Após a condenação de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, a defesa do ex-presidente insiste na tese de que o devido processo legal foi violado pela Corte. Os advogados se baseiam no voto divergente do ministro Luiz Fux para sustentar seus argumentos.
O advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, alega “incompetência do Supremo Tribunal Federal, incompetência da Primeira Turma e cerceamento de defesa”.
“Se vocês pesquisarem jurisprudência nos tribunais internacionais, são teses muito caras a essa perspectiva, porque são interpretadas como violação de direitos humanos. Submeter alguém a um tribunal de exceção ou cercear a defesa, violando o devido processo legal, são teses que, para nós da defesa, são muito caras e importantíssimas”, declarou.
Condenação O STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de prisão. Os ministros também formaram maioria para condenação dos outros 7 réus por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes.
O último ministro a se manifestar na Primeira Turma da Corte foi Cristiano Zanin. O placar ficou em 4 votos para condenação de Bolsonaro (Moraes, Dino, Cármem Lúcia e Zanin) e 1 para absolvição (Luiz Fux).
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, criticaram a condenação do pai pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (11), por tentativa de golpe de Estado.
Em entrevista para a agência de notícias Reuters, Eduardo afirmou que uma ditadura está se instalando e que acredita em novas sanções dos Estados Unidos contra o Brasil.
“Muito provavelmente depois do julgamento de Bolsonaro a gente vai ter uma resposta firme com ações do governo norte-americano contra essa ditadura que está se instalando no Brasil. Vocês podem ter certeza que o presidente Trump não ficará satisfeito ou conformado em ver um regime no Brasil se consolidando, tal qual aconteceu com a Venezuela”, disse Eduardo.
O deputado defendeu ainda que os ministros que acompanharam Moraes e votaram pela condenação de Jair Bolsonaro sejam sancionados com a Lei Magnitsky,
“Acreditamos que esses remédios diplomáticos, como as sanções, possam surtir efeito antes da consolidação desse regime e que a gente tenha tempo suficiente para ter uma eleição no ano que vem com ampla participação da oposição”, afirmou. “Teatro armado” Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) classificou a sessão no STF como “um teatro armado” e acusou ministros, como Alexandre de Moraes, de desrespeitarem o colega Luiz Fux durante a votação.
Segundo o parlamentar, o comportamento de Moraes e de outros ministros, com piadas e indiretas direcionadas a Fux, mostrou que a intenção seria “vencer uma discussão” e não cumprir o papel de juízes imparciais.
“Primeiro lugar, um teatro que foi armado ali que demonstra que Alexandre de Moraes e alguns dos seus colegas sequer respeitam um outro ministro do Supremo Tribunal Federal fazendo piadinhas, mandando indiretas para o ministro Luiz Fux, como se quisessem vencer uma discussão e não apenas cumprir os seus papéis como juízes”, protestou Flávio a jornalistas.
O senador também destacou que já esperava pela condenação, fez críticas ao ministro Cristiano Zanin e afirmou que pelo menos três magistrados seriam “inimigos” de Bolsonaro.
“Era um resultado que todo mundo já esperava, não pelo que está no processo, mas por quem iria julgá-lo. Pelo menos três pessoas ali são inimigas de Bolsonaro. O presidente da Turma era advogado do Lula até ontem e tudo o que ele sempre defendeu enquanto advogado, fez o contrário hoje para condenar Bolsonaro, já que podia escolher qualquer nulidade”, disse. Flávio finalizou dizendo que o ex-presidente segue firme e de cabeça erguida diante do que chamou de perseguição política, além de classificar os ministros como “covardes”:
“O presidente Bolsonaro está aqui firme, forte, de cabeça erguida para encarar de frente essa perseguição, porque a história vai mostrar que nós é que estamos do lado certo”, completou o senador.
O vereador de Natal Daniel Valença (PT) afirmou nesta quinta-feira 11 que “é impossível” para o PT formalizar “qualquer aliança” para 2026 que inclua o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União). O parlamentar indicou que, por causa disso, o afastamento entre o PT e a senadora Zenaide Maia (PSD), aliada de Allyson, está praticamente selado.
