Saiba quem são Domingos e Chiquinho Brazão, presos por suspeitas de matar Marielle

A Polícia Federal prendeu neste domingo (24) três suspeitos de mandar assassinar a vereadora Marielle Franco ( PSOL ) e o motorista Anderson Gomes, além da tentativa de matar a assessora Fernanda Chaves, em março de 2018.

Os três presos são o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) e seu irmão, o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio Domingos Brazão , e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio.

Os envolvidos são suspeitos de serem os nomes dos autores intelectuais dos crimes de homicídio, de acordo com a investigação. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.

A operação é realizada no domingo para surpreender os suspeitos, de acordo com as primeiras informações. Há uma suspeita de que eles tentariam fugir.

DOMINGOS INÁCIO BRAZÃO
O conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Rio de Janeiro) foi citado no processo desde o primeiro ano das investigações, em 2018. Ele passou a ser alvo após o acordo de colaboração de Élcio de Queiroz, acusado ao lado do ex- O policial militar Ronnie Lessa , respectivamente, por ter dirigido o carro na noite do crime e por ter sido atirado na vereadora e no motorista.

Beazão foi eleito uma carga pública pela primeira vez em 1996, como vereador do Rio. Dois anos depois, foi eleito pela Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), onde atuou por cinco mandatos como deputado estadual.

Em 2015, foi eleito com apoio de ampla maioria da Casa legislativa para se tornar conselheiro do Tribunal de Contas.

Na época, foi réu em um processo sob suspeitas de abuso de poder econômico, compra de votos através de centros sociais na zona oeste e conduta vedada a agente público. Ele já havia sido suspenso de seu mandato, anos antes, por causa dessas denúncias, mas foi reconduzido ao cargo após uma liminar favorável de Ricardo Lewandowski, então ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

Entre os principais redutos eleitorais de Brazão está Rio das Pedras, o berço da milícia carioca. A sua influência na região fez com que ele fosse citado no relatório final da CPI das Milícias, em 2008. O ex-deputado negou ter envolvimento com as facções e os crimes investigados.

Brazão também já tinha sido acusado e depois absolvido de um homicídio, que ele mesmo já admitiu ter cometido. Ele falou sobre isso no plenário da Alerj, em meio a uma discussão com outro parlamentar que o acusava de ter feito ameaças.

“Matei, sim, uma pessoa. Mas isso tem mais de 30 anos, quando eu tinha 22 anos”, disse na ocasião. “Foi um marginal que tinha ido à minha casa, no dia do meu aniversário. A Justiça me deu razão.”

Em 2017, Brazão voltou a estar na mira da Justiça. Ele foi preso temporariamente com outros quatro conselheiros do TCE na operação Quinto do Ouro, um desdobramento da Lava Jato no Rio. Ele até hoje responde por suspeitas de integrar um suposto esquema composto por membros do Tribunal de Contas para receber propina em cima dos contratos do estado.

Sua prisão o levou ao afastamento da carga. Ele só voltou a ser conselheiro em maio do ano passado, após uma decisão favorável da Justiça do Rio.

CHIQUINHO BRAZÃO
O deputado federal de 62 anos faz parte da mesma família de Domingos Inácio Brazão, que mantém influência no estado do Rio de Janeiro, e tem indicações na Prefeitura do Rio de Janeiro e no governo estadual. Tem também representantes na Câmara dos Deputados, Assembleia Legislativa fluminense, Câmara Municipal da capital e de São João de Meriti.

Ele foi eleito pela primeira vez como vereador do Rio de Janeiro em 2004, e reeleito nas eleições seguintes de 2008, 2012 e 2016. Ele ficou um total de 14 anos à frente do legislativo municipal fluminense.

Como deputado federal está no segundo mandato. Foi eleito pela primeira vez em 2018 e reeleito nas eleições de 2022.

Ele chegou a assumir a Secretaria Municipal de Ação Comunitária de Gestão Eduardo Paes ( PSD ) em outubro passado.

Foi exonerado, porém, em fevereiro, uma semana após a divulgação de que o líder do grupo havia sido denunciado nas negociações para delação premiada do ex-PM Ronnie Lessa , acusado de ser o executor do crime contra a vereadora e o motorista.

Folha de São Paulo

Postado em 24 de março de 2024

Quem é Corina Yoris, filósofa que enfrentará Nicolás Maduro nas eleições na Venezuela

Corina Yoris, filósofa e professora universitária venezuelana, foi a candidata indicada na sexta-feira pela líder da oposição María Corina Machado para enfrentar o presidente Nicolás Maduro, que buscará um terceiro mandato nas eleições de 28 de julho.

A notícia acontece dois dias depois do Ministério Público emitir nove mandatos de prisão contra dirigentes do partido de María Corina, o Vem Venezuela, pelo suposto planejamento de “ações desestabilizadoras” no país.

A oposição tinha até a próxima segunda-feira para registrar um substituto de María Corina — uma das favoritas nas pesquisas e vencedora das primárias da oposição com mais de 90% dos votos, mas proibida de ocupar cargos públicos por 15 anos pelo Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, controlado por chavistas.

“Ela é uma pessoa de minha total confiança, honrada, que concluirá esse processo com o apoio e a confiança de todos”, disse María Corina em uma coletiva de imprensa ao anunciar o nome de Yoris. “Aqui vamos juntos. Somos uma grande equipe”.

Yoris agradeceu a confiança: “Sinto-me não apenas honrada, mas comprometida com o povo e com María Corina. Este ato de confiança, de designar esse desafio a mim, me pareceu de uma gentileza e desprendimento únicos”, disse a professora, enquanto dezenas de apoiadores gritavam. “Vote Cori, vote Cori!”

Especialistas concordam que María Corina, com um índice de aprovação de 70% em algumas pesquisas, tem alto poder de transferência, o que poderia impulsionar a candidatura da substituta que ela nomear. De fato, ela insistiu que continuará a liderar a campanha.

