Família de jovem morto após perseguição policial no Catete acredita que houve excesso na abordagem

A família de José Jacksandro Almeida Queiroz, de 18 anos, que morreu após bater com sua moto durante uma perseguição policial na madrugada deste sábado, no bairro do Catete , Zona Sul do Rio. Para eles, houve “excessos” na abordagem feita pelos policiais militares. O rapaz estava com uma namorada na garupa, Maria Luiza, de 17 anos, que morreu na hora. Morador da Vila do João, no Complexo da Maré, José Jacksandro tinha comprado a moto há apenas dois meses e não tinha carteira de habilitação, motivo pelo qual os familiares acreditam que não tenham obedecido à ordem de parada e fugido quando foi abordado. A PM informou que abriu um procedimento e vai apurar a conduta dos agentes.
De acordo com Marcelo Barbosa, primo de José Jacksandro, foram duas abordagens. Outro primo deles que, também estava de moto, obedeceu aos policiais e relatou à família como tudo aconteceu:

— Quando a viatura mandou ele parar, o primo parou e ele no nervosismo abriu fuga. Mas ele foi interceptado de forma brutal. Houve excesso, joguei a viatura em cima da moto. Não temos certeza se foi a primeira viatura, dos policiais que fizeram a abordagem, ou outra que foi acionada. Eles não viram arma porque não tinha nada de errado. Eram dois jovens, até um pouco inconsequentes, mas não eram criminosos. O nervosismo dele era porque não tinha habilitação. Ele não tinha fantasia de piloto pela cidade, só andava de moto no Complexo da Maré, onde a gente mora.

Muito nervosa a caminho do enterro, que será na tarde deste domingo (17), no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, a mãe de José Jacksandro, Edilma Alves de Oliveira Almeida, diz que o filho trabalhava fazendo entregas em um restaurante na Maré . Ela conta que antes dele sair pediu para ele não ir e tomar cuidado.

— Meu sobrinho, que estava junto, na outra moto, contou que os policiais estavam com faróis apagados, e o Jacksandro se assustou e não parou. Meu filho não parou porque ele não tinha habilitação. Acabou de fazer 18 anos. Eu pedi tanto para não ir. Eles estavam voltando da praia. Eu sempre fui uma mãezona que dei tudo para ele. Acabei de pagar a segunda parcela da moto, que compramos para ele fazer entregas dentro da comunidade. Já entrei na autoescola. Moramos na Vila do João e achamos que quem sai da comunidade é ladrão, vagabundo, eu falei para ele tomar cuidado — contorno a mãe da vítima, em prantos.

Durante a ação policial, outras três pessoas, incluindo dois policiais, ficaram feridos. De acordo com a PM, o motociclista bateu contra o meio-fio, na altura da Rua Silveira Martins, esquina com a Praia do Flamengo. A viatura da PM também colidiu contra um poste. O motorista da moto e os policiais foram socorridos e levados para o Hospital Municipal Miguel Couto, mas José Jacksandro não resistiu aos ferimentos. A adolescente Maria Luiza morreu no local do acidente. Um pedestre que passava pela região, no momento do acidente, foi atingido pela moto. Ele foi atendido no Hospital Municipal Souza Aguiar, mas já recebeu alta.

O caso foi registrado na 9ª DP (Catete) e a Polícia Civil informou que diligências estão em andamento para apurar todos os fatos.

o globo

Postado em 18 de março de 2024

Empresas de cartão querem que novo crediário tome espaço do parcelado sem juros

Empresas do setor de cartões querem que o novo crediário substitua o parcelado sem juros.

O novo crediário é uma das prioridades da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) para os anos de 2024 a 2026, segundo o presidente da entidade, Giancarlo Greco.

O produto vem sendo redesenhado e vai permitir compras parceladas com juros em prazos de pagamento que podem chegar a 60 meses.

O objetivo é ter uma implementação mais ampla e padronizada, com todos os emissores, bancos e empresas de maquininhas, afirma o vice-presidente da entidade, Ricardo Vieira. “Tem custo mais baixo, prazo muito mais longo, é uma excelente opção.”

As taxas de juros e prazos do novo crediário para cada cliente vão depender da política de cada banco emissor do cartão, assim como os limites e valores. Clientes de menor risco tendem a ter taxas menores.

O setor de cartões pode movimentar ao todo entre R$ 4,05 trilhões a R$ 4,12 trilhões este ano, uma expansão de até 12% ante 2023.

O crescimento será puxado justamente pelo cartão de crédito, que tem se expandido mais que o débito, modalidade que tem sofrido a concorrência com o Pix e deve crescer pouco este ano, na casa dos 0,4%.

Um termômetro da popularidade do parcelado sem juro pode ser observado em uma pesquisa feita em 2022, mencionada no congresso anual da Abecs, que começou na última terça-feira (12).

O levantamento mostra que 75% dos consumidores já tinham utilizado o parcelado sem juros ao menos uma vez. Já o rotativo é bem menos utilizado, pois 82% das pessoas afirmaram que pagam o valor total da fatura no prazo.

