Vice-premiê britânico renuncia ao cargo

O vice-primeiro-ministro britânico, Dominic Raab, renunciou ao governo nesta sexta-feira (21) após uma investigação independente sobre denúncias de que ele intimidava colegas.

A perda do terceiro ministro sênior por causa de sua conduta pessoal nos últimos seis meses prejudicará os esforços de Rishi Sunak para reviver a sorte do Partido Conservador e é um grande embaraço, pois ele entrou em Downing Street em outubro prometendo um governo de integridade.
Raab renunciou em uma carta ao primeiro-ministro antes que o relatório se tornasse público, e sua saída é um revés para Sunak apenas duas semanas antes das eleições para o conselho local inglês, onde seus conservadores devem se sair mal.

Pedi o inquérito e comprometi-me a renunciar se fosse constatado qualquer tipo de intimidação”, disse a carta de Raab. “Eu acredito que é importante manter minha palavra.”

Como vice-primeiro-ministro, Raab não tinha poderes formais, mas substituía o primeiro-ministro se ele estivesse ausente do parlamento ou incapacitado. No entanto, ele era um aliado político próximo de Sunak e ajudou a lançar sua campanha para ser primeiro-ministro no verão passado.

g1

Postado em 22 de abril de 2023

De recuo da taxação na Shein até a queda de GDias: Janja amplia influência nas decisões de Lula

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja , tem se mostrado uma peça cada vez mais forte dentro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de participar ativamente das ocorrências que fizeram o Ministério da Fazenda recuar da espera de compras de importados na internet, ela foi também uma das principais vozes em favor da saída do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) , Gonçalves Dias . Esses não foram, no entanto, os primeiros momentos em que a influência da socióloga junto ao presidente foi evidenciada, mostrando que Janja busca uma atuação bem mais ativa dentro do governo do que suas antecessoras, que optam por trabalhos restritos à área social.

Com uma sala no terceiro andar do Palácio do Planalto, a poucos passos do gabinete presidencial, a primeira-dama atua em temas que envolvem desde discussões sobre Itaipu, setor estadual do setor elétrico, ao direcionamento de políticas sociais, como o Bolsa Família, até a palavra final sobre ações de comunicação. Janja teve destaque também nas viagens internacionais de Lula, ao posar junto com o presidente dos Estados Unidos Joe Biden, no salão oval da Casa Branca, e ao participar de um encontro reservado com a mulher do presidente Chinês, Xi Jinping, a professora Peng Liyuan .

O protagonismo da primeira-dama ficou explícito ainda na fase de transição do governo, quando Janja despachava com a equipe no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) e foi a responsável pela organização da cerimônia de posse do presidente. Foi ela a idealizadora do Festival do Futuro, que levou shows e apresentações gratuitas na Esplanada dos Ministérios. Também foi dela a ideia de subir a rampa do Palácio do Planalto com a cadela Resistência, resgatada das ruas de Curitiba pelos integrantes do acampamento que ficaram em vigília enquanto Lula esteve preso e depois adotado pelo casal presidencial.

A socióloga participou ainda das discussões para a formação do ministério do Lula nas áreas como Mulheres e Direitos Humanos, sendo apontada como a responsável por respaldar a indicação de Margareth Menezes para o Ministério da Cultura, e do secretário nacional de Cultura do PT, Marcio Tavares , para ser o número dois da massa.

Janja mostrou interesse também em participar da discussão de assuntos técnicos, como a gestão de Itaipu, empresa na qual trabalhou por 15 anos. Ela chegou a se reunir com Enio Verri, presidente da estatal, e debater a composição das cinco diretorias da estatal, assim como sua atuação na área ambiental e nas comunidades indígenas.

Dentro das comunicações do governo, uma socióloga tem promovido ações para abordar Lula de temas que estão em alta na internet. Na última terça-feira, ela convidou o ex-BBB Cezar Black para a cerimônia de assinatura do novo piso salarial de enfermagem. Janja também acompanhou o marido no encontro com o vocalista da banda Coldplay, Chris Martin. A primeira-dama fez questão de apresentar a banda com a biografia do presidente.

Foi pela internet que Janja entrou no debate da tributação de importados, após usar suas redes sociais para dizer que o fim da isenção do Imposto de Importação para compras de até US$ 50 (R$ 250) atingiria só as empresas, e não os consumidores . Mas depois do debate gerado, Lula pediu que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconsiderasse a medida.

No carnaval, a ordem foi de que as peças publicitárias passam pelo aval de Janja antes de serem divulgadas. Na prática, a primeira-dama avocou para si uma função que seria da Secretaria de Comunicação Social, chefiada pelo ministro Paulo Pimenta.

Janja não é a primeira mulher de um presidente a assumir cargos no governo. A diferença para as antecessoras, porém, é a atuação em áreas diversas do governo. Ruth Cardoso, por exemplo, era responsável pelo programa Comunidade Solidária, projeto que reuniu inciativas em áreas sociais no governo Fernando Henrique. Marcela Temer, por sua vez, foi embaixadora do Criança Feliz, voltada aos cuidados da infância. Já Michelle Bolsonaro comandou o Pátria Voluntária, que tinha por objetivo promover políticas públicas para a população vulnerável.