‘As pessoas estão com a gente’
Yoris, que é formada em Filosofia e Letras e tem doutorado em História, também foi membro da comissão que organizou as eleições primárias de 22 de outubro passado, nas quais Machado venceu com mais de 90% dos votos.

María Corina tem insistido que continuará lutando para reverter sua inabilitação. Mas isso parece improvável: a Suprema Corte manteve a sanção e, nos últimos dias, as autoridades prenderam diversos de seus colaboradores mais próximos, e ordenaram diversos mandados de prisão, incluindo contra seu braço direito, Magalli Meda, que era vista como uma possível substituta.

Segundo o Ministério Público, María Corina Machado e seu entorno planejavam “ações desestabilizadoras” para forçar a sua viabilidade na disputa. O suposto plano incluía o estímulo a um motim, com apoio de estudantes, e articulação com militares exilados para um levante. O MP, no entanto, não apresentou acusações formais contra a líder da oposição.

“O regime sabe que perdeu. O regime sabe que o povo está conosco”, insistiu Machado. “Todos sabemos que somos uma imensa maioria que cresce a cada dia e que estamos dispostos a fazer o que for preciso pela Venezuela, por nossos filhos, por nossa liberdade”.

Maduro está buscando um terceiro mandato de seis anos.

O presidente chegou ao poder em 2013, após a morte de Hugo Chávez (1999-2013), e foi reeleito em 2018 em uma eleição disputada, sob suspeita de fraude.

A inscrição
Machado insistiu que o nome de Yoris está limpo perante o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), também acusado de servir ao chavismo. Ela não ocupou cargo público, portanto, em teoria, não deveria ser desqualificada politicamente.

As indicações de candidatos são feitas em um sistema automatizado do CNE, ao qual a oposição alega não ter conseguido ter acesso. Se Yoris for bem-sucedida e nomeada, o CNE deve dar sua aprovação para que ela se torne oficialmente uma candidata. Se ele a rejeitar, nenhum outro nome poderá ser apresentado.

A oposição tem apenas duas cédulas partidárias autorizadas: a da MUD, a antiga aliança substituída pela atual Plataforma Unitária (PUD), e a da Un Nuevo Tiempo (UNT) de Manuel Rosales, que enfrentou Hugo Chávez nas eleições presidenciais de 2006, estava exilado no Peru e agora é governador do estado produtor de petróleo de Zulia. Isso se traduz em apenas duas candidaturas.

Algumas organizações da aliança que apoia Maduro nessas eleições já foram ao CNE para apresentar seus nomes, mas o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), presidido por Maduro, ainda não formalizou sua candidatura.

Os políticos que se dizem anti-Chávez, mas que a oposição acusa de colaborar com o chavismo, foram os primeiros a se registrar.

EXAME

Postado em 24 de março de 2024

Santos pretende remover todas as fotos de Robinho dos camarotes na Vila Belmiro

O Santos deve remover as imagens e fotos do ex-atacante Robinho, preso nesta sexta-feira (22), na Baixada Santista, de alguns locais do clube, mas não mexerá no Memorial de Conquistas.

A diretoria do Santos deve manter os objetos de conquista relacionados a Robinho, condenado e preso por violência sexual coletiva, no Memorial de Conquistas, na Vila Belmiro. A ideia é conservar o espaço como está.

Em contrapartida, a direção do Santos avalia a remoção das imagens e fotos de Robinho em outras partes do estádio, como no camarote da presidência. Em locais pontuais das dependências, as imagens espalhadas de Robinho também devem ser retiradas.

O CT Rei Pelé também deve passar por uma revisão. O local contava com algumas figuras de ex-atletas nas paredes.

“No Memorial das Conquistas são fatos relacionados à história esportiva do atleta”, afirma Marcelo Teixeira, presidente do Santos.

O clube ainda não se pronunciou sobre o caso de prisão. A detenção ocorreu na quinta-feira (21) à noite, na residência do ex-jogador.

A CARREIRA DE ROBINHO NO SANTOS
Robinho fez as categorias de base no Santos e teve sua primeira chance profissional com Emerson Leão, em 2002. Na ocasião, Leão viu o clube financeiramente mal e apostou em Robinho para o Brasileiro.

O Santos foi campeão nacional naquele ano, assim como em 2004. No Peixe, Robinho somou mais dois Paulistas (2010 e 2015) e uma Copa do Brasil (2010).

Robinho ficou próximo de ser repatriado em 2020, na gestão de Orlando Rollo, mas os patrocinadores da época impediram. As empresas, por meio de nota oficial, se posicionaram contra a chegada de Robinho e o Peixe voltou atrás -em comum acordo com o ex-jogador.

(GABRIELA BRINO/UOL/FOLHAPRESS)

Postado em 24 de março de 2024

“Minha cabeça não para”, diz campeã de xadrez de 9 anos de idade

O xadrez entrou na minha vida aos 4 anos. Meu pai estava no meio de uma partida na internet, e eu adorei aquele jogo. Comecei a pedir para jogar com ele e, aos poucos, fui aprendendo as regras, os movimentos das peças. Tive uma espécie de ter esse ótimo professor: meu pai sempre me ensinou de forma divertida. No início, ele até deixou eu ganhar. Era a maneira de me cultivar e me manter interessada, motivada a querer mais. E trabalhado. Sempre gostei de fazer atividades fora da escola — teatro, dança, flauta, piano, tae kwon do, inglês. Mas nada, nada mesmo se compara ao xadrez. O que mais me atrai é pensar durante horas nas estratégias. Só que, de repente, nada sai como o previsto, e aí o legal é refazer a tática, uma brincadeira obrigatória. Tanto que passou horas jogando com meu pai, e ele viu um futuro em mim. Procurou, então, uma treinadora e, com ela, minhas habilidades foram aprimoradas.