Parcelado sem juros
O saldo de crédito da pessoa física no cartão saltou de R$ 238 bilhões em 2018 para R$ 538 bilhões no final do ano passado, segundo dados do Banco Central mostrados no evento da Abecs.

Desse número de 2023, apenas 25% do volume pagam juros, realidade bem diferente de outros países, onde há proporção do saldo que há incidência de juros é maior. Nos Estados Unidos, 72% do saldo tem incidência de juros; no Reino Unido, é 52%; e na América do Sul, no Chile, é 66%.

“É fundamental que a gente continue encontrando alternativas para que tenhamos uma base de saldo de operações sem juros cada vez menor. E acreditamos que o crediário pode puxar esse papel”, comenta o diretor de cartões e pagamentos digitais do Banco Santander, Rogério Magno Panca.

“No Brasil tem quantidade pequena de clientes que quando pagam juros, pagam juros muito elevados”, disse ele. Nos EUA e outros países, a taxa é bem mais uniforme.

O objetivo do crediário é incentivar o parcelamento com juros no setor de cartões, afirma o executivo do Santander.

O portador do cartão continua a fazer compras parceladas, em cima do limite de crédito que tem aprovado pelo emissor e com prazos mais longos do que o parcelado sem juros.

Na modalidade sem juros no banco, 90% do volume são de transações com prazo inferior a 12 meses. No crediário, chega a 36 ou a 48 meses. “Dá um fôlego adicional para o consumidor e para a indústria”, comenta Panca.

O crediário já vem sendo oferecido pelos bancos, bandeiras, empresas de maquininhas, mas desde 2022 vem perdendo espaço e no ano passado perdeu ainda mais fôlego.

Por isso, a Abecs resolveu redesenhar o produto na tentativa de torná-lo mais atrativo e padronizado para todo o setor, sobretudo em um momento em que se discutem em Brasília mudanças no parcelado sem juros e no rotativo do cartão.

Dentro dos 11 projetos estratégicos da Abecs em 2022, o crediário entrou como um dos mais importantes.

No ano passado, o debate acabou sendo mais focado no parcelamento da fatura, o chamado rotativo, que passou a ter um teto de juros. Agora, o objetivo é trazer de volta o crediário aos holofotes.

Mapeamento de riscos
A Abecs vai apresentar ao BC no final do mês uma proposta ao Banco Central para melhorar a estrutura de riscos e de garantias de todo o sistema de cartões. “O objetivo é ver como o risco hoje está distribuído”, disse Greco, argumentando que o setor precisa passar por mudanças estruturais.

Um grupo de trabalho da Abecs tem se reunido quase que diariamente para desenhar esse modelo. Recentemente, a bandeira Mastercard lançou uma consulta pública para discutir as garantias nos parcelamentos no cartão de crédito.

CNN

Postado em 18 de março de 2024

Por que os carros têm menor autonomia com etanol do que com gasolina?

Uma dúvida muito frequente entre motoristas no momento de abastecer o carro é qual combustível utilizar e o que mais pesa na decisão final é o preço. Segundo dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), a média do preço nacional do etanol é de R$ 3,58 e a da gasolina é R$ 5,74.
Sempre que o preço da gasolina aumenta, o valor do álcool também sobe. O combustível feito a partir da cana-de-açúcar é sempre mais vantajoso quando o seu valor por litro não ultrapassa em 70% o valor do petróleo. Porém, é só o valor que pesa nessa decisão?

Segundo os dados do Inmetro, o carro com motor 1.0 mais econômico do Brasil possui um consumo na cidade de 10,8 km/l com etanol e de 15,8 km/l na gasolina. Apesar de ser o mesmo veículo, a margem de cinco quilômetros de autonomia entre os dois combustíveis não passa despercebida.

O diretor de combustíveis da SAE Brasil (Society of Automotive Engineers), Rogério Gonçalves, explica o porquê se roda menos com etanol no tanque do que com a gasolina.

“Isso é uma característica termodinâmica do etanol, uma característica físico-química dele. O álcool tem 70% do poder calorífico da gasolina. O que isso significa? A gasolina tem 30% a mais de energia que o etanol. Por isso que quando você enche um tanque com gasolina, tem mais autonomia do que encher com álcool”
Outra diferença dos dois combustíveis é o quanto de potência eles geram no motor. Mantendo como exemplo um Renault Kwid, o veículo possui 70 cavalos no álcool e 66 cavalos na gasolina.

Essa diferença de desempenho do motor se deve ao quanto o etanol e a gasolina resistem à detonação durante a combustão, chamado de nível de octanagem. Quanto maior a octanagem, mais difícil a queima. Enquanto a da gasolina é próximo de 92 octanas, o etanol possui 110 octanas.

