O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), disse nesta quarta-feira (3) que a oposição está articulando uma versão alternativa do projeto de lei da anistia para prever o perdão ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Entendemos que o texto agora terá que contemplar o presidente Jair Bolsonaro porque o julgamento dele a gente nem precisa esperar, porque ele já está condenado com antecipação. E os crimes que o presidente Bolsonaro será condenado são os mesmos crimes da Débora do batom. Então, para nós, a anistia vale para todas as pessoas, inclusive para o presidente Bolsonaro”, afirmou o parlamentar em entrevista ao SBT News.
Segundo Sóstenes, a oposição aguarda a indicação do nome do parlamentar que será o relator do projeto, a partir do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para depois apresentar as sugestões de mudança. Tudo indica que Motta irá indicar um relator que seja de algum partido do chamado centrão.
“Nós temos uma sugestão ao relator de texto e a gente espera que a anistia seja o texto constitucional, a anistia ampla, geral e irrestrita para todos os cinco crimes que estão sendo condenados injustamente”, disse.
A previsão é que Motta dê andamento à votação da urgência do PL da anistia na semana seguinteao fim do julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF), previsto para ser encerrado no dia 12 de setembro.
Base do governo
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), avalia a proposta como uma afronta ao STF e considera que ela fere a Constituição.
“Esse pedido de anistia é um escândalo. Está acontecendo um julgamento do Supremo. Começou o julgamento. Colocar esse assunto do PL só tem um objetivo: atrapalhar, tumultuar. É um desrespeito contra o Supremo. Então a gente vai lutar para que não seja pautado, até porque ele é inconstitucional”, disse o deputado ao SBT News.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), rebateu as acusações feitas por seu ex-assessor Eduardo Tagliaferro.
O perito está foragido na Itália e apresentou denúncia em audiência por videoconferência no Senado afirmando que o magistrado adulterou documentos para justificar operações da PF (Polícia Federal).
Documentos apresentados por Eduardo Tagliaferro à Comissão de Segurança Pública do Senado Federal na terça-feira (2) indicam que uma petição assinada teve a data adulterada.
Segundo relato do perito que atuou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ele teve que produzir um documento posterior a uma ação policial, mas houve adulteração na data para indicar que o material técnico teria sido produzido antes.
Tagliaferro sustenta que a data foi alterada porque Moraes não queria que parecesse que a PF fez busca e apreensão em alvos apenas por conta de uma notícia de imprensa veiculada na época.
Metadados apresentados por Tagliaferro mostram que o documento teria sido criado no dia 28 de agosto de 2022, às 10h33. O documento foi incluído no processo de investigação com outra data: 22 de agosto.
Em nota divulgada por sua assessoria, o ministro Alexandre de Moraes disse que todos os procedimentos de investigação foram realizados de forma regular. Sustenta ainda que a assessoria do TSE foi acionada para recolher dados e que estes foram repassados as autoridades competentes.
Veja a íntegra da resposta do ministro: O gabinete do Ministro Alexandre de Moraes esclarece que, no curso das investigações dos Inq 4781 (Fake News) e Inq 4878(milícias digitais), nos termos regimentais, diversas determinações, requisições e solicitações foram feitas a inúmeros órgãos, inclusive ao Tribunal Superior Eleitoral, que, no exercício do poder de polícia, tem competência para a realização de relatórios sobre atividades ilícitas, como desinformação, discursos de ódio eleitoral, tentativa de golpe de Estado e atentado à Democracia e às Instituições.
Os relatórios simplesmente descreviam as postagens ilícitas realizadas nas redes sociais, de maneira objetiva, em virtude de estarem diretamente ligadas as investigações de milícias digitais.
Vários desses relatórios foram juntados nessas investigações e em outras conexas e enviadas à Polícia Federal para a continuidade das diligências necessárias, sempre com ciência à Procuradoria Geral da República. Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria Geral da República.
Na PET 10.543, o procedimento foi absolutamente idêntico. Após a decisão do Ministro relator, em 19 de agosto, foi solicitado relatório para o TSE, que foi juntado aos autos no dia 29 de agosto, tendo sido dada vista imediata às partes. O recurso da PGR não foi conhecido pelo STF, em 9 de setembro. Tudo regular e oficialmente nos autos.