Virou uma coisa mais séria em janeiro de 2022, quando participei do meu primeiro torneio. Estava fazendo aula com essa minha treinadora e o contorno que iria disputar o Floripa Chess Open, uma competição relevante no circuito brasileiro. Fiquei tão empolgada com a ideia que queria se tinha para a minha idade. Tinha. E lá fui eu com meu pai, enfrentar gente desconhecida pela primeira vez. Dos quatorze jogadores, era a única menina e uma das raras novatas ali. Ainda assim, nível o quarto lugar. Foi nesse momento que coloquei na cabeça o objetivo de ser a, o que aconteceu uns meses depois: virei a campeã brasileira primeira entre as meninas de 8 anos. Logo viajei para o Pan-Americano, no Uruguai, e para o Sul-Americano, no Paraguai, onde subi ao pódio como campeã. Mais tarde, em 2023, tornei-me o número 1 do ranking da América Latina na minha idade. E não parei.

Sempre que sinto que está ficando fácil, procure complicar. Por isso, decidi avançar uma categoria, para duelar com pessoas um pouco velhas, de 10 anos. Uma grande vitória veio neste mês, com o título de mestre nacional, que em geral é dado a adultos. Sou a mais jovem menina a receber essa láurea no país, num ambiente dominado por meninos. Me dou bem com eles e acaba me batendo aquela vontade ainda maior de vencer. Em geral, são supercompetitivos. Não é um problema, entre na briga. Se eles debocham de mim, o que às vezes acontece, devovo na hora e levo na brincadeira. Vou crescendo assim. Seria legal ter mais mulheres no xadrez. A gente fica assistindo às grandes partidas e cadê elas? São minoria. Sem perceber, o preconceito está vivo. Uma vez, o pai de um dos competidores falou ao meu pai que eu era tão bom que me tornaria a mais forte jogadora na raia feminina. Meu pai reagiu na hora. Disse que, na verdade, eu despontaria como o melhor de todos, entre homens e mulheres.

O xadrez me abriu muitas portas. Fiz amigos do mundo todo — peruanos, colombianos, americanos. Você tem contato com outras culturas e ainda conhece colegas com os quais um dia vai competir. Quero muito seguir como jogadora profissional. Sei que eu sou nova e que todo mundo pensa: calma que tudo muda. Mas o que tive a sorte de descobrir tão cedo — um incentivo para o meu raciocínio que tanto me diverte — parece ser mesmo o meu caminho. Até na escola isso me ajuda. Em matemática, por exemplo, criei minhas próprias fórmulas para resolver os problemas. O xadrez deixa minha cabeça em ação constante. No ano passado, tive a oportunidade de jogar com o melhor brasileiro do ranking hoje, o Luis Paulo Supi, só de brincadeira, para treino. Perdi, claro, mas a derrota vai formar uma cascata e manobras de empurrão. Quero — e vou — chegar cada vez mais longe.

VEJA

Postado em 24 de março de 2024

Mudança do clima pode elevar inflação global de alimentos em até 3,2% ao ano

A pressão inflacionária criada pela mudança climática sobre a produção de alimentos está se agravando, e até 2035 a crise do clima contribuirá para elevar os preços dos alimentos de 0,9% para 3,2% ao ano, conclui um novo estudo.

O trabalho, publicado por um grupo de economistas do Banco Central Europeu e da Universidade de Potsdam (Alemanha), indica também que esse fenômeno se traduzirá em uma pressão de 0,3 a 1,2 ponto percentual na inflação geral.

Publicado pela revista Communications Earth & Environment, do grupo Nature, o estudo se baseou na análise de índices de preços ao consumidor de 121 países entre 1991 e 2020. Os pesquisadores anotaram quanto o custo de alimentos flutuou ao longo desses anos como resposta a eventos climáticos que proporciona produtividade agropecuária, especialmente secas e temperaturas extremas.

Com esses dados em mãos realizaram uma fórmula, depois a aplicaram às expectativas de temperatura global e impactos climáticos específicos pelo IPCC (painel do clima da ONU) para o período entre 2030 e 2060. O resultado preocupante sobre a pressão inflacionária saiu dos dados produzidos com esse modelo matemático.

O IPCC já projetou que os impactos da crise do clima recairão desproporcionalmente sobre os países em desenvolvimento e isso tem consequências também na frente monetária. O modelo usado no estudo, criado pelo cientista Maximilian Kotz, de Potsdam, aponta que a pressão inflacionária impulsionada pelo clima será maior nas nações mais pobres, especialmente na África e na América Latina.

No estudo, o impacto projetado para o Brasil é de pressão inflacionária dos alimentos de 1,9% ao ano, daqui a uma década. Os países mais afetados segundo a projeção são os que têm faixas de territórios maiores em latitudes baixas, sobretudo no norte da África e países árabes.

Os cientistas que assinam o estudo afirmam que o modelo foi mais preciso em capturar os efeitos da queda na oferta de alimentos causados ​​por altas temperaturas, mas o impacto das chuvas (ou falta delas) nos preços foi mais difícil de entender. Como a variação de variação ocorre numa escala territorial menor, Kotz afirma que seria preciso monitorar os preços em nível de cidades, não apenas países, para entender melhor seu efeito econômico.

Apesar de ter um escopo global, o trabalho dos cientistas envolvidos nasceu de uma demanda europeia de entender como a crise do clima afetará a inflação da região, que já sofreu com o problema no ano retrasado, ano de seca e calor extremos. Enquanto os países tropicais deverão experimentar essa pressão inflacionária ao longo de todo o ano, os países temperados em altas latitudes irão encará-la especialmente no verão.

“O calor de verão extremo em 2022 aumentou a inflação de alimentos de 0,43% a 0,93% na Europa”, escreve Kotz. “O efeito do aquecimento projetado para 2035 amplificaria isso em 30% a 50%.”