“O principal parâmetro é a taxa de compressão do motor, é o quanto o motor consegue comprimir essa mistura para gerar a combustão. Quanto maior a compressão, mais potência você consegue. O etanol precisa de uma taxa de compressão muito maior do que a gasolina, por isso que se tem um ganho de potência. Isso por causa da octanagem, que é o poder antidetonante do combustível, o quanto ele aguenta ser comprimido na combustão”, explicou.

Segundo Gonçalves, esse ganho também se deve na forma como o carro é projetado.

“Esse ganho de potência é relacionado com o projeto do carro. Se o carro for projetado para andar só com gasolina, o motor é otimizado para andar só com gasolina. Um motor que só andar com etanol é a mesma ideia. Agora, em um carro flex, que anda com os dois e até a mistura dos combustíveis, isso é um desafio para a indústria automobilística. O que acontece nesse caso, é que o motor é calibrado para andar tanto com gasolina quanto com etanol, e isso gera uma condição um pouco mais favorável para o álcool”, complementa.

No fim, a escolha do consumidor sempre fica por conta do preço. Com o etanol, é possível rodar menos, ter um pequeno ganho de potência no carro e pagar mais barato pelo litro do combustível. Já com a gasolina, as visitas aos postos vão ser menos frequentes, ter uma pequena perda de força no carro e o litro é um pouco mais caro.

Combustível aditivado
Os aditivos são produtos químicos adicionados à gasolina e ao etanol, que agem para manter a limpeza do motor, prolongar a vida útil dos componentes e aumentar a eficiência sem prejudicar o consumo do veículo.

“O processo de combustão do motor, independente do combustível, é um processo de queima. Essa queima deixa resíduos, não tem jeito. Com o tempo, é preciso fazer limpeza de bicos, linhas e trocar filtros. Colocando gasolina aditivada ou etanol aditivado, você estende esse período de manutenção do veículo”.
Os postos do país possuem três tipos de gasolina à venda, a comum, a aditivada e a premium. Além da comparação entre o etanol, a diferença entre os três tipos também não está apenas no preço da bomba.

“A gasolina aditivada e a comum são a mesma gasolina, a única coisa que muda é presença de aditivo. As duas possuem todas as características físico-químicas iguais. Já as gasolinas premium possuem uma octanagem maior. Então, os carros que têm uma taxa de compressão maior, podem aproveitar melhor essa gasolina, como os carros esportivos e os de luxo”, finaliza Rogério Gonçalves.

Band

Postado em 18 de março de 2024

Onda de calor puxa o consumo de energia e gera pico de carga no sistema nacional

Em meio à onda de calor que atinge principalmente as regiões Sudeste, Centro-Oeste e parte do Sul do País na última semana, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou um novo recorde de demanda instantânea de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN).

De acordo com o ONS, às 14h37 da última sexta-feira (15), a carga de energia do SIN atingiu o patamar de 102.478 megawatts (MW) e foi atendida por 92,5% de energia renovável. A marca anterior foi de 101.860 MW, alcançada em 7 de fevereiro.

Considerando todo o dia, a carga média também foi recorde, alcançando 91.338 megawatts médios (MWmed), superando a marca de 90.596 MWmed registrada em 17 de novembro de 2023.

“O comportamento da carga foi influenciado por questões climáticas, principalmente pelas elevadas temperaturas em quase todo o país, que teve o registro de mais uma onda de calor”, disse o ONS em nota.

Em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, a cientista Renata Libonatti, professora do Departamento de Meteorologia da UFRJ, alerta que as ondas de calor matam mais do que chuvas e deslizamentos. E alerta que esses fenômenos vão acentuar, ainda mais, as desigualdades sociais.

A condição climática do final de semana, com temperaturas acima dos 34º em diversos Estados das Regiões Sudeste e Centro-Oeste podem levar a novos recordes de demanda por energia nos próximos dias. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na capital paulista os termômetros registraram temperaturas de aproximadamente de 34,3 graus celsius (ºC) desde a última sexta-feira, 15.

Nos últimos dias o órgão já havia emitido sinal de alerta para a onda de calor intenso em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, e Parte de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Já para os próximos dias, a previsão é que no Sul do País ocorram tempestades com pancadas de chuva e rajadas de vento de acima dos 70 quilômetros por hora (km/h), além da possibilidade de granizo.

(Wilian Miron/Agência Estado)

Postado em 18 de março de 2024

Reunião de Lula com ministros terá cobrança por comunicação e mais entregas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve usar a reunião ministerial de amanhã para cobrar dos integrantes do governo mais compromissos na comunicação das ações do Executivo. O movimento reflete a preocupação do Palácio do Planalto com a queda na aprovação do presidente, captada em pesquisas no início do mês.
Dois ministros palacianos ouvidos pelo GLOBO afirmaram que Lula tem demonstrado cada vez mais impaciência em apresentar entregas e vai cobrar dos ministros resultados de programas que já foram anunciados.