Estadao

Postado em 22 de abril de 2023

Shein anuncia investimento de R$ 750 milhões para produção no Brasil e espera gerar 100 mil empregos

A marca de fast fashion Shein anunciou nesta quinta-feira (20) que vai investir R$ 750 milhões no Brasil nos próximos anos para estabelecer uma rede com milhares de fabricantes do setor têxtil no país.

Segundo a gigante asiática de e-commerce, a ideia é fornecer tecnologia e treinamento a esses fabricantes para que eles atualizem seus modelos de produção e adotem um formato sob demanda da empresa.

“A Shein (…) anuncia hoje que fará um grande investimento no Brasil, a fim de tornar o país um polo mais moderno de produção têxtil e de exportação para a América Latina”, diz o comunicado divulgado pela varejista nesta quinta-feira (20).

A companhia asiática também anunciou um marketplace para produtos e vendedores no Brasil, com o intuito de “atender às demandas dos clientes por uma maior variedade de produtos e agilidade de entrega”.

“Um dos objetivos do marketplace é ajudar a capacitar a comunidade de vendedores locais para alcançar a base de clientes da empresa por meio do site e do aplicativo da companhia”, continua o comunicado.

A Shein disse ainda que pretende fazer parceria com 2 mil fabricantes do país — o que deve gerar, segundo a marca, 100 mil empregos nos próximos três anos.

Ainda de acordo com a empresa, que é uma das mais procuradas pelo público jovem feminino no país, até o final de 2026 cerca de 85% de suas vendas no Brasil devem corresponder a fabricantes e vendedores locais.

“Temos visto grande sucesso no Brasil desde nosso lançamento em 2020 e, com a crescente demanda dos consumidores, vimos a oportunidade de localizar mais a nossa cadeia de fornecimento para beneficiar os consumidores, as pequenas empresas e a economia em geral”, afirmou Marcelo Claure, chefe da Shein para a América Latina.

Anúncio de Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), havia anunciado mais cedo que a Shein pretende nacionalizar 85% das vendas em até quatro anos.

“Os produtos serão feitos no Brasil. Eles próprios vão dar os números de investimento mais tarde”, disse o ministro.

Além disso, a plataforma se comprometeu a aderir ao plano de conformidade da Receita Federal e “normalizar as relações com o ministério da Fazenda”, continuou Haddad. “Se a regra valer pra todo mundo, eles absorverão os custos dessa conformidade, não repassarão.”

Segundo Haddad, essa movimentação vai trazer investimentos para o país e equilibrar as condições de produção e comércio para varejistas nacionais e internacionais.

“Nós queremos investimentos estrangeiros, nós apreciamos o comércio eletrônico, queremos condições competitivas para que nós não prejudiquemos empregos no Brasil e as lojas do varejo brasileiro.”
O ministro disse que o plano de conformidade vai seguir o exemplo “dos países desenvolvidos”. “É o que se chama no exterior de digital tax, um imposto digital. Ou seja, quando o consumidor comprar, ele está desonerado de qualquer recolhimento de tributo. A tributação terá sido feita pela empresa sem repassar para o consumidor nenhum custo adicional”, relatou.

G1

Postado em 22 de abril de 2023

Ex-presidente do Peru acusado de receber propina da Odebrecht se rende às autoridades dos EUA

O ex-presidente peruano Alejandro Toledo se entregou às autoridades dos Estados Unidos nesta sexta-feira (21), disse um representante do US Marshals Service à Reuters. No dia anterior, o político tentou bloquear sua extradição para o Peru por acusações de corrupção, mas teve o pedido negado.

Toledo, que foi presidente de 2001 a 2006, é procurado no Peru por acusações de ter recebido mais de US$ 25 milhões da construtora brasileira Odebrecht em troca de ajuda na obtenção de contratos de obras públicas. Os promotores estão buscando uma sentença de 20 anos de prisão.

Toledo nega ter solicitado ou recebido propina. Ele não foi acusado criminalmente nos Estados Unidos. O ex-presidente será transferido para Lima, em dois ou três dias, disse Silvana Carrion, promotora local responsável pelo caso, à emissora local Canal N.

David Bowker, advogado de Toledo, disse que o cliente ficou desapontado com a decisão do juiz e que o ex-presidente peruano é vítima de um “processo político”. Segundo ele, o sistema de justiça do Peru é falho e o caso contra Toledo “baseia-se em grande parte no testemunho não confiável de dois criminosos confessos”.

“[Toledo] nunca terá uma oportunidade justa de provar sua inocência”, afirmou Bowker.

O ex-presidente foi preso nos Estados Unidos em julho de 2019 após um pedido formal do Peru para sua extradição. Ele foi libertado sob fiança em 2020 e morava na Califórnia até pelo menos o ano passado.

Acusações
Investigações do governo peruano revelaram que Toledo pediu propina de US$ 25 milhões aos representantes da Odebrecht no Peru para dar a eles a concessão para a construção de dois lances da estrada Interoceânica sul.

O dinheiro foi transferido para contas de empresas de seu amigo, Josef Maiman, que por sua vez criou uma empresa com a sogra de Toledo, na Costa Rica, com o objetivo de reenviar várias quantias ao Peru para a aquisição de imóveis.

Além de Toledo, foram investigados pelo caso Odebrecht os ex-presidentes peruanos Alan García (que acabou se suicidando quando seria preso), Ollanta Humala e Pedro Pablo Kuczynski. Assim como a líder da oposição Keiko Fujimori.