Segundo os pesquisadores, com o clima pesando mais na inflação, fica mais difícil para os governos calibrarem suas políticas econômicas.

“Nossos resultados sugerem que as mudanças climáticas poderão alterar aspectos da inflação como a sazonalidade, a volatilidade e a heterogeneidade, e gerar pressão persistente sobre os índices de inflação”, afirma. “Isso pode impor desafios às variações de inflação e à política monetária, provavelmente aumentando a dificuldade de identificar choques temporários de oferta e separar os fatores mais persistentes.”

Um problema em particular, aponta, será o de entender a relação inflacionária dos alimentos com o preço da energia, que também é impactada pelas temperaturas extremas.

Como o ano de 2035 já está relativamente próximo (ao menos em escala geológica) é provável que mudanças nas emissões de CO2 causem uma guinada muito grande nessa projeção até lá. As consequências de ignorar o problema até 2060, porém, podem ser graves, afirma Kotz, mesmo que haja um investimento pesado na adaptação do setor de alimentos à mudança do clima.

“Sem uma mitigação específica das emissões de gases de efeito de estufa, as pressões sobre a inflação devem continuar persistentes e em nível específico, mesmo tendo em conta essa adaptação, que vai além do que tem sido distribuído historicamente”, concluem os cientistas.

o globo

Postado em 24 de março de 2024

Defesa da viúva de Gal diz que filho da cantora conheceu Petrillo como mãe

A advogada de Wilma Petrillo , viúva de Gal Costa , afirma que Gabriel Costa Penna Burgos, filho da cantora, já havia reconhecido ambos como suas mães presidentes do Ministério Público do Estado de São Paulo, o que agora busca contestar.

“Gabriel já assistiu diante do juiz e do Ministério Público que Gal e Wilma eram companheiras. Ele falou que ambas eram suas mães. Gabriel quer anular isso. É incontestável, Gabriel não morou um dia da vida dele sem Gal e Wilma. Quando Gal viajava em turnê, quem cuidava dele era a própria Wilma”, diz Vanessa Bispo, advogada de Petrillo.

O estudante de 18 anos reduziu o silêncio e falou à Folha negando ter reconhecido Petrillo como sua mãe. “Eu nunca reconheci que ela era a minha mãe, eu nunca disse essas coisas, é muita mentira”, afirmou.

A discussão vem num contexto em que Burgos, no mês passado, entrou na Justiça para questionar a fração da herança reivindicada pela viúva. Burgos saiu da casa onde morava com Petrillo e também pediu que o corpo da mãe fosse exumado para investigar a causa da morte.

Luci Vieira Nunes, uma das advogadas de Burgos, diz ainda que “o debate entre teses e factos se faz no processo, que corre em segredo de Justiça”. “Confiamos que tudo será esclarecido”.

Perguntado por que o rapaz teria saído de casa, Bispo não quis comentar. Ela também não comentou o pedido de exumação, mas reafirmou o que foi protocolado no hospital Albert Einstein —que Gal estava doente, com câncer de cabeça e pescoço e com complicações não transportadas. As informações também são encontradas em sua certidão de óbito.

À Folha ,Burgos afirma que não sabia que Gal tratava um câncer. “Eu não sabia que ela estava doente, com complicações sem lesões. Eu só fui saber quando saiu a notícia, fui o último a saber disso.”

Bispo, o advogado, também afirma que Petrillo está chocada e sofrendo muito com as reclamações de Burgos, porque ele sempre teria sido, nas palavras dela, um bom menino, e nega coação física e psicológica a Burgos.

ENTENDA O CASO
O rapaz, hoje com 18 anos, questiona na Justiça as declarações de Petrillo de que era mulher da cantora e a fração do patrimônio de Gal reivindicado por ela .

Na época da morte da cantora, o estudante chegou a ficar sob a guarda de Petrillo, também nomeado inventariante do espólio. De acordo com a defesa de Burgos, Petrillo tentou, na Justiça, a união estável, fruto do relacionamento que manteve com Gal Costa por quase três décadas.

Segundo Bispo, a união já havia sido reconhecida anteriormente, de modo que Petrillo não entrou com novo pedido.

A Defensoria Pública entrou no imbróglio judicial, manifestando-se bastante ao reconhecimento da união estável. Assim, a ex-empresária entrou com um novo pedido de união estável. Se reconhecida, Wilma Petrillo terá 50% dos direitos de herança, o que Burgos questiona .

Em fevereiro , um áudio expondo uma briga entre Burgos e Petrillo iniciou uma circular na internet . O filho de Gal se negou a submeter uma declaração de reconhecimento de dívidas com a gravadora Biscoito Fino.

Kati de Almeida Braga, dona da gravadora, concedeu dois adiantamentos referentes a royalties de direitos de intérprete, um deles com Gal ainda viva.

“Porra, Gabriel, puta que pariu. Não vai concordar, por quê? Por que é o dono da bola agora? Você só faz merda, você”, disse a viúva durante a gravação, depois de dar socos na mesa. “Se você não apoiar, a gente não recebe dinheiro e vai passar fome, porque eu não tenho mais um tostão.” Gal lançou os últimos quatro discos pela gravadora entre eles “A Pele do Futuro”, de 2017.

Folha de SP

Postado em 24 de março de 2024

Envelhecimento: como humanos, macacos diminuem seus círculos sociais ao envelhecer

Uma pesquisa observou que os macacos, conforme vão envelhecendo, vão restringindo o seu círculo social e mantêm proximidade com os outros animais que já têm conexão. Os pesquisadores de universidades alemãs fizersam observações sobre o envelhecimento social — as mudanças em papeis sociais e comportamentos diante do avanço da idade.