O presidente quer ver ministros de todas as áreas rodando o Brasil, dando entrevistas e ocupando espaços de mídia em geral para divulgar ações positivas. Há uma avaliação entre auxiliares que esse movimento poderia ajudar a contrabalançar as repercussões negativas das falas do presidente, o que também acaba afetando sua popularidade. O presidente, por exemplo, comparou uma intervenção israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto — extermínio de judeus na Segunda Guerra Mundial.

Desempenho nas redes
Os ministros também devem ser cobrados a explorar melhor o canal direto que têm com participantes por meio de seus perfis pessoais nas redes sociais e não se restringirem a assuntos de suas respectivas áreas. Em viagens, por exemplo, falar das pautas do governo de forma abrangente.

Desde o segundo semestre do ano passado, os ministros receberam informações sobre ações do governo no estado para onde viajarão e são orientados a falar em defesa de Lula. Os Ministros do Planalto, no entanto, entenderam que essa estratégia não está funcionando e que parte do primeiro escalonamento não tem conseguido propagar feitos da sua área e do governo.

Auxiliares de Lula citaram como exemplos negativos ministros que comandam pastas com grandes orçamentos.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade , é vista com desempenho aquém do esperado, na comunicação, para quem liderou um dos ministérios mais importantes da Esplanada. No Planalto, interlocutores de Lula afirmaram que sua capacidade técnica para o posto é indiscutível, mas ponderam que o ministro fala um pouco sobre ações da área e “vende” de forma tímida o que tem sido feito no seu ministério. Citam, por exemplo, que o ministério deveria fazer comparações com o governo Bolsonaro, que teve a gestão na Saúde criticada durante uma pandemia.

Procurado, o Ministério da Saúde informou em observação que as ações de comunicação realizadas têm o único objetivo de prestar serviço à população, como utilidade pública. A pasta cita informações sobre vacinação, o Mais Médicos e a Farmácia Popular e a “retomada” do personagem Zé Gotinha.

Wellington Dias , à frente do Desenvolvimento Social, também é visto como um auxiliar que poderia dar mais ênfase a programas como Bolsa Família — historicamente uma vitrine petista. O ministro tem se empenhado em pôr de pé a lógica da troca do “cartão” do Bolsa Família pela “carteira” de trabalho, mas o Planalto não considera suficiente. Procurado, ele não se manifestou.

Lula também tem expectativas de que o Ministério da Educação, comandado por Camilo Santana , ajude a melhorar a popularidade do governo. A avaliação é que agora Camilo tem, na sua mesa, programas com capacidade de cumprimento desse objetivo, como o Pé-de-Meia (poupança para alunos do Ensino Médio) , escola em tempo integral e a renegociação de dívidas do Fies.

o globo

Postado em 18 de março de 2024

Lava Jato destruiu 4,44 milhões de empregos, aponta estudo

A operação que prometia combater a corrupção no setor de petróleo e gás custou caro à economia e deixa o desafio da reconstrução de setores . A Lava Jato resultou na destruição de 4,44 milhões de empregos entre 2014 e 2017 e reduziu o Produto Interno Bruto (PIB) em 3,6% no mesmo período. De 2015 a 2018, as maiores construtoras brasileiras perderam 85% da receita.

As conclusões constam de dois estudos que analisaram o impacto econômico da Lava Jato, que completa 10 anos. O primeiro, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), rastreou os efeitos de 2014 a 2017 dos setores afetados diretamente e indiretamente pela operação. O segundo, das universidades Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), mensurou as consequências sobre as construtoras e a indústria pesada.

O estudo da UFRJ e da Uerj estimou em R$ 142 bilhões as perdas nos setores de construção civil, indústria naval, engenharia pesada e indústria metalmecânica. Os efeitos, no entanto, vão além dos segmentos diretamente investigados pela operação e que tiveram de fechar delações premiadas e acordos de leniência.

Segundo o Dieese, dos 4,44 milhões de postos de trabalho perdidos, 2,05 milhões ocorreram nos setores e nas cadeias produtivas diretamente afetadas pela Lava Jato. Os 2,39 milhões de empregos restantes foram destruídos em setores prejudicados pela queda da renda e do consumo, como comércio, transporte e alimentação.

Menos emprego e renda se traduzem em investimentos menores. O estudo do Dieese estima que a Lava Jato reduziu os investimentos públicos e privados em R$ 172,2 milhões entre 2014 e 2017. O segmento mais atingido foi a construção civil, com perda de R$ 35,9 bilhões, seguido por comércio (R$ 30,9 bilhões); extração de petróleo e gás, inclusive setores de apoio (R$ 29,2 bilhões); atividades imobiliárias (R$ 22 bilhões); e intermediação financeira, seguros e previdência complementar (R$ 17,5 bilhões).

“Nosso estudo abordou o impacto em cadeia, porque os setores da economia são interligados e perdas em um segmento podem transbordar para toda a economia”, explica o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior. A entidade usou a técnica de matriz insumo-produção, que registra os fluxos de bens e serviços e demonstra as relações intersetoriais dentro do sistema econômico de um país.