O município de Guamaré deu mais um passo na busca por soluções para a grave crise de abastecimento de água que afeta diretamente a população. Na manhã desta quarta-feira (3), o prefeito Hélio de Mundinho (PSDB), vereadores e representantes da gestão municipal entregaram um ofício, solicitando apoio diante do cenário alarmante, ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), que estava acompanhado do vice-governador Walter Alves (MDB).
“A seca tem castigado a população do nosso Estado e não mediremos esforços para minimizar o sofrimento do nosso povo. Buscaremos fazer o que for necessário para mudar o cenário do abastecimento de água em Guamaré, que não pode continuar do jeito que está”, disse Ezequiel Ferreira
No documento, a prefeitura relata que o problema, que ocorre há mais de dez anos, tem origem no colapso de um trecho da adutora responsável por abastecer a cidade. O sistema foi projetado para suportar uma pressão de 100 m³ de água por hora, mas atualmente não suporta mais que 30 m³ por hora, comprometendo o fornecimento de água, que atualmente só chega as torneiras da população a cada 15 dias.
“Nossa orientação é que a Caern apresente a solução para esse problema com a agilidade necessária, pois esse é um quadro que precisa ser resolvido para ontem. Sabemos do potencial econômico de Guamaré e esperamos que a companhia use todas as suas prerrogativas para viabilizar uma solução”, disse Walter Alves, reforçou o vice-governador
Outro ponto destacado pelos presentes foi a ausência de uma equipe permanente da Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) para fiscalização e combate a perdas. Segundo informações da própria Companhia, cerca de 75% da água enviada ao município é desviada ou perdida em vazamentos, um índice considerado alarmante e que impacta diretamente a qualidade de vida da população guamareense.
“Existem soluções a curto, médio e longo prazos. Com algumas ações rápidas, como a solução para o desperdício de água, já poderemos dar uma resposta imediata. Além disso, vamos estudar para levar uma solução definitiva para o problema daquele município”, disse Sérgio Rodrigues, diretor-presidente da Caern.
O ofício entregue ao presidente Ezequiel Ferreira contou com a assinatura de lideranças políticas e administrativas do município. Estiveram presentes na reunião os secretários Arthur Teixeira (Planejamento), Igor Montenegro (Obras e adjunto) e Diogo Albuquerque, além do procurador-geral Dr. Hermann Marinho. Também participaram o presidente da Câmara Municipal, Eudes Miranda, e os vereadores, Carlos Câmara, Eliane Guedes, Genilson Gomes, Dedezinho e Miranda Júnior, reforçando a união de forças para encontrar uma saída definitiva para a crise hídrica.
“Saímos dessa reunião com a certeza que agora a solução para o abastecimento de água de Guamaré será resolvida, proporcionando a nossa cidade segurança hídrica e condições dignas de abastecimento para sua população”, disse o prefeito Hélio.
A Casa Branca já começou a conferir se os bancos brasileiros estão cumprindo de fato as exigências previstas na Lei Magnitsky, que impõe sanções financeiras a Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que conduz o julgamento de Jair Bolsonaro, aliado de Donald Trump.
De acordo com pessoas a par do assunto, os bancos brasileiros foram notificados pelo governo americano sobre o cumprimento da norma, mas o assunto é tratado com muita discrição pelas instituições brasileiras.
O documento foi enviado pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac, na sigla em inglês), que pertence ao Departamento de Tesouro dos Estados Unidos. O texto pergunta as ações que foram tomadas pelos bancos para restringir os acessos da pessoa sancionada.
Os bancos que receberam a comunicação são instituições financeiras brasileiras com operações nos Estados Unidos. Pessoas a par do assunto afirmam que, em situações como essa, o Ofac oficializa questionamentos também para bandeiras de cartão de crédito que operam com bancos locais e para instituições norte-americanas que atuam como correspondentes para operações de câmbio aos bancos locais que não têm esses canais próprios.