O estudo publicado na revista Proceedings B da Royal Society britânica na quarta-feira, 13, também aponta que preservar relações na velhice faz bem para a saúde.

Como os pesquisadores apontam no título “a redução da rede social é explicada por efeitos ativos e passivos, mas não pelo aumento da seletividade com a idade”.

Macacos se isolam ao envelhecer: círculo social cai para metade em 10 anos
A equipe do Instituto Leibniz conduziu a pesquisa, observando população de macacos-de-assam (Macaca assamensis), que vivem soltos na reserva Phu Khieo Wildlife Sanctuary na Tailândia, durante quase uma década.

Cerca de 61 fêmeas, entre 4 e 30 anos, foram analisadas de 2013 a 2021. Os estudiosos perceberam que o isolamento vai aumentando conforme os anos vão passando, podendo ser reduzido em média pela metade entre uma fêmea de 10 anos e outra de 20.

O isolamento social parte do próprio animal, que também vai diminuindo as interações físicas e se aproximando daqueles que ele sente que são leais.

O etólogo Baptiste Sadoughi, principal autor do estudo, disse á AFP que os humanos também apresentam comportamento parecido com os macacos-de-assam, diminuindo bastante seus círculos sociais ao longo da vida.

Isolamento ao envelher: o comportamento em humanos
Segundo os pesquisadores argumentam, é quase impossível observar trajetórias completas de vida em humanos. Ademais, os estudos longitudinais mistos seriam influenciados pela mortalidade seletiva. Também seriam sensíveis à autopercepção e aos vieses de lembrança de memória.

Neste contexto, os dados longitudinais recolhidos através da observação direta sistemática das populações animais representam uma contribuição valiosa para a investigação sobre o envelhecimento social.

O POVO

Postado em 24 de março de 2024

Maria Bethânia Deve Receber Título De Doutora Honoris Causa Concedido Pela UFC

Como parte das celebrações dos 70 Anos da Universidade Federal do Ceará (UFC), o Conselho Universitário da instituição aprovou a outorga do título de Doutora Honoris Causa para a cantora Maria Bethânia. Ainda neste ano de celebrações a intérprete Baiana será comunicada e convidada a receber o título.

O título de Doutora Honoris Causa é a distinção máxima concedida por uma Universidade e não exige formação acadêmica. O nome tem origem do latim e significa “por causa de honra”. O reitor da universidade, Custódio de Almeida, foi o relator e o texto de defesa é do professor Leandro Bulhões, do Departamento de História.

Confira abaixo trecho da defesa:

“A artista jamais se eximiu de defender e de pôr em discussão Brasis encobertos pela violência e pelos ‘podres poderes’. Em décadas de carreira, tem cantado as subjetividades de um país complexo, negro e indígena, belo e misterioso, revelando as potências do povo brasileiro em meio à diversidade de etnias, biomas, paisagens, espiritualidades, tradições, mostrando-nos que há muitas formas de lutar, amar e autoinscrever-se na história”.

Título pela UFBA

Em 2016, o reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), professor João Carlos Salles, concedeu o título de Doutora Honoris causa à Bethânia, durante as celebrações de 70 anos da UFBA.

Poder 85

Postado em 24 de março de 2024

Bolsonaro e Michelle vão à Justiça contra Lula por móveis do Alvorada

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro acionaram a Justiça após a Presidência da República encontrar todos os 261 bens do patrimônio do Palácio da Alvorada que estavam desaparecidos. O suposto sumiço dos móveis foi motivo de críticas do presidente Lula (PT) e da primeira-dama, Janja.
Na ação, Bolsonaro e Michelle pedem retratação de Lula e uma indenização de R$ 20 mil que deve ser direcionada ao Instituto Carinho, que acolhe crianças em situação vulnerável na capital federal.

A retratação, segundo o pedido, deve ser “na mesma proporção do dano que realizou: a) mediante coletiva de imprensa oficial no Palácio da Alvorada, b) perante o veículo de comunicação GloboNews, e, c) nos canais oficiais de comunicação do governo federal”.

Como a Folha de S.Paulo revelou, a Presidência encontrou todos os bens que foram motivos de troca de farpas entre o atual e o antigo casal de moradores do palácio. O processo foi apresentado na sexta-feira (22/3) e tramita no Juizado Especial Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

A disputa teve início durante a transição de governo, no início do ano passado, quando Lula e Janja reclamaram das condições da residência oficial e apontaram que alguns móveis do patrimônio estavam faltando após Bolsonaro e Michelle se mudarem do local.

A ausência dos móveis também havia sido um dos motivos alegados pelo novo governo para o gasto de R$ 196,7 mil em móveis de luxo, como revelado pela Folha de S.Paulo.

Após a revelação de que os itens foram recuperados, na quarta-feira (20), Bolsonaro disse no X, antigo Twitter: “Todos os móveis estavam no Alvorada. Lula incorreu em falsa comunicação de furto”.

Na ação, Bolsonaro e Michelle citam declaração de Lula dada em café da manhã com a imprensa em 12 de janeiro do ano passado. “O Palácio está uma coisa assim, pelo menos a parte de cima, está uma coisa como se não tivesse sido habitada, porque está tudo desmontado, não tem cama, não tem sofá”, disse o presidente nesta data.

“Ou seja, não sei, possivelmente, se fosse dele, ele tinha razão de levar mesmo. Mas ali é uma coisa pública, não sei por que tem que levar a cama embora”, afirmou ainda Lula.

A Justiça agendou uma audiência de conciliação sobre o caso para 3 de junho, medida que é praxe neste tipo de processo.

O ex-presidente e Michelle pedem a retratação na GloboNews por causa de entrevista dada por Lula ao canal em 18 de janeiro de 2023, quando o atual chefe do Executivo disse que “não tem nada, não tem nada”, referindo-se aos móveis do Alvorada. “É muita coisa estragada, a impressão que se dá é que não tinha limpeza naquilo lá. Essa é a impressão que se dá”, disse ainda Lula, na mesma entrevista.

A Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) afirmou na quarta-feira (20/3) que a busca pelos móveis revelou “descaso” com a manutenção do patrimônio, sem citar diretamente a família Bolsonaro. “Parte deles abandonados em depósitos externos ao Palácio da Alvorada e sem efetivo controle patrimonial”, disse a secretaria.

O atual governo afirmou ainda que os novos móveis comprados “foram os imprescindíveis para recompor o ambiente do Palácio de acordo com seu projeto arquitetônico, e não são necessariamente de mesma natureza dos itens do relatório citado”.

Na ação, o casal Bolsonaro afirma que Lula “imputou falsa acusação de crime de peculato”, também diz que teve nomes, imagens e reputação manchadas por causa das falas do atual presidente.

“O fato é que parcela do povo brasileiro foi influenciado pela disseminação enganosa proferida pelo réu, acreditando que os autores [Bolsonaro e Michelle] ‘furtaram’ os móveis do Palácio da Alvorada por mera liberalidade e intuito danoso, o que não é verdade, como já narrado e comprovado na documentação anexa”, diz ainda o processo.

Estado de Minas

Postado em 24 de março de 2024

STF julgará novo pedido de habeas corpus de Robinho após a Páscoa

Um novo pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-jogador Robinho será julgado no Supremo Tribunal Federal depois da Páscoa.
Preso desde a última quinta-feira (21) para cumprir a pena de 9 anos por estupro na Itália, Robinho passou por audiência de custódia em Santos antes de seguir para o presídio de Tremembé, no interior de São Paulo.

Nos primeiros dias na cadeia, Robinho não terá direito a receber visitas nem acesso à televisão.

Advogado da vítima celebra prisão e pede cumprimento total da pena
O advogado Jacopo Gnocchi, que representa a vítima de Robinho no caso de estupro cometido pelo brasileiro em 2013, conversou com exclusividade com o Melhor da Noite, da TV Bandeirantes. Segundo o italiano, a vítima está “absolutamente satisfeita”, mas espera que o ex-atleta da Seleção Brasileira cumpra os nove anos de reclusão.

“A vítima está contente com o resultado positivo do julgamento. Mas, claramente, espera que a justiça seja feita definitivamente. […] Para nós, [a pena] poderia ser executada na Itália, no Brasil, na França ou na Austrália. Era indiferente. O importante é que a pena fosse executada. Não pode haver nenhum tipo de libertação para a justiça italiana. Se a justiça brasileira aplicar o que diz a lei italiana, não haverá nenhum tipo de libertação porque a condenação é definitiva”, afirmou.

O caso
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu na quarta-feira (20), por 9 a 2, que Robson de Souza, nome do ex-jogador de futebol Robinho, deve cumprir no Brasil a pena de nove anos de prisão pelo crime de estupro coletivo ao qual foi condenado na Itália.

Os ministros do STJ não examinaram as provas e o mérito da decisão da Justiça italiana, mas julgaram se foram preenchidos todos os requisitos legais para que a pena de prisão seja cumprida no Brasil, conforme requerido pela Itália.

Robinho foi condenado na Itália em 2017 pelo crime que aconteceu em 2013, na boate Sio Cafe, em Milão, e a vítima era uma jovem albanesa. Outros cinco brasileiros foram denunciados por participação no caso, mas apenas Robinho e Ricardo Falco foram levados a julgamento na Itália.

Em 2022, a corte italiana julgou a última instância e chegou ao veredito final da condenação de Robinho por nove anos. Por ser cidadão brasileiro, o jogador não foi extraditado.

Band

Postado em 24 de março de 2024

Esquerda faz atos vazios contra Bolsonaro sob distanciamento de Lula

Movimentos de esquerda fazem neste sábado (23) uma série de atos dispersos pelo país, convocados em resposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro ( PL ), mas que acabaram vazios em meio ao distanciamento do governo Lula ( PT ) e ao racha na visão de partidos e militantes sobre a pertinência da mobilização.

Os golpes de protesto foram anunciados por partidos e entidades após no mês passado que reuniram uma multidão na avenida Paulista, em São Paulo , a favor de Bolsonaro, investigado pela Polícia Federal no inquérito que apura uma tentativa de ataque de Bolsonaro .

Os temas da manifestação da esquerda acabaram sendo pulverizados, incluindo a lembrança aos 60 anos do golpe militar (tema que Lula tem defendido esquecer para não irritar militares) e o pedido de que não haja anistia para golpistas.

Houve manifestações programadas para 22 cidades no Brasil e no exterior. Pela manhã, em capitais como Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba, Campo Grande e Recife, já indicavam que a adesão seria baixa, com a presença de centenas de pessoas.

Nas duas principais manifestações, à tarde, em Salvador e em São Paulo, a presença foi um pouco maior, mas muito longe de concentrar multidões com milhares de pessoas, como já ocorreu em atos anteriores da própria esquerda.

Na capital baiana, segundo estimativa da Polícia Militar, o ato reuniu 4.000 pessoas —a previsão era receber pelo menos 10 mil participantes.

O grupo do Monitor do Debate Político no Meio Digital da USP, porém, estimou em 1.700 pessoas o público presente no pico da manifestação às 16h30. Para o cálculo, foi utilizada metodologia que conta o número de cabeças em imagens ao longo de toda a avenida, sem sobreposição.

Pelo mesmo sorteio, esse grupo havia estimado em 185 mil pessoas o público presente no pico da manifestação com Bolsonaro na Paulista em fevereiro.

Presente na manifestação em Salvador, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o objetivo da mobilização da esquerda não era se equiparar em números ao ato realizado por Bolsonaro na Paulista, mas sim fortalecer o combate a ditaduras e tentativas de golpe.