Impostos
Com a destruição de postos de trabalho, a massa salarial caiu R$ 85,4 bilhões de 2014 a 2017. Uma economia que emprega, investe e produz menos paga menos impostos. No período analisado, o governo deixou de arrecadar R$ 47,4 bilhões em tributos e R$ 20,3 bilhões em contribuições para a Previdência Social e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O diretor do Dieese acrescenta que os efeitos da Lava Jato não se manifestaram apenas no encadeamento dos setores, mas com a desestruturação de tecnologias na cadeia produtiva de petróleo e gás e na construção civil que fariam a economia brasileira evoluir no médio e no longo prazo.

“No meio de tudo isso, a gente perdeu também o que chamamos de inteligência de engenharia. Os engenheiros não desapareceram, estão aí, mas as grandes equipes foram desmontadas. Mesmo com o investimento chegando, levará um tempo para reconstituir essas equipes. Talvez algumas nem sequer consigam ser remontadas porque a Lava Jato deixou um legado de desorganização da nossa indústria de infraestrutura”, diz.

Reconstrução
No décimo aniversário da Lava Jato, a reestruturação dos segmentos afetados pela operação representa o maior desafio. Mesmo com a recuperação da economia brasileira e com as promessas de investimento e de diversificação de atividades na Petrobras, a falta de investimentos nos últimos anos prejudicou a estatal.

“Por causa da Lava Jato, a Petrobras, a partir do governo [do ex-presidente] Michel Temer, concentrou-se na atividade primária, a extração de petróleo e gás, deixando de lado investimentos no refino e em tecnologia para privilegiar a maximização de lucro por acionista. A empresa passou a se orientar por uma perspectiva de gerar lucros no curto prazo e distribuir para os acionistas”, explica o professor Luiz Fernando de Paula.

Segundo o professor da UFRJ e da Uerj, a Petrobras ainda tem chances de recuperar o planejamento de longo prazo, ao investir na transição ecológica enquanto busca retomar a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cujas obras foram interrompidas em 2015 por causa da Lava Jato.

“Uma coisa não impede a outra. A Petrobras pode modernizar o refino de combustível fóssil e pensar na transição para a energia limpa. A Petrobras está numa mudança, na forma de gestão, não acredito que vai haver um retorno ao modelo do primeiro governo Dilma [Rousseff], que nacionalizou as compras. Mas acho que dá para a empresa buscar um protagonismo maior dentro de uma perspectiva administrativa, na diversificação das suas atividades. Aí, tem um fator novo, importante”, diz.

Em relação à construção civil, o diretor do Dieese diz que o desmantelamento das maiores empreiteiras do país provocou danos permanentes para o setor. “É importante lembrar que os prejuízos para as empreiteiras não decorreram apenas de acordos de leniência e de bloqueios de bens, mas houve dano de imagem para todo um setor. A Odebrecht, por exemplo, quase faliu e mudou de nome”, ressalta.

A recente suspensão de acordos de leniência da Odebrecht, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), abre brecha para um processo de reerguimento da construção civil pesada, mas Fausto adverte que a reconstrução do setor levará décadas. “Esses acordos de leniência, em alguns casos, representaram uma pá de cal sobre várias dessas empresas. A suspensão de parte desses possibilita agora um processo de reconstrução, mas não é uma reconstrução simples”, avalia.

Os dois especialistas concordam que o grande problema da Lava Jato consistiu em não separar a punição de executivos das atividades das empresas investigadas. “A grande lição da Lava Jato é que não se pode expor pessoas e empresas midiaticamente da forma como aconteceu. Estamos falando de um processo jurídico, em que se devem guardar as devidas proporções porque as empresas foram muito mais punidas que as pessoas físicas, com as companhias tendo os nomes e as marcas jogadas no lixo”, critica Fausto.

“Na época da operação, não se dava a devida atenção para os efeitos econômicos, mas esses dados hoje estão bastante consolidados. As pessoas não se atentavam para os efeitos econômicos e sociais da Operação Lava Jato. A gente que tem de achar um jeito de punir os executivos, as pessoas, mas não castigar as empresas nem destruir empregos”, avalia Luiz Fernando, da UFRJ e da Uerj.

EBC

Postado em 18 de março de 2024

Robinho nega estupro e alega racismo em julgamento feito na Itália

O ex-jogador de futebol Robinho falou, em entrevista neste domingo (17/3), sobre a condenação de nove anos por estupro. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) julga o caso nesta semana para decidir se o atleta poderá cumprir a pena no Brasil.
“Fui condenado por algo coletivo com outras cinco pessoas. Por que só eu estou respondendo por isso?”, questionou Robinho ao Domingo Espetacular. “Tinham o objetivo principal de tentar me condenar de algo que eu não fiz.”

O crime ocorreu no ano de 2013, na boate Sio Caffé, em Milão, na época em que o jogador atuava pelo Milan. Além do atleta, outros quatro brasileiros foram acusados de estuprar uma moça de origem albanesa na ocasião.