G1

Postado em 22 de abril de 2023

Barroso: Não vejo conflito ético ou moral se Zanin for escolhido para o STF

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF , afirmou ao UOL Entrevista que não vê conflito ético caso o advogado Cristiano Zanin venha a ser indicado por Lula à Corte. Zanin já fez a defesa do presidente na Lava Jato.

Não vejo nenhum conflito ético, nem moral, nem violação da impessoalidade. É um advogado que desempenhou o trabalho quando tudo parecia perdido, quando tudo estava ladeira acima. Ele tem virtudes profissionais. Eu acho que não haveria nenhuma implicação ética.”

Não é despropositada a escolha de alguém que você tenha algum tipo de relação pessoal de rejeição, desde que essa pessoa preencha requisitos mínimos de qualificação técnica e idoneidade.”

Barroso: Não vou ser insultado se devoto contra os interesses de Lula; é um avanço

Barroso foi questionado sobre os conflitos entre Jair Bolsonaro e o STF durante o período em que o ex-presidente exerceu o mandato. Ele afirmou que, nesse caso, “algum grau de tensão” seria normal.

O que mudou é que na próxima vez que eu votar contra o interesse do presidente não vou ser insultado. Já é um avanço. […] Nem na Hungria do Orbán, nem da Turquia do Erdogan, nem na Venezuela do Chávez aconteceu nada parecido em termos de grosseria com o que aconteceu no Brasil.”

‘Falsos patriotas viraram aprendizes de terroristas’, diz Barroso sobre 8/1

O ministro do STF também falou sobre os atos dos golpistas de 8 de janeiro. Os ministros aceitaram a julgar hoje, em plenário virtual, se tornam réus 100 denunciados pelos ataques à Praça dos Três Poderes.

O que aconteceu ali foi algo inimaginável de milhares de pessoas invadindo a sede dos Três Poderes. Portanto, isso é mais do que um caso puramente criminoso. Esse é um caso com uma dimensão institucional enorme, em que, na verdade, falsos patriotas viraram aprendizes de terroristas. Foi o que aconteceu ali dramaticamente.”

A falta de noção foi tão grande que boa parte das pessoas postou o que estava fazendo nas redes sociais.”

UOL

Postado em 22 de abril de 2023

Doria elogia Haddad na Fazenda: ‘mais positivo do que se esperava’

SP – POSSE/SP/JOÃO DORIA – CIDADES – O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) (d), cumprimenta o ex-prefeito Fernando Haddad durante cerimônia de transferência de mandato, no Theatro Municipal de São Paulo, no centro da cidade, neste domingo. 01/01/2017 – Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

O ex-governador de São Paulo João Doria (sem partido) elogiou a condução da economia pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dizendo que há “mais resultados positivos do que se esperava”.

O que aconteceu
Doria e Haddad foram rivais na disputa pela prefeitura de São Paulo em 2016. Na eleição, Doria, então no PSDB, saiu vencedor. Durante a campanha, houve críticas trocadas pelos candidatos dos dois lados

Durante o evento do grupo Lide, em Londres, Doria disse que faz uma separação entre a época de campanha e hoje em dia.

Não estou em partido, não tenho vínculo político nem pretendo ter, tenho visão como empresário. E minha visão é que, nesses primeiros 100 dias, Fernando Haddad conseguiu mais resultados positivos do que se esperava.
João Doria

Eu separo campanha de governo. A campanha terminou, foi em 2016, disputai e venci a eleição, de forma respeitosa.
João Doria

Segundo ele, as visões sobre o arcabouço fiscal desenvolvido por Haddad foram positivas. Mas há pontos para serem ajustados. “De maneira geral, o arcabouço fiscal está bem construído. Talvez precisasse definir com mais clareza os limites do teto de gasto e os limites do governo em suas despesas definir”, disse.

Ele disse que os empresários esperavam que Haddad mais enraizado em “políticas estatizantes, sindicalistas”. Mas não é isso que Haddad tem feito, segundo sua avaliação

uol

Postado em 22 de abril de 2023

Tarcísio de Freitas: “Lula não tem plano para o Brasil”

Há quase um mês sofrendo com cólicas causadas por pedras nos rins, o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), de 47 anos, passou a intercalar a rotina no Palácio dos Bandeirantes com internações hospitalares. Em meio a despachos internos e reuniões, ele se prepara para uma terceira cirurgia, procedimento que fará em breve. O problema médico, no entanto, não alterou muito a rotina de trabalho e, como destaque próximo na agenda política, o ex-ministro receberá Jair Bolsonaroem um evento em Ribeirão Preto, no interior paulista, no início de maio. Dizendo-se grato ao ex-chefe, Tarcísio acredita que o nome do capitão continue forte no campo da direita, principalmente porque, em sua avaliação, o governo petista “não está sabendo aproveitar as janelas de oportunidade”. “ Lula não está entregando aquilo que o Brasil esperava”, afirma o governador, que recebeu uma reportagem de VEJA em seu gabinete. Além das críticas ao atual mandatário, Tarcísio falou de seus planos para o estado que comanda, com destaque para a grande agenda de privatizações. A seguir, os principais trechos.