Pela Lei Magnitsky, a pessoa sancionada tem automaticamente congelado qualquer ativo financeiro que tenha nos Estados Unidos. A norma também proíbe instituições financeiras do país a prestar serviços ao sancionado. A sanção foi imposta a Moraes no dia 30 de julho.
Procurados, Bradesco, Banco do Brasil e Itaú não se pronunciaram. O Santander Brasil ressaltou que “não presta informações sobre temas regulatórios que envolvam matéria protegida por sigilo bancário”. “O Banco atua com rigorosa observância de todas as normas e leis locais e internacionais aplicáveis, e mantém seus processos de governança alinhados às melhores práticas globais”, acrescentou o Santander.
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou, nesta quarta-feira (3/9), por unanimidade, os embargos de declaração da defesa de Robinho contra a decisão que homologou a sentença da justiça italiana, na qual o ex-jogador foi condenado à pena de nove anos de prisão pelo crime de estupro coletivo. A defesa de Robinho defendia que, com base na legislação brasileira, a pena deveria ser recalculada.
O relator do caso, ministro Francisco Falcão, entendeu que não houve omissão na decisão que homologou a sentença estrangeira. Ele ressaltou, também, que a matéria em questão já foi apreciada em três oportunidades pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que negou provimento aos recursos.
Com a decisão, Robinho seguirá cumprindo pena na Penitenciária de Tremembé (SP), onde está preso desde março do ano passado.
Homologação da sentença
O STJ, em março de 2024, validou a sentença italiana e determinou que Robinho cumprisse a pena no Brasil, por maioria de nove votos a dois. À época, o ministro Francisco Falcão ressaltou que a não homologação da sentença seria um desrespeito à dignidade da vítima.
“Caso não se homologue a transferência de execução de pena, a vítima terá sua dignidade novamente ultrajada, pois o criminoso ficará completamente impune, ante a impossibilidade de deflagração de nova ação penal no Brasil para apurar o mesmo fato. A homologação da transferência de execução da pena, ao efetivar a cooperação internacional, tem o condão de, secundariamente, resguardar os direitos humanos das vítimas”, disse o ministro.
O crime
O crime ocorreu em 2013 em uma boate na cidade de Milão, Itália. Robinho, à epóca jogador do Milan, e mais quatro homens foram acusados de estuprar uma mulher de origem albanesa na ocasião.
A Justiça italiana condenou o ex-atleta em 2017, quatro anos após o ocorrido. Em 2022, esgotaram-se as possibilidades de recursos na Justiça da Itália, e a sentença definitiva condenou Robinho à pena de nove anos de prisão.
No ano passado, ele foi preso no Brasil após o trâmite de homologação da sentença, possível graças à Lei de Migração (Lei 13.445/2017), que possibilita que brasileiros natos condenados no exterior cumpram a pena em território nacional.
O escritório das advogadas Flávia Maia e Milena Galvão mais uma vez encampa uma importante campanha e está com as cores do Setembro Amarelo, campanha nacional em prol da prevenção ao suicídio.
Quem passa nas proximidades do local, na avenida Coronel José Bezerra, durante a noite vê a iluminação com tons amarelos. Em outros meses do ano, foram outras as luzes utilizadas, sempre aliando bom gosto a uma mensagem importante a ser passada.
“Encampamos essa campanha com orgulho. Cuidar da nossa saúde mental é prioridade e estamos de cabeça na campanha, contribuindo com uma sociedade melhor”, afirma Flávia Maia, advogada e uma das sócias do espaço.
O setembro amarelo é promovido pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM). A campanha se debruça no mês, sobretudo no dia 10, considerado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicidio.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou a tribuna da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã desta quarta-feira (3/9), durante o julgamento sobre a suposta trama golpista, para criticar a delação do tenente-coronel Mauro Cid à Polícia Federal (PF). Os advogados reafirmaram que Bolsonaro não atuou contra o Estado Democrático de Direito e negaram qualquer vínculo dele com a chamada “minuta do golpe”. Negaram, ainda, qualquer responsabilidade de Bolsonaro sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Além disso, os advogados destacaram que “um assunto encerrado gerar uma pena de 30 anos não é razoável”.