“Zenaide vota com nosso governo no plano nacional, e isso é importante. Mas não dá para estar com o PT e com Allyson ao mesmo tempo”, afirmou Daniel, em entrevista à TV Agora RN.
Eleita em 2018 com apoio do PT, Zenaide é vice-líder do Governo Lula no Senado. Apesar disso, no Rio Grande do Norte, ela tem se distanciado do partido. Na semana passada, a senadora declarou apoio a uma possível candidatura de Allyson Bezerra ao Governo do Estado. “Com certeza”, respondeu, ao ser perguntada na TV TCM se a parceria política com o prefeito se estenderia ao apoio em uma eventual disputa estadual.
“As políticas da gestão de Mossoró são muito distintas do que defendemos: há assédio contra servidores, perseguição e ausência de fortalecimento das políticas públicas”, afirmou Valença, ao explicar por que rechaça aproximação com o prefeito de Mossoró em 2026.
Diante do afastamento de Zenaide, Daniel Valença admite a necessidade de construir a segunda vaga ao Senado na chapa. O primeiro nome será o da governadora Fátima Bezerra (PT). “Cada pessoa vai votar duas vezes para o Senado. Vamos construir democraticamente o segundo nome, respeitando as outras forças e a democracia interna do partido”, destacou, sem antecipar possíveis nomes de sua preferência.
Durante a entrevista, ele também defendeu a pré-candidatura do secretário de Fazenda, Cadu Xavier (PT), ao Governo do Estado. “Ele organizou as contas do governo e planejou para médio prazo. É quem mais compreende o governo por dentro e sabe como fazer para avançar nos próximos quatro anos”, declarou.
O vereador também comenta as dúvidas no MDB sobre 2026, após o ex-governador e ex-senador Garibaldi Filho ventilar a possibilidade de seu filho, o atual vice-governador, Walter Alves, reconsiderar a disputa ao governo. Ele lembrou, ainda, que Garibaldi já declarou apoio a Cadu para o próximo ano, durante uma agenda que contou com a presença da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, em Natal.
“O senador Garibaldi anunciou, em atividade com a presidente Gleisi, que o MDB vai eleger Cadu para o governo. Eu não sabia dessa informação e ficamos muito felizes. Queremos construir um arco democrático e popular que compreende a importância do governo Lula e do governo Fátima para um resultado positivo em 2026.”
Vereador confirma pré-candidatura a deputado estadual Durante a entrevista, Daniel Valença confirmou que é pré-candidato a deputado estadual nas eleições de 2026, numa dobradinha com a deputada federal Natália Bonavides. Ele afirmou que a decisão é fruto de uma construção coletiva dentro do partido e que sua candidatura estará vinculada ao projeto eleitoral do PT no Estado.
“Não há um projeto pessoal do vereador Daniel Valença, mas sem dúvida alguma que o nosso grupo dentro do PT, do qual faz parte a Natália e muitos, dezenas de militantes fundamentais para a luta política aqui na cidade, amadureceu a ideia de eu ser candidato a deputado estadual”, enfatizou.
(Brasília – DF, 05/08/2019) Assinatura da Medida provisória que regulamenta a antecipação de 50% do 13º salário de aposentados do INSS.
Fotos: Carolina Antunes/PR
O senador Rogério Marinho (PL) divulgou nota oficial após a condenação do presidente Jair Bolsonaro, classificando a decisão como “injusta” e pedindo a aprovação de uma anistia ampla no Congresso Nacional.
Segundo o parlamentar, o processo que levou à condenação foi conduzido sem imparcialidade. “Uma condenação injusta de um inocente, conduzida em um processo onde faltou imparcialidade, sob a sombra do chamado inquérito das ‘fake news’, que virou instrumento de perseguição política e precisa ser imediatamente encerrado”, afirmou.