Como está sua saúde? Tive esse susto das pedras no rim em Londres, no fim de março. É um problema que me atinge desde 1995. Sofro esporadicamente e estou fazendo um tratamento em algumas etapas para eliminar de vez o problema. Obviamente isso vai envolver mais cuidados com a saúde. Fiz um bombardeio nas pedras, mas elas não saíram. Agora passei por outro procedimento no sábado passado, 15, e devo encarar pelo menos mais um.

Após 100 dias de governo, o senhor foi bem avaliado pelo Datafolha, inclusive pelos consumidores de Fernando Haddad . Isso o surpreendeu? O caminho que estabelecemos, de buscar o desenvolvimento do estado de São Paulo, assim como aprender e dialogar, o que chamo de governo 3D, é um caminho certo. Isso traz a esperança nas pessoas de uma boa condução, independentemente da linha partidária, ideológica. As pessoas não votam em mim, mas acreditam que eu possa entregar resultados.

O senhor foi eleito com o apoio de Bolsonaro e dos apoiadores do ex-presidente. Ainda pode ser chamado de bolsonarista? Tenho relação de amizade e gratidão com o presidente Bolsonaro. Ele foi muito importante para mim. Me abriu uma porta que não era aberta para técnicos. Eu acredito muito no governo que ele fez. Sou liberal, acredito na busca pela iniciativa privada. E o fato de estar aqui eu devo exclusivamente ao Jair Bolsonaro.

Ainda se considera um bolsonarista? Sim claro.

A chegada de Bolsonaro dos Estados Unidos pareceu um pouco apagada. Como será o papel dele na oposição? Todos os presidentes que saíram do poder tiveram um período de reflexão e silêncio por um certo tempo. Mas a figura do Bolsonaro é muito forte. Vejo isso quando vou ao interior e estou na rua. Sempre aparece um para mandar um abraço para o capitão. Ele é um grande líder da direita brasileira. Vai continuar a ser relevante e também decisivo. Tenho certeza que ele terá papel muito importante na política nos próximos anos.

Avalia que decisões como a distribuição gratuita de canabidiol, também conhecida como maconha medicinal, representam uma espécie de traição ao eleitorado conservador que o apoia? Pessoalmente não sofri críticas, apenas alguns comentários isolados nas redes. Fui eleito com o público conservador, de centro-direita, e tenho uma pauta para São Paulo que estava muito clara. Quando sancionei o projeto do canabidiol, estava pensando em pessoas que têm esclerose múltipla, entre outras, que vão se beneficiar do fornecimento dos medicamentos que foram testados e aprovados, e que podem ser obtidos até sinteticamente. Não tem nada a ver com a questão das drogas.

Como se define, ideologicamente falando? Eu governo para todos e sempre fui coerente com o que falei. Nunca neguei que eu era favorável à vacina e contra a sua obrigatoriedade, por exemplo. Ninguém pode dizer que foi enganado por mim. Mantenho uma linha coerente. Em tempo de descrença, o cumprimento de promessa e compromisso é uma ferramenta poderosa.

Como acha que o centro e a direita enfrentarão Lula ou seu candidato em 2026? Observe que estamos diante de uma grande oportunidade, uma nova divisão de cadeias globais de produção, mas o governo não conseguiu mostrar como vai o desenvolvimento, como vai buscar a redução da desigualdade, o crescimento econômico, a redução da herança. Estamos com uma janela de oportunidade, uma avenida, e não estamos sabendo aproveitar. E, se não der resultado, o governo vai chegar fragilizado em 2026. Então obviamente a gente espera para ver o que vai acontecer e, se o governo não der resposta, o outro campo se fortalecer.

Se o ex-presidente se tornar inelegível e pedir para o senhor ser candidato a presidente em 2026, aceitaria, como fez para o governo de São Paulo no ano passado? Confio no Judiciário e confio que no final das contas ele pode e deve concluir pela inocência dele. Fui homenageado pela população e tenho planos importantes para o estado. Estou focado na gestão. Muita coisa vai se consolidar no longo prazo.

Mas e se o governo Lula der essas respostas, como a direita e o centro devem fazer para derrotar o candidato de Lula? Se for bem, a esquerda se torna mais competitiva. Só não enxerguei esse caminho ainda.

Que tal os primeiros meses da gestão Lula? Lula e seus aliados não tinham um plano para o Brasil e não conheciam ainda o que veio. Vimos a reedição de programas antigos e outros que foram repaginados. Só que o cenário de hoje é totalmente diferente. O que a gente quer ver ainda não foi exibido. Como o governo vai capturar as oportunidades que estão sendo geradas lá fora? Como o Brasil pode emergir como um grande destino de investimentos e de novas tecnologias? Como a gente vai mostrar para o mundo o nosso compromisso com a solvência, o nosso compromisso fiscal, que mostra a linha de redução da despesa? Se você não reduzir a despesa, lá na frente vai ter que aumentar o tributo. Isso não está claro para ninguém e vejo grande insegurança nos investidores.

Até agora o governo não conseguiu formar uma base no Congresso. Como prevê a vida do presidente daqui para a frente? Eles distribuíram 37 ministérios e até agora não conseguiram formar uma base sólida. Vão ter dificuldade na aprovação de medidas. Também vejo dificuldades em propostas de emendas à constituição e propostas mais psicológicas. É claro que existe disposição do Parlamento em ajudar o Brasil. Mas entendo que esse é um governo que terá muita dificuldade política, com um Parlamento mais autônomo e que conquistou o seu espaço. O governo está preso ao passado.