Durante a sustentação oral perante os ministros da Primeira Turma, os representantes de Bolsonaro afirmaram que o ex-mandatário foi “dragado aos atos de 8 de janeiro de 2023″.
“Porque, na verdade, foi achada uma minuta do plano Punhal Verde e Amarelo, uma planilha de uma operação bonita e, como todos nós sabemos, ocorreu o trágico episódio de 8 de janeiro. E o presidente, a quem estou representando, foi dragado para esses fatos”, pontuou o advogado Celso Vilardi.
Os representantes defenderam que o ex-presidente nunca atentou contra o Estado Democrático de Direito e que “não há uma única prova” disso.
“Esse papel, essa minuta, essa questão, esse depoimento, não há uma única prova que atrele o presidente ao [plano] Punhal Verde Amarelo, à Operação Luneta e ao 8 de Janeiro”, disse o jurista. “Aliás, nem o delator, nem ele, chegou a dizer [que houve] participação em Punhal, em Luneta, em Copa, em 8 de janeiro. Nem o delator, não há uma única prova”, completou o advogado. Acerca da delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, os juristas foram firmes ao pontuar que não há provas na fala de Cid que incriminem o ex-mandatário como integrante da suposta trama golpista.
Celso Vilardi disse, ainda, que a delação de Mauro Cid à Polícia Federal (PF) é uma “sucessão inacreditável de fatos” e que não existe “uma única prova que atrele o presidente ao Punhal Verde e Amarelo”.
“Nem o delator, que sustento ter mentido, chegou a dizer participação em Punhal, Luneta, Copa 2022 e 8 de Janeiro”, sustentou o advogado. Por fim, foi destacado que a defesa não teve tempo hábil para analisar as provas nos autos da Ação Penal nº 2.668 e que uma possível pena de 30 anos para Bolsonaro não é razoável.
“Um assunto encerrado gerar uma pena de 30 anos não é razoável. O que está acontecendo é trazer algo que se traz para crimes contra a vida, de assassinato de pessoas, para o 8 de Janeiro. Esses são os fatos que dão o contorno de uma acusação tão grave, e sobre eles não há prova”, destacou a defesa de Bolsonaro.
O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta terça-feira (02) o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus. Lula falou com jornalistas após comparecer ao velório do jornalista Mino Carta, em São Paulo.
Bolsonaro é acusado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, de liderar uma tentativa de golpe de Estado para se manter no poder após derrota eleitoral em 2022.
“O que está acontecendo é que os fatos estão vindo à tona e as pessoas estão começando a perceber que período nefasto da história brasileira nós vivemos”, ressaltou o presidente Lula.
“E obviamente que o Mino Carta, se tivesse hoje, sentado na frente da sua máquina, não do computador, da sua máquina, ou na caneta, estaria escrevendo quem sabe a mais bela história do que aconteceu nos últimos anos no Brasil.”
Perguntando sobre as expectativas em relação ao julgamento do STF, Lula disse esperar que “seja feita a justiça”, com base nos autos e no respeito à presunção de inocência.
“Ninguém está julgando ninguém pessoalmente, ou seja, tem um processo, tem os autos, tem delações, tem provas e que a pessoa que está sendo acusada tem o direito a presunção da inocência, ele pode se defender como eu não pude me defender. E eu não reclamei. Eu não fiquei chorando, eu fui à luta. Se é inocente, prove que é inocente.”
O presidente também comentou as tentativas de interferência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Olha, eu acho que não tem porque ficar temendo a acusação americana. O que está acontecendo com os Estados Unidos é que ele exacerbou, sabe, qualquer coisa que a gente tinha conhecimento na história da humanidade de um governo se meter a julgar o comportamento da justiça de outro país. É um negócio inacreditável.”
Lula voltou a afirmar que Trump não foi eleito para ser imperador do mundo, mas destacou que se houver disposição para negociar, “o Lulinha Paz e Amor está de volta”.
“Eu não tenho nenhum interesse de brigar com os Estados Unidos da América do Norte, nenhum interesse. Eu tenho interesse de fazer com que essa amizade de 201 anos possa conviver democraticamente mais 201 anos.”
A Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do Norte (Sesed) divulgou, nesta quarta-feira 3, o balanço das ações da Operação Shamar, realizadas durante o mês de agosto em todo o estado. A iniciativa, coordenada nacionalmente pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP), integra a campanha Agosto Lilás, em alusão ao aniversário da Lei Maria da Penha.
No RN, a operação resultou em 53 prisões, além de ações de conscientização que alcançaram cerca de 713 mil pessoas por meio de palestras, panfletagens e campanhas em mídias digitais.
De acordo com a Sesed, entre 1º e 31 de agosto foram registrados ainda:
6.229 diligências realizadas; 935 mulheres atendidas; 570 boletins de ocorrência registrados; 405 inquéritos concluídos e remetidos ao Judiciário; 395 medidas protetivas solicitadas; 209 perícias realizadas; 16 armas apreendidas; 9 mulheres resgatadas de situações de violência doméstica. As ações mobilizaram 418 agentes das forças de segurança, entre Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Científica.
Embora o balanço apresente os números de agosto, a operação segue até esta quinta-feira 4, reforçando o caráter permanente das ações de enfrentamento à violência de gênero no estado.
O termo “Shamar”, de origem hebraica, significa cuidar, proteger, vigiar e zelar, valores que refletem o compromisso das forças de segurança com a proteção da vida das mulheres.
A Corregedoria do sistema prisional do Rio Grande do Norte notificou oito policiais penais suspeitos de omissão durante uma agressão sofrida por Igor Cabral dentro da unidade prisional onde está detido. O caso, confirmado por documentos oficiais, será investigado e os servidores têm até cinco dias úteis para apresentar defesa por escrito.
O procedimento ainda é preliminar e pode resultar no arquivamento ou na abertura de um processo administrativo disciplinar. Se instaurado, os policiais podem receber punições que vão de advertência até a demissão.
Igor Cabral está preso desde julho, após ser flagrado pelas câmeras de segurança agredindo a namorada dentro de um elevador em Ponta Negra, zona Sul de Natal.
A governadora Fátima Bezerra anunciou, nesta quarta-feira 3, a autorização para a realização de concurso público do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran-RN). O comunicado foi feito durante visita às obras de modernização da sede do Departamento Estadual de Trânsito, em Natal, que está recebendo investimento de aproximadamente R$ 6 milhões.
O certame prevê 80 vagas para provimento imediato, além da formação de cadastro de reserva, e atende a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Estado e o Ministério Público, homologado judicialmente em maio deste ano.
O edital está previsto para ser publicado até novembro, e as provas devem ocorrer no início de 2026. Segundo a governadora, a medida é fundamental para recompor gradativamente o quadro efetivo do Detran, que atualmente conta com 198 cargos vagos, o equivalente a um déficit de 33,1%.
Essa é uma conquista que o sindicato e a associação dos servidores vinham lutando há muito tempo. Nosso governo teve a sensibilidade para atender esse pleito, que é fundamental para recompor o quadro de servidores do Detran. Hoje é um dia para celebrar, porque quem ganha com isso é a cidadania”, afirmou Fátima.
As novas contratações vão reforçar setores estratégicos, principalmente aqueles relacionados ao poder de polícia de trânsito, cujas funções não podem ser exercidas por terceirizados. Além de melhorar o atendimento à população, a medida deve reduzir filas, agilizar serviços e fortalecer a fiscalização, garantindo mais segurança no trânsito e eficiência na gestão do órgão.
O secretário de Administração, Pedro Lopes, destacou que a autorização do concurso foi resultado de um amplo processo de negociação entre o governo e as entidades representativas dos servidores.
“Foram muitos dias e horas de diálogo, sempre com muita maturidade. Encontramos um ponto de equilíbrio que garante avanços importantes sem comprometer a saúde fiscal do Estado. Parabenizo a governadora por mais essa conquista e também os sindicatos, que tiveram a disposição de dialogar. Todos saem ganhando, principalmente os servidores do Detran e a população”, afirmou Pedro Lopes.