Marinho disse que o Brasil precisa encontrar caminhos de pacificação. “O Brasil precisa de paz, e a solução está no Congresso Nacional, a quem cabe — com competência privativa — aprovar a anistia ampla, geral e irrestrita. Uma medida de justiça e pacificação, que contemple não apenas Bolsonaro, mas todos os perseguidos pelos eventos de 8 de janeiro”, declarou.
Na nota, o senador acrescentou que é necessário encerrar o atual momento político. “É hora de virar a página dessa escalada autoritária”, concluiu.
Condenação Jair Bolsonaro (PL) foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira 11. A decisão ocorreu no julgamento da ação que apurou um plano de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Além da prisão, Bolsonaro foi condenado a 124 dias multa, no valor de dois salários mínimos o dia.
Um dia após o deputado estadual Ivanilson Oliveira anunciar filiação ao Movimento Democrático Brasileiro no Rio Grande do Norte (MDB-RN), o também deputado estadual Ubaldo Fernandes anuncia hoje (11) a decisão de retornar ao partido presidido pelo governador em exercício Walter Alves.
“As filiações de Ubaldo e Ivanilson representam o fortalecimento do MDB e reforçam o compromisso com o diálogo, a união e a construção de um futuro melhor para o Rio Grande do Norte. Ubaldo, que já foi do MDB, tem uma trajetória de compromisso com o povo e de muito trabalho em Natal e em todo o estado”, disse Walter Alves.
“Reingressar ao MDB é uma decisão importante na minha trajetória política. É um partido que tem tradição, é respeitado em todo o Brasil e, no nosso estado, tem uma grande história de serviços prestados ao povo. Chego para contribuir e somar”, explicou Ubaldo.
O deputado estadual Ubaldo Fernandes tem um histórico de vitórias. Foi eleito vereador de Natal pela primeira vez nas Eleições 2012, e em 2016, foi reeleito vereador. Nos dois mandatos como vereador, ele era filiado ao MDB e foi presidente do Diretório municipal do partido. Nas Eleições 2018, chegou à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. A última conquista foi nas Eleições 2022, quando foi reeleito deputado estadual com 34.426 votos.
O Potyguar iniciou nesta quinta-feira (11) a preparação para a segunda divisão do Campeonato Potiguar. Participaram da atividade 12 atletas, sendo oito contratados e três em fase de avaliação. A atividade foi comandada pelo setor de preparação física do clube curraisnovense, chefiada por Wagner Augusto.
O trabalho foi acompanhado pelo técnico Alexandre Dantas e consistiu em uma avaliação física com o grupo. Dos contratados, apenas o goleiro Wadson “Chapa” não esteve na atividade.
Todos os atletas em avaliação são laterais, os três de Currais Novos: Tintin, Lucas e David. Há expectativa deles permanecerem nas atividades por uma semana, até que haja uma definição se vão permanecer com o grupo, ou se não serão aproveitados.
Integrantes da Torcida Jovem do Potyguar estiveram nas arquibancadas, levando um bandeirão do clube que deverá estar presente também nas partidas do Estadual.
Elenco confirmado até o momento
Goleiro: Wadson Lateral: Jeferson Zagueiros: Igor e Moisés Volante: Ramon e Clementino Meia: Davi Papel Atacantes: Alvinho, Leozynho e Khevin
A preparação é fundamental para garantir que, a partir de outubro, os agentes possam atuar de forma efetiva
A Prefeitura Municipal de Currais Novos, por meio da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte e em parceria com o Detran-RN, iniciou nesta semana as atividades de capacitação e treinamento dos agentes de trânsito do município.
Durante o processo, que irá durar todo o mês de setembro, os profissionais irão passar por formação técnica e pedagógica, contemplando legislação, operação viária, fiscalização e orientação ao condutor e ao pedestre.
De acordo com o secretário da pasta, Pedro Antoniony, a preparação é fundamental para garantir que, a partir de outubro, os agentes possam atuar de forma efetiva. “Os agentes irão atuar na organização do tráfego, segurança viária e disciplinamento do trânsito em nosso município e essa etapa de treinamento é fundamental para todo o processo”, declarou.