Os governos dos maiores estados têm se empenhado para vender o maior número possível de empresas. Enquanto isso, Lula caminha no sentido contrário, e até barrou a privatização do Porto de Santos, inspirado pelo senhor no Ministério da Infraestrutura. Foi uma derrota?Está claro qual o caminho que mobiliza capital em menos tempo, proporcionando governança e eficiência. A desmobilização de ativos é fundamental. Eu ainda acredito na privatização do Porto de Santos. Para mim, o projeto é redentor para a Baixada Santista. Estamos falando de dezenas de milhares de empregos diretos e indiretos que trariam perspectivas para a região. Quando conversei com o presidente Lula, ele disse que não tinha dogma e encararia o projeto desde que fosse benéfico. Tive uma conversa com o ministro Márcio França, dos Portos e Aeroportos, e há uma resistência muito grande da parte dele.

Então o assunto não foi totalmente descartado pelo governo federal, na sua avaliação? O governo federal excluiu algumas empresas do programa de concessões e privatizações, e o Porto de Santos não está na lista. Interpreto que a porta ainda está aberta.

Há algumas privatizações com potencial para resistências no horizonte, como a da Sabesp, maior empresa de saneamento básico do país. Acha que vai conseguir levar adiante? Espero que o estudo sobre a Sabesp aponte que possamos mobilizar muito capital em menos tempo, levando saneamento onde ele não chega atualmente. Quando alguém pensa que seu município, hoje atendido pela Sabesp, poderá perder investimentos em caso de privatização, isso é falso. Os contratos ficarão mais bem amarrados. Vamos levar mais saneamento básico para a Baixada Santista e para a região de Guarulhos, entre outras, além de assumir metas de despoluição dos rios Tietê e Pinheiros.

A preocupação com a segurança nunca foi tão grande e hoje o problema chegou com força às escolas. O que pode ser feito para evitar que não se repitam episódios como o de uma professora assassinada dentro da sala de aula em São Paulo por um aluno de 13 anos? De forma estrutural, vamos cuidar da saúde mental, com a contratação de psicólogos para atender alunos e profissionais da educação. Vamos também contratar segurança privada, com vigilantes desarmados. Não queremos transformar uma escola especificamente que ela não é. A escola tem que ser local de alegria, de barulho de criança. Não será local do medo, com detector de metal, não. Mas terá mais segurança.

Uma de suas prioridades de governo é combater a chaga da cracolândia do centro de São Paulo. Vários gestores tentaram fazer isso e fracassaram. O que o senhor fará de diferente? Queremos pegar essa pessoa que hoje sucumbe ao álcool e às drogas e primeiro tratá-la. Depois, ofereceremos oportunidades de trabalho. No estado, há falta de profissionais na indústria de celulose, na lavoura, na construção civil, por exemplo.

Sua imagem ficou marcada pela cena do senhor quase quebrando um martelo durante o pregão de um trecho do Rodoanel na B3. O vídeo viralizou nas redes. De onde saiu uma ideia? Surgiu de brincadeiras que fizeram durante os leilões nos tempos do ministério. Foram mais de 80, e em todos havia essa competição para quebrar o martelo do seu Osni Branco, que é o artesão que o fabrica. Mas o objeto foi muito reforçado, então eu vou pensar em desistir da ideia ( risos ).

VEJA

Postado em 22 de abril de 2023

Ex-ministro do GSI Gonçalves Dias diz que não tem responsabilidade por atos de 8 de janeiro

O general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do presidente Lula (PT), afirmou nesta sexta-feira (21) que não tem qualquer responsabilidade sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. O oficial prestou depoimento na Polícia Federal ao longo de 5 horas, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

“O comparecimento na sede da Polícia Federal é, para mim, uma grande oportunidade de esclarecer os fatos que têm sido explorados na imprensa”, escreveu Dias, em mensagem enviada ao Estadão após a oitiva. “Confio na investigação e na Justiça, que apontarão que eu não tenho qualquer responsabilidade seja omissiva ou comissiva nos fatos do dia 8 de janeiro”, acrescentou o ex-ministro de Lula.

G Dias, como é conhecido, chegou na sede da Polícia Federal, na região central de Brasília, por volta de 8h50, e saiu às 13h30. Moraes determinou o depoimento do ex-ministro de Lula após a CNN Brasil divulgar na quarta-feira (19) imagens internas do Palácio do Planalto que mostram integrantes do GSI interagindo com os golpistas que invadiram o prédio em 8 de janeiro. O vídeo mostra G Dias circulando no andar do gabinete presidencial e indicando a saída do prédio aos invasores. Um dos servidores do órgão chega a distribuir garrafas de água aos extremistas.

Ao determinar pelo depoimento, Moraes apontou que as imagens revelam uma “atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI”.

Em nota, o GSI explicou que “as imagens divulgadas mostram a atuação dos agentes de segurança que foi, em um primeiro momento, no sentido de evacuar os quarto e terceiro pisos do Palácio do Planalto, concentrando os manifestantes no segundo andar, onde, após aguardar o reforço do pelotão de choque da PM/DF, foi possível realizar a prisão dos mesmos”.