O anúncio do concurso contou com a participação do secretário da Infraestrutura (SIN), Gustavo Coelho; do secretário adjunto do Gabinete Civil, Ivanilson Maia; do secretário extraordinário de Assuntos Federativos, Luciano Silva Santos; do diretor-geral do Detran, Jonielson Pereira; da coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Indireta (Sinai-RN), Dyanne Barbosa; da diretora da Astran-RN (Associação dos Servidores do Detran), Lúcia Costa; além de servidores e demais representantes dessas instituições e entidades.
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), foi alvo de uma operação da PF (Polícia Federal) nesta quarta-feira (3), em Palmas, capital do estado.
Por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça), o chefe do Executivo estadual foi afastado do cargo.
A operação Fames-19 investiga desvio de dinheiro voltado ao enfrentamento da Covid-19, ainda durante a pandemia, incluindo verbas parlamentares destinadas à aquisição de cestas básicas.
As investigações, que tramitam sob sigilo no STJ, apontam “fortes indícios de um esquema de desvio de recursos públicos entre os anos de 2020 e 20210”, segundo a PF.
A instituição também afirma que, no mesmo período, os investigados teriam se aproveitado do estado de emergência em saúde pública e assistência social para fraudar contratos de fornecimento de cestas básicas.
Segundo a apuração, foram pagos mais de R$ 97 milhões em contratos para fornecimento de cestas básicas e frangos congelados, com prejuízo estimado superior a R$ 73 milhões aos cofres públicos. Os valores desviados teriam sido ocultados por meio da construção de empreendimentos de luxo, compra de gado e pagamento de despesas pessoais dos envolvidos.
Duzentos policiais federais cumprem 51 mandados no Tocantins, Distrito Federal, na Paraíba e no Maranhão. O prejuízo estimado pela PF é de R$ 71 milhões.
A pesquisa Consult divulgada na última segunda-feira (2) trouxe mais um dado relevante sobre a pré-candidatura de Odon Júnior (PT). O ex-prefeito de Currais Novos aparece como o segundo nome mais lembrado do PT na disputa para deputado federal no Rio Grande do Norte.
Entre os nomes do partido, Odon figura logo atrás da deputada federal Natália Bonavides, que lidera as menções, consolidando-se como uma das principais referências do PT no interior do Estado.
Na soma geral, o prefeito currais-novense aparece em 8º lugar entre todos os pré-candidatos a deputado federal, um desempenho que reforça sua visibilidade política e o reconhecimento por sua atuação administrativa quando governou Currais Novos por dois mandatos, deixando a prefeitura da segunda maior cidade do Seridó com mais de 80% de aprovação.
O resultado mostra que Odon Júnior vem se destacando não apenas no cenário regional, mas também conquistando espaço e lembrança no eleitorado potiguar em nível estadual.
O deputado estadual Francisco do PT participou, nesta terça-feira (02), da comemoração dos 36 anos do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (SINTE-RN), realizada na sede da instituição em Natal.
Filiado à entidade há 31 anos, Francisco tem uma longa trajetória de militância no SINTE e esteve presente na confraternização ao lado de colegas de profissão e de outras lideranças políticas, a exemplo do ex-prefeito de Currais Novos, Odon Jr., das deputadas estaduais Isolda Dantas e Divaneide Basílio, e dos vereadores de Natal Samanda Alves, Brisa Bracchi e Daniel Valença.
Professor de Geografia e vice-presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, Francisco destacou a importância histórica do SINTE-RN na defesa da categoria e na luta por uma educação pública de qualidade.
“O SINTE é parte da minha história. São mais de três décadas de filiação e de compromisso com a valorização dos profissionais da educação. Celebrar os 36 anos do sindicato é também reafirmar a nossa disposição em seguir ao lado da categoria”, afirmou o deputado.
O parlamentar parabenizou toda a direção do SINTE-RN e os trabalhadores e trabalhadoras que constroem, diariamente, a história de resistência e conquistas da entidade.
A cada 100 mortes registradas no mundo, uma tem como causa o suicídio. O dado foi divulgado nesta terça-feira (2) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que demonstrou preocupação com a lentidão dos avanços na prevenção desse problema, considerado uma das principais causas de morte entre os jovens.
Segundo o relatório, somente em 2021, o suicídio custou a vida de 727 mil pessoas.