Robinho disse ter tido uma relação “superficial e rápida” com a vítima, que teria sido consentida. O ex-jogador questionou a versão de que a mulher estaria inconsciente, uma vez que lembra de diferentes detalhes sobre a noite.

“Os mesmos que não fazem nada com esse tipo de ato, eu repudio o racismo, são os mesmos que me condenaram”, alegou. “Se meu julgamento fosse para um branco, para um italiano, seria totalmente diferente.”

O ex-jogador disse esperar ter, no julgamento realizado pelo STJ, “a voz que não tive lá fora”, e argumentou possuir “provas gritantes que mostram a inocência”.

Entenda o caso
Robinho foi condenado em 2017 pelo crime que teria ocorrido em 2013.

O jogador acabou recorrendo da decisão, mas foi condenado pelo crime em todas as instâncias. Em 2022, a Justiça da Itália julgou o brasileiro na terceira e última instância, impossibilitando qualquer outro tipo de recurso para ele. Ele foi condenado a nove anos de prisão.

A Itália pediu para o Brasil que Robinho fosse extraditado para cumprir a sua pena. O pedido foi negado, já que a Justiça Brasileira impede a extradição de seus cidadãos para o cumprimento de pena, mas agora ele pode cumprir no sistema penitenciário brasileiro.

Metrópoles

Postado em 18 de março de 2024

Rio registra sensação térmica de 54,3°C no Jardim Botânico, na manhã deste domingo

Após recorde de sensação térmica neste sábado, com 60,1º em Guaratiba , na Zona Oeste, uma onda de calor continua no Rio. O bairro do Jardim Botânico , na Zona Sul carioca, registrou a maior sensação neste domingo, com 54,3°C às 8h45. Guaratiba registrou 53,2°C, às 9h, e a Barra da Tijuca, no Riocentro, 51°C, às 08h50.
De acordo com o Sistema Alerta Rio, as três maiores temperaturas deste domingo, até as 9h, foram registradas na Barra, com tarifas marcando 34,9°C; no Jardim Botânico, com 34,5°C, e em Santa Cruz, 34,3°C.

A previsão para este domingo é céu fica claro a parcialmente nublado, sem chuva. As taxas podem variar entre o mínimo de 22 graus e o máximo de 42 graus . A sensação térmica pode ser ainda mais do que a do dia anterior.

Em períodos de calor intenso como esse, os especialistas recomendam à população evitar a exposição prolongada ao sol, usar protetor solar, reaplicando-o quando necessário, e mantendo-se hidratado.

Ranking das cinco maiores temperaturas do Sistema Alerta Rio deste ano, até às 9h deste domingo (17):
1°: Guaratiba – 41,8°C – 11h30 do dia 17/01/2024
2°: Guaratiba – 40,7°C – 12h10 do dia 16/01/2024
3°: Irajá – 40,3°C – 16h20 do dia 16/03/2024
4°: Irajá – 40,1°C – 14h50 do dia 01/11/2024
5°: Guaratiba – 40,1°C – 11h55 do dia 02/12/2024
Ranking das cinco 5 sessões maiores térmicas do Sistema Alerta Rio deste ano, até as 9h deste domingo (17):
1°: Guaratiba – 60,1°C – 10h20 do dia 16/03/2024
2°: Guaratiba – 59,5°C – 11h45 do dia 17/01/2024
3°: Guaratiba – 58,4°C – 12h20 do dia 15/01/2024
4°: Guaratiba – 57,5°C – 10h35 do dia 15/03/2024
5°: Guaratiba – 57,1°C – 10h15 do dia 24/02/2024

Maiores Sensações Térmicas da série histórica do Sistema Alerta Rio (2014 a 2024)

1º: 60,1 graus às 10h20 de 16/03/2024 (Guaratiba)
2º: 59,7 graus às 8h05 de 18/11/2023 (Guaratiba)
3º: 59,5 graus às 11h45 de 17/01/2024 (Guaratiba)
4º: 59,3 graus às 10h20 de 17/11/2023 (Guaratiba)
5º: 58,5° graus às 9h10 de 14/11/2023 (Guaratiba)

o globo

Postado em 18 de março de 2024

Juiz está condenado à aposentadoria por participar de leilões para revender carros de luxo

Um juiz que adquiriu carros de luxo em leilões judiciais foi afastado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4), com sede em Porto Alegre. A decisão argumenta que o magistrado teria atuado no comércio e feito uso indevido de recursos institucionais em benefício próprio.

A determinação foi feita em 1º de março e o juiz Guilherme da Rocha Zambrano, que atua há cerca de 17 anos, será remunerado compulsoriamente como juros. As informações são do g1 Rio Grande do Sul .

A situação ocorreu à tona quando o próprio juiz entrou com uma ação no Foro Cível contra um engenheiro mecânico, que seria seu sócio em uma empresa constituída para intermediar a venda de veículos usados.

Zambrano declarou ter comprado carros em leilões e os confiados ao sócio, alegando que este não lhe repassou os valores acordados.