O general pediu exoneração do governo no mesmo dia da divulgação das imagens. Na ocasião, G Dias conversou com Lula e outros ministros palacianos. O presidente atendeu o pedido.

De acordo com a colunista Vera Rosa, do Estadão, o governo foi surpreendido com a divulgação das imagens. Isso porque Lula chegou a pedir a G Dias, segundo relatos de ministros do Planalto, acesso à câmera do circuito interno posicionada para o corredor que dá no gabinete presidencial, no Planalto. O então chefe do GSI alegou, contudo, que a câmera estava quebrada e por esse motivo não havia imagens daquele local durante a depredação em 8 de janeiro.

O Estadão também mostrou que o governo Lula negou ao menos oito pedidos de acesso às imagens do circuito interno do Planalto no dia dos ataques. Essas solicitações foram protocoladas no âmbito da Lei de Acesso à Informação (LAI). A gestão petista tentou impor sigilo de cinco anos sobre o material.

Seu dinheiro

Postado em 22 de abril de 2023

Moraes determina quebra de sigilo de todas as imagens do circuito interno do Planalto em 8/1

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (21) a quebra de sigilo da divulgação das imagens do dia 8 de janeiro das câmeras de vigilância do Palácio do Planalto que estejam em poder do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Moraes determinou o envio ao STF, em até 48 horas, de “todo o material existente”.

O ministro também determinou que a Polícia Federal (PF) colha os depoimentos, em até 48 horas, de todos os servidores do GSI que são identificados nas imagens internas do Palácio do Planalto na data dos atos de 8 de janeiro. O objetivo da medida é avaliar “condutas individuais”.

“Como havia determinado anteriormente, em decisão de 8/01/2023, para elucidação das responsabilidades criminais dos envolvidos nos crimes objeto desta investigação, é necessária a vinda aos autos de todas as imagens que auxiliem na identificação dos responsáveis”, disse Moraes.

O GSI havia informado ao ministro que as imagens estavam sob sigilo devido a investigação interna sobre atuação de integrantes do órgão. O próprio GSI pediu que Moraes determinasse sobre a possibilidade de divulgação do material, diante de pedidos feitos via Lei de Acesso à Informação.

Para o magistrado, não há no caso “qualquer excepcionalidade” sobre a necessidade de publicidade e transparência. O ministro disse não ser possível, com base na Lei de Acesso à Informação, a “manutenção da vedação de divulgação de todas – absolutamente todas – as imagens verificadas na ocasião do nefasto e criminoso atentado à Democracia e ao Estado de Direito, ocorrido em 08/01/2023, especialmente àquelas decorrentes de veiculação pela imprensa no interior do Palácio do Planalto com a presença de autoridade e servidores do GSI”.

Imagens divulgadas pela CNN mostram o então ministro do GSI Gonçalves Dias no Planalto durante ataque aos Três Poderes. O ministro aparece caminhando pelo mesmo corredor com alguns invasores. Em seguida, surgem nas imagens outros integrantes do GSI, que parecem indicar também o caminho de saída para os invasores que estavam no terceiro andar do Palácio do Planalto.

As imagens levaram Dias a pedir demissão em 19 de abril. Em seu lugar, assumiu de forma interina o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli.

Moraes mandou Cappelli enviar cópia da sindicância instaurada no órgão para apuração das condutas dos agentes públicos civis e militares envolvidos nos fatos.

Conforme o GSI informou a Moraes, a sindicância foi instaurada em 26 de janeiro e tem previsão de conclusão até 31 de maio.

CNN

Postado em 22 de abril de 2023

SP tem menor temperatura do ano e frio segue no Sul e Sudeste no fim de semana; veja previsão

O feriado de Tiradentes, celebrado nesta sexta-feira, 21, deu a largada oficial para o outono, marcando os dias mais gelados registrados em diversas regiões do País em 2023. Na madrugada desta sexta-feira, São Paulo registrou a menor temperatura mínima do ano, com 11,3°C, sendo a segunda menor marcação para o mês de abril, perdendo apenas para a madrugada do de 27 de abril de 2004, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo.

A razão para a queda nas temperaturas é a atuação de uma forte massa de ar polar que se espalhou pelo centro-sul, afetando principalmente São Paulo e os Estados do Sul. De acordo com a Climatempo, a baixa nebulosidade na madrugada também colaborou para o esfriamento.

Antes do amanhecer, as estações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em São José dos Ausentes (RS) e Bom Jardim da Serra (SC) registraram temperaturas de 5,1°C e 4,3°C, respectivamente. Além disso, termômetros da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) marcaram 0,1°C às 3h em Urupema, na serra catarinense.

Segundo a Climatempo, essa massa de ar frio de origem polar também afeta Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio De Janeiro e, mesmo que de forma mais suavizada, até mesmo no sul de Rondônia.

Mesmo com o predomínio do sol no Sul, a manhã desta sexta-feira começou fria. Em Curitiba, os termômetros estavam na casa dos 9°C às 8h. Já em Porto Alegre (RS), no mesmo horário, o registro era de 11ºC, de acordo com a Climatempo.