“[O objetivo] é fazer atos pelo Brasil inteiro, independente de tamanho. Para reunir as pessoas e aqueles que lutaram contra a ditadura e deixar aceso na memória que não podemos voltar a esse tempo. E também para dizer que não concordamos com a tentativa de golpe de 8 de janeiro.”

Em Salvador, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o senador Jaques Wagner (PT), que eram esperados, acabaram não comparecendo.

Lula também não participou de nenhuma manifestação e também saiu de lado nas redes sociais. Sobre a sua ausência, Gleisi disse que “não é função do governo nem do presidente fazer mobilizações sociais”.

Em São Paulo, sob chuva, o largo São Francisco, no centro, ficou mais cheio depois das 16h, uma hora depois do começo do ato, mas ainda era possível caminhar entre os militantes.

Contribuíram para deixar o espaço menos vazio um tapume de obras no local e duas grandes bandeiras contínuas por manifestantes, uma do Brasil e outra da Frente Povo sem Medo.

“Acho que São Pedro está do lado de lá”, brincou o deputado estadual Simão Pedro (PT), comparando a chuva com o dia de sol durante o protesto dos bolsonaristas na Paulista no dia 25.

Com discursos em memória das vítimas da ditadura, pedidos de prisão de Bolsonaro e contra anistia aos golpistas, também houve presença de bandeiras da Palestina e críticas às mortes pela Polícia Militar do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Estavam presentes membros do movimento estudantil, da Apeoep (sindicato dos professores), do sindicato dos metalúrgicos, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e de partidos de esquerda.

Com breve e aplaudida presença no ato, José Dirceu (PT) disse não caber em comparação com o público do ato de Bolsonaro, uma vez que à esquerda havia optado por atos espalhados por todo o país na memória do golpe de 1964, o que descaracterizaria um confronto direto com o ex-presidente.

Integrante da Frente Povo Sem Medo, Juliana Donato disse que a chuva atrapalhou uma manifestação, mas que o recado contra a anistia aos golpistas foi dado.

Ela avaliou como um erro a decisão de Lula de não endossar a mobilização, assim como a de cancelar o ato que o governo federal faria para marcar os 60 anos do golpe militar.

“Não só pela data redonda, mas porque ainda vivemos uma ameaça à democracia”, disse. “Lula não fala sobre o golpe não apaga nem o golpe nem a disputa política.”

Em Belo Horizonte, participantes que estiveram ao ato na praça Afonso Arinos usaram camisetas vermelhas com inscrições como “sem anistia”. Além do mote “ditadura nunca mais”, a defesa da Palestina em meio à guerra com Israel também foi um dos temas.

Os manifestantes que dirigiram à praça Santos Andrade, em Curitiba, portaram faixas como “democracia sempre” e “sem anistia para golpista”.

Em Fortaleza, também com a participação de algumas bolsas de manifestantes, bandeiras do MST, de sindicatos e do PSOL foram agitadas durante a manhã.

Também houve atos em São Luís e em Lisboa, que repetiram os motes.

O dia de mobilização pela democracia foi organizado por partidos de esquerda, centrais sindicais e pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, que reúne entidades como MTST, CUT (Central Única dos Trabalhadores), CMP (Central de Movimentos Populares), MST e UNE (União Nacional dos Estudantes).

Ministros do PT e de outros partidos de esquerda evitaram falar que havia uma posição fechada ou mesmo uma orientação para se distanciarem dos atos. Por outro lado, afirmaram que não iriam comparecer por motivos variados, como compromissos familiares e doenças.

Para evitar desgaste com as Forças Armadas, Lula proibiu que ministérios realizassem críticas ou cerimônias em memória dos 60 anos do golpe militar, em 31 de março.

Enquanto isso, os líderes dos movimentos de esquerda enfatizaram, ao longo da semana, a importância de lembrar os dados para evitar que se repita. As entidades se dividem entre minimizar a postura do governo Lula ou criticar o presidente pelo veto.

Folha de São Paulo

Postado em 24 de março de 2024

Alckmin afirma que queda de popularidade do Governo Federal é recorte de momento

Após uma pesquisa do Instituto DataFolha apontar a queda da popularidade do Governo Federal, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirma que esse é apenas um recorte de momento. O levantamento foi divulgado na quinta-feira (21) e apontou que a gestão do presidente Lula foi avaliada como ótima ou boa por 35% dos brasileiros, mas classificada como ruim ou péssima por 33% da população.
A pesquisa foi realizada com cerca de duas mil pessoas em 147 municípios, nos dias 19 e 20 de março.

Alckmin falou sobre o levantamento durante uma coletiva de imprensa concedida após a inauguração da Cápsula Inovação Senac, no Centro do Rio, nesta sexta-feira (22).

O vice-presidente ainda comentou sobre o bloqueio no orçamento desse ano, anunciado pelo Governo Federal. Alckmin disse a medida é correta, frente ao desejo do Governo de déficit zero.

Nesta sexta-feira (22), os ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento anunciaram o bloqueio de R$ 2,9 bilhões no orçamento deste ano para bater meta de gastos.

Segundo o Governo Federal, a medida acontece por causa do limite de gastos estabelecido pelo arcabouço fiscal. O corte será feito nos gastos livres dos ministérios, que são aqueles que não são obrigatórios.

Ainda de acordo com a União, o bloqueio pode ser revertido nos próximos meses, caso haja redução de alguma despesa obrigatória ou que preencha os requisitos para a abertura de um crédito suplementar no mês de maio.

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Postado em 23 de março de 2024

Justiça de SP proíbe Michelle Bolsonaro de receber título de cidadã paulistana no Theatro Municipal

A Justiça de São Paulo proibiu liminarmente que Michelle Bolsonaro receba título de cidadã paulistana no Theatro Municipal sob multa de R$ 50.000 por descumprimento.
A ação foi movida por deputada federal Erika Hilton (PSOL- SP) e sua secretária parlamentar Amanda Marques Paschoal.