Zambrano era sócio de uma sociedade
Os veículos adquiridos foram incorporados ao capital social da sociedade a qual o juiz era associado. Por isso, o Órgão Especial do TRT4 concluiu que o juiz praticou atos comerciais, o que é vedado pela Lei Orgânica da Magistratura.

Durante o processo, Zambrano argumentou que comprou veículos para uso pessoal.

Ele também foi penalizado por participar de leilões organizados pelo Judiciário Trabalhista e por utilizar um certificado digital em atividades particulares.

O juiz defendeu que poderia participar dos leilões do Judiciário Trabalhista, pois não participou do leilão na cidade onde ocorreu o leilão. Por lei, os magistrados estão proibidos de participar de leilões judiciais promovidos pelo tribunal em que atuam.

Entretanto, a relatora argumentou que a autoridade dos juízes se estende por toda a jurisdição do tribunal, não se limitando apenas ao local em que trabalham.

Compra de carros de luxo em leilões
Durante um leilão realizado pela Vara do Trabalho de Sapiranga em 2022, o juiz adquiriu um caminhonete Land Rover Evoque por cerca de R$ 100 mil.

Conforme oTRT4, o magistrado participou de outros leilões na mesma ocasião, conseguindo um Audi A5 para sua esposa, um Toyota Corolla para um irmão e um Nissan Frontier para uma tia.

A investigação, iniciada em dezembro de 2022, apurou a compra de veículos por Zambrano em leilões públicos, além de sua suposta atuação no comércio e o uso indevido de recursos institucionais em benefício próprio.

Quais as consequências da aposentadoria compulsória?
Conforme o Jusbrasil, a aposentadoria compulsória representa a deliberação mais severa entre as seis punições disciplinares aplicáveis ​​aos juízes vitalícios . Quando retira suas funções, o juiz continua a receber uma remuneração proporcional ao tempo de serviço.

Negligência com deveres de carga, conduta imprópria ao decoro da função (na vida pública ou privada) e trabalho insuficiente sujeito a um juiz à aposentadoria compulsória.

Diversas consequências legais derivam dessa proteção, conforme previsto na Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman). A declaração pode levar até a declaração de inidoneidade pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ou que seja veda inscrição como advogado.

No caso de Zambrano, a medida será aplicada após não haver mais possibilidades de pedir recurso. O magistrado foi afastado da carga e recorreu da decisão.

Com informações do g1 Rio Grande do Sul

Postado em 18 de março de 2024

Putin vence eleições na Rússia e segue no poder até 2030

O presidente da Rússia, Vladimir Putin , de 71 anos, venceu as eleições e seguirá no comando do país pelo menos até 2030, segundo a TV estatal russa com base em dados preliminares da Comissão Eleitoral Central. Até o momento, 99,43% das urnas foram apuradas e o líder russo recebeu 87,32% dos votos.

Uma pesquisa de boca de urna da agência governamental russa Vciom (Centro Russo de Pesquisa de Opinião Pública) aponta que Putin obteve com 87% dos votos . Além dele, apenas 3 candidatos disputaram a Presidência, mas nenhum dos concorrentes tinha chances de vencer. A oposição na Rússia os acusa de serem “fantoches” e a participação na eleição seria apenas para dar ar de legalidade.

Eis os demais nomes e a posição de cada um deles:

Nikolai Kharitonov (2º) – 4,32% dos votos;
Vladislav Davankov (3º) – 3,79% dos votos;
Leonid Slutsky (4º) – 3,19% dos votos.

Com a confirmação da reeleição, Putin superará o tempo de governo de Josef Stalin, que liderou a União Soviética por 28 anos e 11 meses (1924-1953). O atual mandatário governa a Rússia há quase 25 anos . Será seu 5º mandato.

Desde 1999, ele alterna nos cargos de primeiro-ministro e presidente. Em 2020, o líder russo prometeu uma mudança na Constituição. A medida permite que ele fique no poder até 2036 caso vença as eleições deste ano e de 2030.

O pleito, que entrou no 3º dia deste domingo, é contestado depois que políticos tiveram suas candidaturas rejeitadas.

Putin iniciou sua carreira política em agosto de 1999, aos 46 anos, quando foi nomeado primeiro-ministro pelo então presidente Boris Yeltsin, 1º presidente da Rússia após a dissolução da União Soviética em 1991.

Antes de assumir como chefe de governo, Putin integrou o KGB (Comitê de Segurança do Estado) de 1975 a 1991. Em 1998, quando uma agência de inteligência já havia sido renomeada para o FSB, foi nomeado diretor da organização.

FAVORITISMO
Nas pesquisas que antecederam o pleito, o presidente russo apareceu com 75% das intenções de voto e 69 pontos percentuais à frente de Vladislav Davankov, o 2º colocado na pesquisa.

Poder 360

Postado em 18 de março de 2024

PSD realiza ato de filiação em Currais Novos.