Em São Paulo, a manhã iniciou com céu nublado, com os termômetros das estações meteorológicas do CGE da Prefeitura de São Paulo em torno dos 11ºC. Com a chegada do sol, as temperaturas subiram durante à tarde, mas ainda de forma amena. De acordo com o Inmet, a máxima prevista para hoje na capital paulista não deve ultrapassar a marca dos 22ºC.

Próximos dias

Embora o dia mais frio do feriado prolongado seja a sexta-feira, o ar frio de origem polar seguirá atuando no fim de semana, provocando temperaturas baixas especialmente entre a noite e o início da manhã.

Em São Paulo, durante o fim de semana, a presença do sol seguirá constante, mantendo temperaturas amenas. Os termômetros devem marcar entre 12°C na madrugada e 24°C à tarde, no sábado, e mínima de 13°C ao amanhecer e máxima de 23°C à tarde no domingo, segundo o CGE da Prefeitura de São Paulo.

No Sul, uma frente fria pode deixar o céu nublado no sábado, mas sem previsão de chuva. As temperaturas seguem baixas no início da manhã, mas são elevadas à tarde, variando entre 12ºC e 25ºC nas capitais. No domingo, há possibilidade de garoa, com exceção de Porto Alegre, que terá tempo firme e uma breve sensação de calor, com termômetros que chegam a 25ºC à tarde.

Veja a previsão de temperatura para os próximos dias em algumas capitais, de acordo com a Climatempo:

SÁBADO

São Paulo: variação entre 13º e 24ºC

Rio de Janeiro: variação entre 16º e 29ºC

Vitória: variação entre 16º e 29ºC

Porto Alegre: variação entre 13º e 26ºC

Curitiba: variação entre 12º e 22ºC

Florianópolis: variação entre 16º e 25ºC

Salvador: variação entre 24º e 29ºC

Cuiabá: variação entre 20º e 32ºC

Belo Horizonte: variação entre 15º e 25ºC

Natal: variação entre 25º e 31ºC

Porto Velho: variação entre 22º e 29ºC

DOMINGO

São Paulo: variação entre 15º e 24ºC

Rio de Janeiro: variação entre 18º e 28ºC

Vitória: variação entre 18º e 28ºC

Porto Alegre: variação entre 14º e 26ºC

Curitiba: variação entre 13º e 21ºC

Florianópolis: variação entre 17º e 25ºC

Salvador: variação entre 24º e 28ºC

Cuiabá: variação entre 21º e 32ºC

Belo Horizonte: variação entre 16º e 26ºC

Natal: variação entre 24º e 31ºC

Porto Velho: variação entre 23º e 28ºC

GZH

Postado em 22 de abril de 2023

RN arrecadou R$ 667 milhões em março, mesmo com ataques

O Governo do Estado recolheu R$ 667 milhões em receitas próprias no mês de março, mesmo com a crise na segurança pública provocada por ataques criminosos durante dez dias e que afetaram a economia do estado, especialmente da capital. O valor representa um crescimento de 5,4% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. O principal responsável por essa alta foi o recolhimento de ICMS, que registrou aumento nominal de 4,1% no mês, chegando a 615 milhões arrecadados. Considerando a inflação do período, a arrecadação teve alta real inferior a 1%.

Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN), nesta quinta-feira (20), quando foi publicada a 41ª edição do Boletim Mensal de Atividades Econômicas, estudo que é feito mensalmente pela Secretaria e cujas edições estão disponíveis para consulta no site www.set.rn.gov.br/.

Segundo o IBGE, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPVA), indicador que mede a inflação oficial no Brasil, registrou uma variação, acumulada nos últimos 12 meses, de 4,65%. Por isso, o crescimento dos valores recolhidos não ultrapassou 0,75%. Já a arrecadação de ICMS, descontando o impacto da inflação, acabou em queda de 0,55% ao invés de crescimento.

O secretário estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, explica que o resultado no recolhimento do principal tributo do Rio Grande do Norte foi impactado positivamente por ações de monitoramento setorial, realizadas pela Subcoordenadoria de Fiscalizações Estratégicas, Substituição Tributária e Comércio Exterior (SUSCOMEX) da SET.

A equipe de auditores e técnicos do setor fizeram uma varredura na área de combustíveis utilizando ferramentas de Business Intelligence (BI) e identificaram irregularidades. Esse trabalho resultou na recuperação de volumes de recursos que seriam sonegados dos cofres públicos do estado.
O comércio varejista do Rio Grande do Norte vem apresentando bons resultados de vendas desde o início do ano. O setor lidera em termos de volume de negociações realizadas ao encerrar março com um crescimento de 9,3% em relação ao mês anterior. No total, foram mais de 31,7 milhões de operações efetuadas no mês passado. Isso equivale a um faturamento da ordem de R$ 3,4 bilhões para as empresas do segmento. No comparativo com o ano passado, o volume é ainda maior, 14% a mais do montante que entrou no caixa desses estabelecimentos.

De acordo com o informativo da SET, o volume total movimentado pelos setores em atividade no estado chegou a mais de R$ 13 bilhões no terceiro mês do ano. Além do varejo, o segmento com a segunda maior contribuição para esse resultado foi o atacado que faturou R$ 2,2 bilhões, seguido da indústria de transformação, que obteve um volume movimentado da ordem de R$ 1,9 bilhão. Já o setor de comercialização e distribuição de combustíveis aparece na quarta posição com um faturamento mais de R$ 1,7 bilhão em março.