Para o Prefeito Lucas, as capacitações são um conteúdo essencial para fiscalização, segurança e ordem no trânsito. “Esta ação fortalece o trabalho dos agentes e inicia o processo de integração com as forças de segurança”, ressaltou.
Na próxima semana, as instruções seguem com novos módulos, preparando os agentes para a atuação efetiva a partir de outubro, garantindo um trânsito mais seguro e organizado para toda a população.
(Brasília – DF, 11/02/2020) Palavras do Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, General Augusto Heleno Ribeiro Pereira.
Foto: Alan Santos/PR
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, nesta quinta-feira (11/9) o general Augusto Heleno, a 21 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. Do total, 18 anos e 11 meses de detenção e 2 anos e 1 mês de reclusão. O ministro relator Alexandre de Moraes fixou a pena em 21 anos, sendo 18 anos e 11 meses de reclusão e 2 anos e 1 mes de detenção e 84 dias-multa no valor de 1 salário mínimo.
Moraes seguido pelos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin.
O ministro Luiz Fux votou para absolver Heleno, por isso não participou da dosimetria.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) fechou em 4 a 1 o julgamento da trama golpista, condenando o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados dele por crimes como organização criminosa e golpe de Estado. É a primeira vez que um ex-presidente do Brasil é condenado por crimes contra a democracia.
Após o voto do ministro Luiz Fux, que discordou dos colegas de Supremo Alexandre de Moraes e Flávio Dino, os ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votaram, na tarde desta quinta, e fecharam a condenação pelo placar de 4 a 1.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, nesta quinta-feira (11/9) o general Braga Netto a 26 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.
O ministro relator Alexandre de Moraes fixou a pena em 26 anos e seis meses, sendo 24 de prisão e dois anos e seis meses de reclusão, além de 100-dias multa no valor de um salário mínimo e em regime inicialmente fechado.
Moraes seguido pelos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia.
O ministro Luiz Fux votou apenas para condenar Braga Netto por abolição do Estado democrático de direito, no qual definiu a pena em 7 anos em regime fechado.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) fechou em 4 a 1 o julgamento da trama golpista, condenando o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados dele por crimes como organização criminosa e golpe de Estado. É a primeira vez que um ex-presidente do Brasil é condenado por crimes contra a democracia.
Após o voto do ministro Luiz Fux, que discordou dos colegas de Supremo Alexandre de Moraes e Flávio Dino, os ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votaram, na tarde desta quinta, e fecharam a condenação pelo placar de 4 a 1.
A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) condenou nesta quinta-feira (11) o ex-ministro da Justiça Anderson Torres a 24 anos de prisão, em regime inicial fechado.
Além da prisão, Torres também foi condenado a 100 dias multa no valor de um salário mínimo o dia.
Ele foi acompanhado por Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Luiz Fux, por ter votado pela absolvição do réu, decidiu não participar da definição de pena.
A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) condenou nesta quinta-feira (11) o tenente-coronel Mauro Cid a dois anos de reclusão em regime aberto.
O ministro relator, Alexandre de Moraes, votou para acolher os benefícios acordados na delação premiada com Mauro Cid e foi acompanhado por Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
Além da pena branda, o acordo prevê restituição de bens e valores a Cid, além de ações contínuas da Polícia Federal para garantir a segurança do colaborador.
O acordo de Cid pedia, ao invés da pena de até 2 anos, o perdão judicial. No entanto, Moraes afirmou que, bem como não “cabe anistia aos crimes contra a democracia”, também não deve caber perdão completo.
A posição dos ministros rejeita a proposta apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) nas alegações finais do processo. A acusação defendeu que ele tivesse a pena reduzida a 1/3 da condenação dos crimes imputados.
Condenação Mauro Cid foi condenado pelo STF pelos cinco crimes imputados pela acusação. Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votaram pela condenação de Cid por todos os delitos.