O Partido Democrático Social ( PSD) organizou o ato de filiação em Currais Novos no sábado ( 16/03/24 ) na pizzaria Sabor Real e contou com a presença da Senadora Zenaide Maia , líder do partido no estado .
Entre os filiados novos recebidos pelo partido está o atual presidente da Câmara Municipal Ycleyber Trajano .
A filiação contou com a presença do prefeito odon Jr e do pré-candidato a prefeito pelo PT, Lucas Galvão.

Postado em 17 de março de 2024

PP realiza ato de filiação em currais Novos

Os partidos começaram seus eventos de filiações aqui em Currais Novos .
O Partido Progressista ( PP ) fez seu ato de filiação recebendo o pré-candidato a prefeito Zé Lins , atual vereador Daniel Bezerra e vários pré-candidatos a vereadores.
O ato aconteceu sexta-feira no CCT e teve participações do Dep Federal João Maia, dos deputados estaduais Neilton Diogenes e Ubaldo Fernandes .

Postado em 17 de março de 2024

Cerro Corá: Maciel e Graça confirmam pré-candidadura a prefeito e Vice respectivamente.

Maciel Freire confirmou em suas redes sociais a sua pré-candidadura a prefeitura de Cerro Cora, tendo a ex prefeita Graça Oliveira como sua pré-candidata a vice em sua chapa.
” Confirmo que sou pré-candidato a prefeito, e que o nosso projeto conta com Graça Oliveira como pré-candidata a vice-prefeita” Disse o pré-candidado Maciel.

Postado em 17 de março de 2024

Bolsonaro cita ‘mundo caindo na cabeça’, mas diz que ‘não tem medo de julgamento’

Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubar o sigilo dos depoimentos de militares que o implicaram na trama golpista depois da eleição de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) evitou se debruçar sobre o teor das investigações. Alegou, no entanto, que é perseguido por ser um “paralelepípedo no sapato da esquerda” e disse não temer julgamentos.
— Eu poderia muito bem estar em outro país, mas decidir voltar para cá com todo o risco. Não tenho medo de qualquer julgamento, já que os juízes são isentos — afirmou durante o lançamento da pré-candidatura de Alexandre Ramagem (PL) à prefeitura do Rio. — Ramagem trabalhou comigo, fez um excelente trabalho, deixou sua marca. E, obviamente, quando se lança o pré-candidato, o mundo cai na cabeça dele, como vem caindo na minha, porque sou um paralelepípedo no sapato da esquerda.

O deputado federal e ex-diretor da Abin, investigado por suspeita de espionagem ilegal no período à frente da agência, ainda é considerado um postulante frágil na eleição carioca justamente por causa das investigações.

O ato de hoje se deu na quadra da Mocidade Independente de Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio. Ontem, enquanto o ministro Alexandre de Moraes derrubou o sigilo dos depoimentos de militares sobre uma suposta tentativa de golpe, Bolsonaro fez uma espécie de “turnê” por cidades litorâneas na Região Metropolitana e na Região dos Lagos.

Segundo os depoimentos convergentes do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes e do ex-chefe da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior, Bolsonaro teria apresentado três opções jurídicas para colocar o golpe em curso: Garantia da Lei e da Ordem (GLO), estado de sítio e estado de defesa. A única das Forças Armadas para completar a aventura golpista teria sido a Marinha, com o almirante Almir Garnier Santos.

Os depoimentos, conforme noticiou ontem o GLOBO, são vistos pelos investigadores como prova da participação efetiva” de Bolsonaro na trama golpista após a derrota eleitoral de 2022.

O GLOBO

Postado em 17 de março de 2024

Alexandre Ramagem lança pré-candidatura à Prefeitura do Rio

O Partido Liberal (PL) lançou neste sábado (16) a pré-candidatura de Alexandre Ramagem à Prefeitura do Rio de Janeiro. O evento contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro e do governador Cláudio Castro.

A cerimônia ocorreu na quadra da Mocidade Independente de Padre Miguel, na Zona Oeste da cidade.

“Hoje, eu tenho uma nova missão do nosso capitão: cuidar da cidade do Rio de Janeiro. Estamos lançando a pré-candidatura à prefeitura. Vamos encerrar esse desgoverno de esquerda do Rio de Janeiro. Vamos tirar esses soldados do Lula da cúpula do Rio. Em outubro de 2024, teremos eleições para prefeito e vereadores. É extremamente importante para a vida de todos nós”, disse Ramagem.

“Eu, como delegado, acho inadmissível que o carioca suporte essa violência”, completou.

Durante o evento, Ramagem ainda criticou indiretamente o atual prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD). “Vamos encerrar esse desgoverno de esquerda, tirar esses soldados do Lula do Rio”, afirmou.

Alexandre Ramagem foi delegado da Polícia Federal (PF) e comandou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro, cargo que deixou para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. Foi eleito deputado federal com 59.170 votos.

Em janeiro deste ano, Ramagem foi alvo de uma operação da PF que investiga um esquema na Abin para monitorar, ilegalmente, autoridades públicas e cidadãos comuns.

TV Cultura

Postado em 17 de março de 2024