Geralmente, os combustíveis ocupam a terceira posição no ranking de faturamento mensal, porém, no mês passado, as vendas totais caíram 9,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em relação ao consumo desses produtos, etanol foi o único a manter estabilidade, enquanto a gasolina e o diesel tiveram elevação no consumo, subindo de 45 milhões para 50 milhões de litros vendidos, no caso da gasolina, entre março de 2022 e março deste ano. No mesmo intervalo, o volume consumido de diesel passou de 37 milhões para 40 milhões de litros.

Tribuna do Norte

Postado em 22 de abril de 2023

Governo Lula sinaliza ao MST novo programa de reforma agrária em maio

O governo Lula sinalizou nesta quarta-feira (19/4) ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que lançará um programa nacional de reforma agrária no próximo mês. A promessa, feita em uma reunião mais cedo no Planalto, abre caminho para que o MST desocupe uma área controlada pela Embrapa, em Pernambuco, e pela empresa Suzano, no Espírito Santo.

Cerca de 20 integrantes do MST conversaram com Márcio Macedo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, e Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário. Entre as lideranças do MST presentes estavam João Paulo Rodrigues, Ceres Hadich e Jaime Amorim.

O encontro no Planalto foi uma inflexão na postura do governo Lula, vocalizada até então por Teixeira, que havia endurecido as negociações.

Segundo relatos da reunião, o Planalto lançará o programa nacional de reforma agrária em maio. Terá o desenho de uma política pública completa, como orçamento, medidas e cronogramas. Para o MST, essa perspectiva levará à desocupação dos acampamentos em Pernambuco e no Espírito Santo, que vinha sendo atacada por integrantes do governo e a bancada ruralista.

O MST avalia que teve um “Abril de lutas” vitorioso. Segundo lideranças, o grupo conseguiu recuperar o debate da reforma agrária, fazer atos pacíficos em 18 estados e reafirmar o apoio a Lula.

Metropoles

Postado em 22 de abril de 2023

Governo demite coronel que chamou Lula de “hipócrita”

O governo Lula anunciou nesta quinta-feira (20/4) que demitirá da estatal Infra S.A. o coronel Sergio de Souza Alves, que nas redes sociais chamou o presidente de “hipócrita”, endossou atos golpistas e compartilhou mentiras sobre o governo. Mais cedo, a coluna havia publicado os ataques do coronel nas redes sociais.

O Ministério dos Transportes afirmou que determinou a demissão de Alves assim que soube das manifestações do coronel. Segundo a pasta, a Infra também foi surpreendida.

No início da tarde, a coluna mostrou que o governo Lula havia dado nesta semana um cargo de confiança na Infra ao coronel, que chamou o presidente de “hipócrita” e “molusco”. Nas redes, o militar celebrou bolsonaristas que pediam um golpe de Estado em frente a um quartel e teve três posts marcados como falsos pelo Facebook. Todos mentiam sobre Lula.

Alves trabalhava como gerente no gabinete do presidente da Infra, Jorge Luiz Macedo, que assumiu o posto no mês passado. A firma resultou da junção da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), conhecida como estatal do trem-bala, e a Valec. A Infra cuida de obras de transporte.

Metropoles

Postado em 22 de abril de 2023

Governo quer Renan Calheiros ou Omar Aziz no comando da CPMI do 8 de janeiro

O governo entrou em campo para articular o senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, ou o senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, na presidência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.

Também existe a possibilidade de um dos senadores ficar com a relatoria da CPMI, caso a presidência fique com a Câmara dos Deputados.

O Palácio do Planalto conta com a experiência de ambos em CPIs para o cargo-chave que cabe ao Senado. Em CPMIs, eles são divididos entre as duas Casas.

Muitas das parcerias da CPI da Pandemia devem se repetir na CPMI do 8 de janeiro, e é provável que a maioria dos integrantes do antigo G7, que comandava a CPMI, estejam indicados pelo governo na nova comissão.

Metropoles

Postado em 22 de abril de 2023

Fundador da Natura diz que governo Lula está “bastante decepcionante”

O empresário Pedro Passos, fundador e conselheiro da Natura, afirmou que o início do governo Lula foi “bastante decepcionante”. Passos votou em Lula no segundo turno da eleição, mas mostrou contrariedade com as falas do petista sobre a guerra na Ucrânia e com a lentidão na área ambiental.

“O capital político do Brasil pode ser erodido se o governo não adotar postura mais pragmática, mais neutra, nas relações comerciais entre Estados Unidos e China e no conflito entre Rússia e Ucrânia”, disse Passos.

As declarações foram dadas na terça-feira (18/4), em evento organizado pelo movimento Livres, em São Paulo. Passos também criticou a falta de projetos concretos do governo para a área ambiental.

“Tinha a expectativa de que esse governo sinalizaria mais na área ambiental. Está demorando muito. Como vamos direcionar os esforços da economia brasileira para a descarbonização, por exemplo? Tenho a impressão que o acordo [de livre comércio] com a União Europeia também está demorando por questões ambientais. Hoje, a parte ambiental tem um papel muito relevante, e o Brasil tem condições de se apropriar dessa agenda”, declarou Passos.

Metropoles

Postado em 22 de abril de 2023