarou apoio a uma possível candidatura do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), ao Governo do Estado nas eleições de 2026.
“Com certeza”, respondeu a senadora ao ser perguntada na TV TCM, na última quinta-feira 4, se a parceria política com o prefeito se estenderia ao apoio em uma eventual disputa estadual.
Ela elogiou o prefeito de Mossoró, ressaltando que ele é um “cara jovem, que tem um olhar diferenciado”. E lembrou que conheceu Allyson ainda em 2018, quando ele atuava como servidor da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa). Naquele ano, ele foi candidato a deputado estadual e foi eleito.
A senadora disse que, assim como ela, Allyson tenta retribuir ao seu município o que conquistou ao longo da vida.
“Esse olhar é que Allyson tem. Eu parabenizo. E eu não costumo soltar a mão de parceiros. Eu não consigo separar as parcerias… Eu já continuo sendo assim uma amiga. Não só colocando emendas, mas aconselhando naquilo que eu tenho mais experiência e o radar ligado para aquilo. Ele é meu parceiro, vou ver como eu posso ajudar. Essa é a Zenaide”, destacou a senadora.
A parlamentar, no entanto, não quis se estender ao falar sobre a possível candidatura do prefeito ao Governo do Estado, afirmando que não é “porta-voz” de ninguém. Ela destacou que 2025 é tempo “de trabalho” e frisou que ainda não há nomes oficialmente colocados na disputa.
“Eu nunca falei muito dessa candidatura, porque eu costumo dizer que este ano é trabalho. Na verdade, ninguém lançou a candidatura ainda, né? De verdade”, afirmou. Questionada diretamente sobre a possibilidade de marchar com Allyson, Zenaide reforçou: “Quando me perguntam: ‘e aí, fulano vai ser candidato?’, eu digo: ‘olha, eu não sou porta-voz, eu acho que o senhor deveria fazer a pergunta à pessoa’”.
Afastamento do PT O posicionamento da senadora confirma o afastamento dela em relação ao PT, partido do qual foi aliada nos últimos pleitos. Ela é, inclusive, vice-líder do Governo Lula no Senado. Com a confirmação dela de que estará no palanque de Allyson Bezerra, em caso de candidatura do prefeito, é provável que o rompimento definitivo com o PT seja oficializado em breve. Lideranças do partido vêm reiterando que só fechará alianças com legendas que apoiem a pré-candidatura de Cadu Xavier (PT) ao Governo do Estado.
PSD e independência Durante a entrevista, a senadora também comentou sobre a sua permanência no PSD, partido que ela preside no Rio Grande do Norte. Zenaide destacou a robustez da legenda e ressaltou a liberdade de atuação que encontra dentro da sigla.
“Sim, no PSD. É um partido robusto. A gente tem lá 15 senadores, 45 deputados federais e que dá essa liberdade de a gente opinar”, pontuou. Ela citou que, em diversas ocasiões, divergiu de colegas da própria legenda em votações de projetos, mas sem perder autonomia.
“Não tem isso muito de fechar a questão nisso ou naquilo, porque muitas vezes divergem”, ressaltou.
Zenaide também enfatizou que sua atuação vai além da aprovação de projetos. “Muitas vezes não é só aprovar lei, é não deixar aprovar lei que mata, que vicia. Isso é parte do parlamento também”, destacou, citando que é contra projetos relatados por parlamentares do seu próprio partido.
Ela defendeu ainda que “defender município não é só botar emenda”, mas também evitar propostas que tragam prejuízos financeiros às cidades. “Defender município é impedir que se aprovem leis que fazem renúncias fiscais bilionárias retiradas dos municípios”, afirmou.
O senador Styvenson Valentim (PSDB) aparece como favorito na disputa por uma das duas vagas ao Senado pelo Rio Grande do Norte, segundo levantamento do Instituto DataVero realizado na Grande Natal. O estudo mostra vantagem significativa do parlamentar tanto no primeiro voto quanto na soma dos dois votos, cenário que reforça sua posição como principal nome na corrida.
Na pergunta estimulada sobre o primeiro voto, Styvenson aparece com 33,47% das intenções. Em seguida aparecem Carlos Eduardo Alves (PDT), com 11,66%, a governadora Fátima Bezerra (PT), com 11,41%, e a senadora Zenaide Maia (PSD), com 10,32%. O ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), registra 8,49%, enquanto Coronel Hélio (PL) aparece com 1,92%, Babá Pereira (PL) com 1,17% e Luizinho Cavalcante (PSB), ex-prefeito de Carnaubais, com 0,33%. Eleitores que não souberam ou não responderam somam 5,91%, e os que declararam não votar em nenhum dos nomes, 15,32%.
No segundo voto, Styvenson também fica em primeiro, embora com percentual menor: 21,40%.
Em seguida, estão Álvaro Dias (11,41%) e Carlos Eduardo (11,32%) empatados. Zenaide Maia tem 9,58% e Fátima Bezerra 6,99%. Coronel Hélio tem 4%, Babá Pereira 1% e Luizinho Cavalcante 0,42%. Entre os que não sabem ou não responderam, o índice é de 9,66%, e os que rejeitam todos os nomes para a segunda escolha somam 24,23%.
Quando consideradas as duas opções de voto em conjunto, o resultado mantém Styvenson Valentim na frente, com 27,44%. Na sequência, aparecem Carlos Eduardo, com 11,49%, Álvaro Dias, com 9,95%, Zenaide Maia, com 9,95% das intenções e Fátima Bezerra, com 9,20%. Em seguida, vêm Coronel Hélio (2,96%), Babá Pereira (1,08%) e Luizinho Cavalcante (0,37%). Os eleitores indecisos representam 7,79%, e os que não votariam em nenhum, 19,78%.
Rejeição ao Senado A pesquisa também mediu o nível de rejeição dos pré-candidatos. A governadora Fátima Bezerra lidera esse índice, com 27,73% dos eleitores afirmando que não votariam nela de forma alguma para o Senado.
Na sequência, aparecem Styvenson Valentim (7,58%), Carlos Eduardo (6,91%), Álvaro Dias (6,08%), Babá (5,58%), Coronel Hélio (4,16%), Zenaide Maia (3,00%) e Luizinho Cavalcante (1,25%).
Outros 8,66% disseram que votariam em todos, enquanto 13,74% afirmaram que não votariam em nenhum. Já os que não souberam ou não responderam somam 15,32%.
A pesquisa DataVero foi realizada em Natal, Parnamirim, Macaíba, Ceará-Mirim, Extremoz e São Gonçalo do Amarante, entrevistando 1.200 eleitores, nos dias 03 e 04 de setembro. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro 3%.