“Por todo o exposto, defiro o efeito suspensivo, para suspender os efeitos dos atos do Poder Executivo Municipal que autorizem a realização da sessão solene de entrega do título honorífico de cidadã paulistana à homenageada, Sra. Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro, no Theatro Municipal de São Paulo, sob pena de aplicação de multa”, explica o relator.

A decisão diz ainda que Ministério Público opinou pelo indeferimento do uso do equipamento público.

Michelle iria receber o título de cidadã paulistana na próxima segunda-feira (25), cerimônia que, usualmente, é realizada na Câmara Municipal, o que não será o caso desta vez.

A CNN procurou o Theatro Municipal e a assessoria de imprensa de Michelle Bolsonaro, mas ainda não teve resposta.

Pedido de investigação
Três parlamentares do PSOL apresentaram um pedido de investigação sobre uma homenagem à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro: o vereador Celso Giannazi (PSOL), o deputado Carlos Giannazi (PSOL) e a deputada Luciene Cavalcanti (PSOL-SP).

A manifestação dos políticos foi entregue ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e ao Ministério Público Eleitoral (MPE) no dia 13 de março.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que havia dado aval para o uso do equipamento público, classificou como “perseguição” a representação impetrada pelo PSOL para barrar a homenagem da ex-primeira dama.

Nunes ressaltou que esta ação não é salutar para a democracia e que o título de cidadão paulistano já homenageou centenas de outras autoridades.

Na última quarta-feira (20), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) havia negado o pedido para barrar uma homenagem à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, mas a equipe da deputada Erika Hilton recorreu a decisão.

CNN

Postado em 23 de março de 2024

Laje de supermercado desaba, mata três e fere 12 em Pontal do Paraná

O desabamento de uma laje em um supermercado de Pontal do Paraná, no litoral do estado, matou três mulheres, de acordo com o Corpo de Bombeiros.

A parte da estrutura que cedeu, conforme as primeiras informações da corporação, sustentava seis caixas d’água do estabelecimento, que ficou alagado após o acidente.

O desabamento aconteceu no início da noite de sexta-feira (22), em uma unidade do grupo Super Rede, no balneário Canoas.

A RPC apurou que o estabelecimento foi inaugurado ao público na manhã do mesmo dia em que houve o acidente. Na quinta-feira (21), um dia antes, uma solenidade com autoridades anunciou a abertura do espaço.

O g1 tenta localizar a defesa do supermercado.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a área que desabou atingiu a área de panificação do supermercado, em uma restrita para funcionários.

“Desde o momento do acionamento, todas as equipes estavam em peso dando todo o apoio e suporte não só para vítimas, mas para familiares e quem estava envolvido na situação”, disse a secretária de segurança de Pontal do Paraná, Any Messina.
A secretária explicou, ainda, que o local deve passar por vistoria da Polícia Científica.

Em nota, o Governo do Paraná afirmou que a Polícia Civil (PC-PR) vai investigar o caso.

Na manhã deste sábado (23), a corporação confirmou que a ocorrência terminou com 12 vítimas: além das três pessoas que morreram, 10 tiveram ferimentos leves e duas pessoas ficaram estado grave.

Perto das 12h de sábado, os bombeiros encerraram as buscas e concluíram que não havia mais vítimas.

Ainda conforme o Corpo de Bombeiros, as vítimas graves foram encaminhadas ao Hospital de Paranaguá.

Os corpos das mulheres que morreram, que ainda não tiveram as identidades reveladas, foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML) de Paranaguá.

G1

Postado em 23 de março de 2024

RJ registra 7 mortes causadas pela chuva

O número de mortes pela chuva no Estado do Rio de Janeiro subiu para sete pessoas no começo da manhã deste sábado (23). A informação foi confirmada pelo Comitê de Chuvas RJ, que cuida das ações de combate aos efeitos do temporal.

Em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, um homem morreu depois de ser atingido por um raio no Pontal do Atalaia.

Em Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, um homem se afogou depois que o caminhão que dirigia caiu num rio.

Na manhã deste sábado (23), uma criança de 4 anos foi retirada com vida dos escombros em Petrópolis. O pai dela, de 25 anos, foi encontrado morto após o desabamento da casa de uma família no bairro Independência. Cinco pessoas foram retiradas com vida do local. Quatro óbitos foram confirmados.

Em Teresópolis, também na Região Serrana, o Corpo de Bombeiros atua nas buscas por uma vítima que estaria soterrada sob os escombros de uma casa que desabou, na comunidade da Coreia. Duas pessoas foram resgatadas com vida pelos bombeiros. Um óbito foi confirmado.

Dificuldade no resgate
Bombeiros militares especializados em salvamento em desastres e cães farejadores do canil do Corpo de Bombeiros foram destacados para auxiliar nas buscas.

Em todo o estado, o Corpo de Bombeiros foi acionado para cerca de 100 ocorrências relacionadas às chuvas. Pelo menos 90 pessoas foram resgatadas com vida. As ocorrências também incluem cortes de árvores, deslizamentos de terra, desabamento e inundações.

Durante a madrugada deste sábado (23), os bombeiros tiveram que interromper os trabalhos de resgate algumas vezes por conta dos riscos de novos desabamentos. O trabalho de busca é definido como sendo de grande complexidade e ainda chove no centro de Petrópolis.

Parte da energia elétrica da região do bairro Independência teve que ser cortada para a ação dos bombeiros.

Ainda durante a madrugada, na região central do município, sirenes alertavam sobre o risco de novas enchentes. A prefeitura decretou situação de emergência. Nas últimas 24 horas, a Defesa Civil da cidade da Região Serrana registrou 150 ocorrências.

G1

Postado em 23 de março de 2024