Já Luiz Fux acompanhou os ministros e votou pela condenação de Cid por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito que, na sua visão, absorveria o crime de Golpe de Estado. Porém, Fux votou pela absolvição do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro dos outros quatro crimes imputados pela PGR.
A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) condenou nesta quinta-feira (11) o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão, com início em regime fechado.
Além da prisão, Bolsonaro também foi condenado a 124 dias multa, no valor de dois salários mínimos o dia.
De início, Moraes sugeriu apenas um salário mínimo, mas o valor foi aumentado por sugestão do ministro Flávio Dino, que ressaltou o alto poder aquisitivo do ex-presidente.
O ministro relator, Alexandre de Moraes, votou pela pena, considerando o agravamento de liderar de organização criminosa e atenuantes, em todos os crimes, em razão da idade avançada do ex-presidente.
Ele foi acompanhado por Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Luiz Fux, por ter votado pela absolvição de Bolsonaro, decidiu não participar da definição de pena.
Condenação
Por maioria de votos, Bolsonaro se tornou o primeiro presidente do Brasil a ser condenado por golpe de Estado.
O relator, ministro Alexandre de Moraes, foi acompanhando por Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Luiz Fux votou pela absolvição. O placar final foi de 4 a 1.
Ele foi condenado pelos seguintes crimes:
organização criminosa armada;
tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado;
dano qualificado pela violência e ameaça grave (com exceção de Ramagem); e
deterioração de patrimônio tombado (também com exceção de Ramagem).
Mesmo com a definição da pena, ainda cabe recurso da decisão, o que significa que Bolsonaro e os outros réus não serão presos de imediato.
No Brasil, as penas só podem ser executadas depois que o caso transita em julgado, ou seja, depois que acabam todas as possibilidades de recurso.
A aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu para 33% — o maior índice do ano —, perante a reprovação de 38%, segundo pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (11).
A pesquisa ouviu 2.005 pessoas com mais de 16 anos em 113 cidades entre segunda-feira (8) e terça-feira (9). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais e para menos.
O presidente teve estabilidade na avaliação sobre o trabalho a frente do Governo Federal: 48% dizem aprová-lo e outros 48% reprovam — a variação é de 4% em relação a julho; quando 46% aprovavam e 50% reprovavam.
O Datafolha mostra que o perfil da aprovação do governo manteve as linhas gerais do eleitoral do petista: Lula é mais bem avaliado entre nordestinos (45% de ótimo/bom), menos escolarizados (40%), entre quem tem de 45 a 59 anos (40%) e mais pobres (39%).
Do outro lado, os que reprovam seu trabalho são, em maioria, os sulistas (52%), os evangélicos (52%), os mais ricos (de 47% a 51% entre as três faixas com renda acima de 2 salários mínimos mensais) e quem tem curso superior (46%).
A pesquisa mostra que, em comparação com julho, a avaliação do petista pulou de 38% para 45% de ótimo/bom no seu fiel eleitorado do Nordeste, segmento com margem de erro de quatro pontos.
Uma em cada cinco crianças ou adolescentes do mundo está acima do peso, o que representa cerca de 391 milhões de indivíduos. Quase metade delas – 188 milhões – apresenta obesidade. Com isso, pela primeira vez na história, o excesso de peso grave superou a desnutrição como a maior forma de má nutrição infantil. Os dados são do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) que alerta para o risco de adoecimento.
Em um relatório com dados de mais de 190 países, a organização mostra que a prevalência de desnutrição entre crianças de 5 a 19 anos caiu de quase 13% para 9,2%, entre 2000 e 2025 Enquanto isso as taxas de obesidade aumentaram de 3% para 9,4%. A obesidade só não superou a desnutrição em duas regiões do mundo: a África Subsaariana e o Sul da Ásia.
No Brasil, esse já é o panorama há algumas décadas. No ano 2000, 5% das crianças e adolescentes apresentavam obesidade, contra 4% afetados pela desnutrição. Até 2022, o índice de obesidade triplicou, chegando a 15%, enquanto a desnutrição continuou caindo para 3% dessa população. Além disso, o sobrepeso dobrou de 18% para 36%.