“Apesar de esforços globais, estamos longe de alcançar a meta da ONU de reduzir em um terço as taxas de suicídio até 2030. No ritmo atual, a queda será de apenas 12% em cinco anos”, alertou Dévora Kestel, diretora do Departamento de Saúde Mental da OMS.
Sinais de alerta e prevenção
Especialistas em saúde mental ouvidos pelo SBT News reforçam que reconhecer os sinais de risco é essencial para agir a tempo. Alguns comportamentos que merecem atenção está relacionado ao que eles chamam de Distress: basicamente quando o nível de estresse está acima de média, segundo a psicóloga da USP Liliana Seger.
O psiquiatra Bruno Brandão ressalta que isso pode ser notado de acordo com o nível de prejuízo que o estresse está causando na vida da pessoa.
“O nível de sofrimento. Sempre que o sujeito tiver um prejuízo. Qual? No trabalho, nos relacionamentos, torna-se impossível gerenciar esse estresse, que acaba tomando a vida da pessoa”, ressalta.
Mudanças bruscas de humor, isolamento social e perda de interesse por atividades antes prazerosas;
Comentários frequentes sobre desesperança, culpa ou desejo de desaparecer;
Alterações no sono e no apetite, além de queda no desempenho escolar ou profissional.
De acordo Brandão e Liliana, a prática de atividades físicas, como caminhada ou corrida, pode ser tão eficiente quanto remédios antidepressivos, segundo um recente estudo feito por pesquisadores da Universidade de Vrije, de Amsterdã, na Holanda. No entanto, isso não exclui a necessidade de tratamento medicamentoso em alguns casos.
“O sedentarismo é um vilão do estresse”, ressalta Bruno.
Seger diz ainda que o simples ato de sair para caminhar pode ajudar no gerenciamento do estresse. Mas faz uma recomendação especial para essa caminhada.
“É preciso estar presente na situação, sentindo os passos, as cores, o verde das árvores se for em um parque. Só de a pessoa subir as escadas, ou caminhar até a esquina respirando e prestando atenção, já ajuda muito. Ficar ruminando os pensamentos não vai ajudar a relaxar e pode ser, inclusive, uma situação que aumenta a raiva e a ansiedade”, explica Seger.
Aliado a isso, fazer psicoterapia é recomendado, além da diminuição do uso das inúmeras telas que nos cercam, e priorizar o sono.
De acordo com os especialistas, a prevenção também passa pela redução do estigma em torno dos transtornos psicológicos e o estímulo a vínculos sociais e familiares, além da promoção de campanhas educativas.
Situação global e desigualdades
Entre 2000 e 2021, a taxa mundial de suicídio caiu 35% e permaneceu estável durante a pandemia de covid-19, mesmo diante do aumento dos fatores de risco. O relatório aponta que 73% dos casos ocorrem em países de baixa e média renda, mas, proporcionalmente, os países ricos apresentam índices mais altos — diferença que pode estar ligada à maior precisão estatística nesses locais.
A OMS destaca que o suicídio é consequência direta de alguns transtornos de saúde mental, como depressão e ansiedade, que afetam mais de 1 bilhão de pessoas no planeta. Esses quadros têm crescido em ritmo mais acelerado que a população mundial, com impacto especial entre jovens expostos à pressão social, ao isolamento e ao uso intenso das redes digitais.
Onde procurar ajuda?
CVV (Centro de Valorização à Vida) – Atendimento por ligação gratuita, 24 horas por dia, pelo número 188. Há também as opções de atendimento físico, chat e e-mail.
Pode falar – Canal de atendimento da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) criado para ajudar pessoas de 13 a 24 anos a lidarem com questões de saúde mental.
Além disso, pela rede pública, o atendimento para questões de saúde mental pode começar via atendimento pelas UBSs (Unidade Básica de Saúde) ou pelos Caps (Centros de Atenção Psicossocial) Infanto-Juvenil espalhados pelo Brasil.
Buscas por “Setembro Amarelo” em alta
O interesse de busca por “Setembro Amarelo”, campanha brasileira de prevenção ao suicídio, está em alta no Google Brasil na comparação com os últimos 12 meses. Os dados são do Google Trends.