Segundo o relatório, as maiores taxas de obesidade entre crianças e adolescentes foram encontradas em países das Ilhas do Pacífico, passando de 30%. A principal razão, segundo o Unicef, é a substituição da alimentação tradicional por alimentos ultraprocessados, que são mais baratos.
Mas as taxas de obesidade e o consumo de ultraprocessados também preocupam em países de alta renda, de continentes e com contextos culturais diferentes. No Chile, 27% das habitantes entre 5 a 19 anos vivem com obesidade, e a proporção é de 21% nos Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos, ou seja, 2 a cada 10.
“A obesidade é uma preocupação crescente que pode impactar a saúde e o desenvolvimento das crianças. Os alimentos ultraprocessados estão substituindo cada vez mais frutas, vegetais e proteínas, justamente quando a nutrição desempenha um papel crítico no crescimento, desenvolvimento cognitivo e saúde mental das crianças”, lamenta Catherine Russell, Diretora Executiva do Unicef.
De acordo com a organização, a mudança não se deve a escolhas pessoais, mas a “ambientes alimentares prejudiciais que estão moldando a dieta das crianças, para privilegiar alimentos ultraprocessados e fast foods”, que contém altas concentrações de açúcar, amido refinado, sal, gorduras não saudáveis e aditivos.
“Esses produtos dominam comércios e escolas, enquanto o marketing digital dá à indústria de alimentos e bebidas acesso poderoso ao público jovem”, alerta a publicação.
O relatório mostra também que a desnutrição continua sendo uma preocupação significativa entre crianças menores de 5 anos em muitos países de baixa e média renda, enquanto o excesso de peso é mais prevalente entre as crianças em idade escolar e adolescentes.
De acordo com o relatório, a condição aumenta o risco de desenvolver resistência à insulina, pressão alta e doenças graves ao longo da vida, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer.
O Unicef calcula que, se os países não intervirem para prevenir o excesso de peso infantil, podem enfrentar grandes impactos econômicos, por causa das consequências na saúde pública. Até 2035, o impacto econômico global do sobrepeso e da obesidade deve ultrapassar US$ 4 trilhões por ano.
Por outro lado, alguns países aparecem como exemplos positivos, incluindo o Brasil. A organização destaca: a restrição progressiva da compra de ultraprocessados no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE); a vedação de propagandas de alimentos não saudáveis para crianças; a rotulagem frontal, que destaca quando um produto é rico em substâncias nocivas, como açúcar e sódio; e a proibição do uso de gorduras trans na produção de alimentos.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse nesta quinta-feira que o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF),pode ser candidato ao Senado pelo partido após se aposentar da Suprema Corte. “Ele [Fux] vai se aposentar daqui dois anos e ele pode ser senador, mas não sei se ele tem interesse nisso”, disse Valdemar, em entrevista à CNN.
Segundo o presidente do PL, pessoas já o procuraram sugerindo que Fux dispute o Senado pelo Rio de Janeiro.
Durante a entrevista, o presidente do PL também elogiou o voto do ministro do STF durante o julgamento da trama golpista. Na avaliação de Valdemar, Fux deu “show” e uma “verdadeira aula de direito”.
“Com o voto do ministro Fux ontem, que deu um show no STF, já tem gente me ligando do Rio de Janeiro para convidá-lo a ser candidato ao Senado pelo Rio. Eu quero dizer que temos esperança que esse pessoal entre na linha. O Fux deu uma verdadeira aula de direito. O Bolsonaro está sendo injustiçado. Vai ser uma guerra daqui para frente”, disse.
Voto de Fux Após 14 horas, Fux votou nesta quarta-feira 10 para absolver o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de todos os crimes imputados pela PGR (Procuradoria-Geral da República). Por outro lado, o ministro votou por condenar o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-ministro Walter Braga Netto pelo crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Fux também votou para absolver por completo: Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Alexandre Ramagem (PL-RJ), deputado federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência); Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; general Augusto Heleno, ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional); e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça.